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Archive for dezembro 2013

Um 2014 à medida dos vossos sonhos e desejos













Com 62% dos votos, o golo de Kelvin no minuto 90+2 do último F.C.Porto 2 - Benfica 1 e que decidiu o campeonato anterior, foi o mais votado e o acontecimento do ano 2013 no F.C.Porto, para os leitores do Dragão até à morte. Era esperado, foi um momento marcante, mas a inauguração do Museu, por tudo que significa e pela obra extraordinária, está no mesmo patamar, para mim.

Porque se aproxima um importante Benfica - Porto


Antes ainda recebemos o Atlético para a Taça de Portugal, mas e sem menosprezo pelo clube de Alcântara, todos os olhos já estão virados para o importante Benfica - F.C.Porto que vai ter lugar no fim-de-semana de 11 e 12 de Janeiro - nesta altura ainda não sei o dia e hora do jogo. E porque é assim, importa dizer alguma coisa. Aqui vai. Se há algo que tem caracterizado os confrontos entre águias e dragões nos últimos anos, é a forma corajosa, destemida, ousada e com espírito de vitória como o F.C.Porto tem enfrentado e Benfica na Luz. A postura dos dragões antes e durante os jogos na casa do Benfica, tem permitido aos azuis e brancos uma superioridade psicológica flagrante, superioridade que tem condicionado o melhor Benfica, ao ponto da equipa encarnada entrar receosa, descaracterizada, raramente jogar ao nível que está ao seu alcance. Como consequência e nos últimos sete anos - 4 com Jesualdo, 1 com André Villas-Boas e 2 com Vítor Pereira -, o F.C.Porto só por uma vez perdeu na Luz, curiosamente no célebre jogo do túnel e quando a equipa portista entrou a medo, receosa, sem a atitude que a caracteriza. Nem preciso de dizer mais nada, para todos concluirmos qual deve ser a forma como o conjunto de Paulo Fonseca deve entrar na Luz de sábado ou domingo a oito dias. Depois, até podemos empatar ou perder, não podemos é voltar a dar em Lisboa a imagem de Porto que pensa pequeno, apenas no pontinho, como aconteceu ontem em Alvalade. Ser Porto não é isso e podemos aceitar tudo, mas não nos peçam para aceitar que uma cultura que levou anos e anos a cimentar e que esteve na base de tantos e tantos sucessos, seja colocada em causa por alguém que na teoria fala em grandes exigências e fasquias altas, mas na prática pensa pequeno, contenta-se com pouco.

TVI e Pedro Sousa, pouca vergonha!
Ele saiu da Rádio Renascença para director de comunicação do Sporting com juras de nunca mais voltar ao jornalismo. Mas durou pouco tempo a jura, deu o dito pelo não dito e rapidamente regressou. Aparece num programa desportivo da TVI 24, num painel que prima pelo "rigor e isenção" - o mais conhecido é Eládio Paramés ministro da propaganda de Vale e Azevedo e chega rebos de José Mourinho - e fez ontem a narração do Sporting - F.C.Porto. Foi o fim da picada, o despudor não teve limites, foi o sportinguista fanático que nos entrou pela casa dentro. Foi o Pedro Sousa igual a si próprio, sem carácter, ética, deontologia, vergonha na cara. Não foi uma surpresa para mim, diz quem o conhece que ele é assim mesmo, tem um longo historial de coisas ainda piores, mas e que dizer da TVI? Não havia mais ninguém para fazer a narração do Sporting - F.C.Porto? Teve que avançar o ex-director de comunicação dos leões? Uma tristeza, mas é o pão nosso de cada dia neste país onde onde vale tudo, um Portugal cheio de vendilhões do templo, chico espertos, gente que vende alma ao diabo por dez mil reis de mel coado.

Ele estava lá, ele viu, ele chegou a casa e gritou: 
- Hoje não preciso de colocar pomada no calo, nem de tomar os comprimidos para azia crónica. Eu vi, não digo com estes olhos que a terra há-de comer, porque vou ser cremado, mas eu vi e depois ouvi, um Porto pequenino em Alvalade, a sofrer um domínio avassalador, a jogar para o pontinho, o speaker a tratar o F.C.Porto pelo nome de equipa visitante. Tal nunca tinha acontecido na era moderna, de Pinto da Costa, um Porto tão pouco... dragão - a consciência bem lhe gritava, não é verdade, na Luz e no tempo de Quinito, também foi 0-0 e foi bem pior, mas ele queria lá saber da consciência e explodiu: que felicidade!

Sporting C.P. 0 - F.C.Porto 0. Agradeçam a Fabiano


O que se pode dizer depois de mais uma exibição muito abaixo do que era expectável? Que o F.C.Porto tem de ser muito mais do isto? Que o F.C.Porto não pode ser, em Dezembro, um conjunto de jogadores desconcentrados, trapalhões, complicativos, sem organização e sem qualidade de jogo? Que o F.C.Porto não pode ter, não um, mas vários jogadores a passarem completamente ao lado do jogo, Danilo, Herrera, Varela, Carlos Eduardo, Licá, Ghilas - este com a atenuante de ter jogado muito pouco antes -, mais Defour, que hoje teve oportunidade de mostrar serviço, mas entrou a dormir? Que continua inacreditável a quantidade de passes errados da equipa portista? Que estamos em finais de Dezembro e as coisas não saem com naturalidade, a bola circula mal, os processos e a organização de jogo não estão trabalhados e muito menos consolidados? Que quando pensávamos que estávamos a evoluir, demos mais um grande passo atrás e lá voltaram as dúvidas e a confiança foi para o brejo? Que não se admite, em 90 minutos, ter apenas meia oportunidade de golo e ainda a primeira-parte ia no início? Que o duplo-pivot, com Fernando e Herrera e o mexicano a errar tanto na zona próxima da nossa área, é um Deus nos acuda? Que o F.C.Porto hoje, se não perdeu e merecia ter perdido, pode agradecer ao seu guarda-redes que fez três ou quatro defesas que evitaram golos certos? Tanta coisa pode ser dita, mas não vale a pena, seria repetir-me.

Notas finais:
O resultado até pode acabar por ser favorável - seguem dois jogos em casa Penafiel e Marítimo - e a Taça da Liga, tem a importância que lhe quiserem dar... Mas ver o F.C.Porto jogar assim, dar esta imagem de equipa que chega ao final do ano e dá poucas garantias para o ano novo, deixa-me triste e desencantado. O F.C.Porto tem de ser muito mais do que isto...

Notas positivas para Fabiano que esteve acima de todos e para Maicon, Mangala, Alex e Fernando. Foi pouco, muito pouco. O Sporting, sem nada de transcendente, com processos simples de bola a correr mais que os jogadores, menos passes errados, bem organizado e aproveitando a desinspiração do F.C.Porto, quis muito, foi superior e merecia ter ganho.

Termino deixando a seguinte máxima:
Líder fraco, faz fraca, forte gente...

Parabéns Presidente pelo 76º aniversário


Como é da tradição no Dragão até à morte, o dia 28 de Dezembro é para cantar os parabéns a Jorge Nuno Pinto da Costa que hoje festeja 76 risonhas primaveras. E como sobre o Presidente do F.C.Porto já não há muito mais para dizer, limito-me a deixar os votos de parabéns, feliz aniversário e muita saúde, principalmente. Numa altura difícil e quando alguns estão cheios de pressa em marcar terreno, o F.C.Porto ainda precisa da liderança competente, inteligente e abrangente de Jorge Nuno Pinto da Costa.  

Taça da Liga: que F.C.Porto em Alvalade?

Frente a um Sporting que não ganha nada há vários anos; está fora das provas europeias e da Taça de Portugal; portanto, faz da Taça da Liga uma prioridade, vai entrar máxima força e com tudo; que F.C.Porto em Alvalade? Mesmo que as férias de Natal tenham sido curtas e ninguém perde a forma em tão pouco tempo; tendo em conta que esta prova tem sido encarada pelo F.C.Porto para rodar jogadores menos utilizados e jovens oriundos da equipa B; que em meados de Janeiro há um Benfica-Porto muito importante e todo o cuidado é pouco; teremos em Alvalade um Dragão com todo o poder de fogo? Um Dragão com mistura entre mais e menos utilizados? Seja quem for que entre em campo, é o F.C.Porto, o tri-campeão, o melhor clube português. Assim, apesar da gritaria histérica e das pressões que viscondes falidos/calimeros têm feito, pede-se aos profissionais do F.C.Porto coragem, determinação, espírito de conquista, qualidade. Que não se deixem impressionar pela gritaria e choradeira típica de Alvalade, não reajam a provocações foleiras, nem a decisões erradas do trio de arbitragem.

O árbitro é Olegário Benquerença, auxiliado por Ricardo Santos e Pedro Neves.

Lista de convocados:
Guarda-redes,
Fabiano e Bolat;
Defesas,
Danilo, Maicon, Otamend, Mangala e Alex Sandro;
Médios,
Lucho, Carlos Eduardo, Fernando, Defour e Herrera;
Avançados,
Jackson, Licá, Kelvin, Ghilas, Varela e Josué.

A minha equipa provável:
Fabiano, Danilo, Maicon, Otamendi e Alex Sandro; Fernando, Defour, Herrera; Kelvin, Ghilas e Josué.

Sobre Fernando, a partir da crónica de Pedro Marques Lopes


Fernando termina o contrato com o F.C.Porto no final da presente época, ainda não renovou, a partir do início de Janeiro pode assinar por outro clube e sair do F.C.Porto a custo zero. Eu, como já tinha referido há meses atrás, continuo convencidíssimo que Fernando e o F.C.Porto vão-se entender - se isso não acontecer e o Polvo sair a custo zero, para mim será a maior surpresa dos últimos anos -, mas como Pedro Marques Lopes fala no assunto na sua crónica de hoje no panfleto da queimada - dois dias seguidos com destaque de capa ao F.C.Porto? Hummmm... Tão preocupados que eles, Serpa, Bonzinho, freteiro Delgado, etc. estão com o facto dos jogadores portistas andarem a falar de mais. Hummm... -, uma pergunta: se Fernando assumisse a ruptura, qual devia ser o comportamento do F.C.Porto? Como diz o Pedro, seria uma grande ingratidão, Fernando devia ser imediatamente afastado e não jogar mais um minuto sequer? Devia o F.C.Porto transferi-lo, mesmo por uma proposta baixa, já na reabertura do mercado - mais vale pouco que nada? Ou estará o Pedro a ser radical, os tempos são diferentes, o tempo do amor à camisola já lá vai e assim, sendo Fernando um jogador importante e mantendo, como tem mantido até agora, um comportamento profissional irrepreensível, deve o Polvo continuar a jogar, até porque mesmo não jogando, vai continua a receber? Sinceramente, o meu coração de portista à moda antiga, leva-me a concordar com PML. Mas com a certeza que o Polvo nunca sairia para Benfica ou Sporting e considerando que as propostas que Fernando deve ter são de tal forma elevadas, que deve ser difícil resistir, não me chocaria que Fernando continuasse a jogar até ao fim do contrato.

Nota final:
Como disse e repito, não me passa pela cabeça que Fernando saia do F.C.Porto a custo zero. Assim, o post serve mais para um exercício de como cada adepto reagiria perante um caso destes. Era arrumado? Continuava a jogar? Devia ser rapidamente transferido?

Sejam bem-vindos de regresso ao trabalho


Meus amigos, boa-tarde, sejam bem-vindos no regresso ao trabalho. Espero que tenham tido um feliz Natal; esteja tudo OK com as vossas famílias e amigos; tenham aproveitado para descansar e feito aquilo que vos foi pedido - não abusem e façam algum exercício físico. Vamos entrar numa nova fase da época, vão ser meses muito exigentes, esperam-nos grandes desafios, temos de estar à altura no momento das grandes decisões. É com o F.C.Porto que têm contrato, é o F.C.Porto que vos paga, o F.C.Porto tem de ser a vossa máxima prioridade. Profissionalismo, vontade, competência, espírito de sacrifício e paciência, tem de ser o lema, há muitos jogos, haverá oportunidades para todos. Quanto melhor for o vosso rendimento no F.C.Porto, quanto mais sucesso tiver o F.C.Porto, mais e melhores possibilidades têm de atingir os vossos objectivos pessoais. Em Janeiro reabre o mercado de transferências e isso, quer queiramos quer não, mexe sempre, nunca poderá é ser um problema. Mas se for e definitivamente, é no interior do clube o local próprio para tudo ser tratado e não na praça pública. Se forem solicitados a falar sobre futebol, no geral, devem ter cuidado de maneira que aquilo que dizem, mesmo de forma bem intencionada, não possa ser aproveitado para confundir ou perturbar. E nunca esqueçam que se são muito solicitados e muitas vezes procurados, isso se deve também ao clube que representam, alguns de vós antes de ingressarem no melhor clube português eram uns ilustres desconhecidos. Aqui e é uma marca do Dragão, o nós está sempre à frente do eu, não haverá contemplações para egoísmos, para quem colocar os seus interesses acima dos superiores interesses da Instituição F.C.Porto.

Notas finais:
O destaque de capa do panfleto da queimada de hoje, é muito original: "Quaresma no Natal"

A querida RTP está a repetir o Leão da Estrela. Muito a propósito, diga-se de passagem.

Muito obrigado a todos aqueles que se deram ao cuidado de me desejaram um Feliz Natal.

Boas-festas


A todos os amigos, comentadores e visitantes do Dragão até à morte, desejo um Santo e Feliz Natal
  
 










Bom Natal para ti também, Miguel Sousa Tavares. E que em 2014 faças melhor o trabalho de casa e não confundas tudo. O jogo em o que o James esteve a dormir e entrou a meia-hora do fim para decidir, foi no primeiro ano de Vítor Pereira e não foi o jogo do título no ano de André Villas-Boas. 

Quaresma antes do Natal


Mesmo sem confirmação oficial, é óbvio que Ricardo Quaresma já é do F.C.Porto. Mais, tem treinado sob a supervisão de um técnico ligado aos Dragões, de forma que quando começar a treinar junto com os colegas, já se apresente numa condição física aceitável. Sendo assim e mesmo que a minha opinião e de muitos outros portistas, seja contrária à vinda do "Harry Potter", não vale a pena estarmos a contestar a contratação. Primeiro, vamos esperar para ver, acreditar que Quaresma vem cheio de vontade, com a atitude e o espírito correcto, para somar e ajudar. Pela minha parte, olharei para ele como para todos os outros, sem qualquer preconceito, esperando sinceramente que ele me surpreenda.

Notas finais:
Walter, diz que vai regressar ao F.C.Porto, mas eu não acredito.
Otamendi, dizem, pode sair do F.C.Porto e neste caso, eu acredito.

Porque é preciso manter a exigência


Ainda bem que os portistas são exigentes e mesmo ganhando e continuando a ganhar, nunca estão contentes, querem sempre mais, não deixam ninguém no clube, dirigentes, treinadores, jogadores, adormecer. Digo isto porque um F.C.Porto abaixo do seu normal, que já passou por várias vicissitudes e em crise - agora nem tanto! -, chega ao Natal no topo da classificação e em igualdade pontual com o melhor Sporting de há não sei quantos anos e com o Benfica que tem o melhor plantel dos últimos 30 anos. E este é um dos problemas do F.C.Porto. Convencemo-nos que internamente, com mais ou menos dificuldades, conseguimos levar a água ao moinho, baixámos o nível e a qualidade e depois, na Europa, temos desilusões como a desta época.

Notas soltas:
Diz o panfleto da queimada que Quintero exigiu uma solução para Janeiro.
Como?! Era o que faltava, um rapaz de 20 anos e que ainda agora chegou ao F.C.Porto, colocasse os seus interesses acima dos do F.C.Porto e já estivesse com exigências.
Trabalha muito e espera. Entretanto vai olhando para os exemplos de Carlos Eduardo e Diego Reyes.

Não me incomoda que o Rascord faça isto, toda a vida fizeram um jornalismo rasteiro, sem ética e sem deontologia, incomoda-me é que assalariados do F.C.Porto sejam colunistas naquele lixo manhoso.

Acho curiosa, muito curiosa, esta súbita paixão e o constante destaque que nos últimos tempos o lixo da manhâ dá a Alexandre Pinto da Costa, filho do senhor Presidente Pinto da Costa.

O calimerismo é algo que está tão entranhado nos viscondes falidos - sim, se não fosse o BES e BCP, darem-lhes condições que não dão aos clientes normais, singulares ou empresas, tinham falido -, que passa de uns para os outros, como um vírus incontrolável.
Continuem a alimentar o monstro, dêem-lhe corda, deixem-no fazer e dizer o que quer. Depois, se ele se tornar incontrolável, queixem-se!

Balanço de Natal


Chegamos à pausa natalícia, altura indicada para um balanço intermédio do que tem sido a época portista, agora sob o comando de Paulo Fonseca.
Começamos bem, ganhando a Supertaça a um Vitória Sport Clube - Guimarães - ainda muito tenrinho e sem grandes argumentos para discutir a nossa superioridade.
Na Taça de Portugal começamos por eliminar o Trofense, jogando em casa e fomos colocar fora da Taça o actual titular da prova, outra vez o Vitória S.C., desta feita em Guimarães. Aqui, para além de jogar na cidade berço nunca ser fácil, a equipa treinada por Rui Vitória já estava mais forte. Portanto, 3 jogos, 3 vitórias, 6 golos marcados e nenhum sofrido. Taça e Supertaça, obrigação cumprida, a tarefa, se excluirmos o jogo de Guimarães, não era de grau de dificuldade elevado.
Na Liga dos Campeões, aí a coisa já pia mais fino, a prestação portista foi uma desilusão, não conseguimos atingir os objectivos mínimos, chegar aos oitavos-de-final. Como se isso fosse pouco, terminamos a participação com a pior pontuação de sempre, 5 pontos, apenas uma vitória, dois empates, três derrotas, marcamos apenas 4 golos e sofremos 7. Mesmo não convencido, dando de barato que o Atletico de Madrid era mais forte - o jogo do Dragão foi muito mal perdido e o de Madrid com aquele Atletico tínhmos de ganhar - se excluirmos a equipa de Diego Simeoni, Áustria e Zenit eram adversários ao nosso alcance, tínhamos qualidade para fazer muito melhor, conseguir o apuramento. E se em alguns jogos ou em parte deles, mostramos isso mesmo, por outro lado fomos uns anjinhos, demos abébias atrás de abébias, fomos perdulários em excesso, não fomos competentes, merecemos ficar fora. Foi uma Champions para esquecer ou recordar e não tornar a repetir nos tempos mais próximos. Espero que a lição tenha sido aprendida, na Liga Europa esteja um F.C.Porto à altura do seu prestígio e dos seus pergaminhos.
Por último, chegamos ao campeonato e na prova mais importante do calendário futebolístico português, a prestação do F.C.Porto está longe de ser positiva. As exibições, com poucas excepções e raramente durante os 90 minutos, têm ficado aquém do exigível; temos uma derrota - em Coimbra e não num campo de um rival na luta pelo título -, três empataes e dez vitórias, 29 golos marcados e 10 sofridos. Se nos lembramos que chegamos a ter 5 pontos de vantagem e em apenas 3 jornadas, passamos a ter 2 de atraso, está tudo dito sobre a prestação do tri-campeão na Liga Zon Sagres. Nos últimos 3 jogos, Braga e Olhanense no Dragão e Rio Ave em Vila do Conde, mesmo não sendo um Grande Porto, já foi um Porto mais próximo daquilo que pode e tem de dar. Que os sinais de retoma continuem depois do Natal e na segunda e decisiva fase da época, altura em que tudo se vai decidir, já vejamos um Porto forte, confiante, capaz de atingir o principal objectivo da temporada, o tetra-campeonato.

- Senhores responsáveis e afins, do F.C.Porto, os superiores interesses da Centenária Instituição Portuense, estão sempre, mas mesmo sempre, acima de tudo e de todos. Os portistas estão atentos e não perdoarão se assim não for.

- Caro Paulo Fonseca a tua tarefa não é fácil, é mais complicada que muitos imaginam, mas tens de a agarrar com unhas e dentes. Enquanto adepto de sempre do F.C.Porto e vou-me repetir, não quero no banco do meu clube alguém que seja apenas olhado como um bom rapaz, um tipo "porreiro", capaz até de colocar sempre os interesses do F.C.Porto acima dos seus, sair, arcando com todas as culpas. Não, quero alguém que seja reconhecido pela sua competência, capacidade, determinação, coragem, ousadia. Alguém que definitivamente incorporou o espírito do Dragão, em tudo o que isso significa e cujo lema é o seguinte: podemos até não vencer, mas não pode ficar a ideia que não vencemos por receios, hesitações, medo de agir e de tomar decisões.
O mais difícil está conseguido, agora é só dar pequenos retoques e vamos a eles.

Notas finais:
Desde que os campeonatos têm 16 equipas, 30 jornadas, nos anos anteriores e por altura do Natal, 14ª jornada, o F.C.Porto tinha os seguintes registos:
2012/13 - treinador Vítor Pereira, 36 pontos - 33 golos marcados, 8 sofridos e ia em 1º lugar.
2011/10 - treinador Vítor Pereira, 34 pontos - 32-08-2º
2010/11 - treinador André Villas-Boas, 38 pontos - 32-05-1º
2009/10 - treinador Jesualdo Ferreira, 29 pontos - 27-11-3º 
2008/09 - treinador Jesualdo Ferreira, 29 pontos - 24-11-3º
2007/08 - treinador Jesualdo Ferreira, 35 pontos - 23-05-1º
2006/07 - treinador Jesualdo Ferreira, 37 pontos - 32-08-1º

Recado:
Casavelha, pois, pois, nós portistas sabemos bem que este Olhanense é muito fraquinho, muito dócil, o adversário ideal para elevar a auto-estima e a confiança. Fortíssimo foi o Olhanense da semana passada, esse sim e se não fosse a inspiração sérvia...

F.C.Porto 4 - S.C.Olhanense 0. Faltaram mais golos no sapatinho do Dragão


A noite fria, o período natalício e horário do jogo pouco aconselhável, fizeram com que o Dragão registasse uma casa fraca, talvez a mais fraca de todas esta época, em jogos do campeonato, apenas 20.622 espectadores. E foi pena. Foi pena porque mesmo tendo em consideração a fraqueza da equipa algarvia - uma das piores que pisaram o magnífico relvado do belíssimo Estádio do F.C.Porto, na temporada 2013/2014; e o futebol muito feito em esforço, trapalhão até e saindo de forma pouco natural, em vários momentos do jogo - particularmente na primeira-parte -, a equipa portista fez uma exibição que foi simpática, digamos assim, nos 45 minutos iniciais, boa e em alguns períodos muito boa, na etapa complementar. Tanto numa parte como noutra, o domínio do tri-campeão foi total, a superioridade flagrante, mais uma vez e hoje talvez ainda mais nitidamente, voltou a faltar eficácia, faltaram mais golos no sapatinho do Dragão.  
Talvez um 6-0 e não é exagero, reflectisse mais fielmente o que foi o jogo. Ficamo-nos pelos 4-0, é um goleada, o resultado mais desnivelado conseguido no consulado de Paulo Fonseca, o que é de saudar. E mesmo com as cautelas que se exigem quando do outro lado esteve uma equipa pequena, em todos os sentidos, o jogo desta noite, em especial quando o resultado estava garantido; a confiança se instalou; os jogadores e a equipa se soltaram; ficou provado que há matéria prima para fazer coisas bonitas - que o líder da equipa técnica e de uma vez por todas, ganhe também ele confiança, salte definitivamente a barreira que existe entre treinar o Paços e o F.C.Porto. Porquê tanto receio de mexer, quando o resultado já era de 2-0 e o Olhanense não fazia mal a ninguém? Será que Ghilas só entrou porque o 3-0 aconteceu?
Mas o jogo de hoje, se por um lado confirmou a forma exuberante de Fernando, forma que dura desde a pré-temporada, a grande capacidade e enorme potencial de Carlos Eduardo - o melhor em campo com duas assistências e um golo fantástico. Às vezes dá a sensação que o ex-Estoril está a produzir música clássica e alguns colegas estão sintonizados na música pimba -, também mostrou que o terceiro elemento do meio-campo, o capitão Lucho, tem de subir patamares. E o nível de El Comandante tem de subir porque há gente à espreita, não pode ficar a sensação que jogou mal, porque os seus parceiros estiveram muito acima dele na qualidade da exibição. Outra conclusão é que com Kelvin no lugar de Licá, principalmente em jogos como o de hoje, jogos de sentido único, o jogo do F.C.Porto flui muito melhor. Jackson continua jogar bem e a marcar; Varela está bem assim - é favor não estragar; Herrera entrou bem e marcou um grande golo; Danilo é um craque; os dois centrais, mais Mangala e Helton, cumpriram; Ghilas apesar de ter entrado mais cedo dois ou três minutos, não pode mostrar muito em tão pouco tempo; Licá está a ser o elo mais fraco e quando a equipa começa em rápidas trocas de bola...

Chegamos à pausa natalícia - amanhã farei um pequeno balanço... - e neste momento estamos no primeiro lugar com os mesmos pontos do Benfica e mais um jogo que o Sporting. Não sei o que o mercado de Janeiro ditará entre possíveis entradas - para além de Quaresma - e saídas, mas como não espero uma revolução, fica a certeza que o F.C.Porto, porque é o campeão, mas não só, para mim continua a ser o favorito à conquista do título. Que Paulo Fonseca perceba esta realidade e pense grande, pense como se exige ao treinador do melhor clube português. O combóio do Dragão só pára uma vez no mesmo apeadeiro. Quem o apanha, pula e avança, tem o futuro à sua frente. Quem o perde apenas vai dar pequeninos passos no futuro.

F.C.Porto - S.C.Olhanense. Espírito natalício só depois do jogo


Para mim não há dúvidas: vamos jogar contra um adversário que vem à procura do pontinho e para isso vai aparecer todo atrás da linha da bola, com dois autocarros à frente da baliza, tendo por objectivo aguentar o nulo até ao fim. Para desmontar essa estratégia tem de ser um Porto rápido a pensar e a executar, pressionante, criativo e desde o primeiro minuto á procura do golo - nestes jogos marcar cedo é fundamental. Somos melhores, muito melhores e essa superioridade tem de ser confirmada dentro das quatro linhas. Nem pensar no Natal, na viagem até terrinha, na família e nos amigos. Concentração absoluta na equipa algarvia, fazer o trabalho bem feito, conquistar os três pontos, de preferência jogando um futebol de qualidade. Depois, obrigação cumprida, podem descomprimir, relaxar, entrar no espírito natalício.  

O árbitro é Hugo Miguel, auxiliado por Pedro Garcia e Hernâni Fernandes

Lista de convocados:
Guarda-redes, Helton e Fabiano;
Defesas, Danilo, Maicon, Otamendi e Mangala;
Médios, Lucho, Carlos Eduardo, Fernando, Quintero, Defour e Herrera;
Avançados, Jackson, Licá, Kelvin, Ghilas, Varela e Josué.

A minha equipa provável:
Helton, Danilo, Maicon, Otamendi e Mangala; Fernando, Lucho e Carlos Eduardo; Varela, Jackson e Ghilas.

Paulo Fonseca sobre o título; sobre Quintero; sobre o Olhanense; sobre Carlos Eduardo

Estatísticas e curiosidades em volta do F.C.Porto - S.C.Olhanense:
O FC Porto - Olhanense de mais logo será o 20º confronto para o campeonato, em jogos realizados no Porto. O saldo dos 19 jogos anteriores é francamente positivo para o F.C. Porto como visitado: 15 vitórias, 3 empates e apenas 1 derrota, sendo que o FC Porto marcou 74 golos e sofreu 19, contudo, nas últimas 4 temporadas o Olhanense empatou em 2 ocasiões no Dragão.
Nas últimas 40 épocas desportivas este confronto aconteceu em 6 ocasiões. Ficam os resultados respectivos e os autores dos golos do FC Porto:
73/74 - F.C.Porto 2 - Olhanense 0, golos: Bené e Abel.
74/75 - F.C.Porto 4 - Olhanense 1, golos: Lemos 3 e Cubillas.
09/10 - F.C.Porto 2 - Olhanense 2, golos: Falcao e Guarín.
10/11 - F.C.Porto 2 - Olhanense 0, golos: Hulk e Otamendi.
11/12 - F.C.Porto 2 - Olhanense 0, golos: James e Lucho.
12/13 - F.C.Porto 1 - Olhanense 1, golo: Jackson.

Curiosidades:
Nos 19 anteriores confrontos o resultado mais comum, foi a vitória do FC Porto por 2-0, essa tendência aconteceu em 4 jogos.

Na última promoção do Olhanense á I Liga, o ex-capitão do F.C.Porto, Jorge Costa era o treinador da equipa algarvia, e contava essa equipa com Castro e Ukra atletas emprestados pelo F.C.Porto. 

O guarda-redes Fabiano Freitas foi contratado ao Olhanense, mas nos anos 70, o F.C.Porto resgatou em Olhão o brasileiro Ademir, sendo Ademir o Kelvin do campeonato de 1977/78, isto é, na jornada nº 28, de um decisivo F.C.Porto - Benfica, aos 83 minutos Ademir de livre empatou a partida e o F.C.Porto quase carimbou com esse empate a conquista do 6º Campeonato da sua História, isto após 19 anos de longo jejum.

O primeiro confronto entre o F.C.Porto - Olhanense aconteceu na temporada 41/42, o FC Porto goleou 9-1!

A única derrota do F.C.Porto com o Olhanense no Porto registou-se na época 45/46, o F.C.Porto saiu derrotado por 3-4!

Na temporada seguinte, em 46/47 registamos o jogo com mais golos: F.C.Porto 10 - Olhanense 2! 

Subscrevo totalmente o artigo do Pedro Marques Lopes

O fardo de palha


- Meus senhores, sai mais um fardo de palha.
- Chefe, depois do fardo de palha "O novo prodígio", "Zivkovic", "Inspiração sérvia", como devemos chamar a este?
- Fácil: "Benfica ultrapassa o F.C.Porto. 15º plantel mais valioso do Mundo".
- Chefe, será que eles vão comer?
- Claro Baninho, é óbvio, traumatismo ucraniano Paralvas, eles comem tudo...

Olhó Bruno, o peluche da moda, leve três e pague dois


Olhó Bruno, o peluche da moda, é uma gracinha e todos lhe acham piada. Aproveitem senhoras e senhores, meninas e meninos, a campanha de Natal, leve três e pague dois... Aproveitem que tem na versão fanfarrão ou na versão calimera; com voz grossa, Tarzan ou voz fininha, Jane; de punho cerrado ou mão aberta; arrogante ou um doce; sozinho ou rodeado de senhores de microfone na mão; com mais ou menos pêlo; e até leva as pilhas que duram o equivalente a uma volta a um campo de futebol. Vá lá, não desperdicem a campanha e façam como um conhecido médico que já levou 9 exemplares para distribuir por filhos e netos... Bruno, o peluche da moda, faz as delícias de gente boa, até de gente menos boa, manhosa. Por apenas 10 euros, leva três Brunos para casa... Olhó Bruno...

- Dr. Bagão Félix, conhecido papa-hóstias, a falta sobre Carlos Eduardo que esteve na origem do primeiro golo do F.C.Porto, é clara como a foto mostra.  
Um conselho, veja  as imagens e não vá apenas pelo que dizem os rascas da queimada... Mas compreende-se, dá mais jeito falar do Nuno e do F.C.Porto que do golo em fora-de-jogo do Benfica. Curiosamente, dos três jogos, o único que teve interferência directa no resultado. Se o golo de Lima fosse, como devia, invalidado, o clube do regime tinha empatado, ao contrário de Porto e Sporting...

Mas este exemplo que trago à colação com a ajuda do João Ricardo - foi ele que colocou a foto no Facebook -, como muitos outros do género, podia ser combatido com facilidade nos espaços do F.C.Porto no Porto Canal. Mas enfim, isso são outras guerras...

A Liga Europa? Objectivo Turim!


O meu amigo José Manuel Conceição no final do dia de ontem enviou-me mais um e-mail e desta vez a perguntar:
«Vila e agora na Liga Europa?»
A resposta que lhe enviei foi:
«A Liga Europa, Zé? Objectivo Turim! Quem não estiver embuído desse espírito que aproveite reabertura do mercado de transferências e dê a vaga.»

Pensar assim é um exagero? Não, é fundamental! Se andamos a dizer que sonhavamos ir à Luz jogar a final da Champions, mesmo que realisticamente esse sonho fosse pouco realista, quando vamos disputar uma prova em que apesar de ter boas equipas, já não estão Manchester United e Manchester City, Barcelona, Real, Bayern, B.Dortmund e Chelsea, por exemplo, vamos fazer um discurso de coitadinhos? Claro que não estou a pensar neste Porto que temos visto, ainda muito tristonho, irregular, sem alma e sem chama. Estou a pensar que lá para finais de Fevereiro já haverá um Porto com mais qualidade de jogo e portanto, mais confiante, mais consistente, mais corajoso, mais ousado, um Porto à altura dos seus pergaminhos. Enquanto adepto portista de tempos de comer quase só sardinha e tempos de lagosta com fartura, não quero nem me permito pensar, que esta penúria exibicional vai continuar, não vamos reagir, melhorar e como tal, as fasquias não podem ser colocadas lá no alto... Os tempos são difíceis, mas nós no F.C.Porto nunca fomos um clube de gente fraca e a prova disso é que resistimos e resistimos, até que conseguimos chegar ao ponto mais alto da montanha. De há muito tempo a esta parte, um Líder forte fez de gente forte ainda mais forte, construímos uma História que nos enche de orgulho e faz os nossos rivais roerem-se de inveja. Não quero voltar atrás, aos tempos de comer só sardinha e a lagosta, que agora não é apenas o campeonato, passar a ser uma miragem e não um objectivo que é preciso tentar e com muita convicção. Evitar a entrada nesse caminho é o grande desafio que se coloca nos tempos próximos, a todo o universo portista. Ou acreditamos que podemos dar passos em frente, manter o nível que nos colocou como os melhores de Portugal e um dos melhores da Europa, ou então corremos sérios riscos de dar alguns passos atrás.

- Miguel Sousa Tavares, o que pretendes provar com essas análises ao minuto sobre a prestação do Varela? Que tens razão? Fica lá com a tua razão e deixa o Varela, que pode não ser o melhor jogador de Mundo, mas é um profissional sério e íntegro, em paz. Vai caçar coelhos!

Reco Guerra, diz que Paulo Fonseca avaliou mal o preço a pagar pela ousadia de pretender aproximar-se das pessoas e de patrocinar conferências no Dragão com a mesma simplicidade com que fazia na Mata Real. 
Reco Guerra de tanto querer defender o treinador do F.C.Porto, o que não deixa de ser estranho, toca no ponto: o F.C.Porto não é o Paços de Ferreira e os discursos no Dragão têm de ter outra capacidade de análise, outra força, outra ousadia, outra grandeza. Somos Porto, não somos Paços! 
Bato neste ponto porque para mim é fundamental.

A propósito de Carlos Eduardo e o sorteio da Liga Europa


Carlos Eduardo é um jovem com talento, enorme potencial de crescimento, não vai sempre fazer grandes jogos, mas já está a mostrar qualidade, foi uma excelente aquisição e baratinha - custou menos de 1 milhão de euros. No entanto, muitos acharam que não era jogador para o F.C.Porto, já não davam nada por ele, foi um dos preferidos para sair quando se tratou de escolher o plantel que ia começar esta época. Serve o exemplo de Carlos Eduardo para dizer o seguinte: calma e cuidado, quando falamos de jogadores e plantéis. É minha profunda convicção que se não temos o melhor plantel e os melhores jogadores do Mundo, temos jogadores e plantel para fazer muito mais e melhor do que temos feito.As razões para que isso não tenha acontecido são várias, aponto quatro:
Culpas dos responsáveis quando colocaram todas as fichas em Bernard e não tiveram plano B para encontrar alguém para jogar nas alas do ataque, um jogador rápido, capaz de sair por fora e interiorizar, assistir e marcar - disse-o na altura própria, quando fechou o mercado. O desaparecimento de Izmaylov e Fucile e aí perdemos dois jogadores que podiam ser muito úteis: o russo porque tem qualidade e em alguns jogos podia ser opção ou entrar de início, principalmente em jogos que era preciso ter bola, aguentá-la, circulá-la; o uruguaio pela polivalência nas laterais da defesa, pressionando Danilo e Alex Sandro, mas também para dar descanso aos internacionais brasileiros que têm jogado sempre. Alguns jogos em que os jogadores tiveram erros primários, uma abordagem e atitude errada. E culpas do treinador que  não soube fazer as melhores opções, escolher a melhor estratégia e tirar o melhor partido da matéria prima que tem ao seu dispor.

Dito isto, importa olhar para frente, entrar definitivamente nos eixos, até porque em Fevereiro para a Liga Europa jogamos frente aos alemães do Eintracht de Frankfurt e se passarmos aos oitavos, jogamos frente ao vencedor da eliminatória entre os galeses do Swansea e os italianos do Nápoles, jogos muito complicados e a exigirem um Grande Porto.

Notas finais:
- Mister, você teima em ver coisas diferentes do que eu vejo, mas como você é o treinador e eu não percebo nada disto... Desisto, como se costuma dizer, leve lá a biciclete.
Ganhamos Carlos Eduardo, você está a fazer tudo para perder Ghilas.

Licá:
Não é um grande jogador, mas também não é o que tem parecido, um jogador sem nada que o recomende para o F.C.Porto. Apesar das limitações técnicas ao nível da recepção e controlo de bolas fáceis - nas bolas longas e difíceis, por incrível que pareça, controla bem e até surpreende. Ontem na primeira-parte teve um lance desses...; da pouca facilidade de passe; daquilo que se designa de toca de primeira e vai; junto ao facto de não ser um driblador - alguns destes itens melhoram com há confiança e com trabalho; Licá tem coisas interessantes e que o tornam um jogador útil num plantel. Pode jogar nos dois lados do ataque; sabe aparecer na área a finalizar; é tacticamente cumpridor; é rápido e essa característica em jogos frente que saem para jogar e dão espaço nas costas, podem ser importantes. Neste momento é um patinho feio, nunca será um lindo cisne. Mas pode, repito, com trabalho e confiança, dar muito mais. Não esquecer que o salto foi muito alto e o momento da equipa não tem ajudado.

Jornalismo de sarjeta:
Não precisamos que nos digam quando jogamos bem ou mal, ninguém melhor que os adeptos do F.C.Porto para analisarem o comportamento da sua equipa e como somos exigentes! Mas se olharmos para o panfleto da queimada de hoje, vemos em destaque que o Benfica ganhou por inspiração sérvia e em letras pequeninas, tipo cláusulas dos seguros para ninguém ver e não afastar a clientela, lé vem Benfica muito aquém do exigível, mas suficiente para vencer. No que toca ao F.C.Porto as letras grandes do destaque são vencer sem convencer. Mas de um jornal que publica 13 mensagens de elogios a Sílvio colocadas na rede Instagram, já nada espanta.

Faz hoje 40 anos que morreu Fernando Pascoal das Neves, o Pavão. Ver aqui, aqui, aqui, aqui

Rio Ave F.C. 1 - F.C.Porto 3. Agora é só dar um ou outro retoque e melhorar


Sem mais tempo para ter tempo, o F.C.Porto precisava de dar um safanão nos problemas que o têm afectado, soltar um grito de revolta, mostrar que o Dragão tem qualidade, que não há mal que sempre dure e ganhar. Não foi um jogo brilhante por parte do F.C.Porto, pior na primeira-parte que na segunda, mas a vitória é justissíma e houve coisas interessantes que agora precisam de ser trabalhadas e consolidadas. Falarei disso mais à frente...

Entrando a ganhar aos 5 minutos, ainda o jogo não tinha mostrado tendências e por isso, conseguido o mais difícil, frente a uma equipa de contra-ataque - não é por acaso que a equipa de Nuno Espírito Santo tem muito melhores resultadosn fora que em casa, onde registou hoje a sexta derrota consecutiva para a Liga -, o F.C.Porto voltou a pecados velhos, voltou aquele futebolzinho que não aquece nem arrefece. Ritmo lento, pouca intensidade, pouca dinâmica, não aproveitou o factor golo para se motivar e ir com tudo à procura do segundo. O Rio Ave a perder e mesmo sem desmontar a estratégia que trazia para o jogo - defender com muitos e procurar surpreender no contra-golpe -, conseguiu o empate e não se pode dizer que o resultado era injusto. O F.C.Porto não tinha feito nada para chegar à vantagem, os vilacondenses nada tinham feito para conseguir marcar. Com a igualdade a equipa portista perturbou-se, nunca conseguiu jogar a bom nível e se teve mais posse, mais jogadas de ataque, mais cantos e uma bola no poste, também permitiu uma boa oportunidade à equipa de Vila de Conde que Helton resolveu.
Resumindo, empate justo, Porto longe do que se exigia a uma equipa que tinha de dar um safanão na crise.

Na segunda-parte houve mais Porto. Correndo mais, pressionando mais e mais à frente; beneficiando de um excelente Carlos Eduardo que aparecia ora na direita ora na esquerda; e com Fernando a recuperar bolas em zonas mais avançadas e fazer o lugar dele e o de Lucho; o F.C.Porto, após uma magnífica jogada e cruzamento perfeito de Varela que Jackson concluiu, adiantou-se no marcador. Vantagem justa e que podia ter sido dilatada logo a seguir: arrancada de Carlos Eduardo, sempre ele, pela direita, centro ao segundo poste onde apareceu Licá a rematar em esforço, obrigando a uma excelente defesa de Ederson. A partir desse lance o conjunto de Paulo Fonseca começou baixar o ritmo, a complicar em algumas jogadas e se o Rio Ave não criou perigo, enquanto a vantagem mínima se manteve e atendendo às abébias que a defesa portista costuma dar, os adeptos portistas estiveram em sobressalto. Sentindo o perigo e vendo que era um risco manter aquela toada, o treinador do tri-campeão mexeu e mexeu bem: primeiro Kelvin para o lugar de Licá e depois, Herrera para o de Lucho. O mexicano mexeu-se muito mais que o capitão, Kelvin pode não ter o espírito de sacrifício nem a disciplina táctica de Licá, mas é mais jogador que o ex-estorilista. As substituições resultaram, o F.C.Porto voltou a ser mais rápido e mais objectivo, marcou o 3-1 por Danilo, acabou o jogo em bom plano e a justificar a diferença de golos no marcador.
 
O jogo de hoje mostrou algumas coisas interessantes, permite algumas conclusões e duas ou três dúvidas: está visto que o triângulo do meio-campo tem de deixar de ser duplo-pivot; está visto que Carlos Eduardo tem mais e melhores características que Lucho para jogar como médio mais avançado; está visto que Licá não é o jogador que precisamos para extremo. A partir daí, é preciso dar alguns retoques: quem como parceiro dos dois anteriormente citados? Lucho, quando voltar ao rendimento normal, ele que se descaracterizou na posição 10 e precisa de voltar a conhecer a posição 8? Herrera, bem, mais à frente, mas que mais atrás às vezes comete erros que penalizam a equipa? Defour, talvez o mais equilibrado na função atacar/defender? Josué, que no meio tem cumprido sempre? Arrumado o meio-campo, quem a juntar a Varela e Jackson na frente? Kelvin? Chamem-no ao calhau, dêem-lhe confiança, responsabilizem-no e a partir daí, porque não? Portanto, depois do que vimos hoje, já há uma boa base, apenas é preciso encontrar quem para duas posições onde ainda há dúvidas e depois apostar nessa equipa, sistematizar, automatizar. Seguramente, vamos
melhorar. Também temos de melhorar na dinâmica e na intensidade, na forma como pressionamos e na velocidade com que saímos para o ataque ou contra-ataque - Carlos Eduardo mostrou como se faz; na concentração, para definitivamente deixarmos de cometer erros grosseiros e que sistematicamente nos têm penalizado - hoje mais uma vez falhamos no golo adversário. Primeiro naquela clareira que permitiu a Edimar entrar por ali à vontade; depois com Maicon a colocar o jogador do Rio Ave em posição legal e a pedir fora-de-jogo. Se conseguirmos melhorar nestes itens, ficaremos mais fortes, a confiança regressa, acredito que ficaremos mais equilibrados, deixaremos de fazer coisas bonitas para logo a seguir fazer asneiras que tiram o mais pacato dos adeptos, do sério, ganharemos mais facilmente, voltaremos a ser Porto. Perdemos muito tempo atrás do óbvio, mas ainda vamos a tempo.

PS - Ghilas devia ter entrado quando fizemos 3-1. Não entrou, só entrou em cima do minuto 90. Continuo a não perceber.

Rio Ave F.C. - F.C.Porto. Sem diagnósticos correctos, pode haver boas terapias? Veremos amanhã


É verdade que temos perdido protagonismo, prestígio e dinheiro, mas se já não podemos recuperar o que perdemos na prova entre clubes clubes mais importante do Mundo, a UEFA Champions League, podemos fazê-lo através do campeonato - a Taça de Portugal e da Liga têm muito menos visibilidade...- e da Liga Europa. Com a prova europeia, cujo sorteio é na próxima segunda-feira, a regressar apenas em finais de Fevereiro, 20 e 27, temos de acertar definitivamente o passo nas provas internas, em particular no campeonato, sempre o principal objectivo da época. Para isso temos e de uma vez por todas, deixar de ser um Porto de altos - poucos - e baixos - muitos -, um Porto pouco eficaz e pior, um Porto que comete erros primários. Temos e já não há mais tempo para ter tempo, de passar a ser um Porto consistente, equilibrado na qualidade de jogo, menos perdulário, menos dado a oferecer o ouro ao bandido e ganhador.
Para isso é fundamental que técnico e jogadores analisem tudo e façam um DIAGNÓSTICO CORRECTO sobre o que tem estado bem - porque é sempre possível melhorar - e principalmente, o que tem estado mal e muito mal - para corrigir e nunca mais repetir. Quando coloco toda a ênfase no diagnóstico correcto e até uma foto de Paulo Fonseca com a frase: «Quem vai a Madrid criar o que nós criámos?», é porque temo que o treinador do F.C.Porto continue a ver a árvore e não ver a floresta. É verdade que o tri-campeão português criou várias oportunidades e até um penalty falhou, mas para além de ter perdido 2-0 e de Helton ter negado pelo menos mais duas boas chances de golo aos espanhóis, o Atletico da última quarta-feira foi uma equipa desfalcadíssima, não tem nada a ver com o verdadeiro Atletico. Se era preciso um bom exemplo, dávamos o exemplo do jogo do Dragão frente ao mesmo adversário, completo, em que o F.C.Porto fez uma belo jogo, em particular na primeira-parte e não merecia perder.
 
O árbitro é Bruno Esteves, auxiliado por Venâncio Tomé e Mário Dionísio.

Lista de convocados:
Guarda-redes, Helton e Fabiano;
Defesas, Danilo, Maicon, Otamendi, D.Reyes e Alex Sandro;
Médios, Lucho, Carlos Eduardo, Fernando, Quintero, Defour e Herrera;
Avançados, Jackson, Licá, Kelvin, Ghilas, Varela e Josué.

A minha equipa provável:
Helton, Danilo, Maicon, Otamendi e Alex Sandro; Fernando, Defour e Lucho; Varela, Jackson e Licá.

Antevisão de Paulo Fonseca e o resto sobre o F.C.Porto no jornal O Jogo de hoje, com autorização presumida do blog portista forever

Histórico e curiosidades sobre o Rio Ave - F.C.Porto:
O Rio Ave - FC Porto a realizar-se amanhã será o confronto nº 20 para o campeonato. O saldo dos anteriores 19 jogos é relativamente equilibrado: 10 vitórias do FC Porto, 8 empates, e apenas 1 derrota.  F.C.Porto marcou em Vila do Conde 34 golos e apenas sofreu 9, um latente desequilíbrio entre golos marcados/sofridos e que contrasta com o relativo equilíbrio em termos de resultados.
Ficam os 19 resultados e respectivos marcadores dos golos do FC Porto apontados em Vila do Conde:
79/80 - Rio Ave 1 - FC Porto 3, golos: Gomes e Vital 2.
81/82 - Rio Ave 0 - FC Porto 2, golos: Jacques 2.
82/83 - Rio Ave 0 - FC Porto 3, golos: Gomes 2 e Jacques.
83/84 - Rio Ave 0 - FC Porto 0
84/85 - Rio Ave 0 - FC Porto 3, golos: Gomes 2 e auto-golo.
86/87 - Rio Ave 0 - FC Porto 0
87/88 - Rio Ave 0 - FC Porto 7, golos: Gomes3, Sousa 2, Rui Barros e Inácio.
96/97 - Rio Ave 0 - FC Porto 1, golo: Jardel.
97/98 - Rio Ave 0 - FC Porto 0
98/99 - Rio Ave 1 - FC Porto 1, golo: Zahovic.
99/00 - Rio Ave 2 - FC Porto 2, golos: Domingos 2.
03/04 - Rio Ave 1 - FC Porto 0
04/05 - Rio Ave 0 - FC Porto 2, golos: Mc Carthy e Leandro.
05/06 - Rio Ave 0 - FC Porto 0
08/09 - Rio Ave 0 - FC Porto 0
09/10 - Rio Ave 0 - FC Porto 1, golo: Farias.
10/11 - Rio Ave 0 - FC Porto 2, golos: Hulk 2.
11/12 - Rio Ave 2 - FC Porto 5, golos: Kleber 3, James e Djalma.
12/13 - Rio Ave 2 - FC Porto 2, golos: Jackson e Miguel Lopes.
Curiosidades:
O médio Quim, Campeão Europeu de 1987 e o adjunto e carismático Paulinho Santos, chegaram ambos ao FC Porto oriundos e formados no Rio Ave.
O Porto, Campeão Europeu com Mourinho, é o único que regista uma derrota em Vila do Conde e curiosamente, José Mourinho fez parte do plantel do Rio Ave na temporada 81/82 (Treinado pelo seu Pai Félix Mourinho), sem registar qualquer minuto jogado, um jogador banal, mas um treinador "paranormal".
Fernando Gomes o bi-bota, marcou em 4 jogos em Vila do Conde, em 4 vitórias do FC Porto e fez 8 golos nesses 4 jogos.
O resultado mais comum nos 19 confrontos anteriores em Vila do Conde foi o empate a zero golos, foi essa a tendência em 5 jogos.
 

Reage F.C.Porto, dentro e fora do campo!


Como sobre o futebol do F.C.Porto só resta esperar, ver se ainda mantemos alguns dos princípios de que tanto nos orgulha(va)mos e que não podemos perder, como a alma, carácter, orgulho, determinação e um grande espírito de vitória; que o nosso lema é "A sorte protege os audazes" e não "Dos fracos não reza a história" e portanto, vem aí uma forte reacção em Vila do Conde, vale a pena deixar umas palavras sobre este Porto fora do campo silencioso, onde não existe ninguém que mobilize as tropas, leia-se adeptos. O único que fala é o treinador, na antevisão dos jogos e no entanto nunca o F.C.Porto teve tantos meios para o fazer como tem agora, o melhor e mais eficaz dos quais, é um canal de televisão, o Porto Canal. Ficamos fora da Champions League de uma forma que deixa marcas e não aparece ninguém a dizer alto e bom som, de forma clara e convicta, calma, isto vai mudar! Alguém que transmita esperança, diga que o futuro a curto prazo não vai ser mais do mesmo. Que dê ânimo, motive os adeptos. Que diga que somos capazes de lutar contra este destino que nos parece destinado e vamos reagir à Porto. Alguém a dizer que não estamos conformados, estamos revoltados... Se não fossem as claques e os sempre fiéis, aqueles que fazem das tripas coração e estão em todas, que apoio teria o F.C.Porto no importante jogo de domingo?

SMS do meu amigo José Manuel Conceição:
«Vila, tu que tens a mania que sabe tudo, será que és capaz de me explicar porque razão Nuno André Coelho e Joãozinho, que tinham sido titulares em Arouca na vitória do Braga por 1-0, não jogaram na jornada seguinte frente ao Sporting?»
- Não, não sei Zé. Mas olha, pergunta ao Augusto Inácio e lembra-lhe que largos dias têm 100 anos.

Não contem comigo para cavalgar ondas nas horas más


Quando falo em grau de exigência e digo que o critério de análise não pode ser o mesmo quando jogamos frente ao Atletico de Madrid ou frente a equipas como o Belenenses, Nacional, Académica e Áustria de Viena, é porque o Atletico tem melhor treinador, melhores jogadores, melhor equipa. Mas o Atletico de ontem não é melhor equipa, nem no conjunto que apresentou, tinha melhores jogadores que o F.C.Porto. Prova disso foi o jogo. Jogamos melhor, dominamos, tivemos boas oportunidades, incluindo um penalty, mas perdemos. E perdemos porque apesar de um futebol de posse, engraçado, é um futebol pouco dinâmico, pouco contundente, que não causa mossa, para marcar um golo é o cabo dos trabalhos. E como se isso fosse pouco, quando em situação de ataque perdemos a bola, somos uma equipa desorganizada, desequilibrada defensivamente, as compensações tardam, ou fazemos faltas ou é um corredor aberto até à nossa baliza. A facilidade com que  o Atletico, com apenas três ou quatro dos habituais titulares, note-se, criou lances de golo, é significativo. Mais, cometemos erros inacreditáveis e que se repetem. Disse ontem, mas repito hoje: como é possível uma equipa de alto nível como o F.C.Porto, sofrer aquele primeiro golo? Como pode Maicon que não é um novato nestas coisas, permitir que de um lançamento de linha lateral e já sobre a linha de fundo, Raul Garcia, de costas para a baliza, rode, ganhe espaço e remate? Não pode! E Helton? Pois, pensou, mal, que dali já não saía nada, facilitou e claramente contra a corrente do jogo, Porto a perder. E o segundo golo? Mais uma vez mau posicionamento defensivo, Maicon levanta o braço a reclamar um fora-de-jogo inexistente e golo... outra vez quando os Dragões estavam melhor e o 1-0 já era muito injusto. Ninguém resiste a erros destes. E se pensarmos que desde o início da época isto vai acontecendo com frequência; que temos dito sempre que a organização do meio-campo e defensiva à perda de bola, é um desastre e nada muda... então ficamos muito pior. Que diabo, já era tempo de erros desta natureza terem acabado, não estamos a falar de juvenis... Isto depois do que aconteceu no sábado. Contra o Braga, recordo, fizemos uma 1ª parte inaceitável, melhoramos muito na 2ª parte, ganhamos bem, ficamos contentes, pensamos que as coisas iam melhorar. No jogo imediatamente a seguir, pumba, os mesmos defeitos, os mesmos erros, mais uma derrota, mais uma desilusão. Isto de andar sempre a repetir as mesmas coisas... começa a cansar!

Adiante. Já tinha dado um lamiré aqui, mas depois das declarações de Lucho, Fernando e de Paulo Fonseca, volto à carga. Ontem na Bola e na página que António Simões assina, vinha uma peça que podem ver ao lado, sobre o lançamento de um livro Coach to coach de autoria de Rui Lança. Vem lá uma frase dita por um mago do futebol americano, Vince Lombardi e que diz: «Os vencedores nunca desistem e os desistentes nunca vencem». No mesmo livro também diz que «ao treinador exige-se sempre mais. Não só que perceba de táctica e técnica, mas que saiba explicar, delegar, LIDERAR, APRENDER, MOTIVAR e COMUNICAR.» Não exijo que Paulo Fonseca seja um mago, mas quero que Paulo Fonseca seja mais que um bom rapaz, alguém desprendido e que até coloca os interesses do F.C.Porto sempre acima dos seus. Não, quero um Paulo Fonseca que diga, não agora que correu mal, mas quando se cometem os mesmos erros e corre bem, aquilo que disseram ontem Fernando e Lucho, dois jogadores que têm muitos anos de F.C.Porto. Um Paulo Fonseca convicto inconformado, a dizer, saímos da Champions, primeiro porque fomos incompetentes em casa e hoje, porque independentemente do que acontecesse em Viena, tínhamos de ganhar. Um Paulo Fonseca a dizer e de forma convicta, o que não tem remédio, remediano está, vamos trabalhar, melhorar, queremos ganhar a Liga Europa.
Quero um verdadeiro líder. Como se consegue motivar os portistas, com este discursozinho, triste, redondo, com a letra a não dizer com careta e que não mobiliza ninguém?

Meus amigos, dito isto quanto ao futuro do treinador, não se trata de ser politicamente correcto, trata-se de ter confiança em quem merece confiança. Se quem dirige o F.C.Porto, em particular o seu Presidente, vê o que nós vemos e o que não vemos - treinos, palestras, relação treinador/jogadores, etc. -, quer ganhar tanto como nós e até escreveu um livro sobre decisões na hora certa e tempo oportuno, porque não esperamos e confiamos? Decisões precipitadas, não. Avaliar tudo, ver o que queremos para depois do Natal, sem Champions e em função disso, decidir, sim.

A linha de rumo no Dragão até à morte é esta e enquanto eu por aqui andar, vai continuar a ser esta. Não me deixo impressionar, não me aquecem nem arrefecem os juízos de valor, portista de vitórias nunca serei. Os meus contributos são fruto das minhas análises e com o objectivo de ajudar, dentro das pouquíssimas possibilidades que tenho. Quem quiser e se identificar com esta linha, agradeço todos os contributos, quem quiser apenas cavalgar ondas nos maus momentos, não vai ter hipóteses.

- Ó Serpa, diz a esta gente para terem um pingo de vergonha na cara. Fizemos???!!!

Atletico de Madrid 2 - F.C.Porto 0. Triste sina a nossa


A tarefa era muito complicada, primeiro tínhamos de passar por cima do Atletico e depois esperar que o Áustria travasse o Zenit. O Áustria travou e de que maneira, o Zenit com uma goleada de 4-1, o F.C.Porto não cumpriu e está fora da Champions. E está fora da principal prova da UEFA por incompetência. Ponto. Mas independentemente de continuar na Champions ou seguir para a Liga Europa, a questão também era saber que Porto hoje no Vicente Calderón? O Porto dos melhores momentos, com alma, com raça e com crença e que teve os seus ponto altos na primeira-parte frente ao adversário desta noite, no jogo do Dragão frente ao Zenit, principalmente no Dragão - quando a jogar com 10 desde os 6 minutos, se dá tudo e se perde já no fim e de forma imerecida, não há nada a dizer - e na segunda-parte do jogo de sábado com o Braga? Ou aquele Porto triste, sem chama, desconcentrado, ineficaz e a cometer erros primários, por isso incapaz de ganhar a Belenenses, Nacional ou Áustria de Viena, pior do que isso, que perdeu frente à Académica? Foi mais do mesmo, isto é, um Porto que não foi eficaz e até um penalty falhou, um Porto que oferece golos e quando se junta a tudo isso a falta de sorte, está explicado de forma simples mais uma derrota do tri-campeão português.
Entrando com Helton; Danilo, Maicon, Mangala e Alex Sandro; Fernando, Defour e Lucho; Varela, Jackson e Josué e frente a um Atletico com um misto de habituais titulares e jogadores menos utilizados, a equipa do F.C.Porto entrou a jogar bem, a dominar, teve uma grande oportunidade por Jackson, bola na barra, mas logo a seguir, Maicon deixou Raul Garcia dominar, rodar e de ângulo difícil, marcar, com Helton mal batido a permitir que a bola entrasse entre ele e o poste. Um golo inacreditável, inadmíssivel numa equipa de alto nível. A ganhar sem fazer muito por isso, o Atletico que apenas tinha Diego Costa na frente, viu que lhe bastava lançar o hispano/brasileiro para colocar a defesa do F.C.Porto em sobressalto. E assim foi. Mesmo reagindo, mesmo tendo continuado a ter mais posse e voltando a ter mais uma bola na barra por Varela e uma grande penalidade, o F.C.Porto foi incapaz de marcar um golo e pior, viu o Atletico chegar ao 2-0, em mais um erro da defesa. Maicon e Mangala confiaram num fora-de-jogo que não existia, Diego contornou Helton e aumentou a vantagem. Enfim, ao intervalo, o empate já era injusto, estar a perder 2-0 é mau demais, principalmente porque e é a nossa triste sina, não marcar e oferecer golos.

Na segunda-parte voltamos a entrar bem, pressionamos mais, fomos mais rápidos e mais intensos, voltamos a dominar, voltamos a ter uma enorme percentagem de posse de bola, muitos cantos, mais uma bola no poste, mas nem um único golo. O Atletico tirou o melhor avançado, Diego Costa, veio à nossa baliza poucas vezes, mas nas vezes que veio, podia ter marcado mais golos. E não vale a pena dizer mais nada, nem falar das substituições, de quem jogou bem e de quem não jogou nada. Como disse um amigo meu e eu concordo, no final do jogo num SMS que me enviou, este é um Porto triste, enfadonho, curtinho.

Nota final:
Uma equipa que apenas conquista 1 ponto em casa, que apenas faz 5 pontos no total - não sei se é a pior pontuação de sempre...-, repito, é uma equipa que não merece mais e até se pode dar por feliz em ir para a Liga Europa. Uma equipa de anjinhos, de jogadores que erram e erram e nunca aprendem com os erros, merece o quê? Ouvi as declarações de jogadores no final do jogo e aquilo que Lucho e Fernando disseram, sobre erros, atitude, desconcentrações, é um péssimo sinal. Falarei disso nos próximos dias.

Lucho González, médio do Porto: "Temos de analisar os golos e a forma como os sofremos. Estamos tristes por ser eliminados. Há que levantar a cabeça e pensar no jogo de domingo. Se analisarmos tudo, houve muitas falhas. Quando se cometem erros nesta competição, não se merece ir em frente. Não há que buscar culpados. Tentamos de analisar e perceber onde falhámos".

Fernando, médio do Porto: "Tivemos oportunidades para marcar, mas desconcentrações atrás deitaram tudo a perder. Tivemos algum azar, mas tem de haver mais concentração para não sofrermos golos destes. Tivemos inocência. Sim, houve erros, erros da equipa. Temos de trabalhar mais para acertar."

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