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domingo, 23 de março de 2014


O F.C.Porto já empatou, perdeu, fez jogos maus e que me irritaram solenemente, mas nunca tive tanta vontade de não fazer um post como hoje. Aquilo que se passou esta noite no Dragão foi mau de mais, foi uma péssima propaganda ao futebol. Culpas de uma arbitragem deplorável, uma xistralhada à moda antiga;  de uma equipa do Belenenses que passou mais tempo deitada e a queimar tempo que a jogar futebol - contando para isso com a conivência do árbitro; e de um Porto que fez exibição muito pobrezinha.

Se o Belenenses, tirando a parte da falta de força nas pernas, foi aquilo que se esperava: uma equipa a jogar para o pontinho - Lito Vidigal montou uma equipa com todos atrás da linha bola, procurando manter o nulo em primeiro lugar, para depois ensaiar um ou outro contra-ataque -, não se esperava um Porto a jogar tão mal como jogou esta noite - então na primeira-parte foi mau de  mais para ser verdade. O conjunto de Luís Castro foi uma equipa lenta, complicativa, trapalhona, sem ideias e sem soluções, incapaz de criar uma única jogada com princípio, meio e fim, antes do lance do golo de Jackson que o árbitro invalidou, mal, iam decorridos 28 minutos. Depois e até ao intervalo, tirando uma cabeçada ao poste de Varela, uma expulsão correcta do jogador do Belenenses - derrubou Jackson quando este ia ficar isolado - e um ramate que foi ao poste de Fabiano na única vez em que a baliza portista correu verdadeiro perigo, nada mais de relevante se passou. Portanto e resumindo: 45 minutos de mau futebol, resultado justo e que penalizava o mau jogo da equipa portista.

Como uma das razões para a fraca qualidade de jogo portista na primeira-parte foi um meio-campo incapaz de pegar no jogo, de desorganizar e encontrar espaços na muralha de Belém, o treinador dos tri-campeões tirou Josué, o mais fraco do trio e meteu Quintero, tentando que o génio colombiano conseguisse encontrar ou ajudasse a encontrar o caminho da baliza. Mas quando se pedia largura, toda a largura possível para desmontar o autocarro que veio de Belém, Quintero entrou a afunilar, num futebolzinho curtinho e mastigado, sempre pelo meio, que não era recomendável e o zero mantinha-se para desespero de todos, dentro e fora do campo. Vendo que a coisa não atava nem desatava, Luís Castro tirou um desinspiradíssimo Varela, meteu Kelvin e herói da época passada agitou, criou, mas Jackson despediçou dois golos que até eu marcava - só visto! - e o nulo persistia. Quando já entrava pelos olhos dentro que o F.C.Porto tinha gente a mais cá atrás a não fazer nada - se o Belenenses só defendia, para quê Reyes e Mangala? -, o treinador portista tirou o central mexicano, meteu Licá na direita, Kelvin passou para o lado contrário, Ghilas para o centro do ataque. E foi assim, com a equipa a atacar a toda a largura do campo e com mais gente na área, que o F.C.Porto chgou à vantagem e conquistou, justamente os 3 pontos. Uffa!

Notas finais:
Compreendo que o jogo de Nápoles desgastou, vem aí o Benfica e isso pesa, estávamos sem três jogadores importantes - Danilo, Fernando e Quaresma. Mas que diabo, estávamos a jogar contra o último classificado e que só tinha 10 jogadores em campo a partir do minuto 44. 

A melhor maneira de resolver  problemas frente a estas equipas, é entrar forte, jogar rápido, fácil, fazer as opções correctas. E o F.C.Porto não fez nada disso. Fez quase sempre o contrário.

Também não podemos falhar golos inacreditáveis, ter uma eficácia tão baixa. Tínhamos de resolver o jogo com naturalidade e não acabar com espectro de um golo que dava o empate.  Nem a eliminação de uma equipa como o Nápoles dá confiança?

Com Jackson a jogar e a falhar assim, Ghilas na esquerda não é um desperdício?

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