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domingo, 9 de março de 2014


Pode uma equipa estar a fazer um jogo interessante, com bom ritmo, boa dinâmica, boa circulação, algumas boas jogadas de envolvênvia, marcar dois golos, criar e desperdiçar boas oportunidades, inclusive uma grande-penalidade, para marcar mais dois ou três e depois e ir para o intervalo apenas com a vantagem mínima, resultado claramente lisonjeiro para o Arouca e muito injusto para o F.C.Porto? Pode e aconteceu com a equipa portista esta noite.

Pode uma equipa a jogar em casa dar indícios que vai ganhar um jogo à vontade, nas calmas e depois descambar, ficar intranquila, nervosa, sem organização e sem confiança, frente a um adversário muito inferior, só porque a diferença no marcador não é sólida? Mesmo quando sofre um golo de uma falta inexistente e num ressalto de bola? Pode e aconteceu esta noite no Dragão, mas não devia acontecer.

Pode uma equipa entrar mal, ligar o complicador na segunda-parte, perder tudo o que de bom tinha feito na primeira, passar a jogar sobre brasas, ao ponto de se poder dizer que parecia outra equipa? Não devia, mas aconteceu esta noite no belo anfiteatro do F.C.Porto.

Pode uma equipa nos períodos de maior aperto e quando está mais instável, ter uns centrais que em vez de serem o sustentáculo e a principal garantia de segurança defensiva, pelo contrário, são os primeiros a abanar, a ficar nervosos e a vacilar? Não pode, mas foi isso que aconteceu, com Maicon e Abdoulaye, mais o primeiro que o segundo, a nunca darem a segurança e confiança que a equipa precisava. E este é um problema que urge resolver.

Claro que quando a diferença no marcador não dispara, os adversários aproveitam-se da intranquilidade, acreditam, sofremos sem necessidade. Hoje foi o Arouca, mas tem sido quase uma constante nesta temporada portista. E o pior, como se viu depois do 3-1, é que não será excessivo nem especulativo pensar, que ganharíamos tranquilamente se temos materializado mais cedo a nossa superioridade.

Assim e como conclusão, podemos dizer que não havia necessidade, os artistas são melhores do que parecem, mas estão cheios de bichinos na cabeça. E por isso, a pergunta que se coloca, é: mais que alterar sistemas, modelos, mudar triângulos ou jogadores, será Luís Castro capaz de limpar a cabeça dos meninos, fazer regressar a calma, tranquilidade e confiança? Ganhar ajuda, ganhar muitas vezes ainda mais, ganhar a um adversário poderoso como o Nápoles, então nem se fala, mas não seria dispiciendo juntar um PSI ao novo líder da equipa técnica. É que o mal parece bem profundo e para grandes males...

Maicon, Abdoulaye, Quaresma, Varela e Jackson - quem organiza o jogo no meio-campo são os médios, o ponta-de-lança, recebe, se tem gente nas costas, não tem que andar às fintinhas, solta e vai... -, seriam os primeiros clientes.
- Juan, amigo, alarga as vistas, há mais gente em campo para além do Cha Cha Cha.
O bacalhau vai para Ricardo Quaresma, oferta do Dolce Vita Porto
Dos que não têm jogado muito, Defour aproveitou a oportunidade.
Luís Castro entrou com o pé direito, mas não é milagreiro. Ainda é muito cedo para análises e juízos de valor. Calma e deixemos o novo técnico trabalhar. Mas gostei de ver o Carlos Eduardo a marcar aquele livre à entrada da área, na primeira-parte... Embora eu preferisse o Danilo.

Nota final:
Enquanto nós temos de nos preocupar com uma eliminatória muito difícil, fazer pela nossa vida e pela dos outros -  se fossemos a contar com os pontos que os calimeros têm conseguido para o ranking da UEFA... estávamos como Malta ou Chipre -, os viscondes falidos, pela amostra, já começaram com o choradinho e a carpir mágoas. Por isso, preparemo-nos para uma semana onde a piromania calimera vai estar sempre na ribalta.

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