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quinta-feira, 6 de março de 2014


Que esta época não está a correr bem, é um facto indiscutível. Que a partir daí se façam as mais variadas conjecturas sobre o futuro do F.C.Porto, traçando os mais variados cenários catastrofistas, compreende-se nos nossos inimigos, andam nisso há 30 anos, que sejam alguns portistas a ir por aí, revela, no mínimo, uma precipitação e uma falta de memória indisculpável. Ora vamos lá ver.
Desde que Pinto da Costa é Presidente do F.C.Porto lembro-me de quatro apregoados e cantados fins de ciclo. O primeiro foi após a época 1988/1989, última época totalmente em branco e depois de termos vencido a Taça dos Campeões Europeus em 1986/1987 e tudo, com excepção da prova rainha da UEFA na época seguinte - Campeonato e Taça de Portugal, Taça Intercontinental e Supertaça Europeia. O fim de ciclo dessa altura, como sabem, era manifestamente exagerado.

Depois veio o fim de ciclo que coincidiu com o período Fernando Santos/Octávio+Mourinho, em que estivemos 3 anos sem ganhar o campeonato, sempre o principal objectivo da época - vejam que estou a dar de barato e a oferecer de bandeja, Taças de Portugal e Supertaças, troféus que fazem as delícias dos dois rivais da segunda circular. Também nessa altura o fim de ciclo deu no que deu, o mais extraordinário período da História do F.C.Porto - Taça UEFA num ano e Champions no ano seguinte... Meu Deus, nem eu sonhava com tanto! 

Mas como 2004/2005 correu mal, foi Mourinho que os salvou, agora é que vai ser - o pipa de água choca, veio ontem dizer que nesse ano delapidamos o plantel. Pipa, meu rafeiro careca, saíram Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho, Deco, titulares indiscutíveis, Alenichev e Pedro Mendes, nem tanto assim, entraram Seitaridis ( melhor lateral-direito do Euro 2004), Bosingwa, Pepe, Diego, Raúl Meireles, Quaresma, Hélder Postiga e Luís Fabiano, tudo gente fraquita, já se vê e ficaram, Vítor Baía, Jorge Costa, Pedro Emanuel, Nuno Valente, Costinha, Maniche, Carlos Alberto, Derlei e Benni. Bela delapidação de plantel! -, tetra, mais uns trocos, com Co Adriaanse e Jesualdo.

Finalmente, em 2009/2010 perdemos o título do túnel para o Benfica de Jesus, ano do Catedrático, Exterminador Implacável e outros mimos. Shsshshsh, arghhh, pufff - mas o que é isso, ó Vila Pouca? Interjeições made in Mister Chiclete. Vocês não lêem o panfleto da queimada! Quatro páginas a explicar o significado das reacções de Jorge Jesus, desde o corte de cabelo, até ao ajoelhar ao 90+2, é obra. Deviam ler, mas se pedirem muito... eu publico -, é agora!, Pinto da Costa sente o chão a fugir e já está a preparar a fuga, dizia Fernando Guerra, o Reco-reco anormal. Viu-se, resposta demolidora, apesar de já ter vivido época com momentos fantásticos, a época com Villas-Boas foi a mais e maiores emoções e alegrias do meu percurso de portista.- o que aconteceu depois... é outra história. E tri-campeões, com momento Kelvin a ser um dos mais marcantes de sempre.
Portanto e concluindo, não sei o que vai ser o futuro, não sou adivinho, mas quando em 2010 muitos já previam o fim do ciclo e uma nova hegemonia, diziam que Pinto da Costa estava finito e devia dar a vaga, eu, depois de ouvir aqui e aqui e porque chegamos aqui, recomendo calma, tranquilidade e bom senso. Nada de juízos definitivos.
O Dragão quebra, mas não torce e nunca perde a chama.

Nota final:
A partir do momento que a saída de Paulo Fonseca se tornou inevitável, era preciso resolver o problema. Qualquer solução nunca teria, como nunca tiveram antes soluções semelhantes, a unanimidade. Quem tinha de decidir, decidiu assim e por mim, decidiu bem. Portanto, domingo lá estarei no Estádio a torcer pelo F.C.Porto, com a consciência que no futebol não há milagres, nem Luís Castro é um milagreiro.

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