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quarta-feira, 5 de março de 2014


Como podem ver aqui, Paulo Fonseca deixa o F.C.Porto e entra para o seu lugar, interinamente e de forma provisória, Luís Castro. Era uma saída anunciada e as razões que levaram a este desfecho já aqui foram debatidas e apontadas... Mas é óbvio que a partir das declarações do treinador no final do jogo frente ao Vitória, deixou de haver qualquer possibilidade para que Paulo Fonseca pudesse continuar. Não era preciso ter informação privilegiada, bastaria conhecer bem o F.C.Porto, para concluir que Paulo Fonseca já não estaria no banco no jogo de domingo frente ao Arouca. Agora que o treinador saiu não vale a pena estar a acrescentar e a repetir os erros e defeitos que levaram a esta situação extrema. Tudo isso deixa de ser importante, essas questões foram analisadas e apontadas na altura própria, com respeito, objectividade e de forma construtiva. Paulo Fonseca sai, não tenho dúvidas que se por um lado estará alíviado - era notória a dificuldadade do técnico em lidar com a pressão e a contestação -, por outro, estará triste por não ter tido o sucesso que esperava conseguir quando abraçou a difícil tarefa de treinar o F.C.Porto. Mas não pode nem deve desanimar, ainda é muito novo, foi apenas uma etapa de uma carreira que desejo longa, que não correu bem. Que tenha aprendido alguma coisa, que este passo atrás se transforme o mais rapidamente possível, em dois à frente. Desejo-lhe a melhor sorte do mundo ao treinador e ao homem.

Quem tem um longo historial de boas escolhas, para mim, tem um crédito que não fica abalado por desta vez ter escolhido mal. Ninguém acerta sempre, os melhores são os que acertam mais vezes. Assim, espero que a escolha do próximo treinador seja feita com a calma e a ponderação que se exige, soluções apressadas podem voltar a dar maus resultados. Que este erro de cálculo, tal como já aconteceu em situações semelhantes, signifique que no futuro a curto prazo voltaremos mais fortes e outra vez ganhadores. Uma palavra para o grande universo portista, caíria bem.

Ao novo treinador, Luís Castro, desejo a melhor sorte do mundo, bem precisa dela. Não herda uma tarefa fácil, mas espero que consiga, mesmo que seja uma fase transitória, para além dos resultados, transmitir para dentro e para fora, um novo estado de alma, um novo ânimo.

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