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domingo, 17 de janeiro de 2016


Depois do empate surpreendente do Sporting frente ao Tondela, tão surpreendente que motivou mais uma reacção desproporcionada e histérica nas hostes leoninas, o F.C.Porto tinha possibilidades de encurtar distâncias, ficar a depender apenas das suas prestações para chegar ao título, principal objectivo da época. Era um jogo difícil, os jogos no D.Afonso Henriques raramente são fáceis para o F.C.Porto, porque depois de tantas notícias envolvendo o F.C.Porto e o treinador dos vitorianos, o ambiente que já é quentinho, ainda se tornou mais efervescente, os jogadores vitorianos iam jogar pela honra, era preciso um Porto de pelo na venta, com atitude, carácter, imune a pressões, capaz de mostrar a qualidade que está ao seu alcance e mais, que já faz parte do passado o desaproveitamento de oportunidades quando os principais rivais fraquejam. Um Porto que se não fosse de 80, também não fosse de 8. Mas esta é uma equipa que não tem capacidade de se transcender, de honrar as tradições do F.C.Porto. Quando era preciso um grande Porto, tivemos um Porto com um guarda-redes que ofereceu de bandeja um golo e no ataque tem um ponta-de-lança que falha golos atrás de golos. Assim, quando esperávamos reduzir distâncias para o líder, não só não reduzimos, como ainda ficamos mais longe do título. É esta a nossa triste sina. A triste sina de andarmos constantemente a ouvir: vamos continuar a trabalhar; vamos levantar a cabeça; pedimos desculpa... Estou cansado destas lamúrias, chega de conversa da treta! E nunca mais se atrevam a dizer: Somos Porto! Para dizer isso ainda têm muito para mostrar e provar.

Entrando de início com Casillas, Maxi, Martins Indi, Marcano e Layún, Danilo, André André e Herrera, Corona, Aboubakar e Brahimi, a mesma que equipa que na jornada anterior iniciou o jogo do Bessa e goleou o Boavista, o F.C.Porto logo aos 4 minutos ficou em desvantagem. Sem que nada o indiciasse, um lançamento de linha lateral, um remate que amortecido em André André, ficou fácil para Casillas, mas uma péssima abordagem, um grade frango do guarda-redes dos Dragões e Vitória na frente. Em vantagem, a equipa de Sérgio Conceição recuou, defendeu com muita gente, não deu muitos espaços, mas o F.C.Porto, apesar de dominar totalmente, demonstrou uma incapacidade flagrante para criar perigo. Com Aboubakar incapaz de dar seguimento às jogadas e inconsequente; Brahimi e Corona muito em jogo, mas demorando a soltar a bola no momento certo; os médios mais avançados, André André e Herrera sem poder de fogo; Danilo muito pouco esclarecido e lento a executar; só por uma vez o conjunto de Rui Barros esteve bem perto do empate, iam decorridos 15 minutos. Para além desse lance que cheirou a golo, apenas mais um ou outro  que o guarda-redes do Vitória, João Miguel, resolveu com mais ou menos dificuldades. Portanto e como conclusão, pode-se resumir os primeiros 45 minutos ao seguinte: um frango atrás e pólvora seca no ataque, penalizaram os portistas, vimaranenses na frente sem terem feito muito por isso.

A perder, esperava-se uma reacção forte dos portistas na segunda-parte. Houve reacção, a posse de bola até foi esmagadora, 72/28; o domínio, absoluto e a superioridade, total; algumas jogadas bem conseguidas e adversário desequilibrado; mas depois, na hora da verdade, quando era preciso definir no último passe, raramente definíamos bem, quando os passes eram bem executados, falhávamos claramente na finalização. Mais uma vez Aboubakar esteve desastrado, com a cereja no cimo do bolo a ser o duplo amarelo e a expulsão - o segundo amarelo foi justo? Ou foi mais uma decisão dos artistas que não só não têm respeito por nós como ainda gozam connosco? Uma equipa que tem 90 para fazer um golo e não consegue... está tudo dito! Frente a um Vitória que trabalhou bem, defendeu bem, fez pela vida, mesmo sem jogadores importantes, Otávio e Licá, com um a fazer a estreia, Tyler Boyde e utilizando jogadores ex-Académico de Viseu e Tourizense... Um Vitória que já não ganhava há muitos anos ao F.C.Porto, ganhou hoje.

Nota final:
Lopetegui saiu, Rui Barros disse que gostava de se ter despedido de outra maneira, portanto vai sair, veremos quem entra e nessa altura, veremos se alguém desce do pedestal e se lembra que o F.C.Porto tem sócios, adeptos, simpatizantes que gostam muito do clube.
 

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