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terça-feira, 2 de fevereiro de 2016


O mercado fechou e como sempre acontece nestas ocasiões, é a altura para dizer alguma coisa.
Eu também gostaria que o F.C.Porto tivesse contratado um central, num dos posts anteriores até lhe tracei o perfil, ao mesmo tempo que tentei explicar que não se pode separar a parte individual da colectiva. Segundo fui lendo e ouvindo, tentamos dois jogadores que dizem são bons e com bom futuro, mas jovens, ainda longe de terem um estatuto que garantisse sucesso imediato: um no Verão, Rudiger e outro no Inverno, Jemerson. O primeiro estava com problemas físicos, era caro, mas só não veio porque preferiu a Roma e o campeonato italiano, ao F.C.Porto e ao pouco visível campeonato português. O segundo não veio, não sei porquê, mas sei que também não era barato e sei que no Mónaco, por exemplo, 2 milhões de euros/ano, brutos, são quase 2 milhões, em Portugal seriam menos de 1 milhão. Não veio um, não veio outro, devíamos ter outra alternativa. Pois, mas sinceramente, quando vejo clubes com um poderio económico muito superior, andarem como baratas tontas a tentar contratar centrais - o Barcelona anda há duas épocas a tentar Marquinhos, o Chelsea ofereceu 50 milhões por John Stones e nada, não vejo onde possa estar o tal central... Sim, porque contratar por contratar, mais vale ficar quieto. Portanto, temos Maicon, Martins Indi e Marcano, num caso de necessidade, podemos sempre recorrer à equipa B - é para isso que ela serve e no futuro tem de ser por aí -, ou uma adaptação, não vira daí mal ao mundo, já aconteceu muitas vezes.

Também acho que um médio que juntasse aquilo que têm alguns médios do F.C.Porto, um poder de tiro de fora, importante para desbloquear alguns jogos, seria óptimo. Mas um médio desses, não é fácil de encontrar e os que existem os seus clubes não os vendem ou pedem muito dinheiro. Sérgio Oliveira tem algumas das características necessárias para ser esse médio, ficou no plantel, é a hora do vai ou racha.

Finalmente, um ponta-de-lança mais eficaz dos que temos, alguém que precisasse apenas de meia oportunidade para marcar um golo e não três ou quatro. Para mim, esta era a grande prioridade, era para aí que devíamos canalizar todas as nossas fichas. Veio Suk, espero que os sul-coreano no futuro próximo, seja o ponta-de-lança simpático de Famalicão e não o carrancudo de Santa Maria da Feira.

Portanto e resumindo: do plantel que iniciou a época, saíram Cissokho, ficaram Layún e José Angel. Não creio que por aqui o gato vá às filhoses. Cissokho não correspondeu, foi uma sombra daquele que tanto tinha brilhado quando chegou ao F.C.Porto vindo do Vitória F.C.. Osvaldo deu lugar a Suk. Se me perguntassem antes de ver o rendimento do italo/argentino, quem eu queria, a resposta era óbvia: Osvaldo. Mas até o pior Suk é melhor que aquele Osvaldo. Saiu Tello e entrou Marega. Raciocínio idêntico ao anterior. Teoricamente, Tello, mas este Tello amorfo, sem raça, sem alma e sem chama, desta época, pode ser bem substituído por Marega, isto se o maliano corresponder, mostrar as capacidades que mostrou ao serviço do Marítimo. Também saiu Lichnovsy, era o quarto central, como referi anteriormente, em caso de necessidade não será difícil resolver o problema. Não estamos a falar de um titular indiscutível, do patrão da defesa.

Assim, temos:
Guarda-redes: Casillas, Helton, Gudiño e José Sá;
Defesas: Maxi, Martins Indi, Maicon, Marcano, José Ángel e Layún;
Médios: Rúben Neves, Danilo, Sérgio Oliveira, Evandro, Herrera, André André e Bueno;
Avançados, Varela, Corona, Marega, Suk, André Silva, Aboubakar e Brahimi.

Para a UEFA, depois das saídas de Osvaldo, Imbula, Cissoko e Tello, tudo indica que entram Marega, Suk e José Ángel.

Notas finais:
Se o F.C.Porto, for como espero, uma equipa colectivamente forte, dinâmica, organizada, equilibrada, compacta, solidária, capaz de atacar bem, mas também de defender bem e a defesa começa logo no ataque, uma equipa que reaja bem à perda de bola, então as coisas ficam bem mais fáceis, até aqueles que são mais fracos, parecem grandes craques.
Já dei este exemplo no blog, mas vou repeti-lo:
Na década de setenta do Século passado, eu era um dos muitos portistas que ao sábado ia ver o Boavista de Pedroto e ao domingo o F.C.Porto. Naquele Boavista, só havia um craque, João Alves, mas era uma grande equipa, onde até um jogador banalíssimo como Trindade, parecia o melhor lateral-direito do mundo.
Estou a exigir muito a José Peseiro? Talvez. Mas como acredito nas suas capacidades para formar uma grande equipa...

Vieram alguns miúdos para a equipa B, Erik Palmer-Brown, Haykeul Chikhaoui e Nassim Zitouni. Não os conheço, portanto não vou dar palpites... até para não fazer as figurinhas que fazem alguns que logo mandaram bitaites contra a vinda de Ismael, Omar Govea, Otavinho, etc. - sim, lembro-me bem do que li sobre o jovem brasileiro que está emprestado ao Vitória... - e agora já mudaram de opinião.

Dito isto, há dois caminhos: um, dizemos agora o que precisa de ser dito, mas amanhã acabou, são estes os que temos, são estes que vamos apoiar e é com estes que vamos à luta; outro, vamos continuar a zurzir, sempre à espreita de motivos para críticas fáceis, dizer que devia vir este mais aquele, esta política desportiva não faz sentido nem tem lógica, etc.. O meu caminho é o primeiro. Quem quiser seguir o segundo, OK, tem esse direito, mas poupem-me a pessimismos e principalmente, à conversa, não temos hipóteses, vai ser um desastre, é mais uma época perdida, etc.

PS - Não sei se as notícias que o F.C.Porto ofereceu 16 milhões de euros por Rafa são verdadeiras, mas se são, fico preocupado. É um sinal que vamos continuar a cometer loucuras. Para mim, valores desses, só excepcionalmente e só por craques de créditos firmados e daqueles que a priori, garantam golos e muitos por época. Posso vir a engolir o que estou a dizer, mas Rafa, sendo um bom jogador, para mim, não vale nem metade. António Salvador tem todo o direito de defender os interesses do seu clube e de não facilitar, mas se é assim, já disse antes, mas repito agora: não compreendo o empréstimo de Josué. Até porque este não é o primeiro caso do género... Facilitamos a vida a quem não nos facilita nada?

Gil Vicente - F.C.Porto. Queremos voltar a ganhar a Taça de Portugal

Queremos muito voltar a ganhar a Taça de Portugal e para isso temos primeiro de eliminar o Gil Vicente. É uma eliminatória a duas mãos, somos claramente favoritos, mas não podemos pensar que só por isso, a vitória a passagem ao Jamor, está garantida. Como se viu nos jogos em Famalicão e Santa Maria da Feira, frente a equipas que tal como o Gil pertencem ao segundo escalão do futebol português e em que averbamos duas derrotas, agora não há equipas fáceis, é preciso dar ao litro, ter respeito pelo adversário, jogar a um nível alto. Espero um Porto com esse espírito amanhã em Barcelos. A convocatória é um bom sinal.

O árbitro é Manuel Mota, os auxiliares não são conhecidos.

Convocados do F.C.Porto:
Guarda-redes, Helton e José Sá;
Defesas, Maxi, Martins Indi, Marcano, Maicon, José Ángel e Layún;
Médios, Danilo, Herrera, Sérgio Oliveira e Rúben Neves;
Avançados, Brahimi, Aboubakar, Marega, Varela, Suk e Corona.

Equipa provável:
Helton, Maxi, Marcano, Maicon e José Ángel, Rúben Neves, Sérgio Oliveira e Herrera, Marega, Suk e Varela.

Antevisão de José Peseiro:
“O Gil Vicente ainda não perdeu em casa e eliminou duas equipas da Primeira Liga, o Tondela e o Nacional. Sabemos disso, temos a noção e a certeza de que vão querer estar no Jamor, mas nós também temos esse pensamento. Há quatro anos que não estamos na final, queremos lá estar e para que isso se concretize é importante vencermos amanhã, sermos competentes e termos noção da responsabilidade e da força do adversário”

“Queremos apresentar-nos no máximo das nossas capacidades. Vamos apresentar o nosso melhor onze amanhã. Sabemos que a eliminatória se disputa em dois jogos e temos a ambição de estar na final no fim do segundo jogo, mas queremos já deixar a nossa marca, de forma convicta”

“É outro jogo, com outro enquadramento e contexto, não tem nada a ver com Famalicão e Feirense. Não estamos focados no que fizemos noutros jogos, mas a pensar nas tarefas que temos que cumprir, com determinação, empenho, solidariedade e a ambição tremenda que temos de estar no Jamor. É isso que nos vai orientar”

“Sobre o mercado de Inverno, o que me apraz dizer é dar as felicidades aos que saíram e ainda mais aos que entraram. Temos muitas competições, o que é um bom sinal, vários objetivos e plena confiança nos jogadores e no seu potencial. São mais do que bastantes e a densidade competitiva não nos amedronta nem atemoriza”.

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