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domingo, 24 de setembro de 2017


Como disse no post do jogo com o Portimonense, o F.C.Porto se não foi brilhante durante os 90 minutos, teve momentos muito bons, venceu com toda a justiça e porque convém repetir e voltar a repetir, ganhou como ganhou todos os jogas anteriores, sem ter beneficiado de qualquer erro dos árbitros a seu favor, ao contrário do que vamos vendo por aí. Para além disso e embora o importante seja meter a bola na baliza - se for com as costas não faz mal, vale na mesma -, não nos podemos esquecer que o futebol é espectáculo. Sendo assim, não tenhamos receio de dizer que no jogo de sexta-feira houve espectáculo, tendo atingido o ponto mais alto no quinto golo do F.C.Porto, golo com nota artística e a culminar uma excelente jogada de contra-ataque.
Portanto, neste momento somos líderes isolados, temos o pleno de vitórias e se não é razão para deitar foguetes, fazer uma festa, também não vejo motivo para que não possamos manifestar o contentamento de quem tem feito bem o seu trabalho. E se alguém disser que ainda não fomos verdadeiramente colocados à prova, ainda não jogamos clássicos, só temos de responder: e os outros candidatos com quem perderam pontos? Convém também recordar que se antes de se iniciar o campeonato, alguém dissesse que à 7ªjornada o F.C.Porto liderava isolado e imbatível, poucos acreditariam nessa possibilidade, estávamos destinados ao papel de coitadinhos que nem dinheiro têm para contratar jogadores.

Umas palavras sobre a defesa do F.C.Porto.
De defesa de betão, que já não sofre golos há quinhentos e tal minutos e por isso tão elogiada, a defesa que comete muitos erros, foi um passinho de pardal.
A defesa do F.C.Porto comete erros? Comete. Como cometem as defesas de todas as equipas, incluindo as mais poderosas. A do F.C.Porto, tirando o jogo frente ao Besiktas - Mónaco, grande equipa, grandes jogadores, treinador de eleição, por isso adversário muito exigente e teste de nível muito elevado, vai dizer se o jogo frente aos turcos foi apenas uma noite má ou se não temos pedalada nem para os serviços mínimos na Champions. E para essa avaliação o resultado nem é o mais importante... -, tem tido um comportamento bem aceitável. Sete jogos, três golos sofridos, sendo que um foi irregular, é uma média muito boa. Em Vila do Conde há atenuantes - com a saída de Alex Telles e a passagem de Ricardo para a esquerda, uma descoordenação que foi fatal, juntou-se a um corte para o local errado de Felipe -, frente ao Portimonense, desde o mérito que tem de ser creditado ao ataque dos algarvios, onde existem jogadores bons de bola, houve uma natural descompressão e desconcentração após o 3-0 e o 5-1. Ah, mas por exemplo, frente ao Chaves, permitimos duas boas oportunidades aos flavienses. É verdade, mas para além da equipa de Luís Castro ser uma boa equipa - começou mal, mas já encontrou o seu caminho -, não há defesa no mundo capaz de não permitir qualquer oportunidade aos adversários. Em contrapartida, em Braga quando foi necessário defender bem, defendemos, em Vila do Conde idem aspas.
Assim, dando de barato que numa equipa colectivamente forte, a defesa começa no ataque, todos têm de ajudar e defender, há sempre coisas a melhorar, principalmente a nível da concentração. Neste particular o que precisa mais de ser abanado é o brasileiro Felipe.
Concluindo, não éramos a melhor defesa do mundo, não somos uma defesa que parece um passador. Que tal o meio termo? Não nos deixemos embalar por aqueles que a cada momento vão mudando de perspectiva, quando algumas teorias negativas não se confirmam, porque são desmentidas pela a prática, logo arranjam outras, novos argumentos, hoje é isto, amanhã é o seu contrário.

No final do jogo de anteontem e enquanto esperava pelo metro, tinha o rádio sintonizado na Renascença e ouvi Pedro Azevedo e Sílvio Vieira criticarem Sérgio Conceição pela forma como tinha reagido no flash interview - mais tarde viria a fazer o mesmo na conferência de imprensa. Foi um tiro muito ao lado. Primeiro, se as palavras do técnico dos Dragões na antevisão do jogo foram descontextualizadas, como Sérgio Conceição explicou num lado e noutro, se se procurou confundir, deturpar, por exemplo, meter veneno junto do treinador do Benfica, porque razão Sérgio Conceição tinha de ser criticado? Desde quando alguém merece críticas por exigir rigor, ética e profissionalismo?
Segundo, sendo o primeiro dos citados, responsável pelo desporto da Emissora Católica, aquilo que todos podemos ver no site da RR sobre o jogo de anteontem, só veio dar razão ao líder da equipa técnica dos portistas, quando disse que há jornalistas que só querem confusões e polémicas.
Vejamos:
Depois de dizer que o Portimonense estendeu a passadeira ao F.C.Porto, o pai incógnito que escreveu aquela obra de arte com que o site da Renascença nos brindou, sobre o 1º golo do Portimonense disse isto: «Que golo! Que obra de arte! Que peça de museu!... Que classe!»
Já no 5º do F.C.Porto: «É que dá mesmo para tudo! Herrera abriu as pernas para para deixar passar a bola até ao argelino que, perante a incompetência da defensiva portimonense, finalizou...»

O que dizer disto? Então este verdadeiro artista não viu nenhum mérito portista na jogada do 5º golo? Não encontrou nenhum mérito na exibição dos pupilos de Sérgio Conceição, tudo se resumiu ao estender da passadeira por parte dos homens de Vítor Oliveira?
Coloquei no site da RR este comentário: 
«Não se pode apelidar de jornalista alguém que escreve uma coisa destas. Jornalista tem ética, profissionalismo, não se deixa trair pelas emoções, cura o despeito e a azia em casa.
Não deixa de ser curioso, no dia em que o responsável pelo desporto da RR e um dos seus directos colaboradores, criticam a postura do treinador do F.C.Porto, o site da Emissora Católica, através de uma crónica de pai incógnito, só vem dar razão a Sérgio Conceição.
Que tristeza!» Mas tinha de dizer mais qualquer coisa...

Ainda a propósito do artigo do presidente da FPF, importa dizer mais umas coisas, a partir do título do artigo do director do panfleto da queimada e cujo título, é: «O reconforto de não estarmos sós»
Então é assim: 
- Era um Serpa se faz favor!
- Com ou sem canela?
- Com muita canela e também com um pacote de açúcar, de insossos estamos nós cheios.
Feita a introdução, é preciso acrescentar:
- Serpa, no panfleto da queimada, vocês nunca estão sozinhos, estão sempre acompanhados e reconfortados por "seis milhões"... Foi para isso que nasceram, cresceram, é para servir os interesses dessa maioria que vocês existem. E diga-se que os servem bem, com um desvelo enternecedor e que chega a emocionar.
Para vocês o clube do regime só tem anjinhos, nunca tem culpas de nada que se passa no futebol português, ai de quem se atrever a colocar isso em causa... no Benfica não se toca nem com luvas de pelica. O vosso azar é que vivemos numa era em que informação está ao alcance de todos, sabe-se e escrutina-se tudo e a toda a hora, todos sabemos que a linha editorial da Bola é de servir o Benfica e se para o servir for preciso violar todos os códigos, vocês não hesitam um segundo. Os exemplos da vossa falta de seriedade, isenção, equidistância e equilíbrio, estão aí e às centenas. Portanto, podem pregar a moral e os bons costumes, dizer que lutam por um futebol português melhor, só vos levam a sério os mesmos de sempre e nem todos. Sim, porque há muitos benfiquistas que se sentem incomodados com esse vosso "jornalismo" de lambe traseiros. Um "jornalismo" capacho, que tanto é capaz até de lamber um vigarista de fino quilate ou um bronco da pior espécie, armado em santinho do pau oco. Quando vocês aí na Bola tiverem coragem de apontar o dedo ao Benfica e a quem o dirige, falarem das poucas vergonhas com origem na Luz, como apontam o dedo aos outros, então falaremos.

Os três principais clubes também reagiram ao que disse Fernando Gomes, como sempre, esquecendo que dos três é aquele que mais tem desrespeitado o presidente da FPF - nem vale a pena recordar o que disse Vieira no almoço que antecedeu a Supertaça, nem o comportamento do Benfica quando da Gala da FPF, Quinas de Ouro... - o comunicado do clube do regime fala em crimes, roubos, coação, enfim, a cassete do costume. Ora, é preciso dizer que neste quintalzinho, o clube do regime, apesar de ter vantagens e privilégios diferentes, gozar de uma impunidade que chega a escandalizar, a promiscuidade ser azul, ter do seu lado uma comunicação social que, salvo raras excepções, está de cócoras, ainda não chegamos ao ponto de em Portugal ser crime quando o clube do regime e os seus servidores quiserem.

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