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sábado, 18 de novembro de 2017


Não chove, o país está em seca profunda e o clube do regime entra na onda solidária, aproveita os jogos do F.C.Porto para fazer campanha, distribui fardos de palha pelo seu mercado e pelos seus clientes que são muitos - há quem fale em seis milhões, quem vá mais longe e chegue aos catorze. Como se tem visto pela promoção que algumas quintas - há quem lhes chame chiqueiros - fazem da palha, já não há dúvidas, é uma palha de grande qualidade e elevado valor nutritivo, muito recomendável para períodos que estamos a atravessar... O Governo, através do Secretário de Estado do Desporto, do IPDJ e o Ministério da Agricultura, a FPF, pelo silêncio do seu presidente, Fernando Gomes, o Conselho de Disciplina através do inefável José Manuel Meirim, sem esquecer o Conselho de Arbitragem, a APAF, a Liga e os comentadores, paineleiros, freteiros e recadeiros, agradecem de alma cheia e emoção à flor da pele, este acto de generosidade e solidariedade que tanto tem contribuído para que o tão proclamado ódio se esbata, ninguém pense em manifestações, o clima fique mais sereno e tranquilo.
Apesar do stock de palha ser ilimitado e reconheçamos, nem todos os clientes precisarem, ficamos a torcer, nalguns casos a rezar, para que chova rapidamente - ouvi dizer que está prevista para 1 de Dezembro -, de forma que a alimentação volte à sua forma natural, isto é, ervinha fresca e viçosa.
Entretanto: bendita palha!


Estes jogos pós-pausas, são quase sempre complicados. Quem foi para as selecções desligou-se do clube, quem ficou teve quatro dias de descanso, aproveitou para relaxar, descontrair. Foi, pois, necessário recomeçar, colocar a cabeça no lugar, entrar no ritmo, sem esquecer o pouco tempo para preparar o jogo. Se a isso juntarmos um bom Portimonense, não espanta as dificuldades que o F.C.Porto sentiu no jogo de ontem, seguir para a 5ª eliminatória. Mesmo sem ser brilhante, antes dos algarvios chegarem ao empate, a equipa de Sérgio Conceição podia ter feito o 2-0 que lhe daria outra tranquilidade, a possibilidade de abordar o jogo de outra forma. Com o conjunto de Vítor Oliveira a ter de se expor, arriscar, o F.C.Porto poderia esperar e contra-atacar. Não fez, pior, deu uma enorme caixa defensiva - todos mal na foto -, o algarvios empataram, as coisas começaram a complicar-se. Pioraram com o injusto 1-2 - mesmo sem a equipa dos Dragões estar bem, nada justificava a vantagem do Portimonense. Não sei de onde surgiu a ideia que até à expulsão os algarvios estavam melhor... Depois foi preciso apelar ao carácter, ir às reservas de energia, mas a reviravolta aconteceu, o objectivo foi conseguido com justiça, o Jamor ficou mais próximo.
Como disse no post anterior, a partir do momento que o F.C.Porto evitou um prolongamento indesejável, um jogo com estas características foi o melhor que podia ter acontecido antes do jogo, que pode ser decisivo, em Istambul, frente ao Besiktas.
Aguardemos com a esperança que na terça-feira esta teoria se confirme.

Notas finais:
Estive a ler a análise de Duarte Gomes, o insuspeito Dudu, para saber se o F.C.Porto tinha sido tão beneficiado que desse origem a mais um twitter para os amigos - a propósito, o fornecedor de palha informa que quando do caso Piriquito, o twitter para os amigos estava fora de serviço, mas a culpa não era deles, era da empresa responsável pelo serviço. O JMM atesta e da OK à explicação. Ora, segundo o Dudu, benefícios aos portistas, um amarelo que devia ser vermelho para Alex Telles, 7 minutos de desconto foi demasiado tempo. Sobre o lance do lateral-esquerdo dos azuis e brancos, é verdade, Alex entrou fora de tempo, com alguma negligência, se fosse vermelho não teria nada a dizer. Isto no critério de quem vê o lance de forma séria, já que se fosse a analisar com os mesmos olhos com que são analisados lances semelhantes com protagonistas de outras cores, aí nem era amarelo, culpa do jogador do Portimonense, não tinha nada que estar ali a disputar a bola.

Já sobre o tempo de desconto, só me apetece rir.
Quando num Marítimo 2 - Benfica 1, o árbitro Vasco Santos deu 6 minutos e que viriam a ser 7, mesmo assim iniciou-se uma campanha que teve eco em tudo que era freteiro, recadeiro, paineleiro e cartilheiro,  era preciso castigar as perdas de tempo desnecessárias,  moralizar o jogo, chegou-se ao ponto de propor alterações às leis, apresentaram-se até algumas soluções, uma lembro-me, era menos tempo de jogo, mas parar o cronómetro quando o jogo estava interrompido, qualquer que fosse a razão. Agora é vê-los achar um exagero. Mas como o F.C.Porto marcou aos 90+1 e 90+5, até aí deviam meter a palha no saco e deixá-la no armazém.

PS 1 - Porque devemos dizer a verdade e não entrar em teorias da conspiração que não nos credibilizam, quem deu indicações a Artur Soares Dias para expulsar Sérgio Conceição, foi o arbitro assistente e não o quarto-árbitro, João Pinheiro.

PS 2 - O João Capela, quê?  

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