A culpa do estado em que está a arbitragem portuguesa é do Benfica e dos seus peões de brega

Gostava muito de falar do jogo jogado, das virtudes, mas também dos defeitos da nossa equipa no jogo frente ao Feirense, também para valorizar o forma como o adversário se bateu, só que não posso. Há limites que não podem ser ultrapassados e a arbitragem de Fábio Veríssimo ultrapassou todos os limites da decência - antes de continuar, uma pergunta: como é possível que no panfleto da queimada, através de Carlos Vara, tenha sido dada nota positiva ao árbitro? Como lhe disse no e-mail que lhe enviei, há atitudes que definem e dizem tudo sobre as pessoas. Carlos Vara ao dar nota positiva àquela arbitragem, disse tudo sobre si: não tem um pingo de vergonha na cara.

Aquilo que quase diariamente se vai sabendo, através de e-mails verdadeiros, mas que alguns teimam em assobiar para o lado, outros acham que são falsos e outros acham que não interessa o conteúdo, apenas como foram obtidos, mostra à saciedade a teia de interesses que o Benfica, junto com os seus peões de brega, foi cerzindo no futebol em particular, mas não só. No caso particular da arbitragem, em conluio com o tristemente célebre Ferreira Nunes, vulgo Frankc Vargas, vários meninos queridos e alguns padres, essa teia que o SLB criou, para seu benefício, está na origem do actual estado da arbitragem portuguesa.
Árbitros, a maioria, notoriamente, medíocres; alguns internacionais feitos à pressa e ao sabor de certos interesses, que vão mudando de critério como quem muda de camisa - seja na amostragem de cartões, seja nos lances de bola na mão ou mão na bola, seja nos derrubes na área ou nas simulações; falta manifesta de qualidade e preparação para jogos de maior grau de dificuldade e para resistir à pressão; tendência para apitar a tudo e para se fazerem respeitar apenas através dos cartões; são alguns exemplos que explicam porque a arbitragem portuguesa não está bem, anda nas bocas do mundo, pelas piores razões, não houve árbitros portugueses no Euro, não vai haver árbitros portugueses no Mundial.

Como disse, a culpa é do Benfica e portanto, não é por acaso que seja o Benfica, directamente por propostas na Liga ou através dos seus capachos, o grande defensor dos árbitros - calma, falarei das reacções ao jogo de ontem na Luz, mais à frente -, quem pede castigos para quem crítica os árbitros. Eles querem silenciar estas arbitragens. E lá vem a conversa de sempre, nunca se viu nada igual, estão a ultrapassar-se todos os limites do bom senso; a culpa é daqueles que não ganham nada e estão desesperados pela falta de títulos; com a entrada na Champions só para o campeão e o segundo a ter de fazer uma pré-eliminatória e se passar o play-off, as coisas pioraram; assim não há indústria que resista, patrocinadores que estejam disponíveis, o futebol português caminha para o abismo. Mas como se apanha mais depressa um Benfica sem vergonha e cujo lema, é, olhem para o que eu digo e não para o que faço, idem para os seus capachos, o que vimos ontem após o jogo Benfica - Sporting? Pois, o Benfica a atirar-se aos árbitros, a colocar em causa a seriedade de Hugo Miguel, com a insinuação de estar trabalhado por um amigo, Hernâni Fernandes, seu ex-assistente e que agora trabalha para o Sporting; Rui Sonso Vitória a falar de critérios diferentes, pasme-se - bem-vindo, Rui! - e novamente a dizer que vai estar atento ao futuro comportamento do árbitro e do VAR, Tiago Martins - não deixa de ter um piadão, ver o clube do regime a queixar-se de Tiago Martins - e a deixar no ar uma ameaça velada.

Já alguns dos capachos, depois de terem feito uma capa miserável no dia do jogo, hoje lá está: grande derby; apaixonante; como o futebol devia ser sempre. Mas ao mesmo tempo: golo do Sporting em fora-de-jogo; penalty por marcar por braço de Coentrão; penalty evidente de Battaglia. Tudo, também lá está, obra do analista Duarte Gomes, Dudu para os amigos. Nada sobre a arbitragem do Feirense - F.C.Porto, compreende-se, depois do Vara de Vinhais, de quem falamos no início do poste, ter dado nota 5, positiva ao árbitro de Leiria.
- Mas ó Dudu, então o braço de Coentrão é penalty e o de Luisão, no Dragão, não? Critérios de análise diferentes, como comentador, exactamente o que acontecia como quando eras árbitro?
Bem podes pregar a moral e os bons costumes, com ou sem kickoff, a marca que tens na testa é a marca SLB e essa vai acompanhar-te sempre.

Já ontem tinha deixado a minha opinião, mas hoje ainda vou mais longe. Se por um lado estou completamente de acordo com a tomada de posição do F.C.Porto - disseram-me que foi o presidente que decidiu e comunicou a quem de direito - de não ter ninguém no flash-interview, nem na sala de imprensa, porque apesar da vitória, estava tudo de cabeça quente e corríamos o risco de juntar aos prejuízos do jogo, outros prejuízos - há olhares que dizem mais que mil palavras - e nada contra os tweets de Francisco J.Marques e o que vem hoje no Dragões Diário, participação ao Conselho de Arbitragem, acho que ao mesmo tempo que comunicamos a decisão de não falar, devíamos dizer que hoje, à tarde, ia haver uma conferência de imprensa para falar sobre o jogo de ontem e do trabalho de Fábio Veríssimo. Aí, com um vídeo dos lances em que o árbitro esteve manifestamente mal, mostrávamos as razões para as nossas queixas, marcando uma posição, ao mais alto nível, deixando claro que há limites que não podem ser ultrapassados e ontem foram. 
Pugnar por uma arbitragem melhor e mais credível, não é querer benefícios, mas é exigir isenção, rigor, critérios transparentes, que evitem estas constantes desconfianças, a nítida sensação que havia segundas intenções.
Não somos um clube de calimeros, um clube que resume todas problemas ao trabalho dos árbitros, mas não nos peçam recato e silêncio perante este tipo de barbaridades.

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