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sexta-feira, 4 de dezembro de 2009


Ainda não está no ponto, ainda comete erros que não pode cometer, mas já está bem melhor e em condições de lutar, agora sim, pelos objectivos de ser Penta.

Com Hulk no banco - surpresa de Jesualdo - e os regressos de Helton e Rolando, o F.C.Porto fez uma primeira-parte de qualidade superior, com a equipa muito compacta, a pressionar alto, atacando pelos dois flancos, criando vários lances de golo, marcando dois, mas ficando a dever a si própria, outros tantos, sem que o Vitória incomodasse minimamente o último reduto azul e branco. Era assim que o intervalo devia chegar, mas Belluschi, que estava a fazer um excelente jogo, quis fintar na saída para o ataque, perdeu a bola, Fernando em desespero fez falta e da falta, Andrézinho reduziu a diferença. O golo, contra a corrente do jogo, ressuscitou o Vitória e perturbou o F.C.Porto, que, no primeiro quarto de hora da etapa complementar não se encontrou, perdeu o controlo do jogo, passou por dificuldades e podia ter sofrido o golo do empate, que, por aquilo que tinha sido a partida até esse momento, seria injusto para o Tetracampeão. Passado esse período e com as substituições, principalmente a de Guarín, já que Hulk entrou mal, com toques de vedeta, inconsequentes, o F.C.Porto estabilizou, fez o 3-1 por Bruno Alves, controlou, marcou mais um belo golo e se podia ter sofrido outro, também podia, com mais calma, melhor aproveitamentos dos espaços e mais qualidade no último passe, ter aumentado a vantagem.
Resumindo: vitória justíssima - talvez o 5-3 espelhasse melhor o que foi o jogo - do conjunto de Jesualdo que está a consolidar os sinais de retoma que tinhamos detectado frente ao Chelsea e R.Ave. De saudar, por ser uma raridade, os dois golos de bola parada conseguidos esta noite. Tinha dito que nesta altura, onde não se ganha nada, mas muito se pode perder, era fundamental não perder mais pontos. Mais uma vez o Tetracampeão não vacilou e pode ficar a ver, tanquilamente, o que se vai passar com as duas equipas que seguem à sua frente. Tem piada, mas o pior Porto dos últimos anos - dizem os entendidos -, está nesta altura, com os mesmos pontos do melhor Benfica dos últimos vinte anos - dizem outros entendidos e apregoa, todos os dias, a máquina de propaganda vermelha. É, meus amigos amigos, temos de fazer pela vida, pois, diz um sportinguista que trabalha na Sad do Benfica, os vermelhos são o clube com mais apoio no Grande Porto e nós temos de reconquistar esse apoio. É óbvio que estou a ironizar, pois dali, do clube da freguesia de Benfica, já estamos habituados ao trauliteirismo, à demagogia e ao trogloditismo.

Os jogadores um a um:
Helton, regressou e para mim não devia ter regressado, apesar de o considerar o melhor dos três guarda-redes do F.C.Porto - Beto cumpriu e devia ter continuado. Na primeira-parte não teve que fazer e sofreu um golo em que me parece não podia fazer nada. Na segunda metade teve mais trabalho e evitou que o Vitória, primeiro por N.Assis e depois por Targino - tapou muto bem o ângulo -, chegasse ao empate.
Fucile, bom jogo, embora tenha tido algumas displicências e brincadeiras que não pode repetir.
Álvaro Pereira, esteve acima do seu colega do outro lado, já que não brincou e atacou muito mais. Ou melhor, desequilibrou muito mais.
Muito bem os dois centrais. Rolando, mais um regresso - parece que apanhou um jogo de castigo! -, esteve muito bem, muito seguro, concentrado e sem falhas. Fez-lhe bem a terapia de banco. Bruno, esteve imperial e marcou o golo da tranquilidade a coroar uma exibição sem falhas.
Fernando, voltou a jogar bem e não errou tantos passes - acho que não errou nenhum -, o que ajudou muito a melhorar a qualidade do jogo portista.
Meireles, foi o melhor a meias com Varela, com um jogo de qualidade e durante os 90 minutos o que é óptimo, quando vêm aí jogos muito importantes.
Belluschi, mais avançado do que é costume, o argentino fez, até aos 45 minutos, uma jogatana. Pena que no minuto de descontos borrasse a pintura, tivesse responsabilidade no 1-2 e depois acusando esse facto, já não parecia o mesmo, sendo bem substituído.
Guarín, entrou num período difícil e acusou esse facto, mas rapidamente melhorou, ganhou confiança, ajudou a estabilizar o jogo portista e fez dois excelentes remates, um dos quais obrigou Nilson a uma grande defesa.
Varela, para mim e junto com Meireles, o homem do jogo. Com ele o F.C.Porto ataca e defende, ganha profundidade, equilibrio, consistência e como até marca golos... Assim, e como do outro lado Rodríguez também fez uma partida em muito bom plano, como resolver o problema Hulk?
Falcao, um golo, muita generosidade, mas também muitas bolas perdidas em fintas e fintinhas que não levam a lado nenhum. Tem de jogar simples, tocar e ir...para a área, onde é fundamental.
Farías, entrou para passar tempo e quase não tocou na bola.
Hulk, é, neste momento, um problema e um barbicacho para Jesualdo. Se é difícil deixar de fora um jogador que pode decidir, também é natural que o treinador portista, teimoso e que não muda o sistema, nem o modelo, pense que com Varela e Rodríguez a equipa fica melhor. A partir daqui a Hulk resta jogar em jogos com menos responsabilidades defensivas, ou na frente do ataque, como hoje, mas onde não rende tanto. É, Hulk é a principal vítima do sistema...

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