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terça-feira, 9 de março de 2010


Estádio cheio, grande ambiente, cenário motivador, ideal para grandes equipas e grandes jogadores. Frente a uma equipa de qualidade superior, que pratica um futebol total, com jogadores extraordinários e que lhe é superior em todos os capítulos, só um F.C.Porto capaz de jogar nos limites, de se transcender, podia alimentar possibilidades de seguir em frente. Mas não, este Porto abúlico, tristonho, sem alma, de papel fininho, que rasga ao primeiro toque, sem defesa, sem meio-campo e sem ataque, que só reagiu a espaços - até A.Wenger mexer na equipa... -, não só foi incapaz de contrariar o poderio adversário, como ainda por cima lhe ofereceu autênticas abébias - Fucile, então, abusou e com uma exibição absolutamente desastrada, esteve em três golos dos ingleses. Já para não falar no golo de Nasri, inadimíssivel, em amadores, quanto mais em profissionais e experientes - três à volta do francês e deixaram-no fazer o golo como quis?

Com Nuno André Coelho, defesa-central, adaptado na posição de trinco, ele que fez hoje a estreia em jogos da C.League, depois de, também, nunca ter jogado no campeonato e portanto, sem rotinas, completamente perdido, a equipa azul e branca desde muito cedo deixou claro não ter argumentos para discutir a eliminatória e depois de se ter despedido do título, sem honra nem glória, despede-se da mesma forma, da prova mais importante da UEFA. A época ainda não acabou e naturalmente temos obrigações, mas independentemente do que vier a acontecer até a meados de Maio, acho que podemos falar no fim de um ciclo... Digo isso, não para crucificar ninguém, mas porque não vejo capacidade para dar a volta ao texto.

Acreditei, mesmo que o passado recente não fosse famoso, que esta equipa e estes profissionais, se iam agarrar à C.League com todas as forças e que podiam surpreender. Foi, talvez, o coração a falar e não a razão, mas um portista que gosta muito do seu clube, tem o dever de não atirar a toalha ao chão antes do tempo. Não é hoje o dia para arranjar bodes expiatórios e escalpelizar esta temporada, que está aquém, muito aquém das nossas expectativas. Farei isso depois e com toda a calma do mundo, mas se ninguém pode querer ganhar sempre, perder nos dois grandes objectivos da época, da forma como temos perdido, deixa marcas que custam a sarar, mas que não me abatem.

Tirando Helton, que foi o melhor e Fucile que foi o pior, os outros não mostraram nada para merecerem destaque.


Tu irei fazer para lá estar e equipado a rigor.

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