Depois de sete anos consecutivos a participar na prova rainha da UEFA, a C.League, o F.C.Porto dá um passo atrás, sai do seu habitat natural e vai disputar os play-offs de acesso à Liga Europa, prova que substituiu a Taça UEFA de muito boa memória - vitória portista em 2003... Normalmente e de muitos anos a esta parte, nos Dragões, um passo atrás significam dois à frente. É com essa espectativa e com esse espírito que defrontamos o Genk, adversário sobre o qual conheço muito pouco. Sei apenas que lidera o campeonato da Bélgica, que tem ganho os jogos por goleada - 3 jogos, 3 vitórias, 10 golos marcados 1 sofrido -, que é treinado por uma velha glória do futebol belga, Frank Vercauteren, tem, na frente, bons jogadores, sobressaindo o recente internacional A, de apenas19 anos, chamado Kevin De Bruyne e pouco mais.

Pela nossa parte, espero uma equipa consciente das suas responsabilidades e do que está em jogo. Espero um F.C.Porto com atitude, confiante, à altura do seu enorme prestígio, com respeito, mas sem medo, a fazer tudo para conseguir um resultado que lhe dê tranquilidade para o jogo da segunda-mão e depois, com mais ou menos dificuldades, seguir em frente.

O árbitro é o italiano Luca Banti, auxiliado pelos seus compatriotas, Paolo Calcagno e Riccardo Di Fiori.

Convocados do F.C.Porto:
Guarda-redes, Helton e Beto,
Defesas, Sapunaru, Miguel Lopes, Rolando, Maicon, Sereno e Álvaro Pereira,
Médios, Fernando, Souza, Belluschi, J.Moutinho, Ruben Micael e Castro,
Avançados, Varela, Falcao, Walter, Hulk e Ukra

Equipa provável: Helton, Sapunaru, Rolando, Maicon e Álvaro, Fernando, Belluschi J.Moutinho, Varela, Falcao e Hulk.

Antevisão de André Villas-Boas:
Prestígio não conta
«O nosso compromisso é com a vitória. Todos conhecem o nosso historial e o nosso prestígio na Europa, mas sabemos que isso dentro de campo não conta. Sentimo-nos preparados para jogar e para ganhar os dois jogos, esperando que este seja o primeiro passo para uma longa participação na competição.

Sem facilitismos
«Para conseguirmos o apuramento para a fase de grupos, teremos que ter uma agressividade mental e física grandes, tal como a organização. Não acreditamos em facilitismos, nem alinhamos em excessos de confiança.»

Motivação intrínseca
«A nossa forma de estarmos motivados é estar aqui com o símbolo do FC Porto no peito, é algo intrínseco. A nossa motivação é o escudo que temos ao peito.»