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domingo, 19 de setembro de 2010


A procissão mal saiu do adro e ainda há um longo caminho a percorrer, mas já se joga muita coisa nesta jornada do campeonato - Liga Zon Sagres. Com os dois principais rivais na luta pelo título, Benfica e Sporting - continuo a pensar assim, apesar do excelente Braga de Domingos Paciência e do Guimarães de M.Machado estar a ter um início curioso... -, a defrontarem-se hoje e um ou até os dois, a poderem perder pontos, o jogo frente ao Nacional é muito importante para o F.C.Porto. É que em caso de vitória do líder, para além dos três pontos e da continuação de um percurso totalmente vitorioso, com tudo o que isso significa na moral e na motivação de uma equipa que é boa, esta jornada, pelas razões que referi anteriormente, pode significar o aumento, para números impensáveis, da vantagem portista e como nós sabemos, até pela experiência da época passada, correr atrás do prejuízo, é complicado, aumenta a pressão, tira descernimente e qualidade, conduz a percalços inesperados.

Mas se jogar na Choupana nunca é fácil - mesmo que as estatísticas mostrem que o saldo é francamente positivo para o Dragão... -, pelo valor do conjunto insular, pelas condições atmosféricas - muitas vezes, frio e nevoeiro -, desta vez temos um factor extra, Bruno Paixão - falarei dele mais à frente -, que ainda pode complicar mais e acrescentar dificuldades, às já esperadas dificuldades.

Assim e para concluir: um Dragão valente, coeso, com a atitude e o espiríto correctos, tem condições, porque é melhor, de continuar na senda das vitórias e conquistar a nona consecutiva, um feito, independentemente de tudo o resto...

O árbitro é Bruno Paixão, auxiliado por Paulo Ramos e António Godinho

Convocados do F.C.Porto:
Guarda-redes,
Helton e Beto,
Defesas, Fucile, Sapunaru, Rolando, Maicon, Otamendi e Álvaro Pereira,
Médios, Fernando, Souza, Belluschi, J.Moutinho, C.Rodríguez e Ruben Micael,
Avançados, Varela, Falcao, Walter, Ukra e Hulk

Equipa provável: Helton, Fucile, Rolando, Maicon e Álvaro, Fernando, Belluschi J.Moutinho, Varela, Falcao e Hulk.


Porquê Bruno Paixão? Porquê, numa semana de histerismo vermelho, nomear um árbitro que tem um currículo, impressionante, de prejuízos ao F.C.Porto? É uma nomeação pouco cuidada e uma grande falta de bom senso de Vítor Pereira. Espero que o jogo decorra sem casos, que Paixão faça uma grande arbitragem e que as duas equipas acabem o jogo sem razões de queixa. Mas se a arbitragem for o costume, que a cada erro, por mais grosseiro que seja - até como o da foto! -, o F.C.Porto reaja, não se deixe abater, demonstre estôfo, responda com uma grande jogada e se necessário, seja capaz de ganhar, até contra Paixão!

Antevisão de Villas-Boas - quem fala assim, é um Mister!

Nada transcendente
«Temos oportunidade de ganhar pontos a, pelo menos, um adversário directo, mas convém lembrar que esta será apenas a quinta jornada. São oito vitórias consecutivas, mas são apenas quatro na Liga. Não há nada de transcendente nisso.»

Motivação e obrigação
«Pode ser uma boa oportunidade para aumentar a vantagem pontual em relação a um ou mais concorrentes, em caso de vitória na Madeira. Se isso pode funcionar como motivação extra? Acho que sim, acho que poderá ser, mas a obrigação desta equipa passa sempre por conquistar a vitória.»

Consolidar
«Os jogos fora com o Nacional e o Guimarães e, de permeio, com o Olhanense em casa, são importantes para nós, por se tratar de oportunidade para consolidarmos a liderança, até porque, nesta fase, registar-se-ão confrontos directos entre outros candidatos ao título.»

O melhor e o pior
«Parece-me muito cedo para tirar ilações definitivas sobre o Nacional, que tem alguns jogadores importantes lesionados. E, se o Nacional foi capaz do melhor e do pior em casa [venceu o Benfica e perdeu com o Guimarães], também apresentou um registo idêntico jogando fora, com uma vitória em Vila do Conde e uma derrota em Leira.»

Passar jornada na liderança
«O mais importante é sabermos que passamos esta jornada na liderança, queremos conquistar os três pontos, cimentando a liderança, e aproveitar os confrontos directos entre outros opositores nas próximas jornadas.»

Contra o bloqueio mental
«As deslocações à Madeira, pela regularidade com que se regista o tropeção, tornou-se um bloqueio mental. São sempre jogos complicados e é fundamental afastar esse bloqueio. A equipa está forte e vamos à Choupana para jogar na máxima força.»

Lado imprevisível
«Toda esta alternância que temos feito, mais a variabilidade de jogo que temos evidenciado, mais o que cada jogador é capaz de oferecer ao colectivo e esse factor surpresa permitem-nos encarar todo este leque de opções com extremo agrado, pelo que é possível que possa haver alterações no onze, embora o mais importante seja sublinhar esse lado imprevisível daquilo que o FC Porto pode fazer.»

Competitividade interna
«A estreia do Otamendi é tão importante como a estreia do Sereno ou a titularidade do Rolando e do Maicon. O Sereno e o Otamendi têm um desafio pela frente e o Rolando e o Maicon têm-se revelado uma dupla segura dentro de um colectivo forte. Trata-se de competitividade interna. Sinto que todos os jogadores têm sido competitivos e que todos ameaçam ser convocados. A alternância na convocatória revela isso mesmo.»

Velocidade de adaptação
«O Falcao é um jogador de grande prestígio e o Walter também. Creio que há adaptações mais bem sucedidas do que outras ao jogo europeu e ao futebol português. E o Walter teve um período de inactividade antes de chegar ao FC Porto. O facto de estar presente com regularidade nas convocatórias revela um jogador disponível para ameaçar a titularidade.»

Mensagem perigosa
«A mensagem de vitória e de sucesso é perigosa, porque permite o frenesim e um determinado tipo de elogios que podem levar a um tropeção. O frenesim do elogio máximo e do FC Porto bestial pode passar rapidamente ao outro extremo. Esta é a continuação de um percurso de 12 vitórias consecutivas iniciado na época passada. Não é nada de anormal para o FC Porto, que tem de manter-se numa dinâmica de vitórias.»

Nova ordem
«Temos um grande percurso pela frente. A mim e aos jogadores, entusiasma-nos uma nova ordem, uma nova organização. Sem criticar a anterior, que tantos êxitos conseguiu, creio que a nova organização estimula outro tipo de qualidades gerais nos jogadores, tanto tácticas como técnicas, além da liberdade que têm em jogo para decidir. Essa liberdade, que é condicionada, traz um novo estímulo aos jogadores, permitindo-lhes reencontrar novas soluções neles próprios, que eles mesmos desconheciam, o que conduz a um tipo de jogo imprevisível. Fundamental é impedir que esta onda de elogios conduza ao relaxamento.»

Cadeira de sonho
«Não aceitaria conduzir a selecção portuguesa em dois jogos, porque, como sabem, estou sentado na minha cadeira de sonho e não abdico dela por nada.»

PS -
Ai o Kléber, do Marítimo, foi expulso e não pode jogar frente ao Benfica, na próxima jornada! Curioso, muito curioso! Não andavam já por aí, uns anormais, a especularem que, pelo facto do Marítimo ter inviabilizado a transferência do jogador para o F.C.Porto, estava a ser penalizado? Afinal...

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