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domingo, 12 de setembro de 2010


Grande enchente - 47.617 espectadores, 2.500 vindos de Braga -, grande ambiente, grande espectáculo, duas grandes equipa e um Porto à Porto, principalmente na segunda-parte.

Na primeira-parte vimos um Dragão que não entrou bem, que esteve lento, pouco pressionante, desinspirado, até nervoso e que foi incapaz de perceber como devia enfrentar uma equipa compacta, organizada, que defende bem e com muitos, um Dragão que apenas reagiu depois de sofrer um golo, que se calhar não merecia - A equipa de Domingos estava bem, controlava, mas não criava perigo. A perder o conjunto portista soltou-se, passou a jogar melhor, mais rápido, com mais gente a aparecer na frente e chegou ao empate, justo, depois de uma grande jogada de Hulk, concluída por S.Varela, que se limitou a empurrar.
Nada mais digno de registo se passou na etapa inicial...

Na segunda-parte tudo foi diferente. O F.C.Porto entrou forte, esclarecido, dominador, a jogar bem, encostou o Braga lá atrás, criou um e outro lance de golo e quando se esperava o golo portista, contra a corrente do jogo, no único remate que a equipa de Domingos fez à baliza, Lima - parece talhado para marcar ao F.C.Porto...- colocou os bracarenses em vantagem. Mesmo sendo esse um dos encantos do futebol, foi injusto, muito injusto para o conjunto de Villas-Boas... Mas este é um Grande Dragão, um Dragão que tem crença, tem atitude, tem alma, força anímica, vontade de vencer, não se deixa abater, sabe reagir e mesmo que tivesse beneficiado de ter conseguido logo de seguida o golo do empate, com tudo o que isso significou em suporte psicológico, não se conformou, não abrandou e conseguiu chegar à vantagem e à vitória. Uma vitória cristalina, justa e indiscutível, frente a um bom adversário, sem dúvida, mas que hoje mereceu perder, ao contrário da ideia que tentou passar o treinador bracarense. Utilizando argumentos de sorte para a frente e ressaltos para trás, chegando a dizer que a vitória caiu para o lado do F.C.Porto, mas podia ter caído para o lado do Braga, Domingos Paciência não deve ter visto bem o jogo. O Conjunto azul e branco fez quatro remates?! e quantos fez o Braga, Domingos?

Resumindo: quando digo que o Grande Dragão está de volta, não é porque a exibição fosse de uma exuberância que me tenha enchido completamente as medidas. Não, estivemos pouco inspirados na primeira-parte - até ao empate - e muito bem na segunda. O que me deixa feliz e tranquilo, é aquilo que a equipa portista - treinador incluído - mostra, noutra componente, naquilo em que o F.C.Porto sempre foi forte e que na temporada anterior só aparecia de vez em quando, nos jogos em que se faziam apelos ao brio e ao carácter do grupo. Como referi anteriormente e que resumidamente, repito, a atitude, vontade de vencer, um enorme espírito de grupo, junto a princípios de jogo bem definidos, são a imagem de marca deste F.C.Porto e isso também tem a ver com o líder da equipa técnica.

Hulk fez uma grande exibição e foi o melhor. Belluschi vem logo atrás - parece outro, o argentino -, seguido de Fernando, Varela, Falcão, os quatro defesas - os centrais precisam de melhorar a qualidade de passe - e Moutinho. Helton, mal batido nos dois golos, mais no segundo que no primeiro, teve a sua noite má, ele que tem estado muito bem. Dos suplentes utilizados gostei de Rodríguez, adorei Souza e não gostei nada de R.Micael. O madeirense parece triste, sem chama, sem andamento. Gosto de jogadores que quando se sentem injustiçados - não sei se é o caso - e são chamados a jogar, entram fortes, com tudo e tentam mostrar ao treinador que está errado. Não tem sido o caso de Rúben e assim, neste momento, entre ele e Souza, dez vezes o brasileiro.

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