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sábado, 23 de outubro de 2010

 
1 - Com o Incrível numa forma extraordinária, a fazer grandes exibições e a marcar golos, parecendo apostado em ridicularizar, a cada jogo que passa, todos aqueles que duvidaram do seu valor - alguns apenas para não reconhecerem o óbvio: que Hulk é fundamental, muitas vezes decisivo, na equipa portista e não convém nada passar essa ideia, para não ter de recordar a importância do Pavão Vermelho no título da época passada; com o Nº12 a ter cada vez mais o reconhecimento do mundo do futebol, como é exemplo a forma como antes e depois do jogo de Istambul, foi tratado, muito bem tratado, pelos turcos, as idas à selecção do Brasil e o interesse do Manchester, pergunto: o que devia fazer o F.C.Porto, agora que se fala tanto na promoção ou não dos profissionais portistas?
Protegê-lo, arrefecendo o entusiasmo, mantendo-o distante do diz-se diz-se, das badalações, concentrado para o muito que ainda falta jogar, ou dar-lhe rédea solta, hoje fala a este, amanhã vai aquela televisão, depois à rádio tal, ou a uma sessão de autógrafos aqui e uma visita a uma escola ali?

Eu acho que a estratégia que o F.C.Porto tem seguido, preservando os seus profissionais, incutindo-lhes uma forma de estar low profile, tem funcionado bem e dado bons resultados.
Não quero, como acontece noutras paragens, que uma ou outra exibição acima da média, logo seja exaltada até aos infinitos, mas depois, quando as coisas correm mal e as expectativas são defraudadas, lá vêm as críticas na mesma proporção.

2 - Por força das circunstâncias, expulsão de Maicon - diz o jornal O Jogo que Villas-Boas já sabia que o central ia ser expulso e a razão era a actuação do árbitro. Não vou muito por essa análise. Foi a terceira vez que um jogador surgiu nas costas de Maicon e ao ver uma, duas vezes o avançado turco a surgir, sózinho, nas costas do jovem brasileiro, à terceira Villas-Boas já sabia o que ia acontecer. Ou golo ou expulsão - e com menos um jogador, o jovem técnico do F.C.Porto retirou Falcao, colocou Hulk sózinho na frente, a jogar entre os centrais, tendo nas costas, sobre a direita Belluschi, na esquerda Rodríguez e no meio Fernando com a ajuda de Moutinho.
Sabemos o que aconteceu: Hulk partiu tudo, marcou dois golos, brilhou a grande altura.
Pergunto: qual a melhor forma de enquadrar o Incrível na equipa portista e tirar dele o melhor rendimento?

Pelo meio, atrás de outro avançado, aparecendo nos espaços que o ponta-de-lança cria, vagabundo, sem preocupações defensivas e num sistema de 4x4x2?

Ou em 4x3x3, nas alas, umas vezes sobre a direita, onde para além de outras coisas, pode fazer as suas já famosas diagonais e disparar os seus temíveis pontapés ou sobre a esquerda, com o repertório a mudar e as assistências para Falcao, ou se em vez do colombiano for Walter, a prevalecerem, mesmo sabendo-se, que em muitos jogos, tem de ter preocupações de fechar e não permitir as subidas dos laterais contrários?

Um amigo meu diz que Hulk deve jogar pelo meio, é aí que rende mais e marca mais golos. 
Eu digo o seguinte: Hulk tem de jogar sempre, nas alas ou pelo meio, mas com a equipa a saber fazer as compensações necessárias, para que ele tenha rédea solta. Não se pode domar um potro selvagem, amarrá-lo ou prendê-lo numa cerca. Hulk, neste momento, é como um potro selvagem. Deixá-lo livre, explodir em campo, é a melhor solução.

PS - Rato fedorento...espera aí, não é rato, é gato. Gato fedorento no Pasquim da Queimada de hoje: «Feito este curto mas importante parêntises, para a semana voltarei a dedicar-me às grotescas incongruências de Rui Moreira e Miguel Sousa Tavares, que é para isso que cá estou»

Já sabiamos, mas hoje o fedorento assumiu-o formalmente: o Pasquim da Queimada paga-lhe a ele e ao fedorento que escreve ao Domingo, para se meterem com os dois colunistas portistas. Quem pensasse que o Pasquim dirigido por Vítor Serpa - dizem que é uma espécie de rainha de Inglaterra -, pagava a um benfiquista e a um sportinguista, para falarem dos seus clubes, das vitórias, derrotas, bons e maus jogos, etc., desengane-se, eles são pagos e diz quem sabe, muito bem pagos, para, às vezes de forma insultuosa, mandarem bocas aos portistas que escrevem na Bola. 

O Pasquim da Queimada cada vez mais vermelho encardido...


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