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segunda-feira, 8 de novembro de 2010



Na ressaca de uma noite fantástica e agora que o tempo de euforia já lá vai - como estou sempre a dizer, não gosto de embandeirar em arco nas vitórias, por mais retumbantes que sejam, nem fico muito tempo a lamentar as derrotas -, é a hora de abordar um assunto, muto badalado na última temporada, sem que com isso pretenda glorificar um, André Villas-Boas e crucificar outro, Jesualdo Ferreira.
Se bem se lembram, uma das críticas recorrentes sobre o plantel do F.C.Porto, 2009/2010, era que  tinhamos pouco mais de onze jogadores e o Professor Jesualdo olhava para o banco e não via nada
Nunca tive muito essa opinião e quer aqui, analisando o plantel, quer aqui no diagnóstico sobre as razões do insucesso, sempre achei que independentemente das manobras fora das quatro linhas, pavões vermelhos, Hermínios e afins, tinhamos gente para muito mais. Não era uma posição maioritária, muito poucos concordavam comigo, mas e ainda hoje em conversa com um amigo falamos disso, ao olhar para quatro dos jogadores que jogaram ontem, Sapunaru, Maicon, Guarín e Belluschi e que não eram primeiras opções com Jesualdo, pergunto: tinhamos ou não bom banco? Tinhamos ou não um plantel com muito mais capacidades do que mostrou? Eu acho que sim. Onde está então a diferença, para que jogadores que na época anterior nunca eram primeiras opções, pareciam nem ter qualidade para jogar no F.C.Porto, apareçam agora a jogar a um nível muito elevado? A resposta é uma: se na temporada 2009/2010 o meu diagnóstico, era equipa mentalmente fraca, hoje, se me pedissem qual a grande força do F.C.Porto, responderia sem hesitações, equipa muito forte mentalmente. Com o profissionalismo, as condições de trabalho e os métodos de treino, a não fazerem grande diferença, é aí, "trabalhando" bem a cabeça dos jogadores, mantendo-os motivados, obrigando-os a ter a atitude correcta, que depois o melhor faz a diferença em relação ao mais fraco. Um craque desmotivado, sem vontade, em compita com um jogador normal, mas com uma grande atitude, fica a perder. Sempre acreditei que era aí, repito, sem menosprezo para com Jesualdo, que Villas-Boas ia fazer a diferença. Penso que até ao momento, isso é notório.

Nota final: na última temporada ganhamos ao S.C.Braga por 5 a 1 e as insinuações sobre Domingos, pelos mesmos de sempre, foram mais que muitas, só porque tinha feito uma ou outra alteração, em relação à equipa habitual. Há 15 dias atrás, o mesmo se passou com Pedro Caixinha, treinador da União de Leiria. Curioso, quer um quer outro fizeram melhor resultado que Jesus - 5-1 vs 5-0 -, mas se houve críticas às alterações feitas pelo "catedrático de futebol", vá lá, JJ, safou-se de ser acusado de querer facilitar a vida ao Dragão...

PS-
Se você é benfiquista e vê alguém de mão aberta, a abaná-la para a esquerda e para a direita, apontando na sua direcção, não pense que o estão a provocar e não reaja mal... Estão apenas a dizer-lhe adeus.

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