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domingo, 19 de dezembro de 2010


Entrada forte do F.C.Porto, ritmo alto - baixou a partir dos vinte minutos -, boa dinâmica, domínio total, um golo e várias oportunidades desperdiçadas, duas flagrantes, por Falcao e Hulk. Foi assim, de forma resumida, a primeira-parte, com o Paços a espevitar apenas nos últimos dez minutos, mas sem criar grandes problemas a Helton.
Na etapa complementar, tudo foi diferente. Com Walter no lugar de Falcao - lesionado -, as coisas complicaram-se, o líder desapareceu, o Paços acreditou, cresceu, cresceu, o F.C.Porto sofreu - valeu Helton - e só marcou no fim do jogo, contra a corrente do jogo e quando nada tinha feito para justificar uma vantagem tão dilatada.
Tudo somado, vitória justa do Dragão, por números exagerados, numa primeira-parte boa e uma segunda fraquinha...
Hoje não faço apreciação individual aos jogadores, há outras coisas para dizer.

Quando digo fantástico, malta, é porque quando chegamos à pausa natalícia, o F.C.Porto tem 26 jogos disputados, 23 vitórias, 3 empates, 64 golos marcados, apenas 12 sofridos, está nos quartos-de-final da Taça de Portugal, nos 16 avos da Liga Europa e já conquistou a Supertaça. Alguém, mesmo o mais optimista dos adeptos, esperava tanto? Depois dos 5-0 frente ao Benfica, é verdade que a qualidade baixou, mas mesmo assim, houve algum jogo, incluíndo o de hoje, em que as vitórias não fossem merecidas? Não, não há, o que há é a gritaria constante dos sem vergonha, que de forma descarada transformam o preto em branco. Já vi várias vezes o lance do penalty e parece que a bola bate no pé do jogador do Paços, que tem os braços levantados e leva o árbitro a errar, mas esse lance é aos 90 minutos e é correcto tentar passar a ideia que se não fosse o penalty o F.C.Porto não ganharia? Então a equipa pacense não marcou nenhum golo antes e iria marcar depois? É sério especular sobre isso? Mas foi issso que fizeram alguns, com perguntas aos jogadores da Capital do Móvel que iam nesse sentido. Tenham vergonha!
Temos de viver com isto, temos de viver com um Pasquim, o da Queimada, a colocar na capa: "Dragão pressionado pelo Benfica"; "F.C.Porto tem de vencer para passar o Natal com oito pontos de vantagem". Apetecia-me apelar ao Mike e ao Melga, para que eles dissessem, "fantástico, conclusão notável, de grande alcance, só para predestinados, mais ninguém chegaria a conclusão tão brilhante!"
Ainda não ganhamos nada e o que aí vem vai ser cada vez mais difícil, mas este Porto, de André Villas-Boas, merece as rabanadas, o creme, a aletria, o bolo-rei, tudo a que tem direito, porque fez pela vida e portanto, vai ter um Natal feliz - eles e nós, adeptos, que somos exigentes, queremos muito mais do que temos recebido ultimamente, mas não admitimos que digam que tudo que temos conseguido é à custa de outra coisa, que não seja o nosso valor e o nosso indiscutível mérito.

Apenas mais uma nota: ontem, em Aveiro, o árbitro Jorge Sousa expulsou dois jogadores do Vitória de Guimarães - clube que pelas razões conhecidas, não suporto -, por lances iguais ao de Maniche, sobre Moutinho, em Alvalade. Porque mudou de critério?

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