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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011


Chama-se Afonso Lamelas, é um puto de 10 anos, portista e foi-me apresentado por um amigo, Miguel Lima, do Blog Tomo I, como alguém que gosta de analisar os jogos e mandar umas bitaitadas. Desafiei-o a fazê-lo para o "Dragão até à morte" e este é o resultado do seu primeiro post, sobre o lema: é de pequenino que se torce o portismo.

                                    «Quem não marca, sofre!»

"No dia 12 de Janeiro, no blogue do Miguel, o sr Vila Pouca lançou-me um desafio: fazer uma crónica de um jogo do FC Porto. Depois de ter falado com o Miguel, para saber como funciona isto dos blogues, aceitei o desafio.
Hoje fui ver o FC Porto contra a Naval 1º de Maio. Antes de entrar no estádio, encontrei o sr Vila Pouca que me perguntou se sempre tinha aceite o desafio. Eu respondi-lhe que sim. O Miguel achava que eu estava nervoso, mas eu estava normalíssimo. Também estava ansioso por entrar no Estádio para ver o aquecimento da equipa e para ver um amigo da escola onde ando que joga nas escolinhas do FC Porto - o "Dany" - mas quem acabei por ver foi o Pinto da Costa. ;)

A primeira parte do jogo foi muito tremidinha. Nos primeiros minutos, o FC Porto criou algumas oportunidades de golo mas falhou-as sempre. A mais escandalosa aconteceu aos 17 minutos, por parte do Varela, que falhou na cara do guarda-redes da Naval. «Porque é que não fez um chapéu?», perguntei ao Miguel. Ele não me soube responder. Foi aí que eu disse: «quem não marca, sofre!». E sofremos muito. O meio-campo do FC Porto errava muitos passes, os avançados não recebiam a bola em condições, as oportunidades não surgiam. E eu ficava chateado.

Já a Naval fazia poucos contra-ataques, mas os que conseguia eram muito perigosos, porque os avançados surgiam sempre em frente ao Helton. Num deles (aos 40') até quase marcava, mas a bola embateu nas malhas laterais. Foi muita sorte para o FC Porto e muita aselhice do Marinho.
Até que o FC Porto marcou o primeiro golo, com uma assistência de Varela para Falcao. Foi um alívio!
Ainda estava a comemorar o golo com o Miguel, e já o FC Porto marcava o segundo, por Hulk - numa grande jogada de Belluschi.
«Foi difícil chegar ao golo porque o meio-campo não funciona!», disse ao Miguel, no intervalo do jogo.
Na primeira parte não gostei do Guarín; esteve muito estático, muito perdido, no meio-campo portista. Até parecia que não sabia o que fazer! Também não gostei do Rolando: "parava" o jogo no lançamento dos ataques, sempre muito lento a soltar a bola.
Gostei muito do Falcao, do Moutinho e do Belluschi. Do Falcao porque desmarcava-se bem, trocava bem a bola - principalmente com o Hulk e com o Belluschi - e marcou um golo. Do Moutinho porque ajudou muito a defesa e fez um passe que isolou o Varela, que a desperdiçou. Gostei muito do Belluschi porque deu alguns golos a marcar - como ao Sapunaru, que falhou -, desmarcava-se bem e porque lançou bons contra-ataques.

Na segunda parte, o FC Porto conseguiu trocar melhor a bola porque entrou muito motivado com os dois golos que fez na primeira parte. E logo nos primeiros minutos (aos 53') construiu uma grande jogada, por Hulk, que resultou no terceiro golo da equipa. Mas quem esteve muito bem foi o Helton, no lançamento que fez, com as mãos, desde a grande área até quase ao meio-campo. Quem esteve muito mal foi o defesa da Naval [Orestes], que deixou passar a bola por entre as pernas, isolando o Incrível Hulk.

Depois do terceiro golo, o FC Porto criou mais oportunidades de golo mas falhou sempre o quarto golo. Quem acabou mesmo por marcar foi a Naval, de penalti, num lance que, no estádio, me deixou muitas dúvidas. Também tive muitas dúvidas no último lance da partida, quando o árbitro [Cosme Machado] assinalou (mal) um fora-de-jogo a Hulk, que assim faria um hat-trick.

Em conclusão: com o Falcao em campo, a equipa circula muito melhor a bola no ataque, tornando fácil o que às vezes parece difícil.


Antes de me ir deitar, quero agradecer ao sr. Vila Pouca pelo convite que me fez. Achava que ia ser difícil, mas acabou por ser fácil - tal como o Falcao a marcar golos."


Afonso, estás aprovado e não tens que agradecer. Eu é que te agradeço.



Meus caros amigos, vejam estas capas do Pasquim da Queimada... Já viram? Notam as diferenças? Na primeira a contar da esquerda, no Porto/SLB, o pasquim fala do penalty "cavado" por Lisandro e nada sobre um penalty sobre Lucho, muito antes desse lance de Licha. Na foto do meio, mais do mesmo: o penalty que foi assinalado, mal, é trazido à colação, mas o que antes, não tinha sido marcado, sobre Hulk, mais uma vez é omitido. Ontem, em mais uma pouca vergonha, o clube do regime é beneficiado pela arbitragem - como é possível o árbitro auxiliar deixar passar aquele fora-de-jogo? -, mas o jornal do Benfica não se esquece de trazer que ficaram por assinalar dois penaltis...

Perante este tipo de jornalismo rasca, sectário, sujo e tendencioso, como acham que seria a capa da Bola se o que se passou com o Benfica, se passasse com o F.C.Porto? Dou-vos a escolher: " Porto ganha com golo irregular";"Porto mantém vantagem graças a golo em fora-de-jogo";"Mais um atentado à verdade desportiva";"Credibilidade da Liga posta em causa"; e chega. Como foram os vermelhos é o que se vê e ontem na Bola online, podia-se ler esta pérola: "A vitória, aliás, teve um TOQUE de polémica: aos 18 minutos, um livre marcado por Cardozo tabelou no braço de Saviola, jogador que estava em posição irregular..."
O segundo golo, foi uma jogada colectiva fantástica, mas para o Montes, no Pasquim da Queimada, foi apenas um fechar de olhos momentâneo da equipa da Figueira... São todos iguais!

Notas finais: o que disse para o Pasquim da Queimada, serve para o Record...
Afonso, desculpa lá, merecias que o post fosse só teu, mas a actualidade e o combate à nojeira, não podem ficar para amanhã.

Taça de Portugal, meias-finais, F.C.Porto, vencedor do Rio Ave/Benfica,  jogos a 1 e 2 de Fevereiro (1ª mão) e 19 e 20 de Abril (2ª mão).Se forem os vermelhos, diz-me a minha experiência e dizem as estatísticas, que a duas mãos, como acontecia na Supertaça e também na Taça de Portugal - mais remotamente - levavamos quase sempre vantagem, ao contrário das finais, em que o saldo nos é claramente desfavorável. Só me lembro de termos perdido uma vez e jogamos perto de uma dezena de jogos.
Clicar nas imagens das capas dos jornais, para ampliar.

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