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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011


Em primeiro lugar e porque é da mais elementar justiça fazê-lo, tenho de dar os parabéns à equipa do Pinhalnovense pela forma como se bateu esta noite no Dragão. Bem organizada, construtiva e a durar os noventa minutos, o conjunto de Pinhal Novo, perdeu, justamente, mas obrigou o F.C.Porto a ter de dar o litro, a recorrer a todo o arsenal e só caiu à bomba. Nestes jogos, frente a estas equipas, ou se marca cedo ou quanto mais tempo passa sem marcarmos, mais alma e moral damos ao adversário para resistir. Foi esse o problema do jogo do F.C.Porto. Até entramos bem, construimos algumas bonitas jogadas, criamos várias oportunidades, mas fomos demasiado perdulários, sem esquecer a excelente exibição do guarda-redes da equipa do sul. A juntar a essa pecha, notória, há outra razão que explica as dificuldades da equipa de Villas-Boas em marcar: os três médios que entraram de início, Belluschi, Fernando e Micael, não são grandes rematadores de meia distância e como tal, preferiram entrar na área em tabelas e tabelinhas, afunilaram, não criaram, não abriram espaços e assim, ficou muito difícil desmontar a, repito, boa organização da equipa do terceiro escalão que, se jogar sempre assim, tem um belo futuro pela frente.

Ao intervalo Micael ficou nas cabines e entrou Guarín. O objectivo estava à vista: derrubar a equipa azul e branca - o F.C.Porto hoje, jogou de amarelo -, com as bombas do colombiano, mas o herói de sábado passado não esteve particularmente inspirado, foi demasiado sôfrego, não escolheu as melhores opções e quase sempre rematou mal, longe do alvo ou contra o "meco". Estavamos nisto, Porto a dominar, mas trapalhão, pouco inspirado, quando, num contra-ataque bem organizado, a equipa forasteira podia ter marcado. Seria tremendamente injusto, mas seria futebol... Valeu uma grande defesa de Kieszek a evitar o golo, golo que viria a sorrir ao F.C.Porto, numa grande bomba de Hulk, que bisaria já em período de descontos, dando ao resultado um "score" mais consentâneo com o que foi o jogo.

Resumindo: objectivo alcançado, mas com pouco brilho. Bom teste, que serve de aviso do que nos espera frente à Naval. Estamos nas meias-finais e a garantia que, a nós, ninguém nos compra e se o clube do regime quer ganhar a Taça a qualquer preço, vai ter de passar por cima do Dragão e isso, meus amigos, não é fácil.
Quem vão eles comprar ao Rio Ave, no dia do jogo? O João Tomás? Ou vão emprestar o F.Faria e mais algum jogador, em troca da vitória?

Três notas finais: Kieszek, entrou nervoso, a acusar a responsabilidade do erro, grave, no jogo frente ao Nacional, mas recompôs-se e foi muito importante na vitória.
Hulk, às vezes irrita, mas decide e com quem decide temos de ter mais alguma condescendência.
Mariano, jogou de início e entrou bem... depois perdeu gás e foi bem substituído.
Os nossos centrais, com a bola nos pés, têm tantas dificuldades em acertar... Se arriscam um passe de mais de vinte metros, é certo e sabido que sai asneira.
Mais duas oportunidades perdidas para Rafa e R.Micael - como é possível estar a jogar tão pouco?
Vocês não notaram a falta de um tipo baixinho, que nunca pára quieto e nunca brinca em serviço? Eu notei.
                                     

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