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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011


Um Dragão empenhado, competente, com o espírito certo e a qualidade que está ao seu alcance, ganhou de uma forma indiscutível, mas por números lisongeiros para a equipa do Nacional.
Entrando forte, com um ritmo elevado, trocando bem a bola e atacando pelos dois lados, a equipa de Villas-Boas adiantou-se no marcador, com um golo de Hulk, de cabeça - coisa rara! - na alvorada da partida e deu o sinal claro que estava ali para ganhar, aumentar a vantagem pontual e, muito importante, jogar bem, compensando os seus adeptos - apenas 23. 212, digo-o com tristeza, mas este é um assunto que abordarei um dia destes -, que já andavam a reclamar, algumas vezes com toda a razão, da qualidade de jogo portista.
Conseguiu-o, principalmente a partir do dois a zero, com jogadas de fino recorte, triângulações de belo feito, golos com a mais fina nota artística, chegando ao três a zero e acabando com todas as dúvidas sobre quem ganharia o jogo. Pena que, depois do intervalo, onde salvo um ou outro momento em que atrás, os centrais resolveram ligar o complicador, o conjunto de Villas-Boas não transformasse em golos, jogadas tão ou mais bonitas que aquelas que lhe deram a vantagem, deixando assim, no ar, uma ideia errada que a primeira-parte teve mais qualidade que a segunda, o que, para mim, não foi verdade.
Estamos bem, a voltar ao nosso melhor, prontos a dar todas as respostas necessárias e enfrentaremos todos os obstáculos que teremos pela frente, com a certeza que não é com fanfarronice, grandes parangonas, campanhas sujas e negras que nos abatem.
O Dragão está forte, unido, com a vontade e o espírito correctos. E, quando o Dragão está assim, deita fogo e queima.

Helton: um capitão na verdadeira acepção da palavra. Defende, orienta, motiva. Está a fazer uma grande época.
Sapunaru: o que disse para o capitão posso dizer para o romeno. Está bem, defende bem, ataca melhor que no passado e está concentrado. Quem havia de dizer. Bendito túnel!
Os centrais: a dfender, nada a dizer de muito negativo, mas com a bola nos pés e quando precisam de arriscar um passe mais longo... quase sempre fazem-no mal. Quando pressionados também têm dificuldades e assim, que lhes digam para bater, nem que seja para a bancada!
E.Rafael: penso que ninguém me contrariará se disser que fez o melhor jogo com a camisola do F.C.Porto. Não é o Álvaro, mas aos poucos vai ganhando confiança, arriscando mais e mostrando as razões porque foi contratado.
Fernando: tirando o seu principal defeito, a fraca qualidade de passe e os golos que falhou na cara de Bracalli, nada a dizer da sua exibição.
Belluschi: melhor e mais regular que Moutinho, o que é um grande elogio, sabendo que o ex-Sporting nunca joga mal, mesmo quando, como hoje, não foi brilhante. Acho que está um pouco cansado e devia ser poupado no sábado. Queremos um grande Moutinho na quarta-feira.
Guarín: entrou tarde e parece acusar a saída equipa. A melhor forma de recuperar o lugar não é deixar-se abater, mas entrar com tudo e mostrar ao técnico que está pronto a corresponder.
Varela: melhor que em Aveiro, mas ainda longe do grande fulgor de alguns jogos passados. Precisa de jogar para ganhar andamento e confiança.
C.Rodríguez e Walter: nada de relevante em seu abono. Com mais razões para estar triste o uruguaio, que jogou mais tempo.
James: um grande golo, num chapéu magnífico, outras oportunidades que falhou por pouco e, muita atenção miúdo, algum excesso de egoísmo que não se aconselha.
Hulk: mais um jogo brilhante, do melhor jogador do campeonato. Se fosse jogador do clube do regime tinha direito a primeiras páginas diárias e a galas na RTP, estação pública ao serviço dos vermelhos.
Se o treinador do Brasil ainda hesita, meus amigos, o Brasil deve estar cheio de Pelés...

PS - Nestes dias que passaram depois do B.Mar-F.C.Porto, todo cão e gato vermelho, resolveu atacar o indiscutível líder do campeonato, falando nos penaltis que a equipa portista tem beneficiado. Até o papa hóstias, ou, como diz um amigo meu, o rato de sacristia, António Bagão Félix, com aquela carinha de quem come, mas não engorda, resolveu frazer trocadilho com as grandes penalidades assinaladas a favor do Dragão. Como quem não tem jeito para ser engraçado, não tem piada nenhuma, o papa hóstias meteu os pés pelas mãos e mentiu descaradamente. Como Deus não dorme e se apanha mais depressa um rato de sacristia que um coxo, hoje, em Vila de Conde, João pode ser o João, num só jogo marcou metade dos penaltis que o F.C.Porto beneficiou esta época, cobrindo de ridículo todos aqueles que, de uma forma intelectualmente desonesta, atacaram o melhor clube português.

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