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sexta-feira, 29 de abril de 2011


Como digo e provo, o meu lema de portista é não embandeirar em arco nas vitórias, por mais importantes que sejam e já vivi muitas - mais à frente falarei delas -, nem dramatizar muito as derrotas, mesmo as mais dolorosas - também já tive a minha conta de derrotas marcantes... Sou portista nas horas boas, mas principalmente nas horas más, quando o clube mais precisa de apoio. Não ando ao sabor do vento, nem estou dentro ou fora, conforme dá jeito, não, eu estou sempre dentro do barco.

Como dizia ontem ao meu amigo Rogério - afinal não havia razões para desconfiar do creme de legumes... mas ao intervalo senti um certo mau estar...- e mais tarde ao Hélder Russo, ao Simão, ao Rui Anjos e ao Ilídio, junto ao Porta 29 - não vi manif nenhuma...-, para mim o principal objectivo da época - o campeonato - está conseguido e com cereja no cimo do bolo, conquista em pleno estádio da Luz. Claro e como se tem visto, estamos a lutar com todo o empenho e determinação por tudo e tudo que vier a mais será óptimo, mas se não vier mais nada, não ficarei frustrado nem desiludido. Explico porquê. Já vivi, como disse, muitos momentos fantásticos, muitas emoções fortes: a conquista do campeonato, 1977/78 após 19 anos de travessia do deserto; o Bi que se lhe seguiu e que confirmou que aquele não foi esporádico; a cavalgada europeia de 1983/84, com a eliminação da melhor equipa da europa do momento, o Aberdeen e a emoção que nos fez invadir o aeroporto de Pedras Rubras, mais a chegada à final de Basileia; o futebol maravilhoso do Porto de Artur Jorge, em 1984/85; a desilusão que estava a ser a época seguinte, mas que transbordou de emoção nas duas últimas jornadas, com o título, quase perdido, a acabar nas Antas - memorável a tarde vivida em Setúbal, com a alegria misturada com o sofrimento... o Benfica/Sporting nunca mais acabava...;
a caminhada europeia que terminou na mágica noite de Viena e nesse ano, a conquista, em Tóquio, da Intercontinental, sobre um tapete de neve; a conquista da única Supertaça europeia; o futebol maravilhoso do Porto de Sir Bobby Robson; o primeiro Tri e depois o Tetra, com António Oliveira; a emoção do Penta, com Fernando Santos - por razões que nem vale  a pena referir...; o Porto de Mourinho, as fantásticas e inolvidáveis conquistas de tudo que havia para conquistar, com Sevilha e Gelsenkirchen no apogeu da glória...

Meus caros, como vêem, tantas e tão fortes emoções, mas nunca tinha vibrado tanto, ficado tantas vezes com pele de galinha e me tinha emocionado tanto, como neste época, como com este Porto de sonho, que Pinto da Costa, a SAD e Antero idealizaram e André Villas-Boas e a sua equipa técnica, concretizaram. Tenho consciência que temos legitimidade para continuar a sonhar, mas como nesta altura já penso assim... quis deixar registado para memória futura.


Esta é a minha modesta homenagem ao "Bexigueiro", portista dos sete costados e um daqueles que faz das tripas coração para acompanhar o F.C.Porto... em todas as modalidades. É também um agradecimento a alguém que já me fez rir até às lágrimas...


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Nota final: Cândido de Oliveira, um dos fundadores de A Bola, recebeu, a título póstumo, o título de doutor "honoris causa", título atribuído pela Faculdade do Motricidade Humana. Vítor Serpa, o actual director, faz o elogio do Mestre, afirma-se como um continuador, embora circunstancial, da obra de Cândido de Oliveira e agradece a galardão como um estímulo à continuidade dos valores humanos que sempre sobreviveram na Bola.
Não concordo nada! Se Mestre Cândido ressuscitasse e visse no que o jornal que fundou, se transformou, acho que morria outra vez! Digo mais, uma heresia que a Bola se tenha feito representar na cerimónia, também, por Delgado, esse exemplo acabado do "jornalista" intelectualmente desonesto, faccioso, sectário e um freteiro ao serviço do clube do regime.

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