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segunda-feira, 4 de julho de 2011



Somos um grande clube, um clube de sucesso e uma marca reconhecida mundialmente, como marca de competência e qualidade, que transforma promessas em craques muito pretendidos. Contratar no F.C.Porto, como dizia em 2007, ver aqui, é caro, mas sai barato. Se por um lado é com manifesto orgulho que digo isso, por outro lamento que sejamos obrigados, ano após ano, a viver com o coração apertado e com medo de ver partir os nossos melhores jogadores. É o que se está a passar neste início de época... Depois do sucesso que foi a temporada anterior e apesar das cláusulas de rescisão dos nossos principais talentos, serem elevadas, vivemos nesta ansiedade e com receio de ainda vermos partir alguém. Somos muito grandes, temos muita qualidade, isso é óbvio, mas somos um clube de um país pequeno e falido, com tudo o que isso significa. 
Serve toda esta introdução para abordar o tema das cláusulas de rescisão que, no caso do F.C.Porto, como está visto, não garantem tranquilidade e um normal desenrolar da pré-época, altura importantíssima e em que se joga muito do que pode vir a ser a temporada do Campeão Nacional. Não é uma problemática nova e já tinha sido por mim abordada no post que podem ver aqui, mas esta época e após a saída do rapazinho, a coisa agravou-se e apesar de tudo parecer estar a desenrolar-se dentro da normalidade, paira o espectro que a qualquer momento pode vir borrasca. Depois que a FIFA colocou ao alcance dos jogadores a aberração da Lei Webster - ver no post que fiz referência, anteriormente...-, os clubes, para se protegerem, colocaram cláusulas de rescisão nos contratos dos jogadores. Até aqui tudo normal, mas quando sabemos que algumas dessas cláusulas, as dos jogadores mais influentes, podem ser accionadas até 31 de Agosto, último dia do mercado de transferências, não podemos deixar de ficar seriamente preocupados... Imaginemos que sacaninha vem ao Porto e já perto do início do campeonato, nos leva 3 jogadores dos mais importantes? Sabendo que ele é menino para isso e para muito pior, há razões para não estarmos descansados, com o que tudo isso significa de instabilidade no grupo de trabalho. Numa altura, note-se e repete-se, em que a serenidade e a tranquilidade eram importantes, fundamentais mesmo, para o arranque de uma temporada que vai ser muito difícil, por todas as razões já apontadas num dos posts anteriores, mas onde queremos voltar a ter sucesso.
Resta-nos esperar e confiar que, mesmo nessas circunstâncias, seremos capazes, num raid relâmpago, de resolver os problemas e manter a qualidade. Mas, como é óbvio, nunca será a mesma coisa ter a equipa formada, jogadores habituados ao modelo e ao sistema, rotinados, conhecedores da filosofia do clube e do que é o futebol português, com jogadores que vêm para realidades completamente diferentes e mesmo com qualidade reconhecida, demorariam sempre algum tempo a entrarem no ritmo normal.

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