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quinta-feira, 25 de agosto de 2011




Nota de abertura:
Quem não se dá ao respeito, não merece ser respeitado.

Quando alguém com as responsabilidades pessoais e profissionais de Eduardo Barroso, é só o presidente da Assembleia Geral do Sporting, logo a sua figura máxima; director do Serviço de Cirurgia Geral e Unidade de Transplantação do Hospital Curry Cabral - Hospital Público; e também professor associado de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade Nova de Lisboa, se comporta como o mais fanático e irresponsável dos adeptos, não pode esperar que o tratem com respeito e consideração. Que os Orgãos Disciplinares encarregados de fazer justiça, não a façam, mesmo contra quem e constantemente, utiliza termos como, "Fomos roubados"; Roubaram-nos um campeonato"; etc., mas pior, que se façam reuniões com responsáveis leoninos para e cito, "encontrar plataformas de entendimento" - o quer isso dizer, objectivamente? Que os jogos do Sporting vão passar a ser arbitrados por árbitros amigos, como Sérgio Cruz de Setúbal ou o Luís Rodrigues, já que nenhum outro serve aos chorinhas de Alvalade? -, tudo bem, agora que Eduardo Barroso, partindo de mentiras, coloque em causa os méritos de campeonatos ganhos pelo F.C.Porto ou coloque na boca de um ex-treinador adjunto do clube do Dragão, palavras que ele não disse, aí o assunto merece outro tratamento. Se Barroso fosse intelectualmente sério, não via apenas os prejuízos do Sporting, via também os benefícios; e via também, os prejuízos dos adversários. Já disse, num dos posts anteriores - já são tantos que não me lembro em qual...- mas pela importância, repito: no campeonato que Barroso grita aos quatro ventos que foi roubado de um título, o tal da mão de Ronny, bastaria lembrar ao presidente da Assembleia Geral dos leões, que nessa época, 2006/2007, na Luz, o F.C.Porto estava a ganhar a sete minutos do fim e o Benfica empatou com um golo em fora-de-jogo - centro para a área, cabeceamneto de David Luiz adiantado, bola  abater no poste, encontrar o corpo de Lucho e a entrar. Subjectividade com subjectividade se paga, se Barroso diz que se o árbitro assinalasse a falta o Sporting pelo menos empatava e era campeão, eu digo se o lance faltoso no jogo da Luz fosse assinalado, o F.C.Porto ganhava e seria Campeão na mesma.
Quanto às declarações de João Pinto, o médico mais uma vez mente. João Pinto disse apenas, "Faltou bom senso na nomeação" e mesmo perante a insistência dos jornalistas, não saiu disso. Dizer como diz Barroso, que o ex-nº2 do F.C.Porto colocou em causa a idoneidade do árbitro, é uma mentira baixa, torpe, indigna de quem tem tantas responsabilidades.
Finalmente, ridícula a forma como Eduardo Barroso diz que os árbitros não têm a mesma condescendência com o Sporting, que têm com outros clubes. De repente lembro-me de um jogo, na época passada, em Alvalade, frente ao Guimarães, em que o árbitro auxiliar viu a bola dentro da baliza, quando ela nunca lá tinha entrado. Argumento do bandeirinha: "Confundi a luva do guarda-redes com a bola". Facto curioso, nesse jogo, os leões estiveram a ganhar dois a zero, com esse anedótico golo, estiveram a jogar contra dez e perderem três a dois. Seria pedir de mais a Barroso que fosse capaz de reflectir sobre isto. É  demasiado faccioso.

Concluindo e enquandrando as declarações de Eduardo Barroso com outras do género, feitas por outros com as mesmas responsabilidades, envio uma carta aberta ao Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Alexandre Mestre:
Senhor Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, há dias atrás e quando da lamentável agressão ao árbitro Pedro Proença, o senhor, entre outras coisas, disse:

«Além das evidentes consequências humanas e profissionais para Pedro Proença, a agressão em causa pode contribuir para afastar mais espectadores dos estádios e desmotivar muitos jovens de escolher ou prosseguir uma carreira de árbitros, com os problemas que isso pode encerrar para o futuro do futebol português»
«O desporto, em geral, e o futebol, em particular, devem ser uma festa, antes, durante e depois do evento em concreto»
«Cada um, por si, deve assumir as suas responsabilidades e todos rumarem na mesma direcção. O Estado continuará a fazer por cumprir a sua parte»

Pergunto-lhe: o senhor ou alguém do seu gabinete, vê os programas televisivos Trio d' Ataque, Prolongamento e Dia Seguinte? Presta atenção ao que dizem alguns dos intervenientes? A SIC e a TVI, não são estações públicas, mas mesmo assim, não acha que como responsável pelo desporto, devia fazer chegar aos responsáveis da TVI e SIC o seu desagrado pela forma vergonhosa, agitadora, pirómana, como o seu colega de partido, ex-deputado, ex-ministro, director e administrador da SAD do Benfica, Rui Gomes da Silva, aborda as questões do futebol, com particular incidência na arbitragem? O mesmo para  Eduardo Barroso, que é, só, o presidente da Assembleia Geral do Sporting? Não acha que eles são alguns dos responsáveis morais, pela agressão a Pedro Proença e pelo clima de turbulência, que um dia vai acabar mal, porque passa o futebol português? Mas se nas televisões citadas o governo só pode manifestar o seu desagrado, no caso da RTP, empresa pública, pode fazer mais qualquer coisa. Acha que faz sentido o erário público pagar a gente que passa 80% do tempo do programa a falar de árbitros e de arbitragem, analisando os jogos sob o ponto de vista do facciosismo clubístico, raramente dando o benefício da dúvida e pior, nalguns casos dizendo que os árbitros erram de propósito? Não acha que não basta vir lamentar-se quando acontecem factos lamentáveis, mas que se devia agir contra estes pirómanos e incendiários? Acha que liberdade de expessão é colocar em causa e constantemente, a seriedade dos juízes, das instituições e das pessoas?
Senhor doutor Alexandre Mestre não basta falar, é preciso tomar decisões. Fico à espera que o senhor não se limite ao politicamente correcto e só apareça nos factos consumados, a carpir mágoas e a chorar lágrimas de crocodilo. Se quer um desporto melhor, olhe bem à sua volta e repare em quem trabalha bem, é organizado e ousa. Critique os medíocres, os que constantantemente dão provas de incompetência e depois, para se justificarem, desviam as atenções, traçando cenários negros sobre tudo. Vá lá senhor Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, não tenha medo do populismo, da demagogia e do trauliteirismo. Não tenha medo de mitos, completamente absurdos, que só servem para alimentar a chama.
Ah, senhor Dr. Alexandre Mestre, já nem lhe falo do Tempo Extra, onde um tipo com aspecto de azeiteiro - vendedor de azeite, note-se... -, durante uma hora e sem contraditório, destila ódio anti-portista, semana após semana.

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