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segunda-feira, 26 de setembro de 2011


Há dias atrás e em conversa com uns amigos, a questão foi-me colocada: "Pelo que tens visto, tendo em conta os inscritos para jogarem na Champions e partindo do príncipio que todos estão em forma e bem fisicamente, como jogarias na prova rainha da UEFA, se fosses o treinador do F.C.Porto?" Mesmo correndo o risco de não ter todos os dados e considerando que não sou um entendido, mas apenas um treinador de bancada, aqui vai a minha equipa e porquê, numa análise ligeira, sem ir a todos os pormenores:
Helton, Fucile, Rolando, Otamendi e Alvaro, Fernando, Moutinho, Defour (Belluschi) e Guarín, Hulk e James. Pois é, a minha equipa jogaria sem ponta-de-lança, num sistema 4x4x2 losango, com Fernando no vértice inferior, Moutinho e Defour(Belluschi) nas laterais e Guarín mais à frente, no apoio a Hulk e James.
Porquê? Porque acho que na Champions, fora e frente a equipas de maior e da nossa dimensão e em casa, frente a equipa superiores, o 4x4x2 é o sistema ideal. Com esta equipa defenderiamos melhor, com os sectores mais preenchidos e frente a algumas equipas, defender bem é fundamental para termos algumas hipóteses. Teriamos um meio-campo de quatro, mas quatro que manteriam o equilibrio táctico, a capacidade de pressionar, recuperar a bola e poder sair rápido para ao ataque. Com este sistema e este meio-campo, não teriamos uma referência na área, mas teriamos três jogadores com capacidade para se soltar e Guarín solto, sem preocupação de fechar, tem uma grande capacidade de pressionar alto, aparecer em zonas de finalização e fazer uso do seu excelente pontapé. Para além disso, mesmo sem o chamado 9, não acho que fossemos apenas uma equipa de contra-ataque - agora chamado de transição rápida... -, pois às duas setas rápidas na frente, logo se juntariam qualquer um dos três médios mais vocacionados para atacar, sem esquecer que quer Hulk, quer James, têm dificuldades a defender e sem essa preocupação estariam mais à vontade. Corriamos o risco de afunilar o jogo e facilitar a vida a quem defende? Talvez, mas, como é óbvio, estou a contar com a profundidade do Palito e em menor escala, também de Fucile.
Centrariam para a área e faltava lá uma referência?
Aceito, teriam de fazer outro tipo de passe final, procurando os dois avançados ou os médios que entrariam de trás. Desvirtuariamos o nosso sitema preferido e que para além de ser a nossa marca, está muito trabalhado? Sim, mas sem radicalismos e em alguns jogos utilizariamos o nosso modelo preferido, 4x3x3, com Kléber e sacrificando um dos médios, que não o trinco. Com o 4x4x2, corriamos o risco, como aconteceu frente ao Shakhtar, de muita posse, nenhuma acutilância, muitos rodriguinhos e pouca contundência? Não creio, se, como é natural, tudo fosse bem trabalhado e sistematizado - o problema frente aos ucranianos não foi a posse, mas a sofreguidão (todos queriam rematar à baliza e marcar golos: Kléber, Djalma...), o individualismo para mostrar serviço e o facilitismo por estarmos a jogar frente a dez e depois nove. 

Nota final:
Mesmo que frente ao Barcelona, na Supertaça, tenhamos jogado em 4x3x3 e não envergonhassemos, acho que seriamos mais fortes assim.

Pronto, pessoal, podem bater à vontade... Mas se em cada um de nós há um treinador, o meu treinador agiria assim. Não me venham é com a conversa de isto não é PlayStation e outras desculpas do género...


Não, nem pensar, o clube do regime era lá capaz de fazer isso? Aquilo é tudo gente séria, muito bem comportada, com imenso fair play, incapaz de atentar contra a verdade desportiva...

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