Num país onde o paradoxo é termos no mais alto cargo da nação, a presidência da república, um professor de economia e estarmos num buraco sem fundo; num país onde os funcionários públicos, que ganham mais de 600 euros por mês, vão ficar sem parte e a partir 1000 euros, sem todo o subsídio de férias e de Natal, mas há um pintelho que vai ganhar 46 mil euros mês e ainda diz, sem vergonha e sem pudor, que se puder, vai acumular com uma pensão de 9000 mil euros; num país onde a pouca vergonha não tem limites, os que gritavam ontem, estão calados hoje e vice-versa, com o paradigma a ser Carlos Abreu Amorim - antes dizia branco e agora diz preto. Como eles mudam depois que chegam à capital do império falido...; vale-nos Paulo Jorge dos Santos Futre para nos distrair, neste país onde o futuro se advinha cada vez mais negro.
Futre está na moda, em todas, desde a publicidade até programas de informação. Mas Futre, ao contrário de algumas figuras tristes e repetitivas - políticos principalmente, daqueles que agora, como comentadores, têm solução para tudo, mas quando eram ministros, líderes partidários, deputados, contribuíram e de que maneira, para o buraco...-, não cansa, ouve-se e vê-se sempre com prazer. Futre tem sempre algo para acrescentar de diferente de original. Ontem, em entrevista à jornalista Judite de Sousa, na TVI, Futre, para além de outras coisas interessantes e para espanto de Judite, disse: "Foi no F.C.Porto que aprendi quantas vezes tinha de fazer amor por semana" - ver aqui
Sempre gostei de Futre, quando era jogador dos Dragões - faz parte do meu onze maravilha... - e depois da saída, ele que sempre respeitou e elogiou o F.C.Porto e a importância que teve na carreira bonita que construiu - ainda podia ser melhor, caso tivesse esperado mais uns dias... Até lhe perdoei aquela atitude de menino traquinas e mal aconselhado, que tendo mais 3 anos de contrato, tentou sair ao fim do primeiro, à revelia do F.C.Porto.