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quarta-feira, 8 de agosto de 2012


Acabaram os jogos particulares, é a altura própria para um balanço. É o meu balanço e procurará ser claro, objectivo, dentro, como é óbvio da objectividade do futebol, que é sempre muito relativa.
Não, o F.C.Porto não tem sido brilhante nesta pré-época. Exigia-se melhor? Atendendo às circunstâncias, tenho dúvidas e vou explicar porquê.
Podia ir pelo caminho mais fácil, limitar-me a dizer que há um Porto com Hulk e há um Porto sem o Incrível. Sendo o internacional brasileiro o melhor, aquele que faz a diferença, que resolve e marca mais golos, a falta dele nota-se, como se nota a falta de Messi no Barça, se notava a falta de C.Ronaldo no Manchester e se nota, agora, no Real Madrid. Há dias - já o referi anteriormente... - li no jornal espanhol um título sugestivo: «Com Messi é outra coisa». Era após um jogo bem conseguido com o craque argentino e seguia-se a um menos conseguido sem Messi. Antes de continuar, para que fique claro e porque é um cenário que está sobre a mesa, abro um parêntesis e respondo já à pergunta: "E então se Hulk sair, estamos feitos?" Não, não estamos! Vamos ter dificuldades, sem dúvida, que serão maiores ou menores, dependendo da forma como resolvermos a saída do Incrível. Clarifico: como não me passa pela cabeça que o F.C.Porto cometa com Hulk, um erro igual ao que cometeu com Falcao, isto é, que não tenha ninguém, de qualidade, sob ponto de mira, acredito que se esse alguém for capaz de se integrar no grupo, na equipa, podemos minimizar os estragos e rapidamente atingir um nível se não igual, parecido ao Porto com Hulk. Encerrado este capítulo, porque não quero ir pelo caminho mais fácil, não é apenas a falta do Hulk que explica tudo, continuemos... O F.C.Porto começou a trabalhar a 2 de Julho, sem o trio que está nos Jogos Olímpicos, os internacionais portugueses, James que ainda veio a tempo de ir para estágio e Alvaro que chegou e se integrou, quando a equipa regressou ao Porto. Isto junto com o facto do mercado estar aberto até ao fim do mês, com a incerteza de quem fica e quem sai, fazem com que o treinador tenha de trabalhar com jogadores a mais, com um olho no burro, outro no cigano. Por um lado, preparar uma equipa para o jogo da Supertaça, dando-lhe tempo de jogo, ritmo, conjunto, de forma que possa aparecer frente à Académica em condições de ganhar, porque ganhar tem de estar sempre presente no espírito de quem serve o Dragão. Por outro, fazer jogar aqueles que não estiveram cá no ano anterior, testá-los, de forma que e dependente do que o mercado disser, ver se podem ser alternativas. Gerir estas realidades, mais a instabilidade que pode estar na cabeça de alguns, junto com o facto de para além de Hulk, mais dois possíveis titulares, Danilo e Alex Sandro, também ainda não terem chegado, faz-me dizer que, neste momento, é prematuro exigir mais. Somos um clube exigente e o treinador do F.C.Porto está sujeito a um escrutínio constante, mesmo na pré-época, mas maior exigência, sim, lá mais para a frente, quando tudo estiver definido, o plantel formado, cabeças, espero eu, no lugar.
Dito isto, discussão em aberto, espero que com espírito construtivo, sem resquícios passadistas, de muitos que passaram um ano a bater em Vítor Pereira, parece que não se conformaram e já começaram outra cruzada.

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