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domingo, 5 de agosto de 2012


Grande enchente, 42.709 espectadores, muito entusiasmo nas bancadas, relvado novo, mas com a mesma qualidade do seu antecessor, uma sentida e justa homenagem, num minutos de mais palmas que silêncio, a Costa Soares, recentemente falecido e um jogo que prometeu muito, mas deu pouco, no que diz respeito ao F.C.Porto, entenda-se.
Entrou bem a equipa portista e nos primeiros 15 minutos viu-se um Porto com boa dinâmica, intensidade, rápido sobre e a recuperar a bola, saindo bem para o ataque e contando com a inspiração de C.Atsu, a desequilibrar pela esquerda, prometeu muito. Se os lances de golo iminente não aconteceram, o domínio e a forma como o conjunto de Vítor Pereira jogava, agradava à plateia e augurava uma noite de bom futebol no belíssimo anfiteatro do Dragão. Mas foi sol de pouca dura. Rapidamente o Bi-campeão baixou o ritmo, a intensidade, passou a ter dificuldades em se soltar, começou a errar mais que acertar, deixou-se enredar na teia francesa, perdeu o domínio, perdeu qualidade, o Lyon -  boa equipa, é justo dizê-lo - equilibrou, até ficou por cima e embora não criasse grande perigo, jogava melhor. Foi assim até ao intervalo e mesmo que Jackson tivesse nos pés uma bela oportunidade, que os franceses nunca construíram, o empate ajustava-se ao que tinha sido o desenrolar do jogo.

Na segunda-parte a exibição da equipa azul e branca, com um James muito mais activo, ele que tinha passado ao lado do jogo na primeira metade e com Moutinho no lugar de Fernando, voltou a prometer, mas e mais uma vez, foram só promessas. Rapidamente voltou o mesmo futebol lento, desgarrado, sem agressividade, contundência ofensiva, o jogo arrastou-se e apenas por uma vez a baliza da equipa francesa correu riscos, num lance criado por Atsu - o melhor em campo - e que Lucho desperdiçou ingloriamente. Também por culpa de tantas substituições que descaracterizaram totalmente a equipa, é verdade, mas não foi só por isso que o futebol do Bi-campeão foi tão chocho. Há muita gente que não está, há gente que está, mas não tem ainda a situação clarificada e assim, independentemente de erros e vícios que se mantêm, é difícil trabalhar.

Acabou a pré-época e se por um lado acabaram os jogos a "brincar", com tudo que isso implica, desde ritmos lentos, faltas de concentração ou tendência para evitar o choque, sem esquecer as substituições que não ajudam nada, por outro e até ao fim do mês, mesmo com jogos a sério, vai ser complicado vermos muito melhor do que temos visto. É preciso um Porto mais capaz, mais duradoiro na qualidade exibicional. Não há e ainda bem, razões para euforias, nem para pessimismos excessivos, tirando os dos eternos descontentes, mas sábado já está em disputa uma Taça e queremos entrar a ganhar. Se ainda não temos condições para grandes shows de futebol, temos de ter em Aveiro a qualidade necessária para derrotar uma Académica mais forte que em 2011/2012, atrevida e a querer fazer história.

Tirando o já referido Atsu, ninguém mais merece realce particular. Também na avaliação de quem é quem, nos novos, os jogos a valer é que vão determinar juízos de valor mais concretos.

Foram apresentados 29 jogadores, Alvaro incluído - voltarei ao Palito... - e a única surpresa foi Bracali ficar fora do grupo. Addy já era esperado. Nesta matéria, também só no final do mês tudo se esclarecerá, já que não vamos ter um plantel tão extenso...

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