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sábado, 11 de agosto de 2012


Perante um estádio quase cheio e maioritariamente composto por adeptos azuis e brancos, F.C.Porto e Académica deram o pontapé de saída na época 2012/2013, na disputa da Supertaça Cândido de Oliveira. Campeão com uma surpresa, a titularidade de Defour em detrimento de João Moutinho, um, como se verificou após a sua entrada, dos indiscutíveis do Dragão. Venceu o F.C.Porto, venceu com justiça e se se costuma dizer que tudo está bem, quando acaba bem, hoje em Aveiro, os portistas têm de estar satisfeitos por terem feito história, pela quarta vitória consecutiva, mas têm de ter consciência que a exibição teve pouco brilho. 

Na 1ª parte, domínio, controlo, mas pouco ritmo, pouca criatividade, falta de contundência no último terço do campo. Se a isto juntarmos um trio de médios, sem capacidade para romper, sem capacidade de fazer chegar bolas à frente em boas condições e que quando arriscavam um passe mais longo, erravam, junto com alas pouco inspirados e um ponta-de-lança ainda à procura do seu espaço, estão encontradas as razões para que apesar de ser superior e dominar, poucas vezes a equipa portista criou perigo e quando criou foi quase e sempre de bolas paradas. Não admira, pois, o zero ao intervalo, embora a haver uma equipa que podia ter chegado à vantagem, era a do F.C.Porto.
 
A etapa complementar foi melhor, não muito, principalmente após a entrada de Moutinho para o lugar de Defour.Djalma, entrou ao mesmo tempo, pouco trouxe em relação a um C.Atsu a acusar e muito a estreia, em jogos oficiais, nos seniores do F.C.Porto. Com o pequeno médio ao lado de Fernando e a pegar no jogo, a equipa de Vítor Pereira foi chegando à frente com mais rapidez, de forma mais esclarecida, a bola foi circulando melhor, mas os problemas continuaram, porque raramente se encontraram as melhores soluções, raramente a bola chegava em condições a Jackson, raramente apareciam jogadores em zona de finalização. Estava o jogo no fim, com a Académica mais atrevida e já se esperava o prolongamento, que castigava o pouco brilho da exibição portista, quando Jackson após um bom cruzamento de Miguel Lopes, à ponta-de.lança subiu e cabeceou bem para o golo que deu a 19ª Supertaça, 4ª consecutiva, à melhor equipa.

O objectivo foi conseguido e as vitórias, mesmas aquelas em que as exibições não são famosas, dão moral, tranquilidade, embora se sintam os efeitos de um mercado que ainda está em aberto. No jogo de hoje a não titularidade de João Moutinho, espero que tenha apenas a ver com o facto de João ter chegado mais tarde, ainda não ter 90 minutos nas pernas, porque se significam aquilo que nós tememos, ou o F.C.Porto tira um coelho - salvo seja! - da cartola ou vai ter muitos problemas.
Helton esteve bem e a defesa também, mesmo o adaptado Mangala - o francês pode não ser defesa-esquerdo, mas tem raça, velocidade, quer muito e isso é meio caminho andado - e o regressado Miguel Lopes, que apenas tem de limar arestas, principalmente na concentração.
O meio-campo, se excluirmos Fernando que fez um belo jogo, apesar de quando tenta o passe mais longo, errar sempre e João Moutinho, não teve Lucho que passou ao lado do jogo e teve um Defour melhor que o argentino, mas pouco.
Na frente Atsu, não jogou bem e já disse porquê; James teve apenas alguns pormenores e dele espera-se muito mais; Djalma é assim, tão depressa faz uma coisa boa como borra a pintura; Varela entrou tarde, mas bem; e Jackson marcou e decidiu. Preciso de mais tempo para fazer uma análise mais concreta do colombiano que quando foi bem servido, fez golo. Com Hulk, Jackson pode marcar muitos golos, sem o Incrível...

Já começaram os jogos a sério e para além da instabilidade provada por um mercado que só vai fechar em 31 de Agosto, o F.C.Porto não vai ter jogadores para trabalhar por causa de compromissos com as selecções. Só nos resta ultrapassar esta fase, ganhando os jogos e esperar que nenhum tsunami varra o Dragão.

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