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quarta-feira, 26 de março de 2014


Importa realçar em primeiro lugar que foi um jogo foi bem disputado, correcto, sem decisões polémicas do trio de arbitragem, embora Marco Ferreira não me tenha agradado e na parte final do jogo nem se fala.
Importa também salientar que o F.C.Porto fez uma excelente exibição, melhor na primeira que na segunda-parte, é verdade, mas não estando tão bem nos segundos 45 minutos, nunca houve um grande desequilíbrio na qualidade de jogo portista, nunca passamos do bom para o mau, passamos para o suficiente.
Importa dizer também que a vitória é justíssima, indiscutível, mas não premeia totalmente a superioridade do conjunto de Luís Castro - merecíamos, pelo menos, uma vantagem de 2 golos.
Importa acrescentar que está tudo em aberto, a vantagem é mínima, mas é a melhor das vantagens mínimas - marcamos e não sofremos. Já agora, frente a duas equipas com muito valor, os italianos do Nápoles e os portugueses do Benfica, o F.C.Porto mostrou que tem gente com capacidade mais que suficiente para nesta altura não estar a 5 pontos do segundo lugar e 12 do primeiro, no campeonato português. Mostrou também que quando se trata do F.C.Porto têm de ter calma, não chega conversa a dizer que vamos mostrar isto e aquilo, é preciso provar e não provaram nada.

Como disse, a primeira-parte do F.C.Porto foi muito boa, teve períodos que chegaram a empolgar. Entrada forte, equipa organizada, concentrada,  espaços bem ocupados, boa circulação, futebol a toda a largura, boas jogadas, Benfica dominado, um golo por Jackson e mais duas oportunidades claras que o avançado colombiano e Varela desperdiçaram. Tudo, perante um Benfica que não fez praticamente nada, mais por mérito do bom jogo de um tri-campeão que surpreendeu, que demérito do clube da Luz.
Para essa boa exibição, muito contribuíram uma defesa segura e coesa, apesar de Mangala estar a jogar com alguns problemas físicos; um meio-campo que funciona e já consegue os equilíbrios necessários e conjugar a dupla-função, atacar e defender; e um ataque onde a um Quaresma em grande plano e inspirado, se juntou o Jackson dos melhores momentos e Varela, o elo mais fraco, nunca destoou demasiado.

Na segunda-parte o jogo, muito por mérito do Benfica, foi mais equilibrado, repartido, Gaitan, Markovic e Lima trouxeram melhorias à equipa de Jesus, enquanto pela parte do F.C.Porto, Carlos Eduardo e Quintero entraram tarde e Ghilas entrou mais cedo, mas não entrou bem. Támbém e isso notou-se, Quaresma acusou o esforço da grande primeira-parte, não foi tão intenso e desequilibrador. Mesmo assim, se houve um jogo mas cá e lá, as melhores oportunidades foram do F.C.Porto: faltou uma pontinha de sorte no desvio de Cha Cha Cha ao poste, quando estava sozinho e só com Artur pela frente; faltou mais qualidade no último passe de Alex Sandro e Quintero, com o jovem médio a hesitar se havia de rematar ou passar, optou pelo passe, mas muito mal e a bola não chegou ao destinatário, quando já se adivinhava o segundo golo portista. O Benfica teve apenas uma oportunidade que Fabiano salvou com uma excelente defesa.
Portanto e concluindo, penso que ninguém de boa-fé contestará a justiça da vitória portista, penso que ninguém se escandalizará se disser que o resultado é lisonjeiro para o clube do regime.

De realçar para além das já citadas boas exibições de Quaresma e Jackson, também Defour, Fernando - levou amarelo e não joga na Madeira -, Herrera e os dois laterais, a fazerem um belo jogo, assim como estiveram em excelente plano os centrais, com Mangala a bater-se muito bem mesmo debilitado e Reyes a confirmar que foram muito prematuras certas avaliações que se fizeram sobre o jovem mexicano. Fabiano, tirando aquela bola que largou na primeira-parte, cumpriu totalmente. Dos três que entraram já falei, falta Varela, sendo que o Drogba da Caparica foi o que brilhou menos dos que entraram de início.

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