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sexta-feira, 14 de março de 2014


Só quem não percebe nada de futebol ou está de má-fé, poderia pensar que com apenas 10 dias de trabalho à frente da equipa, Luís Castro podia transformar tudo e como por um toque de mágica, transformar uma equipa sem confiança, descaracterizada, sem coesão defensiva, organização no meio-campo e contundência no ataque; uma equipa sem processos definidos e automatismos consolidados, que só sabia tocar bombo, num conjunto capaz de dar um grande recital de música clássica frente a uma grande equipa europeia como é o Nápoles. Também quando se elogia o actual treinador por algumas melhorias que se notam na equipa, sem esquecer o discurso, isso não significa falta de respeito pelo seu antecessor, apenas a constatação de factos visíveis. E onde as melhorias são mais notórias é no sector intermédio, sector nevrálgico e o coração de qualquer equipa. Com Fernando como trinco, Defour mais adiantado e Carlos Eduardo como médio mais avançado, o F.C.Porto ocupa melhor os espaços, há mais  linhas de passe, a bola é melhor trocada, há mais jogadores a aparecerem na frente, o conjunto torna-se mais harmonioso, mais unido, deixa de haver aquelas clareiras entre sectores que havia anteriormente. Mas se no meio-campo há melhorias, notórias, na frente ainda anda tudo muito dependente de Varela estar num dia sim ou num dia não, se Quaresma tende a complicar mais que simplificar, se Jackson está mais ou menos inspirado, ele que não tem a confiança e a alegria da temporada anterior. O problema mais grave, no entanto, continua a estar no sector defensivo. E equipas fortes, sem uma defesa coesa, compacta, difícil de bater, são uma excepção à regra. Apenas me lembro do Brasil de 1970 - já o super-Brasil de1982 pagou caro não ter guarda-redes e defesa, apesar de ter um meio-campo e um ataque de luxo. Ontem a questão até não esteve muito na organização defensiva, esteve mais em erros individuais que persistem e que não podem continuar. Mangala não pode estar a fazer um jogão e de repente, vá lá saber-se porquê, perder concentração, ter erros primários que só não custaram caro porque não calhou. Também não podemos, em cantos e livres, ter falhas de marcação que permitem que os jogadores adversários ganhem bolas fáceis junto à baliza. No caso das bolas paradas, não haverá falta de comunicação? Bolas junto à pequena área não são de Helton? Já no caso dos laterais, que têm grande tendência para subir, devem fazê-lo, sim, mas não subir só porque sim. Por uma razão: atacam bem melhor do que defendem. E quando o jogo, como foi o caso de ontem, a partir de certa altura a equipa desgastada, perdeu intensidade, alguma organização e sentido de marcação, houve mais espaços e como do outro lado estavam muito bons jogadores, rápidos a pensar e a executar, a coisa podia ter dado para o torto. Felizmente não deu, Luís Castro parece, ao contrário de Paulo Fonseca, não ser aquilo que os brasileiros chamam de pé frio. E assim, vamos para Nápoles com um bom resultado e em condições de discutir a eliminatória até ao fim. Há uma atmosfera de maior confiança, dentro e fora do campo.
Enfim, fica esta pequena análise reflectiva, sabendo que ainda temos muito a melhorar, mas conscientes que o caminho faz-se caminhando. Espero que no domingo, mesmo com toda esta miserável campanha calimera - agora até fizeram um comunicado a dizer que vão processar toda a gente, mesmo sabendo que isso não serve para nada -, de pressão e intimidação que também é alimentada por um bando de vendilhões do templo e anti-portistas primários, possamos dar mais um passo em frente.
Faz bem o F.C.Porto em estar calado, não ter qualquer tipo de reacção contra esta pouca vergonha. Assim  os prostitutos não podem acusar o clube nortenho de colaborar nesta sujeira anti-futebol levada a cabo pelos viscondes falidos. Mas o que diriam os vendidos se fosse Pinto da Costa e seus pares a fazerem os mesmo?

Notas finais:
Repito, pelo equilíbrio, intensidade, alternância no domínio do jogo, duas equipas à procura do golo, oportunidades numa e outra baliza, guarda-redes a brilharem, emoção até ao fim e alguns nacos do melhor futebol, foi um jogo digno da prova mais importante da UEFA, a Champions League. Quem não perceber isto... abstenho-me de concluir a frase.

Campeão, melhor tri-campeão em título e único clube português que nos últimos 50 anos ganhou troféus internacionais, o F.C.Porto, neste miserável país, para alguns merece apenas uma nota de rodapé, mesmo quando ganha a uma das melhores equipa italianas.

Pedro Proença é o melhor árbitro português, um dos melhores do mundo, motivo mais que suficiente para que a sua nomeação para o Sporting-F.C.Porto fosse encarada com naturalidade e sem contestação. Mas para o pirómano e fundamentalista calimero, Eduardo Cutty Sark Barroso, Proença vai a Alvalade para prejudicar o Sporting. Haja paciência para este incendiário, porque como diz a Bíblia, coitados dos pobres de espírito...
Dr Cutty Sark, o senhor é um troglodita. Não é por mal, mas eu sou um desbocado, as coisas saem-me sem querer...

Um bronco é um bronco, um cretino é um cretino, um vintém é um vintém, mesmo quando o manto vermelho lhe branqueia os piores comportamentos e as atitudes mais rascas. Os que pediam de forma categórica a sua saída, são os mesmo que agora lhe perdoam tudo, o endeusam até aos infinitos. Mas a arrogância, às vezes, transforma-se num penoso e humilhante ajoelhar.
Para o Rascord, a arrogância, a falta de educação e de respeito, é one man show

PS - Lamento que Luís Castro faça a antevisão do Sporting-F.C.Porto apenas para o Porto Canal. Não devia. Devia fazê-lo para todos, enfrentar a comunicação social sem medo, com coragem e frontalidade, à Porto. E como até comunica bem...

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