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segunda-feira, 24 de março de 2014


Há cansaço, desgaste físico e mental? Há.
O tempo só dá para recuperar e não dá para treinar e como precisávamos de treinar? É verdade.
As coisas estavam muito mal, não há automatismos, processos consolidados, quando faltam alguns jogadores isso nota-se muito? Concordo.
O plantel não é rico em alternativas? Não sou eu que vou negar. Sou sensível a isso tudo. Mas temos de jogar e ganhar, não temos? Temos. Então temos de procurar fazê-lo da forma mais simples, não inventando, não complicando, fazendo correr a bola em vez de correr com ela, procurando desde cedo fazer acontecer, não ficar à espera que aconteça. Ontem estávamos a jogar frente ao último classificado, que na segunda-parte jogou com 10 e acabamos o jogo com o Belenenses a atacar, o Licá a defesa-direito e a fazer um corte providencial? Não tínhamos obrigação de fazer bem melhor? Para mim e de forma clara, tínhamos! Portanto, deixemo-nos de desculpas - não fazemos outra coisa há muito tempo, por isso esta época estamos a 5 pontos do 2º lugar e 12 do 1º - e assumamos as nossas responsabilidades.
Isto não é falta de apoio, nem crítica fácil, é um, mais um, grito de alerta. Só conseguiremos melhorar se formos capazes de analisar sem complexos, fazer auto-crítica, corrigir o que está mal. Eu quando não gosto, digo que não gosto, seja o treinador quem for. Apoiar não é branquear. E uma coisa é a exigência contra o Nápoles, por exemplo, outra é contra o Belenenses. Ganhar é a coisa mais importante, é fundamental, mas ganhar assim não pode ser a regra, tem de ser a excepção. Ganhar assim, jogando mal e muitas vezes, mata o entusiasmo, não há paixão que resista. Tenho amigos, tão portistas como eu, que deixaram de ir ver o F.C.Porto, mesmo com lugar anual pago, com o argumento: não estão para sair do Dragão, semana após semana, aborrecidos e irritados. Eu vou resistindo, mas não há paixão, nem coração que aguente tanta mediocridade, espectáculos tão pobres. O futebol tem de fazer bem e está a fazer-me mal. E com esta brincadeira do blog pior ainda.

Nota final:
O grande dilema para o futuro, podem ter a certeza, é o seguinte: ou voltamos a ter equipas que sejam competitivas, capazes de jogar para ganhar e paralelamente de proporcionar bons espectáculos, não digo sempre, mas têm de ser a maioria dos jogos e não a excepção, ou então vamos ter problemas, cada vez teremos menos público no Dragão, menos lugares anuais vendidos. Estamos em tempos de crise, já pagamos 15 euros para ver o Eintracht de Frankfurt, 12 para ver o Nápoles, 15 para ver o Benfica e segue-se o Sevilha...

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