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F.C.Porto 2 - AFS 0. Porquê aquela atitude na 2ª parte, particularmente, após o 2º golo?



Juntando às más exibições, maus resultados e já longe dos dois primeiros lugares, o FCP já sem tempo para ter tempo, tinha a obrigação de regressar às vitórias frente ao AFS - Aves Futebol SAD. Regressou, conseguiu o mais importante, mas depois de 45 minutos razoáveis e em particular após o 2-0, achou que quem está nas bancadas não merecia mais e limitou-se praticamente a deixar passar o tempo.

Com Diogo Costa, João Mário, Nehuén Pérez, Marcano, Francisco Moura, Alan Varela, Eustáquio, Fábio Vieira, Rodrigo Mora, Pepê e Samu, de início e uma autêntica revolução em relação ao onze que começou o jogo em Braga, o FCP entrou bem, forte, dinâmico, pressionante, dominador, criou vários lances de perigo, não marcou e claramente contra a corrente do jogo até podia ter sofrido. Valeu Diogo Costa. Praticamente na resposta os azuis e brancos chegaram à vantagem, marcou Rodrigo Mora na recarga a um remate de Pepê. 
Na reacção o AFS soltou-se, chegou com algum perigo. Dragões com dificuldades na transição defensiva, pareciam ter perdido algum fulgor. Apesar disso Samu ficou muito perto do 2-0 por várias vezes, algumas oportunidades claras, o mesmo aconteceu com Fábio Vieira.

Ao intervalo portistas em vantagem, justa, mas pela diferença mínima. Com mais eficácia podiam ter somado mais alguns golos a uma exibição razoável.
 
Com o resultado longe de estar resolvido, para a 2ª parte Martín Anselmi manteve o mesmo onze e o FCP logo na primeira jogada viu o AFS a ficar com dez, foi expulso, 2° amarelo, Nacho. Com a vida facilitada era importante não relaxar, tentar marcar golos, não permitir que o adversário acreditasse mesmo com menos um. Apesar de continuar dominar, praticamente a única equipa a ter bola, já era um Porto mais lento a executar e menos dinâmico e objectivo que o da 1ª parte. Mas de um excelente cruzamento de Francisco Moura, Fábio Vieira, claramente muito melhor nesta fase da época, de primeira encheu o pé e aos 61 minutos aumentou a contagem.
Com o segundo golo, em vez de aproveitar para marcar mais golos, abrilhantar o espectáculo, compensar os adeptos pelos maus resultados e exibições dos jogos anteriores, não, o FCP ainda baixou mais o ritmo, pareceu dar-se por satisfeito, começou a complicar, só não sofreu porque Diogo Costa fez um milagre. Inadmissível, lamentável e condenável esta postura. 
Por culpa do FCP o jogo arrastava-se, um ou outro fogacho, mas o único que queria mais era Samu. Alguns dos outros apenas somavam amarelos, exemplos, Tomás Pérez e André Franco. O jogo terminou com o resultado em 2-0. 

Ao minuto 65 saíram Rodrigo Mora e Pepê, entraram André Franco e William Gomes.
Aos 77 saíram Alan Varela e Fábio Vieira, entraram Tomás Pérez e Namaso. 
Aos 86 saiu Eustaquio e entrou Deniz Gül.

Resumindo, vitória sem discussão, mas exigia-se muito mais depois do segundo golo.
Em vantagem no marcador e numérica, sem jogos a meio da semana, pedia-se mais à equipa do FCP. Mas esta malta não tem pica, não tem killer instinct, está lá apenas para fazer os serviços mínimos. Está a ganhar por dois não quer ganhar por três ou mais. Enfim... não gosto desta atitude, nem desta mentalidade. Esta não é a atitude e mentalidade Porto e é preciso dizer isso aos meninos e a quem os dirige.

O desespero de Francisco J. Marques


Este FJM ressabiado, amargurado, martirizado, desesperado e que dispara contra tudo que mexe, não age assim porque os resultados são negativos, contratou-se mal, vendeu-se mal, devíamos ter contratado e não contratamos, estamos calados ou reagimos tarde, etc.. E não age assim porque, acredito, conhece minimamente a história do FCP, sabe que até o experiente, com um currículo impressionante e uma obra grandiosa, JNPC, passou por situações semelhantes, cometeu muitos erros, passou por alguns períodos de seca, muito difíceis, também houve contestação, muitas vezes silenciada. Não. FJM tem este comportamento porque não perdoa que com a entrada do "novo governo", sufragado por uma vitória esmagadora, os seus responsáveis, com toda a legitimidade, não quisessem ficar com um dos principais rostos do "governo anterior". E como para mal dos seus pecados, todas as portas lhe estão fechadas, FJM não perdoa, não se cala, usa o ditado popular, "quem desdenha quer comprar", para atacar com argumentos básicos, facilmente desmontáveis, AVB e os seus pares. E vai fazendo tudo para que o presidente reaja, só lhe falta ir para a porta da SAD com um cartaz a dizer: AVB estou aqui, olha para mim, responde-me!

Alguns exemplos que fazem com que as teorias do ex-director de comunicação do FCP sejam básicas e de fácil contra argumentação.
1 - Quando se diz que o FCP devia ter salvaguardado a saída de Geleno e Nico, respondo o seguinte: os jogadores saíram tarde, um no último dia, foi praticamente impossível arranjar um substituto que tivesse o perfil indicado. Contratar por contratar não faz sentido. O FCP não pode, definitivamente, dar-se a esses luxos - outra coisa e essa já o referi em tempo útil, era contratar um bom avançado para acrescentar qualidade a um sector carenciado.

Mas se recuarmos no tempo e fizermos um pequeno esforço de memória, concluiremos que no passado, não muito longínquo, num início de época que envolvia uma pré-eliminatória da Champions League e onde era importante criar as condições necessárias para o sucesso, saíram vários jogadores importantes, os substitutos vieram em cima do jogos com o Krasnodar, numa novela sem fim para desespero do técnico e dos portistas. A planificação foi tão má, o desespero foi tão grande que o FCP foi recuperar Marcano, pagar passado um ano 4 milhões por um jogador que tinha saído a custo zero.
O FCP foi eliminado pelo "colosso" russo e com isso sofreu mais um dano que ajudou a cavar um buraco ainda mais fundo.

2 - Dizer-se que o FCP não estava numa situação de ruptura, quando não pagava a clubes, empresários, profissionais, fornecedores, pedia dinheiro emprestado a sócios para honrar alguns compromissos, esteve três vezes em risco de ser excluído das provas europeias, é uma verdadeira piada. Repare-se, na primeira vez foi preciso vender dois anéis à pressa para salvar os dedos - Rúben Neves e André Silva. Na segunda foi preciso vender barato Luis Díaz para resolver o mesmo problema. Na terceira foi Vitinha que saiu por uma verba muito aquém do seu valor - Ugarte, bem pior,  foi muito melhor vendido. E no caso de Vitinha só não aconteceu mais um crime de lesa FCP porque os ingleses do Wolverhampton não viram a qualidade e não quiseram pagar 20 milhões de euros.
Apesar de tudo isto, o FCP pagou uma multa de 1,5 milhões, ainda tem o cutelo sobre a cabeça até 2028. Tudo isto, ao mesmo tempo que os responsáveis pela situação para além de ordenados de luxo, tinham o atrevimento de receber prémios de milhões.

3 - Quando se critica as escolhas para treinadores - se Vítor Bruno já podemos dizer que não resultou, mesmo que para mim continue a ser difícil concluir se o defeito era do cu ou das calças, mesmo que os treinadores tenham sempre parte das culpas, como é óbvio. Já Martín Anselmi apesar de tudo e tudo é um FCP que joga muito mal, ainda é cedo para tirar conclusões definitivas, aguardemos para ver até ao final da época -, até parece que é algo inédito, nunca aconteceu no passado e em circunstâncias desportivas e financeiras muito melhores. Vejamos um bom exemplo:
JNPC já com muitos anos de experiência acumulada, vários títulos europeus conquistados, incluindo o mais importante da história do FCP e do futebol português no que diz respeito a títulos de clubes em desportos colectivos - a Champions League de 2004 -, contratou um treinador, Luigi Del Neri, treinador esse que foi despedido sem fazer um único jogo oficial. Foi despedido ao abrigo de um sofisma, estava em período experimental. Não colou, o italiano protestou nos locais próprios, o FCP foi obrigado a pagar-lhe uma indemnização que não foi pequena. Pior, nessa época o FCP teve 3 treinadores. A Luigi Del Neri seguiu-se e Víctor Fernández e ainda José Couceiro. Uma equipa que tinha ganho com brilhantismo a Champions League e com um plantel recheado de grandes jogadores - a alguns que saíram, juntaram-se substitutos à altura -, nessa época os Dragões apenas venceram a Supertaça e a Taça intercontinental. Acontece aos melhores, foi o meu e sem ter procuração, o pensamento da esmagadora maioria do universo que torce pelo FCP. E então, nas actuais e difíceis circunstâncias, a exigência está no máximo, não há tolerância nenhuma, tudo serve para atacar os actuais corpos sociais, presidente à cabeça mesmo que a situação herdada fosse a que conhecemos? Agora é o drama, o terror, a tragédia, até a saída do director de scouting serve de arma de arremesso? Mas um clube como o FCP que já perdeu alguns dos melhores treinadores e jogadores do mundo, vai entrar em pânico porque saiu um director de scouting? Mas o scouting do FCP onde está gente com provas dadas de competência - mal estaria se um departamento de scouting estivesse dependente de apenas uma pessoa - colapsa só porque saiu o José Maia? Desde logo seria uma organização indigna de um clube com a grandeza do FCP. 

Concluindo: quando FJM diz e cito, que a direção de André Villas-Boas é danosa para o FC Porto, não pode ser levado a sério. É, repito, o desespero a falar...

PS - Podia dizer-lhe isto tudo no antigo Twitter? Podia. Mas para além de serem precisos muitos twittes, ele bloqueou-me. E se compreendo que reaja assim para gente anónima, cobarde, que se esconde atrás de nick names estranhos para insultar, sujar, denegrir, já com alguém que conhece pessoalmente e nunca ultrapassou os limites... Mas FJM lá saberá porquê.



S.C.Braga 1 - F.C.Porto 0. Queria deitar todas as culpas no careca alentejano, mas não posso...



Depois da importante vitória em Arouca e na Pedreira frente ao S.C.Braga, neste momento adversário directo na luta pelo 3° lugar, o FCP sem alguns jogadores importantes, tinha que ser competente neste jogo para conseguir aumentar a distância para os bracarenses e, no mínimo, manter a mesma diferença para os dois primeiros. Não foi capaz, tem os bracarenses com os mesmos pontos, Sporting e Benfica podem passar a ter 9 pontos de vantagem.

Com Diogo Costa, Martim Fernandes, Nehuén, Marcano, Otávio e Francisco Moura, Alan Varela e André Franco, João Mário, Samu e Gonçalo Borges, o conjunto de Martín Anselmi começou por ver dois amarelos nos primeiros 10 minutos - Nehuén sempre mal e Gonçalo Borges -, mais um a Martim Fernandes aos 16. Da falta do lateral-direito, golo do Braga que estava bem melhor que um FCP ao nível dos últimos jogos, isto é, muito mal. Quando pela primeira os hoje só de azul, chegaram com algum perigo, João Mário fez asneira. A incapacidade dos portistas ligarem jogadas, sairem com critério e perigo, era flagrante. André Franco à mínima pressão perde a bola, agarra. Aliás, agarrar e fazer faltas é uma característica de vários jogadores do FCP. A perder esperava-se uma reacção forte do conjunto da Invicta, mas com jogadores que até se atrapalham uns aos outros, isso torna-se impossível. Como se pode jogar bem com um sector importante como o meio-campo inexistente? Iam decorridos 38 minutos quando o FCP conseguiu uma jogada bem construída, ganhou um canto. A esse lance seguiu-se outro, deu canto e livre, do livre nada aconteceu - o Braga fez golo num livre semelhante. Mas era o melhor período dos Dragões. Samu foi abalroado pelo guarda-redes do Braga, um murro na cabeça e nem o árbitro nem o VAR assinalaram penálti. O ladrão de A.F. Évora e famigerado Bruno Esteves já estavam a fazer das deles. 

O jogo chegou ao intervalo com o Braga em vantagem, muito por culpa de primeira meia-hora desastrada do FCP. Pelo que fez depois os portistas talvez justificassem o empate que podia ter acontecido se o lance sobre Samu fosse analisado como devia ser na "Pedreira" e na Cidade do Futebol. 

Na 2ª parte Martín Anselmi manteve o mesmo onze e o FCP começou a tentar chegar ao empate, o Braga no contra-ataque a procurar aumentar a vantagem. Aos 57 minutos entrou William Gomes saiu Marcano, passado 1 minuto André Franco falhou um golo certo, não se posicionou bem para marcar de cabeça. Entretanto, os jogadores do Braga beneficiavam da complacência de Luís Godinho, reclamavam de tudo. Com o FCP a perder os centrais demoravam uma eternidade para soltar, entretinham-se a trocar a bola entre eles e a passar para Diogo Costa. É desesperante esta forma de jogar. E quem leva a bandeira é Nehuén Perez. O argentino é irritante, tira qualquer um do sério. Aos 68 minutos saiu Martim Fernandes e entrou Namaso. O jogo caminhava para o fim e o FCP não criava uma oportunidade de golo. Aos 76 minutos entraram Zaidu, Eustaquio e Deniz Gül, saíram Francisco Moura, André Franco e Gonçalo Borges. Entretanto, a equipa do FCP ganhava de goleada, mas nas faltas, a grande maioria escusadas. Quando os jogadores arriscavam um passe mais longo, era certo que a bola nunca chegava ao destinatário. Godinho que tinha sido muito lesto a mostrar cartões aos jogadores do FCP, três nos 16 minutos iniciais, aos do Braga nada. Só já em cima do final do jogo mostrou cartões aos arsenalistas. O jogo terminou com mais uma derrota do FCP. 

Resumindo:
Se os Dragões se podem queixar do lance do penálti e em mais alguns lances, não podem reduzir tudo à arbitragem - gostaria muito que a exibição do FCP fosse de tal qualidade que pudesse dizer que a derrota se deveu ao árbitro e também ao VAR, mas não posso. Foi mais uma exibição confrangedora na maioria do tempo, salvaram-se os últimos 15 minutos da 1ª parte. Se disser que uma equipa que está a perder desde muito cedo e contam-se pelos dedos de uma mão e ainda sobram dedos, as oportunidades e não daquelas flagrantes - a melhor foi a de André Franco -, está tudo dito sobre o que foi a prestação do conjunto do argentino Martín Anselmi. 

Notas finais:
O FCP não é isto, o FCP nunca pode ser isto. Não é admissível que qualquer equipazinha pareça um grande do futebol europeu sempre que defronta o FCP. Está demasiado fácil ganhar ao FCP. Está demasiado fácil roubar o FCP.

Se um jogador talentoso não é inteligente corre riscos de não sair da cepa torta. Agora imaginem jogadores fracos e pouco inteligentes... 

Quando um jogador de 38 anos e que o FCP não quis, João Moutinho, domina o meio-campo, está em todo lado, está tudo dito sobre a exibição desse sector e do conjunto portista.

F.C.Arouca 0 - F.C.Porto 2. Ainda há muito para melhorar, mas a vitória foi justa e importante

 

Depois de dois pontos muito mal perdidos frente ao Vitória e com a perda ficar impossibilitado de diminuir a desvantagem para quatro pontos do Sporting, mantendo o mesmo atraso para o Benfica - era de quatro pontos, passou para seis -, o FCP tinha no confronto com o Arouca a obrigação de voltar às vitórias. Para não aumentar o fosso para o duo da dianteira; para manter o 3° lugar; para terminar com uma crise de resultados negativos que se arrasta e traz os seus adeptos muito desiludidos com o comportamento da equipa. Voltou e o mais importante foi conseguido...

Martín Anselmi fez alinhar de início Diogo Costa, N. Pérez, Otávio e Marcano - saúde-se o regresso, mesmo que seja um mau sinal...; João Mário, Alan Varela, Eustaquio e Moura; Gonçalo Borges, Samu e Fábio Vieira e os portistas entraram a pressionar bem, mas quando recuperavam a bola, estavam nervosos, trapalhões, com dificuldades em construir bem. O primeiro remate enquadrado foi do Arouca.
Aos 9 minutos pisão a Samu na área, VAR sinalizou, o árbitro foi ver, assinalou penálti.
Samu pegou na bola, marcou, adiantou o FCP. Dragões cedo em vantagem sem terem feito muito por isso.
Aos 16 minutos Lamba viu amarelo, devia ter visto vermelho pela entrada sobre Gonçalo Borges.
Entretanto, a tendência para complicar de alguns jogadores do FCP continua e é de levar as mãos à cabeça. Ora, quando é assim o adversário não se faz rogado, aproveita, cresce no jogo. E aos 27 minutos o empate esteve à vista. Na baliza do Arouca também podia ter acontecido golo, mas Samu falhou clamorosamente na cara do guarda-redes... embora ficassem dúvidas se não estaria em fora-de-jogo.
Meia-hora chegou e tirando o golo, pouco mais fez o conjunto da Invicta. A incapacidade de ligar as jogadas, rápido e bem é notória, idem para passar em condições, mesmo passes fáceis. E apesar de muitos atrás, a equipa da casa chegava fácil e com perigo à área do FCP.
A primeira jogada bem construída só aconteceu aos 38 minutos e não deu em nada. Estava muito mais fácil para o Arouca sair da pressão que o FCP.
Equipa de Martín Anselmi era uma equipa completamente desligada, muita gente na zona defensiva, quando recuperava a bola não saía de forma organizada, só saía com um ou dois. Claro, porque faltavam apoios, eram obrigados a individualizar, fazer tudo sozinhos, os da Serra da Freita, recuperavam, preenchiam os espaços, ficavam em superioridade numérica, os contra-ataques dos azuis e brancos eram totalmente inócuos.

O jogo chegou ao intervalo com o FCP na frente pela diferença mínima, resultado injusto para a equipa da casa que foi sempre melhor colectivamente. O Arouca era uma equipa, o FCP um conjunto de onze jogadores desligados, sem critério a definir, incapazes de funcionar como equipa.

Em vantagem, mas jogando muito pouco, para a 2ª parte o FCP entrou com o mesmo onze. E o reinício não foi famoso. Os mesmos erros, bolas fáceis que se perdiam de uma forma inacreditável. Havia espaço era preciso aproveitar, mas os Dragões não conseguiam. 
Um daqueles erros típicos de Otávio, que aparecia muito na frente, originou um lance de perigo para a baliza de Diogo Costa. Na frente Gonçalo Borges enrolava, complicava em vez de jogar fácil e simplificar. Quando a passe de Samu e com espaço, devia ter ido com tudo para cima, não foi capaz, apenas ganhou um canto. Saiu logo para a entrada de Namaso aos 64 minutos. No minuto seguinte Diogo Costa queixou-se, ameaçou sair, mas recuperou.
Aos 70 minutos numa jogada como deve acontecer muito mais vezes, Namaso para Moura, centro atrasado, remate de Fábio Vieira contra a barra e desceu sobre a linha de golo.
Aos 75 minutos saíram João Mário e Marcano, entraram Martim Fernandes e Zé Pedro.
Namaso que entrou muito bem, recebeu, saiu da pressão, colocou no espaço vazio e aí Fábio Vieira fez o resto, desta feita a bola entrou. Será que é muito difícil fazer o básico?
Com o jogo a caminhar para o fim e com uma vantagem de dois golos era preciso manter a concentração, não facilitar, deixar o Arouca entrar no jogo. Se possível aproveitar os espaços que Arouca ia dar na tentativa de encurtar distâncias. Mas para isso é necessário qualidade de passe algo que falta a muita gente nesta equipa.
Aos 87 minutos falta clara sobre Martim Fernandes, o árbitro não assinalou. Contra-ataque do Arouca, golo. O VAR  analisou, chamou o árbitro e João Gonçalves só fez o que era de direito, invalidou o golo. 
Mas nem esse avisou alertou a defesa portista que falhou e podia ter sofrido um golo. Como podia ter marcado o 3° se fosse mais expedita na hora de finalizar.
Não houve mais golos, o jogo terminou com a resultado em 2-0.

Resumindo, o importante foi conseguido, a vitória é justa, mas ainda há muito para trabalhar e caminhar. Ainda há erros que não se podem cometer, há passes, fáceis, que só se podem errar como excepção e não como regra. Ainda há tendência em alguns jogadores para complicar em vez de simplificar - Gonçalo Borges e João Mário são bons exemplos. Ainda há falta de confiança para sair a jogar, mesmo com espaço, recua-se para os defesas e para Diogo Costa. Ainda falta atacar com mais critério, definir melhor e finalizar melhor.
Espero e acredito que com as vitórias a confiança aumentará e as exibições melhorarão. Aliás, sem ser exuberante, ou de qualidade superior, a diferença da 1ª parte, fraca, fraca, para a 2ª, foi notória.

Uma nota final:
Era este Fábio Vieira que esperava desde o início da época. Pena só ter aparecido agora, pena não ter muita gente que fale a mesma linguagem.

PS - Para quem esteve parado mais de um ano, tem 37 anos, Marcano regressou muito bem. Como disse em cima, é mau sinal que tenha de ser Marcano a colocar alguma ordem na defesa. Espero também que Martim não tenha nenhuma recaída, com este João Mário, Martim faz muita falta.

PS 1 - Empatar em Alvalade a 30 golos, frente a um grande Sporting - tem-no provado na Champions League -, é um grande resultado e permite ao FCP sonhar com o título.

É nisto que acredito, agora como no passado, sempre pelo F.C.Porto



Se os plantéis têm grande qualidade, os jogadores estão de corpo e alma nos clubes e focados em atingir grandes feitos - e é importante dizer isto porque, por exemplo, após as grandes conquistas europeias do FCP os anos seguintes não foram fáceis. E não foram fáceis quer para Tomislav Ivic após a conquista da Taça dos Campeões Europeus de 1987 e pior depois da saída do treinador croata; não foram fáceis para os treinadores que substituíram José Mourinho e foram três, Del Neri, VÍctor Fernández e José Couceiro; nem para Vítor Pereira que sucedeu a AVB e passou as passas do Algarve. Tanto que pela vontade de muitos portistas tinha saído logo depois de um empate 2-2 frente ao Benfica no Dragão, empate que se seguiu a um nulo em Aveiro casa emprestada do Feirense. E é assim porque os jogadores incham, julgam-se grandes vedetas, passam logo a achar que são grandes demais para o FCP, mas também porque ao atingir o topo há uma tendência para relaxar. Ora, se é natural que a cobrança seja grande em plantéis de qualidade, já não deve ser a mesma em plantéis de qualidade mais que duvidosa. Como é o caso do FCP de há anos a esta parte em que a qualidade tem baixado muito, nesta época ainda mais depois do fecho do mercado de Janeiro. Jogadores diferenciados, geniais, daqueles que tiram coelhos da cartola e decidem jogos, marcando ou assistindo numa bandeja, onde estão? Este raciocínio não significa e isto que fique claro, que os treinadores não têm culpas no cartório. Têm, particularmente quando o FCP não se consegue impor, nem pela margem mínima, pior, até perde, com adversários como Nacional ou Gil Vicente, empata com Santa Clara, Rio Ave ou Vitória SC. Mas, como se tem visto, atacar os treinadores, reduzir as culpas apenas aos treinadores não faz qualquer sentido no actual FCP. 

Já há quem ataque Martín Anselmi e uma das razões são os três centrais. Os centrais do FCP não têm características para jogar nesse sistema, dizem. Até tenderia a aceitar se o FCP com o modelo tradicional de dois centrais fosse melhor, mas não era. Basta ver os golos sofridos na Madeira com o Nacional ou em Barcelos frente ao Gil Vicente, para não ir mais atrás. Mas mais, na época passada o FCP jogava muitas vezes assim. Projectava os laterais, João Mário ou Martim Fernandes na direita, Wendell ou Zaidu na esquerda, Pepe caía sobre a direita, Otávio sobre a esquerda e um dos médios, Alan Varela ou Eustaquio descia para o meio e completava o trio. O problema são os jogadores, seja com três ou com dois. Porque têm dificuldades em jogar rápido e simples, pressionados ficam logo à rasca e têm tendência em recuar, quando arriscam seja a sair ou no passe longo, quase sempre sai asneira. Portanto e para mim, ainda é cedo para fazer juízos de valor sobre o treinador argentino. Sem que a obrigação de tentar ganhar sempre seja colocada em causa, agora que só temos um jogo por semana, logo, mais tempo para treinar e ganhar automatismos que só o treino sistemático consegue, vamos criar as condições para que na próxima época as coisas sejam bem melhores, se junte a qualidade de jogo às vitórias. Também aproveitar este tempo até ao final da época para ver quem é quem, quem se assume e quem se esconde, quem tem aquilo que um profissional do FCP precisa - até podemos perder sempre, mas ninguém pode sair do campo sem a certeza de que deu tudo para ganhar - e quem não tem. 

Um bom exemplo para reflectir: se JNPC fizesse a vontade a alguns entendidos quando José Mourinho substitui Octávio Machado e perdeu em casa com o Beira Mar - num jogo muito polémico -, ou levou três secos do Belenenses, conseguiu o 3° lugar no último jogo em Paços de Ferreira, lá ia o Zé à vida... Não foi e ainda bem que não foi. E não foi necessário contratar craques. Bastou melhorar o rendimento dos que já cá estavam e juntar-lhes: Paulo Ferreira e Marco Ferreira, ex-Vitória F.C., Nuno Valente, Tiago, Derlei e Maciel, ex-União de Leiria, César Peixoto ex-Belenenses, Maniche ex-Benfica B e Jankauskas suplente no Benfica, Ricardo Costa, Pedro Emanuel e Bosingwa, ex-Boavista, Ricardo Fernandes ex-Académica, Benni Mc Carthy ex-Celta de Vigo, Pedro Mendes ex-Vitória S.C.. Depois jovens da formação, Hélder Barbosa 17 anos, Paulo Machado 18 anos, Hugo Almeida 20 anos, jovens que vieram do Brasil, Bruno Moraes 19 anos e Carlos Alberto também 19 anos. Como se pode constatar não eram craques oriundos do Real, Barça, Manchester, Liverpool, Juventus, Bayern... 

Nota final:
Não penso vencer uma prova europeia como aconteceu a dobrar com José Mourinho, mas com critério, sendo certeiro naquilo que o plantel precisa, o FCP pode voltar a ganhar a curto prazo. 

PS - É nisto que acredito agora, como foi em algo semelhante que acreditei quando José Mourinho substituiu Octávio Machado. Não tem a ver com presidentes, tem apenas a ver com o FCP.

F.C.Porto 1 - Vitória S.C. 1. Sofrer um golo destes não se admite nem no regional. Cubram-se de vergonha.



Depois ser eliminado pela Roma e só ter o campeonato para jogar, é importante que os profissionais do FCP, agora que só jogam uma vez por semana, arrepiem caminho. E arrepiar caminho significa começar a ganhar os jogos de forma que a possibilidade de chegar a um dos dois primeiros lugares não se esfume rapidamente. Era este o espírito que esperava ver no conjunto de Martín Anselmi no jogo desta segunda-feira à noite frente ao VSC no Estádio do Dragão. Mesmo antes de mais uma perda de pontos de um dos dois da frente, muito mais após o empate, que devia ser uma derrota, do Sporting. Mas mais uma vez as expectativas saíram defraudadas e foi mais uma noite de pesadelo, desilusão e grande frustração.

Com um onze com várias surpresas, talvez a maior a estreia a titular e Tomás Pérez, a que se juntaram Diogo Costa, Zé Pedro e Otávio, Fábio Vieira, Alan Varela, Rodrigo Mora e Francisco Moura, Gonçalo Borges, Namaso e Pepê, o FCP começou com dificuldades em soltar rápido e fácil. Primeira ameaça, remate de Alan Varela contra um defesa vitoriano. Dragões ganharam dois cantos, no segundo Zé Pedro tirou o pão da boca a Otávio. Na resposta o Vitória obrigou Diogo Costa a sair da área e matar um contra-ataque. Mas era um Porto pouco afirmativo, incapaz de impor, ser dominador.
Quando chegava na frente com algum perigo as opções não eram as melhores. Gonçalo Borges podia ter marcado, Rodrigo Mora continua a forçar e a rematar contra o meco, quando tem colegas bem colocados. Jogo muito parado.
Ao minuto 27 saiu Pepê lesionado, entrou Samu. Muito pouca fluidez atrás, muitos passes para o guarda-redes, alguns disparates nos passes longos. Lances de bola parada inócuos. Ao minuto 35 Samu bem a isolar-se, mas um disparate na hora da verdade. De seguida o mesmo jogador com outra boa chance, o espanhol foi lento a finalizar.
Que Dragão tão trapalhão, tão complicativo, sempre a inventar em vez de simplificar. Mora, Fábio, Zé Pedro, Samu...
Aos 41 minutos a bola entrou na baliza dos vimaranense, mas Namaso que até trabalhou bem, partiu de posição irregular.
A quantidade de passes errados, mesmo passes fáceis, continua muito elevada.

O jogo chegou ao intervalo com mais um nulo. Começa a ser uma constante. Idem para a qualidade de jogo do FCP.

Com o jogo empatado esperava-se um Porto diferente na 2ª parte.
O jogo recomeçou com Dragões ao ataque, Samu bem a libertar-se, mas a não encontrar a melhor opção. Livre perto da área, mas sem consequências. O jogo continuava muito parado e Samu muito trapalhão.
Aos 55 minutos, com Zé Pedro incapaz de estorvar, Nélson Oliveira adiantou o Vitória. lance foi ao VAR e foi anulado.
Nem esse lance foi capaz de fazer Zé Pedro arrepiar caminho, logo de seguida fez outra asneira grossa, canto, só não foi golo porque Otávio fez um milagre e cortou sobre a linha de golo.
Neste período mais Vitória que Porto.
Aos 63 minutos entraram Tiago Djaló e William Gomes, saíram Tomás Pérez e Namaso.
O jovem brasileiro entrou muito bem, começou nele o excelente golo de Fábio Vieira que adiantou o conjunto de Martín Anselmi aos 68 minutos. Com a defesa dos azuis e brancos a tremer em cada, o jogo estava longe de estar resolvido. No ataque William bem fazia chegar bolas ao centro da área, mas Samu estava desastrado, só fazia asneiras.
Aos 77 saíram Fábio Vieira e Rodrigo Mora - não percebi a saída do marcador do golo. Seria cansaço? -, entraram Eustaquio e André Franco. Entretanto a dificuldade da equipa do FCP em ter bola, circular, encontrar as melhores soluções, controlar minimamente o jogo, era notória. E claro, os de Guimarães acreditavam. E sofria-se no Dragão.
E o cúmulo aconteceu aos 86 minutos. Num a favor do FCP já bem no meio-campo do Vitória, várias hesitações, tantas asneiras - Samu e Eustaquio deviam ser multados pela forma como abordaram o lance -, não ficou ninguém atrás, jogador do Vitória correu meio-campo isolado, ninguém cometeu uma falta - seria vermelho e depois? - e empatou. Isto não se admite nem no regional. Cubram-se de vergonha.
No desespero, só coração e sem ponta de discernimento, o FCP não conseguiu marcar, empatou um jogo que estava obrigado a ganhar. 

Resumindo, mais uma exibição muito fraca, mais uma oportunidade perdida para encurtar distâncias.
Repito pela importância: com o jogo a entrar nos últimos minutos, a terminar, nem a vantagem mínima conseguiram segurar? Vai tudo ao canto e não fica ninguém atrás. Não há uma alma que dê um grito e diga a um ou dois defesas, não subam, fiquem? 

Começo sempre os jogos com a expectativa de ver, não um espectáculo de grande qualidade, mas uma exibição com o mínimo de qualidade, mas nem isso esta gente que não tem noção do que é representar o FCP, consegue. Raramente constroem uma jogada em condições, parecem um grupo de amigos que se juntam para fazer um jogo amigável.
Não há paciência para tanta pobreza franciscana. Haja respeito pelos portistas que numa noite de chuva constante encheram o Dragão.

A.S.Roma 3 - F.C.Porto 2. Há alguma equipa que tenha sucesso a dar constantes tiros nos pés?



Um Dragão ultimamente com muito pouca chama, jogando mal e sempre com dificuldades, até frente a adversários mais fracos e em jogos que era claramente favorito, seria capaz de dar uma pedrada no charco, surpreender e conseguir na capital italiana eliminar a Roma e chegar aos oitavos-de-final da Liga Europa? 
Durante um período até pareceu capaz da surpresa, mas depois voltou a cometer erros primários, deu vários tiros nos pés, perdeu, está fora da Liga Europa.

Com Diogo Costa, Tiago Djaló, Nehuén e Otávio, João Mário, Alan Varela, Eustaquio Francisco Moura, Fábio Vieira, Samu e Pepê, o FCP começou por ver a Roma a pressionar alto e tinha dificuldades em sair. Quando saiu e até com superioridade numérica, faltava definir bem, ser mais objectivo e agressivo no último terço. Já os italianos era pelo lado esquerdo que mais incomodavam. Tiago Djaló ia entregando o ouro ao bandido. É preciso que estas abordagens e displicências terminem. A equipa estava bem atrás, mas faltava capacidade atacante. Como quase sempre era preciso meter na profundidade e Samu muito sozinho, raramente segurava a bola, era difícil causa perigo. Junto com o facto de Pepê nunca mais aprender a soltar no tempo certo... 
Estava o jogo assim quando os romanos inventaram, perderam a bola na saída da área, portistas recuperaram-na, não entrou à primeira, à segunda, entrou à terceira. Golaço num grande pontapé de costas de Samu. Dragões na frente. Com a Roma a sentir o golo, FCP não podia facilitar, não podia reagir às provocações. Entretanto, depois de Otávio, Nehuén também amarelado. 
Estava o jogo assim, parecia minimamente controlado, quando Dybala o melhor jogador dos romanos, perante a passividade do centro da defesa do FCP, fez tudo sozinho e empatou. Passados poucos minutos, novamente com a defesa do FCP a dormir, Otávio particularmente, o mesmo jogador colocou os italianos em vantagem. Surreal a forma como o FCP sofre golos. Não se admite em alta competição. E o 3° só não aconteceu por acaso. Nas transições continuava a fazer asneiras. Aos 44 minutos Samu podia ter empatado se fosse mais decidido a finalizar. 

O intervalo chegou com a Roma em vantagem por 2-1. Não porque tenha sido muito superior, mas muito porque tem em Dybala um jogador que faz a diferença. O FCP para além de não ter nenhum com esta capacidade, tem uma defesa que só não dá confiança como compromete. E assim fica difícil.

Em desvantagem na eliminatória o FCP tinha de ir à procura do golo e evitar que a equipa da capital de Itália marcasse. 
Anselmi não mexeu no recomeço e viu a sua equipa a sofrer uma grande contrariedade. Aos 51 minutos, Eustaquio, após intervenção do VAR, viu vermelho directo. Se estava difícil, ficou muito pior. mais um tiro no pé.
A Roma passou a jogar à vontade, esteve perto do 3° - a bola entrou, mas Shomurodov estava em fora-de-jogo. O treinador do FCP tirou Pepê - mais uma exibição de meter dó -, entrou Gonçalo Borges aos 56 minutos.
O FCP procurou reagir, Mora substituiu Otávio aos 65. E aos 68 Samu isolado e com o defesa nas costas, foi incomodado, só conseguir rematar ao poste - se não tem rematado e caído o que teria acontecido? Era um Dragão brioso, fazia das tripas coração, mesmo com menos um lutava contra o destino. Mas era importante fazer bem e não disparates como é exemplo um cruzamento disparatado de Fábio Vieira. A Roma baixou o bloco, ía jogar no contra-ataque e no erro.
Sem nada a perder, Anselmo esgotou as substituições, em cima do minuto 80, entraram William Gomes, Namaso e Tomás Pérez, saíram Francisco Moura, Fábio Vieira e Alan Varela. 
Passados poucos minutos a Roma marcou o 3°. Uma perda de bola no meio-campo, bola na linha, passe como deve ser, para trás, golo de Pisili. Na reacção, Mora, já dentro da área, foi  egoísta, quis rematar com o defesa em cima, quando se toca tinha um colega em posição privilegiada para finalizar. Alguém que diga a Mora que não tem de ser herói à força.
Com William Gomes a mostrar serviço, já no final do tempo de descontos o FCP reduziu, auto-golo de Rensch, mas veio muito tarde, já não adiantou nada.

E difícil, para não dizer impossível, a uma equipa que dá constantes tiros nos pés, conseguir ter sucesso.
Na 1ª parte e após chegar à vantagem no jogo e na eliminatória, o FCP fez harakiri. Primeiro, consentindo dois golos - apesar do enorme talento de Dybala. Voltou a fazer depois na 2ª quando precisava de todos, Eustaquio foi expulso. E com menos um praticamente ficou com o destino traçado.

S.C.Farense 0 - F.C.Porto 1. Saúde-se a vitória, lamente-se a lesão de Vasco Sousa e esqueçamos a exibição



Em Faro, no estádio do Algarve e não no São Luís, o FCP defrontava o SCF e não podia voltar a desperdiçar pontos, estava obrigado a vencer. Mesmo que uma das máxima do futebol - quem joga bem está sempre mais próximo de ganhar -, nesta altura do campeonato, os portistas até mandam às malvas a qualidade de jogo em nome de uma vitória. E foi exactamente isso que aconteceu. A exibição foi muito  fraquinha na 1ª parte, um pouquinho melhor na 2ª, mas os três pontos vêm para o Dragão.

Com Diogo Costa, Pepê, Zé Pedro, Nehuén, Otávio e Francisco Moura, André Franco, Fábio Vieira e Rodrigo Mora, Namaso e Deniz Gül - uma equipa muito diferente da que iniciou o jogo com a Roma. A pensar no desgaste que esse jogo deixou (as 72 horas consideradas como o mínimo para uma boa recuperação foram para o brejo) e também no jogo da próxima quinta-feira -, a questão que se colocava era: que Porto depois da notícia da morte de JNPC que certamente deixou marcas no plantel? Será que ao 5º jogo de Martín Anselmi, finalmente uma vitória nos jogos para o campeonato? 
O jogo começou com portistas com algumas dificuldades em sair, prática corrente, aos 6 minutos Fábio Vieira ameaçou. Quase de seguida Mora lento a decidir, embrulhou-se, perdeu o tempo de passe, gorou-se a chance. E continuou lento e egoísta nos minutos seguintes, só estragava. Sem castrar o talento é importante corrigir desde já. Neste período era Deniz Gül quem mostrava serviço - não demorou a desaparecer -, enquanto se notava a lentidão dos centrais a soltar - a quantidade de passes entre eles sem nada de produtivo, irrita o mais calmo dos adeptos.
Dragões incapazes de se impor, de ser dominadores, raramente construíam uma jogada com a qualidade que se exige. 
A meio da 1ª parte nem uma oportunidade de golo daquelas flagrantes.
Os lances de bola parada continuam mal explorados.
O Farense sem fazer nada de especial, conseguia construir melhor. O FCP não era uma equipa, era um conjunto de jogadores que  andavam por ali. Não preciso a estas equipas fazerem um grande jogo, transcender-se, para equilibrar e discutir o jogo frente a este Porto. Tudo muito lento, atabalhoado, sem critério, sem intensidade, sem qualidade. Não há um único jogador que brilhe, que saia da vulgaridade.
Só já nos descontos o golo esteve perto, mas não muito. Nem um remate e enquadrado nos primeiros 45 minutos. Confrangedor.

O jogo chegou ao intervalo com o resultado esperado em função do jogo das duas equipas, marcador em branco.
Mais uma exibição muito fraca, muito abaixo dos mínimos exigíveis a uma equipa do FCP.

Depois da péssima 1ª parte, seria expectável que o treinador do FCP mexesse na equipa.
Não mexeu. OK, ele é que sabe.

O jogo recomeçou com o FCP a ganhar um livre perto da linha lateral e no enfiamento da área, Fábio Vieira marcou o livre, Francisco Moura tocou no jogador do Farense, que caiu, mas de cabeça adiantou os portistas, após o OK do VAR. Têm de ser os defesas a marcar.
Em vantagem era importante não relaxar, abrandar, tentar o segundo golo.
A perder o Farense procurou reagir, enquanto os jogadores do FCP persistiam em complicar os lances mais simples. Ou não passavam logo e quando passavam já estavam em cima do adversário, ou erravam passes fáceis. Incrível.
Em cima do minuto 60, mais um livre, bola na área, Nehuén sozinho e de cabeça, nem rematou nem passou. Melhor, passou ao guarda-redes.
Ao minuto 62, tripla substituição no FCP. Saíram André Franco, Namaso e Deniz Gül, entraram João Mário, Eustaquio e Samu.
Mora continuava a passar ao lado jogo, enquanto alguns jogadores dos azuis e brancos, hoje de laranja, parecem viciados em jogar para trás, mesmo que rodando o corpo ficassem com muito espaço para subir.
Mora que foi substituído por Alan Varela, culminou uma exibição sem brilho, com cúmulo do desperdício. Falhou um golo com a baliza aberta, após excelente remate ao poste de Fábio Vieira.
Porto, não muito, mas melhor, mesmo que persistissem os mesmos erros. A recepção de alguns jogadores do FCP é desesperante. Idem para como se perdem as bolas fáceis.
Com a diferença mínima a manter-se, os jogadores do FCP incapazes em definir e assistir bem, concretizar, os algarvios acreditavam. E estiveram próximo do empate, valeu uma extraordinária defesa de Diogo Costa.
Aos 85 Martín Anselmi esgotou as substituições, saiu Pepê, entrou Vasco Sousa.
O jogo caminhava para o fim, portistas mais que procurar o 2°, seguravam a vantagem de um golo. A incapacidade dos jogadores do fazerem o básico, receber bem, passar bem no tempo certo e para quem está melhor colocado, era penosa.
Já em cima do final do jogo, entrada bárbara sobre Vasco Sousa, que se deve ter lesionado gravemente e o obrigou a sair de maca. Cartão vermelho para o jogador do Farense.

O jogo terminou com a vitória do FCP, num jogo em que a única a realçar é a conquista dos três pontos. 
Saúde-se a 1ª vitória de Martín Anselmi e lamente-se a lesão que tudo indica, grave, de Vasco Sousa a quem desejo um regresso o mais rápido possível aos relvados. 


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