F.C.Porto 2 - F.C.Vizela 0. Vitória que não merece discussão, numa exibição com pouco brilho
Sem alguns jogadores habitualmente titulares, desgastado por uma sequência de jogos que não permite muito tempo para descansar e sem qualquer margem de manobra, o F.C.Porto defrontou e cumpriu a sua obrigação, venceu o Vizela por dois golos sem resposta.
C.S.Marítimo 0 - F.C.Porto 2. Nem uma arbitragem deplorável que permitiu tudo, evitou a vitória dos Dragões
Correndo atrás do líder que tinha mais dois jogos disputados - agora só tem um - e ganhos, ao F.C.Porto só a vitória interessava frente ao Marítimo no tradicionalmente difícil estádio dos Barreiros.
Sporting C.P. 0 - F.C.Porto 2. Já temos a taça da liga, agora vamos ao que verdadeiramente interessa...
F.C.Porto 3 - Académico de Viseu 0. Vitória natural, sem discussão, a exibição prometeu, mas não cumpriu
Claramente favorito frente ao Académico de Viseu, o F.C.Porto com várias alterações em relação ao último jogo em Guimarães - Cláudio Ramos, João Mário, Pepe, Marcano e Wendell, Otávio, Uribe, Eustaquio e Pepê, Veron e Namaso. O apagão de David Carmo é um verdadeiro caso de estudo -, o campeão confirmou o favoritismo, está na final onde vai defrontar o Sporting.
Os Dragões entraram muito bem, colectivamente muito fortes, dinâmicos, ritmo elevado, nos primeiros 15 minutos marcaram por Eustaquio, criaram várias oportunidades, podiam ter feito mais alguns. Depois tudo que tinha sido bem feito, desapareceu, começaram as desconcentrações, os lances individuais com perdas de bola em zonas perigosas, os passes errados, ou para trás e para o guarda-redes, a organização foi-se, o Académico de Viseu aproveitou os espaços, equilibrou, chegou várias vezes à area portista, algumas com perigo. A exibição do F.C.Porto depois do período inicial foi muito má.
Pelas pelas oportunidades que teve quando se exibiu em bom nível, ao intervalo a vantagem mínima justificava-se, mas como possível tanta diferença de qualidade?
Uma nota para a arbitragem, permitiu tudo à equipa de Jorge Costa.
A segunda-parte começou como terminou a primeira, a desinspiração continuou.
Sérgio Conceição mexeu 61 minutos, saíram Eustaquio e Veron, entraram Galeno e Bernardo Folha.
Pouco depois, uma pedrada no marasmo e mau futebol, Namaso servido por João Mário, fez o segundo.
Com a equipa viseense a bater em tudo que mexia e o árbitro a consentir, trocando vermelhos por amarelos, Galeno desperdiçou uma clara oportunidade, o mesmo parecia acontecer com Bernardo Folha, mas no ressalto a bola entrou, estava feito o terceiro.
De seguida, 81 minutos, entraram Rodrigo Conceição, Gonçalo Borges e Taremi, saíram João Mário, Pepê e Namaso, até final nada de mais relevante se passou.
Vitória natural e sem discussão da melhor equipa. F.C.Porto pela quinta vez na final da taça da liga. Mas depois daquele início tão prometedor, fica o amargo de ver a qualidade a baixar drasticamente, ver tantos jogadores a passarem ao lado do jogo.
Parabéns Jorge Costa! Na porrada ganhaste de goleada e conseguiste um grande feito, acabaste com onze.
Vitória S.C. 0 - F.C.Porto 1. O objectivo foi cumprido, mas a bipolaridade manteve-se, particularmente na 1ª parte
Obrigado a ganhar e ganhar para poder continuar na luta pelo grande objectivo da época, o bicampeonato e com um percurso nos jogos em casa bem diferente, para melhor, dos jogos for a do Dragão, a questão colocava-se: que F.C.Porto em Guimarães, sendo que entrava no D. Afonso Henriques sabendo que Sporting, Braga e Benfica tinham ganho? Venceu com justiça, mas e em particular na 1ª parte, não foi um bom Porto.
F.C.Porto 4 - F.C.Famalicão 1. Goleada não merece discussão, mas houve dois Portos...
Já sabendo o resultado do dérbi entre Benfica e Sporting - empate a dois -, dérbi que o panfleto da queimada, esse exemplo de rigor, isenção e equilíbrio, apelidou de melhor do mundo, o F.C.Porto defrontou o F.C.Famalicão com a possibilidade de encurtar distâncias. Venceu, melhor, goleou, encurtou, está a cinco pontos da liderança e continua na luta.
F.C.Porto 4 - Arouca F.C. 0. Esta consistência e qualidade de jogo tem de ser replicada fora do Dragão
Depois de ter goleado o Arouca para o campeonato, com uma excelente exibição e depois de um empate comprometedor no Jamor frente ao Casa Pia, o F.C.Porto voltou a jogar com o clube da Serra da Freita, agora para os oitavos-de-final da Taça de Portugal.
Casa Pia 0 - F.C.Porto 0. Tanta parra e nem uma uva, num deslize comprometedor
O F.C.Porto enfrentou o Casa Pia no estádio nacional em Oeiras e empatou a zero, apesar de ter jogador com mais um jogador quase uma hora.
Com Diogo Costa, João Mário, Fábio Cardoso, Marcano e Wendell, Otávio, Grujic, Uribe e Galeno, Veron e Taremi, entrada forte do F.C.Porto, domínio e superioridade clara, boas jogadas de aproximação à baliza adversária, mas sem golos, apesar do perigo rondar várias vezes a baliza dos lisboetas.
Na primeira vez que saiu de trás iam decorridos 19 minutos, o Casa Pia criou um lance de perigo.
Com o meio-campo portista a demorar a soltar, sem conseguir agarrar o jogo, a partir do meio da primeira-parte, os gansos foram equilibrando, Porto perdeu gás, discernimento, deixou de ser perigoso.
Em cima do intervalo entrada duríssima de Lucas sobre Galeno, vermelho, Casa Pia com menos um.
Dragões carregaram, mas o jogo chegou ao final dos 45 empatado a zero, resultado que, tudo somado, era justo.
O campeão entrou a prometer muito, mas a promessa durou cerca dos 20 iniciais e o tempo de desconto.
Um 2023 com todos os ingredientes...
Num mundo que, como se viu ontem na "Pedreira", manifestamente já não é o que era, desejo aos frequentadores do Dragão até à morte um 2023 com todos os ingredientes... se não for com todos, com os fundamentais...