F.C.Barcelona 2 - F.C.Porto 1. Boa 1ª parte, má a 2ª, mas basta não perder com o Shakhtar...
Na viagem à Catalunha para defrontar o Barcelona, desta vez no Olímpico de Montjuic e não no Camp Nou, onde já foi muito feliz na década de setenta do Século passado, e num jogo que mesmo em caso de vitória ainda não garantia a passagem aos oitavos-de-final, o FCP com Diogo Costa, João Mário, Pepe, Fábio Cardoso e Zaidu, Pepê, Varela, Eustaquio e Galeno, Taremi e Evanilson, foi derrotado pela equipa de Xavi Hernández, está obrigado a pontuar frente ao Shakhtar para passar aos oitavos-de-final da Champions League.
F.C.Porto 4 - CDC Montalegre 0. Naturalmente na ronda n° 5 da Taça de Portugal
O jogo começou com uma displicência de Romário Baró num saída para o ataque que só não deu golo porque Cláudio Ramos fez uma excelente defesa.
De seguida foi Zé Pedro a asneirar e só a precipitação do avançado do Montalegre evitou que a baliza do FCP passasse por calafrios.
Só depois o conjunto de Sérgio Conceição levou algum perigo à baliza dos transmontanos. Logo depois foi André Franco a ameaçar. À terceira foi de vez, Namaso adiantou os portistas aos 13 minutos.
Aos 18, 2-0, marcou Evanilson, após uma bola divida em que Namaso levou vantagem e serviu o brasileiro. As coisas, naturalmente, simplificaram-se, o Montalegre acusou o golpe, deixou de incomodar, FCP só não fez o terceiro porque Namaso falhou clamorosamente o golo. Galeno logo de seguida também esteve perto de aumentar a vantagem. Aumentou aos 44 minutos, colocou o marcador num resultado que estava mais de acordo com o desenrolar da primeira-parte.
Com a eliminatória resolvida, Sérgio Conceição manteve o mesmo onze que logo no recomeço podia ter marcado, novamente por Evanilson.
Que voltou a ameaçar logo na jogada seguinte e não falhou por muito.
Sem forçar o portuenses estiveram sempre perto do quarto golo, valeu Bruno Pio, guarda-redes dos transmontanos.
Aos 59 minutos saíram Romário Baró, Evanildon e Galeno, entraram Nico González, Francisco Conceição e Fran Navarro.
A vantagem não demorou a aumentar, marcou o avançado espanhol ex-Gil Vicente.
Quase de seguida saiu João Mendes e entrou Gonçalo Borges.
O tempo foi passando, o Montalegre praticamente só defendia, o FCP ia criando, mas nem sempre definia bem, ia desperdiçando.
Alan Varela substituiu João Mário perto do minuto 80, Bruno Pio valeu a negar o golo do FCP, desta vez a Grujic.
Com o jogo a caminhar para o fim o jogo foi perdendo interesse, com a eliminatória mais que decidida os portistas iam complicando na hora de finalizar, ficaram a dever a si próprios e a uma excelente exibição do guarda-redes adversário mais alguns golos.
Resumindo, objectivo cumprido com toda a naturalidade, Dragões seguem para a ronda n° 5 da Taça de Portugal.
O dirigente do FCP e administrador financeiro da SAD, Fernando Gomes, deu ao jornal o Jogo a entrevista que podem ler em baixo e se a quiserem comentar, estão à vontade, dentro daquele espírito que é apanágio da minha página, com respeito, objectividade e da forma mais construtiva possível. As redes socais se bem utilizadas, somam, não dividem, no caso do FCP sempre foi essa a minha postura. Embora nos dias de hoje e para alguns, parece que os bons portistas são só aqueles que cantam o nome do presidente e dizem viva o Rei, longa via ao Rei.
No que toca à entrevista propriamente dita, importa dizer o seguinte:
Não senhor doutor Fernando Gomes, a instabilidade não foi de fora para dentro, através das redes sociais, a instabilidade foi provocada, principalmente, por quem deu claros sinais de desconforto quando apareceu a possibilidade de uma candidatura de André Vila-Boas, em vez de a encarar como um sinal de vitalidade, algo natural numa Instituição com a grandeza do FCP. A instabilidade foi provocada por quem resolveu fazer uma alteração estatutária com alguns temas polémicos a poucos meses das eleições e depois foi incapaz de organizar uma AG à altura das circunstâncias do momento. E isso não pode ser atribuído às redes sociais e a quem através delas se mobilizou para ir a uma AG importantíssima para o futuro do FCP.
Depois não pode haver redes socais boas, aquelas que dizem o que interessa a quem dirige, más quem critica, obviamente, dentro do espírito descrito em cima. E a propósito, o putativo candidato AVB, está a ser acusado de querer vender o clube/SAD aos árabes, mas afinal quem quer vender o quê e a quem?
Não discuto a bondade do negócio com a Legends - ao ler a entrevista fiquei baralhado se é com essa ou outa empresa que estamos a negociar -, nem acuso os actuais corpos sociais de venderem o clube/SAD, no caso parte da Porto Comercial, mas espero que sejam dadas explicações sobre um negócio que amarra o FCP a um contrato de longa duração. Espero que em nome de resolver um problema do momento, o dos capitais próprios negativos, não estejamos a criar problemas graves para o futuro.Também não critico os moldes do negócio da Academia, nesta caso só quero que ela avance rapidamente, é estrutural para o futuro do FCP. Já estamos atrasados mais de meia-dúzia de anos.
Algumas notas sobre a entrevista do presidente Pinto da Costa à SIC/SICN
Finalmente, após os lamentáveis acontecimentos na AG de 13/11, Jorge Nuno Pinto da Costa deu uma entrevista. Foi num simultâneo SIC/SICN - a partir do momento que o presidente do FCP, a 07/10, vá lá saber-se porquê, elogiou a SIC, compreende-se a preferência. Se desse ao Porto Canal ía ser criticado, lá vinha a conversa de que só fala para o canal do clube, estava tudo combinado - e a entrevista foi dentro daquilo que esperava.
Não esperava que o presidente pedisse, como devia e era sua obrigação, desculpas, em primeiro lugar àqueles que estiveram horas na fila à espera, porque o clube não organizou a AG com o cuidado que devia. Depois àqueles que já lá dentro não foram tratados com o respeito que deviam. Não esperava que explicasse, como devia, porquê esta AG a poucos meses das eleições e com alguns pontos polémicos, alguns dos quais o presidente até disse que estava contra. Não terá sido isto que deixou deixou muitos sócios do FCP de pé atrás e daí a enorme mobilização?
As redes sociais estão aí, têm muitos defeitos, mas também muitas virtudes. Até já serviram para mudar o rumo dumas eleições em Espanha, quando o partido do poder culpou a ETA pelo atentado de Atocha e a ETA não teve nada a ver com o assunto. Foi a mobilização das redes sociais que tirou o PP do poder e colocou lá o PSOE.
Mesmo tendo em conta que se aproxima uma AG importante em que se vão discutir as contas, fiquei surpreendido com o seguinte:
Como é que o grupo FCP que tem 191,544 milhões de capitais próprios negativos, só a SAD tem 175,980, vai passar para capitais próprios positivos, ou perto disso, até Dezembro?
Aguardemos pela AG do dia 29 onde certamente serão dadas informações, sob pena das contas serem chumbadas o que seria inédito desde que Jorge Nuno Pinto da Costa é presidente.
A resposta à questão dos prémios para a administração da SAD é notável.
Primeiro, a comissão de vencimentos propõe, não obriga a receber. Depois vai à AG da SAD e quem aprova? Os representantes de quem tem a maioria do capital? Quem tem a maioria? O FCP. E quem representa o FCP na AG da SAD? Pois o senhor presidente e outros directores.
Resumindo, o senhor presidente acha natural que uma SAD numa situação calamitosa, culpa de quem a dirige, receba prémios de gestão. E que prémios! Em menos de meia-dúzia de anos, só o senhor presidente recebeu cerca de milhão e meio. Isto quando já são muitíssimo bem remunerados. E receberam mesmo quando a SAD estava sob a alçada da UEFA, por ter violado os prossupostos do fair-play financeiro.
Isto é claramente ultrapassar uma linha vermelha que não aceito.
Taremi é difícil comentar sem saber os valores das propostas, para poder dizer se o rendimento desportivo - que tem deixado muito a desejar -, compensa a perda da verba que o Milan oferecia. Tudo indica que será mais um a sair a custo zero.
Se é verdade que o apoio das claques, principalmente nos jogos fora, é fundamental - já reconheci num dos posts anteriores -, também referi que não se pode esquecer todos aqueles que fora das claques também estão lá sempre, no futebol e nas modalidades. O presidente esqueceu todos esses. Fez mal.
E como disse o meu amigo Fernando Pinto, antes de haver claques já havia muitos portistas que estavam em todo o lado a apoiar, e, note-se, em condições muito mais difíceis.
Espero que a Academia - que era um desejo de vários anos e que se tornou uma obsessão - avance em força. Embora o projecto que era para ser apresentado em finais de Outubro ainda não tenha sido, e já estejamos qua se no final de Novembro e a apresentação ainda não tem data marcada.
Nota final:
O FCP já teve um Verão quente, com graves consequências - o senhor presidente viveu-o por dentro -, não precisa de outro.
Somos todos portistas e depois das eleições continuaremos a ser e o FCP precisa e precisará de tranquilidade para continuar no caminho do sucesso. Portanto, porque unidade não é unicidade, que o respeito pela opinião dos outros prevaleça, se evitem excessos de linguagem, ameaças que não servem para nada, dividem, dão origem a cenas que só prejudicam a imagem do FCP e são pasto para o mais primário anti-portismo.
Todos temos responsabilidades nesta matéria, mas há uns que têm mais que outros.
PS - Que se ataque a forma como AVB saiu do FCP, quando havia no espírito de quem dirige e de muitos sócios e adeptos, onde me incluo, a possibilidade de repetir os feitos de 2003 e 2004, aceito, também não gostei mesmo nada, não fui meigo na forma como tratei AVB na altura. Mas desvalorizar o feito, desvalorizar uma época extraordinária em que vivi as mais e maiores alegrias da minha longa caminhada de portista, como se o treinador nada tivesse a ver, tudo se deveu aos jogadores e ao plantel de excelência que teve ao seu dispor, não é bonito, nem havia necessidade.
Lamento e repudio que a casa de AVB tenha sido novamente atacada.
Numa noite negra de um clube de vitórias sem igual, um clarão de esperança...
Porquê uma AG extraordinária para alterar estatutos, com alguns pontos polémicos a poucos meses das eleições?
Um caos organizativo. O FCP não pode ser isto, não pode permitir que uma AG tão importante para o futuro do clube seja uma bagunça total.
Estão fechados numa redoma, não se aperceberam dos movimentos, passou-lhes ao lado a mobilização dos sócios e que estes iam acorrer em massa à AG? Porque não resolver atempadamente, passar logo a AG para o pavilhão?
Descredibilização total da AG.
A teoria que o lugar próprio para falar é a AG, foi totalmente destruída.
Mas como disse no título, houve um clarão de esperança na noite negra de ontem. Os milhares de sócios que se deslocaram ao Dragão deram um enorme sinal de vitalidade, mostraram que o FCP é deles, são eles o seu maior capital, que o FCP é muitíssimo mais que um topo do Estádio.
Oxalá que quem de direito tenha percebido os sinais, desça do pedestal, faça tudo para que o FCP não passe por grandes turbulências, daquelas que deixam marcas profundas, causam prejuízos incalculáveis, só aproveitam aos que não querem o bem do FCP.
Última hora:
"Em causa a Assembleia Geral inicialmente agendada para dia 20
Após ter analisado cuidadosamente os lamentáveis e condenáveis acontecimentos ocorridos na Assembleia Geral Extraordinária da passada segunda-feira, o Conselho Superior do FC Porto decidiu o seguinte:
- A proposta de Estatutos discutida e aprovada nesta sede e remetida à referida Assembleia Geral é para este órgão boa e rigorosa, salvaguardando inteiramente os interesses do Clube e dos seus Associados.
- O condicionamento criado à já mencionada Assembleia Geral e o empolamento artificialmente criado pela comunicação social e redes sociais tiveram como resultado os lamentáveis incidentes a que assistimos, convertendo uma importante Assembleia num momento de primárias incendiadas.
Nesse sentido e por unanimidade, no superior interesse do Clube, decidiu este Conselho retirar a proposta de alteração dos Estatutos, contribuindo, desta forma, para apaziguar o divisionismo que se quer criar na família portista."
Como? A proposta é boa? Não há um assumir de responsabilidades e um pedido de desculpas por aquela página negra na história do FCP? Ficou tudo a dever-se ao condicionamento criado à AG, ao empolamento criado pela CS e pelas redes sociais?
Quem quer criar o divisionismo na família portista? Será alguém que com toda a legitimidade faz menção de se candidatar às eleições do próximo ano? Não deve ser isso encarado como um acto natural, próprio de um grande clube?
Sinceramente, pensei que iam tirar as devidas ilações do que se passou na última segunda-feira, fazer mea-culpa, garantir que nunca mais voltará a acontecer, mas talvez seja pedir demasiado...
Vitória S.C. 1 - F.C.Porto 2. Um excelente Diogo Costa na 1ª parte e uma 2ª razoável numa vitória importante
F.C.Porto 2 - Antuérpia 0. Bem, se jogar bem é pedir muito, que ao menos se ganhe...
Depois de uma noite terror na última sexta-feira, o FCP regressou à competição na Champions League. Frente ao Antuérpia, a quem tinha ganho na Bélgica e de goleada. O conjunto de Sérgio Conceição, de início com Diogo Costa, João Mário, Pepe, David Carmo e Zaidu, André Franco, Varela, Eustaquio e Pepê, Evanilson e Taremi, entrou mal, a errar sucessivos passes - Pepê abusava -, um dos quais só não deu golo porque o jogador dos belgas completamente sozinho falhou na cara de Diogo Costa.
A prioridade é o FC.Porto
Se em nome dessa prioridade tenho de defender o presidente ou o treinador, defendo. Se pela mesma razão preciso de criticar, critico.
Procuro fazê-lo sempre com respeito, de forma o mais objectiva e construtiva possível, para somar e não para dividir. Assim, porque não gostei nada do resultado e da exibição frente ao Estoril, mas gostei ainda menos do que se seguiu e que colocou o FCP na berlinda, infelizmente, pelas piores razões. Importa dizer o seguinte:
O FCP era um clube fechado, recatado, os seus profissionais, muitos, verdadeiros craques, na prática e não na comunicação social, privilegiavam o low profile, os problemas, quando existiam, resolviam-se entre portas, se os nossos inimigos e temos muitos - quem não gostar do termo que coloque na beira do prato -, antes precisavam de inventar, especular, mentir, agora não, damos-lhes de mão beijada assunto para atacar e polemizar.
Lamentavelmente, há quem dê o flanco, junte instabilidade à instabilidade. São sinais dos tempos, dizem-me. Pois, mas prefiro o FCP dos velhos tempos...
Dito isto, é o momento de olhar para a frente colocar os superiores interesses do FCP acima de todas as vaidades e egos, de tudo e de todos. De insubstituíveis estão os cemitérios cheios.
F.C.Porto 0 - G.D. Estoril Praia 1. Um desastre pré-anunciado
Depois das vitórias em Antuérpia e Vizela, o FCP regressou ao Dragão para defrontar o Estoril, último classificado do campeonato, mas um adversário que cria sempre dificuldades aos azuis e brancos.