Uma explicação é devida...
Porque deixaram de aparecer alguns comentários incluindo um meu - talvez porque foi atingido o limite -, resolvi fazer este post para deixar a explicação e os recuperar aqui. O último que aparece é o do José António, vou recuperar os seguintes publicando-os com o meu nome.
Parabéns F.C.Porto bicampeão nacional de Hóquei em Patins.
Ao vencer o Óquei Clube de Barcelos por 3-2 no jogo 4 da final dos play-offs, à melhor de 5, o FCP fez 3-1 sagrou-se bicampeão nacional.
Se durante a época das modalidades me pedissem para dizer qual a equipa do FCP com mais possibilidades de vencer o campeonato, não escolhia o Hóquei em Patins. Por uma razão: esta equipa foi bipolar, uma montanha russa de emoções, tanto conseguia excelentes resultados, como logo de seguida borrava a pintura com resultados que deixaram marcas pela negativa. Mas na hora H, quando foi preciso dar litro e meio, lutar contra tudo e contra todos e isto não é conversa fiada, é a mais pura verdade, o Hóquei portista disse presente, mostrou que ainda tem o ADN do FCP e conquistou o título.
Parabéns!
Realizou-se hoje o "sorteio" - é apenas um sofisma, chamar sorteio àquilo -, da Liga/Campeonato 2025/2026.
Começamos no Dragão com o Vitória SC e terminamos a receber o Santa Clara. Como temos de jogar com todos em casa e fora, não vale a pena reflectir se o "sorteio" foi bom, mau assim-assim. A única preocupação é que vamos jogar na Choupana em meados de Fevereiro e sabemos bem o que jogar lá no Inverno. Espero que, ao contrário do que é costume, haja bom senso de disputar o jogo a horas decentes, isto é, no início da tarde para evitar o começa, interrompe, recomeça, volta a interromper, adia...
F.C.Porto 4 - Al-Ahly 4. Os mesmos erros e defeitos de sempre, mas louve-se a capacidade para reagir
Depois da derrota e de mais uma exibição que ficou muito aquém dos mínimos exigíveis frente ao Inter Miami, muito pior na 2ª parte, e já dependente do resultado do outro jogo entre o Palmeiras e a equipa de Lionel Messi, para seguir para os oitavos, o FCP tinha a obrigação de, pelo menos, sair do Mundial de Clubes com uma vitória frente aos egípcios do Al Ahly. Não saiu, saiu pela porta dos fundos, não conseguiu sequer os serviços mínimos, muito por culpa de erros colectivos e individuais que se repetem.
Registe-se como único factor positivo a capacidade de reacção da equipa para nunca desistir, ir sempre à procura de virar o resultado. Não deu, deu apenas para empatar e, sejamos justos, não merecia mais.
Como espectáculo o jogo até foi bom.
Num jogo disputado na noite de São João o FCP entrou em campo com Cláudio Ramos, João Mário (Martim Fernandes aos 62 minutos), Zé Pedro, Marcano e Francisco Moura, Fábio Vieira (Gabri Veiga aos 69 minutos), Eustaquio, Alan Varela (Gonçalo Borges ao intervalo) e William Gomes (Pepê aos 69 minutos), Rodrigo Mora e Namaso (Samu ao intervalo), os egípcios muito apoiados, entraram forte, melhor, chegaram à vantagem com justiça aos 15 minutos - perda de bola na frente, equipa descompensada, defesa batida, golo -, no minuto seguinte a Rodrigo Mora ter desperdiçado uma boa oportunidade. Reacção do FCP, Mora redimiu-se, empatou aos 23 após uma brilhante jogada. Feito o empate esperava-se a consumação da reviravolta, mas não houve por parte dos azuis e brancos aquela pica para isso. O ritmo baixou, a incapacidade para ter bola e construir boas jogadas desapareceu, o Al-Ahly sempre determinado e entusiasmado até parecia querer mais e esteve mais perto do golo. Para piorar a situação e já no tempo de desconto, egípcio mais rápido a chegar à bola que Fábio Vieira, foi tocado por este, penálti, golo, Dragões novamente em desvantagem, resultado justo ao intervalo.
Na 2ª parte, já com Samu e Gonçalo Borges nos lugares de Namaso e Alan Varela, o FCP entrou novamente à procura de empatar e conseguiu num grande golo de William Gomes. Só que na jogada seguinte, aos 51 minutos Zé Pedro batido no cruzamento, Porto novamente em desvantagem. O jogo estava frenético, golo cá golo lá, prova disso novo empate, marcou Samu após canto de Fábio Vieira - saúde-se o golo de bola parada.
E a remontada podia ter acontecido logo na jogada seguinte. Livre muito perto da área e em zona frontal, mas o FCP não tem um especialista, Fábio Vieira atirou muito por cima. Parecia que o conjunto de Martín Anselmi estava melhor, mais determinado, mas durou quase nada esse período. E com uma defesa que marca com os olhos e já com Martim Fernandes no lugar de João Mário, foi o Al-Ahly a voltar a marcar e adiantar-se novamente no marcador. Dragões voltaram a reagir, Samu até podia ter marcado, mas não marcou e o conjunto da capital do Egipto aproveitando as fragilidades nas transições defensivas e os espaços que o FCP dava, podiam ter sentenciado o jogo.
O treinador do FCP voltou a mexer, meteu Pepê e Gabri Veiga, saíram Fábio Vieira e William Gomes, mas já era o Porto desgastado, desorganizado, com muitas dificuldades em conseguir fazer bem a função de atacar e defender, deu espaço para o contra-ataque, podia ter sofrido em várias ocasiões novo golo. Mesmo assim não desistiu, ainda conseguiu encontrar ânimo para atacar, Samu falhou escandalosamente o empate a quatro, empate que surgiu ao minuto 88 num excelente remate de Pepê.
Resultado com que terminou o jogo. Tudo somado, resultado que se pode considerar justo, mas a haver um vencedor era o Al-Ahly.
Notas finais:
É triste constatar que o FCP gastou em centrais nos últimos anos 50 milhões de euros - David Carmo 20,5+Otávio 12+ Nehuén 17.5 - e não resolveu problema nenhum, joga com Marcano um central de 38 anos e com um histórico de lesões que impressiona e com Zé Pedro um jogador que veio da equipa B, esforçado, mas com limitações óbvias.
Agora é o momento de tomar decisões. Quem fica, quem sai, quem entra, se vamos com Martín Anselmi, se trocamos mais uma vez de treinador... Seja como for a próxima época tem de ser muito melhor nas exibições - quem joga bem fica sempre mais perto de ganhar - e nos resultados. O FCP até pode não conquistar títulos, mas tem de estar na luta por eles até ao fim.
Tem a palavra o presidente e a estrutura do futebol.
William Gomes apesar de algumas desconcentrações, mostrou que merece mais oportunidades. É preciso insistir, dar-lhe mais tempo de jogo.
Já Alan Varela parece perdido em campo, mesmo sozinho e com espaço, não é rápido a pensar e executar, perde bolas fáceis, nunca está onde deve. O que se passa com o argentino?
Fábio Vieira foi o jogador que me criou as maiores expectativas e que mais me desiludiu.
Para o presidente do F.C.Porto...
- Senhor presidente André Villas-Boas, o senhor, Jorge Costa e Andoni Zubizarreta, são homens do futebol, com grande experiência no futebol mundial, o senhor e o "Bicho" conhecem muito bem o FCP. Os três vêem o que nós vemos e vêem o que nós não vemos e aquilo que não vemos são os treinos, como se preparam os jogos, se há um conhecimento dos adversários, a relação entre técnicos e jogadores, etc. Mas vemos que as consequências de tudo isso são muito más. Martín Anselmi está há seis meses no FCP e não há qualquer evolução na equipa, colectiva e individualmente, mesmo que Mora tenha emergido, mas no caso foi apenas porque passou a jogar mais, o talento estava lá. E agora, senhor presidente, ao contrário do que acontecia quando o treinador argentino chegou, há tempo para trabalhar. Mesmo considerando que não temos um plantel de qualidade e isso seja uma atenuante, não faltam equipas, até no campeonato português, com jogadores de menor qualidade, mas que mostram a marca do treinador, são mais equipa colectivamente que o FCP. Depois, senhor presidente, já não há pachorra - perdoe-me a expressão -, para as declarações dos jogadores e treinador do FCP antes e depois dos jogos. É que, senhor presidente, já ninguém os leva a sério, a letra não diz com a careta. Diga-lhes que eles não podem falar em ser Porto, que eles não fazem a mínima ideia do que é ser Porto.
Assim, reforçar a equipa, OK, precisamos de acrescentar qualidade a um plantel que já era fraquinho e que ficou ainda mais fraco em Janeiro. Mas, senhor presidente, a pergunta que se coloca, é: vamos continuar a investir sem garantias que, com este timoneiro e que foi uma grande surpresa quando surgiu no FCP, temos o homem certo para que o investimento seja rentabilizado, possamos ter as condições para ter sucesso? Aliás, sobre a vinda de Martín Anselmi não estarei muito errado se disser que a esmagadora maioria dos portistas, mesmo aqueles que acompanham todos os "futebóis", não conheciam.
Senhor presidente, ao contrário de alguns ressabiados e traumatizados, compreendi muito bem a sua resposta quando em Março à pergunta: "Independentemente do desfecho da Liga, Martín Anselmi (MA) é 100% garantido que será o treinador em 2025/2026?" o senhor tenha dito: "Sim, em absoluto." E as razões porque compreendi foram as seguintes: então temos um treinador que está há três meses no FCP, tem contrato até 2027, qual devia ser a resposta do presidente do FCP? Dissesse, vamos ver os resultados e depois decidimos se MA fica ou não? Óbviamente que não. Mais, até me interroguei sobre o que faria e diria JNPC em iguais circunstâncias? Não diria o mesmo, ou até iria mais longe, tipo, essa pergunta não faz sentido, o contrato é para cumprir até ao fim e até pensamos em renovar. E mais: diria isto mesmo que até já tivesse decidido despedir o treinador no final da época, independentemente dos resultados.
Só que, senhor presidente, já não estamos em Março, estamos a chegar a Julho a nova época tem de ser preparada com o mínimo tempo e a questão do treinador é decisiva no futuro a curto prazo. É uma decisão difícil, mas é para si e para a sua equipa. Se fosse fácil...
Pode sempre contar com o meu apoio e a minha solidariedade, mas também com as minhas críticas que serão sempre respeitosas, procurarão ser sempre objectivas e construtivas.
Senhor presidente, tudo pode correr bem desde a recuperação da credibilidade e financeira, capacidade de investimento, promoção da marca FCP, iniciativas de fazer do FCP um clube cada vez mais moderno, etc., mas o clube chama-se FUTEBOL Clube do Porto. E se a modalidade rainha não está bem e não está, tudo o que referi e é importantíssimo para o futuro do FCP, deixa de ter tanto significado. Por isso, concentre-se totalmente no futebol, decida e se por acaso a decisão significar o reconhecimento do erro, paciência, só não erra quem não faz. Digo tudo isto, senhor presidente, porque para mim, agora como no passado, em 1º lugar responde sempre o presidente. Comigo não existe quando corre bem, AVB allez, AVB allez, allez, quando corre mal há sempre um bode expiatório para pagar o pato, seja o treinador, seja um dirigente, administrador, responsável pelo futebol ou director desportivo.
O FCP está sempre acima de todos os interesses, sejam eles do presidente, dirigentes, treinadores ou jogadores.
Inter Miami 2 - F.C.Porto 1. Mais do mesmo...
Depois ter empatado a zero frente ao Palmeiras no 1º jogo do Mundial de Clubes, no 2º e quase decisivo, o FCP tinha pela frente o Inter Miami de Messi, Suárez, Busquets e Jordi Alba. hoje suplente, gente ilustre, já na recta final da carreira, mas no caso de Messi se o deixarem à vontade ainda capaz de fazer muitos estragos.
No majestoso Mercedes-Benz Stadium de Atlanta, Martín Anselmi fez alinhar de início a mesmo equipa que iniciou o jogo com o Palmeiras, Cláudio Ramos, Martim Fernandes (Gonçalo Borges aos 59 minutos), Zé Pedro e Marcano (Otávio aos 87), João Mário, Alan Varela (William Gomes aos 74), Gabriel Veiga (Eustaquio aos 59) e Francisco Moura (Denis Gul aos 87), Fábio Vieira, Samu e Rodrigo Mora.
Resumidamente, porque analisar os jogos do FCP é quase sempre repetir as mesmas coisas, criticar os mesmos erros, os mesmos defeitos defensivos e ofensivos, incapacidade de ver um Porto dominador, superior, criador, finalizador, importa dizer apenas isto:
Se na 1ª parte, sem deslumbrar longe disso, o FCP teve algumas coisas interessantes, criou oportunidades para marcar mais golos, mesmo que tenha permitido alguns lances de perigo ao adversário, na 2ª parte tal como aconteceu frente ao Palmeiras, foi um Porto muito fraquinho. Incapaz de ter bola, superiorizar-se, criar perigo, não admirou que perante esta pobreza franciscana o Inter Miami desse a volta, vencesse por 2-1.
Com este resultado o FCP fica muito perto da eliminação.
Notas finais:
A cada jogo fico sempre na expectativa de ver um jogo com uma exibição completa, capaz de durar os 90 minutos, mas parece que é pedir muito.
Já não tenho a mínima pachorra para a conversa dos jogadores do FCP. No FCP isto, no FCP aquilo, pedimos desculpa aos adeptos, mas depois, no jogo seguinte, fazem exactamente a mesma porcaria, esta miséria, qualquer equipa nos ganha e lá vem novo pedido de desculpas. Calem-se e joguem, pelo menos, um pouquinho mais. Sim, porque vocês sabem lá o que é ser Porto...
S.E.Palmeiras 0 - F.C.Porto 0. Cláudio Ramos e um pouquito mais
O FCP estreou-se no mundial de clubes com um empate a zero, muito lisonjeiro, frente ao Palmeiras.
Com Cláudio Ramos, Martim, Zé Pedro e Marcano, João Mário(aos 77 Nehuén), Alan Varela(82 Tomás Pérez), Gabri Veiga(67 Pepê) e Francisco Moura, Fábio Vieira (82 André Franco), Rodrigo Mora(Eustaquio) e Samu, a 1ª parte foi disputada, equilibrada, com oportunidades para os dois lados, embora a mais flagrante fosse dos brasileiros. Já em cima do intervalo Cláudio Ramos com duas defesas extraordinárias e Francisco Moura sobre a linha de golo, mantiveram o nulo no marcador.
Na 2ª e com o passar do tempo o FCP desapareceu em termos atacantes, praticamente só defendeu, muito graças ao seu guarda-redes conseguiu que o nulo persistisse e conquistou um empate que atendendo ao desenrolar do jogo pode considerar-se um ópimo resultado.
A exibição, foi muito parecida às que o conjunto de Martín Anselmi vinha produzindo na época anterior. O FCP não é uma equipa colectivamente forte, dinâmica, que domina bem o processo defensivo e ofensivo, tem dificuldades em sair a jogar - Alan Varela continua a dar cada susto... -, construir, decidir bem no último terço. Está obrigada a melhorar.
Como atenuante está a diferença de andamento entre uma equipa do Palmeiras já com mais de uma dezena e meia de jogos, enquanto o FCP está agora a iniciar a época.
Gabri Veiga estreou-se e mostrou algumas coisas interessantes. Mas sem uma equipa colectivamente forte que faz emergir e potenciar o talento, não é fácil para ninguém. Aguardemos.
Nota final:
Antes do jogo e em entrevista, o presidente AVB fez muitos elogios ao treinador. Como ele está lá e para além do que nós vemos, vê o que nós não vemos e é um homem do futebol, espero que ele esteja certo e para bem do FCP ainda venhamos a ver aquilo que não temos visto desde que o treinador argentino chegou ao FCP.
PS - E porque os últimos são os primeiros, orgulho, muito orgulho na enorme massa de portistas que estiveram no MetLife Stadium.
Como para mim nem sempre tudo está bem quando acaba bem...
O senhor Roberto Martínez é um homem de sorte.
Tem um médio de excelência, um todo o terreno que ataca, defende, pressiona, liberta os mais criativos e que fez uma época extraordinária junto com Vitinha no meio-campo do PSG. O que faz Roberto Martínez? Mete João Neves a lateral para não mexer nos intocáveis. E quando ao intervalo mexe, mantém os intocáveis e tira João Neves. Se não tivesse laterais de qualidade ainda percebia a adaptação, mas quando tem vários?
Cristiano Ronaldo, se quiser, há-de ter 50 anos, ser titular e jogar 90 sobre 90 minutos.
Ah, marcou um golo. E se estivesse lá outro quem garante que não marcava? E não dava mais rendimento nas outras funções, como seja pressionar, ligar as jogadas, sair rápido dos fora-de-jogo?
Não sou radical e chegar ao ponto de dizer que Cristiano Ronaldo pura e simplesmente não devia ser convocado. Não. Podia ajudar com o seu prestígio, experiência, qualidade, mas entrando numa fase do jogo mais avançada, com o adversário mais desgastado, aí ainda podia ser importante. Mas titular absoluto numa selecção que tem jogadores jovens que jogam ao mais alto nível e em grandes clubes europeus?
Wydad Casablanca 0 - F.C.Porto 1 Dizem que foi evolução na continuidade. Isto é, exibição fraquinha
Equipa do FCP que iniciou o jogo: Diogo Costa, João Mário, Martim, Zé Pedro, Marcano e Moura, Fábio Vieira, Tomás Pérez, Eustaquio e Mora, Samu.
Não vi o jogo, tentei fazer um resumo após uma passagem por alguns sites e com base na opinião de um ou outro amigo.
Na 1ª parte dizem que a exibição do FCP não foi famosa, brilhou Diogo Costa antes do FCP chegar à vantagem aos 37 minutos por Samu após cruzamento de João Mário, resultado ao intervalo.
Na 2ª parte foi mais do mesmo. Remates? Nem vê-los. Jogadas de perigo? Zero. Controlo do jogo? O que é isso? Consistência defensiva? Nem por isso. Mas com tantas substituições também não se esperaria que a qualidade aumentasse. Valeu a vitória. Já que no resto dizem que foi evolução na continuidade de exibições que tem sido fraquinhas.
Também entraram Nehuén, Otávio, Zaidu, Vasco Sousa - saúde-se o regresso após uma lesão grave -, Gonçalo Borges, William Gomes, André Franco, Namaso, Deniz Gul.
Saíram João Mário, Martim, Marcano, Francisco Moura, Eustaquio, Tomás Pérez, Samu, Fábio Vieira, Rodrigo Mora.
Nota final:
Custa-me dizer isto, mas a questão que se coloca é: vale a pena fazer um grande investimento para reforçar a equipa mantendo um treinador que já está há vários meses e a evolução é nula?
O Benfica apresentar-se como vítima da arbitragem só não é motivo de risota porque o assunto é sério.
1ª nota - O Benfica apresentar-se como vítima da arbitragem só não é motivo de risota porque o assunto é sério.
2ª nota - Este comunicado do Benfica - que podem ler no quadro em cima - faz lembrar o comunicado que podem ver mais abaixo e que é de Setembro de 2010. A única diferença é que, ao contrário desse, este não faz apelo aos adeptos do Benfica para boicotarem os jogos fora da Luz. Mas boicota os jogos da selecção na Luz e é, tal como o outro e mais uma vez, o Benfica a disparar contra tudo que mexe.
3ª nota - Tal como no passado, a pressão já é tanta que Luciano Gonçalves vai fazer o que fez Vítor Pereira, ajoelhar e prestar vassalagem, assumindo os erros de árbitro e VAR.
4ª nota - Como o FCP por mais razões de queixa que tenha, tem tido muitas e já devidamente tratadas, nunca vê os seus prejuízos serem motivos de grande polémica, muito menos árbitros a pagarem facturas muitas elevadas, como já aconteceu com Marco Ferreira e diz-se, vai acontecer com Tiago Martins, é bom que o FCP, presidente e estrutura do futebol estejam atentos, olhem para estes comunicados com atenção. É assim, pressionando, condicionando, coagindo, ameaçando, preparando cedo a próxima época, que eles funcionam, são estas as práticas do Benfica, seja no passado com Luís Filipe Vieira, seja agora com Rui Costa.
Comunicado do Benfica, Setembro de 2010:
«Há momentos que exigem ponderação de análise e firmeza na acção. Há momentos que obrigam a uma participação alargada na tomada de decisões porque isso fortalece a decisão. Razões suficientes que justificaram a convocação de um plenário dos órgãos sociais do Sport Lisboa e Benfica. Nunca defendemos condições de privilégio, o que sempre reclamámos na nossa história foi igualdade de tratamento, isenção no momento de tomar decisões e verdade.
São estes princípios que garantem a credibilidade em qualquer sector de actividade, seja na política, na economia ou no desporto. São estes princípios que, infelizmente, têm faltado ao campeonato de futebol profissional da primeira Liga nestas primeiras quatro jornadas.
Perante a evidência de tantos erros em tão pouco tempo, a esperança de um campeonato sério ainda não morreu, mas foi fortemente atingida. Aceitar com ligeireza o que se tem passado neste início de campeonato é negar o obvio e pactuar com a mentira.
Qualquer generalização é perigosa e nós não o queremos fazer. Há árbitros competentes – temos essa consciência e essa certeza – mas, infelizmente, por acção de alguns, todos são postos em causa.
O Benfica agirá sempre no estrito cumprimento da lei, não estando disponível para trilhar caminhos sinuosos que outros percorreram sem problemas de consciência e sem reparo ou castigo da justiça.
Se for outro caminho que os benfiquistas querem seguir, então estes órgãos sociais não servem. No nosso mandato não vamos montar uma estrutura organizada à margem da lei, nem um modelo de violência e intimidação de agentes desportivos ou jornalistas. Essa não é a nossa postura, nem a nossa forma de agir. Ganhar dessa forma é apenas alimentar uma mentira.
Da reunião do plenário dos órgãos sociais do Sport Lisboa e Benfica foram assumidas as seguintes orientações:
a) Reafirmar a total confiança do Clube nos seus atletas e na sua equipa técnica, e a garantia de que ninguém vai desistir dos objectivos propostos no início da presente temporada. Resistir é próprio dos que nesta casa se bateram e continuarão a bater pela verdade no futebol português.
A falta de credibilidade que está a atingir a arbitragem enfraquece o futebol e só quem não está preocupado com o futebol pode estar satisfeito com a presente situação. Não é ilibando, nem protegendo aqueles que reiteradamente erram que se protege o futebol. Há quem veja e queira fazer-se de cego. A esses, essa cegueira tem de custar-lhes caro.
O futebol protege-se agindo, assumindo as medidas necessárias para que a transparência regresse à nossa arbitragem. Quem tem responsabilidades perante a actual situação tem de se fazer ouvir.
O futebol não é viável sem verdade e sem acções. O senhor Vítor Pereira deve pronunciar-se sobre o que se passou, sobre o que pensa fazer para o futuro e sobre o entendimento que tem – na forma e no tempo - sobre a homenagem promovida no dia 5 de Setembro, pela Associação de Futebol do Porto, ao senhor Olegário Benquerença.
Citando o Presidente da UEFA, Michel Platini “os árbitros incompetentes devem ser varridos do futebol”. Pela nossa parte, acabou a tolerância com árbitros incompetentes ou habilidosos.
Cada um deve assumir as suas responsabilidades e o senhor Vítor Pereira tem a obrigação de garantir condições de igualdade nos critérios e na acção dos árbitros a todos os clubes em Portugal. Algo que até aqui não aconteceu.
b) Compreendemos e associamo-nos ao movimento de indignação que desde sexta-feira varre o país. Face à adulteração da verdade desportiva, queremos pedir aos sócios e adeptos do Benfica que continuem a apoiar, de forma inequívoca e sem reservas, a equipa nos jogos que o Benfica realiza no Estádio da Luz, mas que se abstenham de se deslocar aos jogos fora de casa.
A equipa já sabe que vai ter de lutar contra muitas adversidades, algumas previstas, outras totalmente imprevistas - já o sentiu neste início de época - e vai conseguir superá-las, mas os sócios e adeptos do Sport Lisboa e Benfica não devem continuar a ser lesados económica e emocionalmente.
A nossa ausência será o melhor indicador da nossa indignação.
c) Solicitar ao Presidente do Sport Lisboa e Benfica a suspensão imediata de quaisquer negociações relativas aos direitos televisivos relativos aos jogos da sua equipa profissional a partir da época 2012/13 que possam estar a decorrer com a Olivedesportos. Mais, foi igualmente solicitada uma avaliação no sentido de apurar a possibilidade do Clube passar a gerir de forma autónoma os seus direitos audiovisuais.
Não podemos continuar a tolerar que a falta de seriedade dentro de campo tenha a cumplicidade daqueles que, tendo os nossos direitos televisivos, não revelam isenção na análise e camuflam os erros daqueles que sistematicamente nos prejudicam.
d) Equacionar, em face do desgaste e da falta de garantias de isenção na arbitragem agora evidenciadas, a participação na presente edição da Taça da Liga.
e) Solicitar à comunicação social que, fazendo o seu trabalho, denuncie quem adultera as regras. Que investigue as notas que alguns observadores têm atribuído a algumas actuações de árbitros. Que compare aquilo que sucedeu no campo com a nota posteriormente atribuída.
f) Solicitar ao Senhor Ministro da Administração Interna uma audiência para debater a violência de que a equipa do Benfica tem sido alvo cada vez que se desloca ao Porto. Não queremos confundir as gentes do Porto – que seguramente não se revêem neste tipo de comportamento – com um grupo de delinquentes que organizada e reiteradamente e de forma impune têm vandalizado o autocarro do Benfica e atentado contra a integridade física dos seus atletas.
g) Declarar o Secretário de Estado ‘persona non grata’ pelo trabalho que prestou ao futebol português. Abandonou a anterior Direcção da Liga no seu combate pela credibilização do futebol português, alheou-se – por completo – do processo “apito Dourado”. É, ainda, o responsável por nada fazer para aplicar a lei, pelo que a arbitragem e a Comissão Disciplinar continuam na Liga, quando já deviam estar na Federação Portuguesa de Futebol desde 1 de Julho.
Para além de tudo isto, lamentar as declarações desrespeitosas que o secretário de Estado teve para com o Sport Lisboa e Benfica e que branqueiam o comportamento daqueles que adulteram a verdade desportiva.
Quem se demite das suas responsabilidades, deve saber que isso tem consequências.
Queremos concluir dizendo que compete aos benfiquistas defender o Benfica e apelando a todos para amanhã, no nosso estádio, darmos uma grande demonstração da nossa força e da nossa união.»