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Estrela da Amadora 2 - F.C.Porto 0. Parem de nos envergonhar. Há limites para jogar tão mal

 

Com possibilidade de chegar ao 3° lugar por via do empate do Braga em Famalicão e depois de uma semana atribulada com muito samba e pagode, o FCP tinha na Amadora frente ao Estrela ainda a lutar para se manter na 1ª Liga, um obstáculo difícil, mas que estava obrigado a ultrapassar. Não ultrapassou e pior, não só perdeu a possibilidade de subir ao 3° lugar como ficou mais longe do Braga.


Com Cláudio Ramos no lugar do lesionado Diogo Costa, Zé Pedro, Eustaquio e Marcano, João Mário, Alan Varela, Fábio Vieira, Francisco Moura, Rodrigo Mora, Deniz Gül e Pepê, o conjunto de Martín Anselmi entrou no jogo de uma forma inaceitável, continuou a jogar pessimamente. Foram 45 a fazer asneiras, a mostrar uma incapacidade total em jogar. O Estrela criou várias oportunidades claras, chegou com justiça à vantagem aos 37 mínimos. O conjunto da casa é que parecia a equipa grande, o FCP uma equipa muito pequenina. O conjunto nortenho é um verdadeiro caos, um aglomerado de jogadores que andam por ali a cometer erros sucessivos, alguns que não se perdoam a miúdos dos iniciados muito menos a jogadores de uma equipa sénior com as responsabilidades do FCP. A equipa de Martín Anselmi é uma equipa com cinco atrás, mas que defende mal, uma sem meio-campo nem ataque. 

O jogo chegou ao intervalo com o Estrela na frente pela diferença mínima, resultado muito lisonjeiro para o FCP. 
Quando se pensa que esta equipa não pode jogar pior, ela surpreende e ainda desce mais na qualidade de jogo. Esta 1ª parte foi das exibições mais pobres que vi ao FCP, não desta época, mas desde que acompanho os azuis e brancos e isso já tem muitas décadas.

Depois de uma vergonhosa 1ª parte, era impossível não melhorar na 2ª. Melhorou, mas muitíssimo pouco ou nada. 

No recomeço Samu substituiu Deniz Gül e o FCP foi à procura do golo, mas sem criar muito perigo. Do nada, após uma falta clara não assinalada sobre Fábio Vieira, contra-ataque, penálti assinalado pelo VAR - o famoso Mota do talho viu o derrube de Cláudio Ramos, mas a falta anterior passou-lhe ao lado -, golo, Estrela aumentou a vantagem.
Anselmi tirou Francisco Moura e Eustaquio, meteu Martim Fernandes e William Gomez, mais tarde Namaso substituiu Pepê e André Franco entrou para o lugar de Alan Varela.
O FCP tentou reduzir distâncias, teve mais bola, mas foi o seu guarda-redes que foi obrigado a aplicar-se mais e o 3° dos da Amadora esteve mais próximo que o 1° do FCP. É difícil qualificar jogadores que só fazem asneiras. É difícil ver equipas que apenas lutam para não descer a exibirem-se muito melhor que o FCP, apresentarem processos de jogo muito mais elaborados e consolidados que o FCP. É difícil encontrar alguma coisa de positivo neste Porto que parece apostado, semana após semana, em cobrir de vergonha a sua imensa massa adepta. 
A parte final do jogo foi penosa, nem uma oportunidade flagrante o conjunto da Invicta conseguiu.

O jogo chegou ao fim com a vitória justíssima do Estrela que até podia ser por números mais elevados. 

É preciso dizer também que este Porto de Martín Anselmi é muito pior que o de Vítor Bruno e a todos os níveis. 

Independentemente desta porca miséria, é preciso dizer também que está ao preço da uva mijona roubar o FCP. Como é que Manuel Mota, o talhante de Vila Verde, cujo histórico de prejuízos ao FCP enquanto árbitro dá pano para mangas, não analisa no VAR todo o lance, vê bem em benefício do Estrela e não vê nada sobre o roubo ao FCP?
Estamos num tempo em que qualquer um nos mija em cima e nós aceitamos sem reclamar. 

F.C.Porto 2 - F.C.Famalicão 1. Um Rodrigo Mora superlativo e pouco mais...



Depois da vitória pela diferença mínima em Rio Maior frente ao Casa Pia - valeu o grande golo de Rodrigo Mora e pouco mais -, no regresso ao Dragão, o FCP tinha pela frente um Famalicão que vem de três vitórias consecutivas e está num tranquilo 7º lugar na classificação.
Ainda na luta pelo 3º lugar e sem margem de manobra, fundamental conquistar os 3 pontos, já que nesta altura do campeonato pedir para juntar a isso exibições com alguma qualidade parece um cenário pouco provável.

Com Diogo Costa, Zé Pedro, Eustaquio e Marcano, João Mário, Alan Varela, Rodrigo Mora e Francisco Moura, Fábio Vieira, Deniz Gül e Pepê, FCP entrou forte, dinâmico, rápido a recuperar, ganhou dois cantos, mas foi sol de pouca dura. O Famalicão ajustou, Dragões começaram a ter dificuldades. Estava o jogo assim quando Rodrigo Mora fez novamente magia: rodopiou duas vezes,  rematou, foi feliz no desvio que traiu Carevic e inaugurou o marcador aos 20 minutos.
O golo animou os portistas, Fábio Vieira de longe obrigou o guarda-redes a uma excelente defesa. Logo de seguida Deniz Gül sem faro de golo e à boca da baliza desperdiçou um bom cruzamento de Zé Pedro. A perder os minhotos reagiram, muito por erros na saída dos azuis e brancos, beneficiaram de cantos e livres, mas grande perigo.
Francisco Moura fez asneira na frente, na recuperação cometeu falta, levou amarelo. Amarelo também para Alan Varela aos 42 minutos.

O jogo chegou ao intervalo com FCP na frente pela vantagem mínima. Não se pode dizer que era um resultado injusto, mas pode dizer-se que foi na uma das pouquíssimas oportunidades que criou. Aliás, tem sido uma constante: portistas criam muito poucas chances de golo. Juntam a isso muitos atrasos para o guarda-redes - na 2ª parte foram muitos mais. Porquê? Porque se há momentos em que importa jogar com o guarda-redes e Diogo Costa joga bem com os pés, também é porque há jogadores muito lentos a pensar e a executar e depois na pressão jogam logo para trás.

A vencer apenas por um golo e longe de ter a vitória garantida, era preciso mais Porto na 2ª parte.

O jogo recomeçou repartido, aos 52 minutos Zé Pedro sozinho e de cabeça, já quase em cima do guarda-redes desperdiçou uma oportunidade flagrante.
Aos 57, numa saída bem executada, a bola chegou a Rodrigo Mora e este voltou a fazer uma obra de arte, de pé esquerdo fez o 2° do FCP.
Com uma vantagem já mais confortável era importante não desligar, pensar que estava feito, procurar aumentar a contagem, não deixar o Famalicão entrar no jogo. Para isso fundamental manter a concentração, não relaxar, aproveitar os espaços que os famalicenses na vontade de encurtar distâncias iam dar.
João Mário perdeu uma boa oportunidade de fazer o 3°. Logo após, minuto 65 entraram Samu e Namaso, saíram Deniz Gül e Pepê.
Famalicão não se entregava, chegava com algum perigo, mas só ganhava cantos.
Já era um Porto trapalhão, incapaz de ter bola, sair com critério, começaram os passes errados. Os dois avançados que entraram não seguravam uma bola e isso influenciava negativamente a qualidade de jogo dos Dragões. Os lances só tinham alguma eficácia quando saíam dos pés de Rodrigo Mora que saiu cansado aos 76 minutos, entrou Gonçalo Borges. Entretanto ver qualquer coisa de jeito estava difícil. Pior, os jogadores do FCP chegavam tarde, não dominavam bem, só faziam faltas. Vá lá que os de Famalicão não aproveitavam. Mas com o 2° golo o Dragão desapareceu. 
Ao minuto 82 um grande frango de Diogo Costa permitiu aos minhotos reduzir e o jogo ficou em aberto. 
De seguida entraram Nehuén e Tomás Pérez, saíram Fábio Vieira e Alan Varela.
O jogo chegou ao fim com o Famalicão ao ataque e o FCP todo na defesa a defender a vantagem mínima. E com menos um, já que Gonçalo Borges que entrou aos 76 minutos, não fez nada, mas conseguiu ser expulso. O FCP não pode ter jogadores com esta mentalidade no seu plantel. Isto é a antítese do que é ser Porto.
O jogo chegou ao fim com a vitória - era o mais importante -, mas com mais uma exibição que depois do segundo golo foi desgraçada.
 
Resumindo: 
Tirando um Rodrigo Mora superlativo e autor dos dois golos - o ataque do FCP não existe, não tem feito nada que se aproveite, nem situações de golo consegue criar. E não, não é só porque são mal servidos - pouco mais nada há a registar.

Nota final:
É penoso ver como uma equipa que tem dois golos de vantagem, tudo para ficar tranquila, fazer bem, passa a fazer quase só asneiras, não faz nada de jeito e pior, oferece golos inacreditáveis ao adversário. E depois, como é óbvio, acaba a defender, fica sujeita aos caprichos do jogo.

Uma Santa Páscoa para todos...

Casa Pia 0 - F.C.Porto 1. Era esta a sede de vingança? Se era não se viu




Depois de uma derrota que deixou marcas frente ao Benfica, era fundamental não ficar prostrado a carpir mágoas, ver de que massa é feita esta gente, se era capaz de reagir à Porto e ganhar ao Casa Pia - não era pedir muito.
Ganhou, mas apenas isso. Tirando o golo o resto foi tudo muito fraquinho.

Com Diogo Costa, João Mário, Zé Pedro, Marcano e Francisco Moura, Eustaquio e Alan Varela, Fábio Vieira, Pepê e Rodrigo Mora, Gül, o FCP na 1ª parte fez uma exibição muito pobre. Tirando o grande golo de Rodrigo Mora aos 5 minutos e que se seguiu a uma excelente defesa de Diogo Costa a evitar o golo do Casa Pia, pouco mais há a realçar. A equipa continuou na mesma bitola dos jogos anteriores. Desorganizada e incapaz de fazer jogadas com o mínimo de qualidade, pressiona mal, erra muitos passes, abusa dos atrasos para o guarda-redes, os lances de bola parada continuam a não fazer mossa. 

Ao intervalo a pergunta que coloquei a mim próprio foi: é esta a sede de vingança do FCP?

Na 2ª parte, Dragões com mesmo onze, a primeira oportunidade voltou a ser da equipa da casa. Portistas pareciam mais compactos e organizados, mas sem criar perigo.
Aos 56 e 58 minutos, dois lances duvidosos na área dos lisboetas, mas nada foi assinalado.
Aos 66 entrou Samu saiu Deniz Gül - não fez nada de relevante.
Com o resultado na diferença mínima e o FCP sem mostrar capacidade para se impor, marcar superioridade e matar o jogo, ou pelo menos ter bola, controlar, Martín Anselmi tirou João Mário e Pepê, meteu Martim Fernandes e Gonçalo Borges. Se agarrar desse pontos o FCP ia lançado na luta pelo título...
Aos 85 saiu Rodrigo Mora e entrou Otávio para segurar a vantagem. E os azuis e brancos continuavam incapazes de criar um lance de perigo, muito menos uma oportunidade. Lentidão, más opções, passes errados, jogadores longe uns dos outros e sempre de complicómetro ligado, tudo mau demais. O jogo chegou ao fim com o Casa Pia instalado no meio-campo do FCP à procura do empate. Até o guarda-redes subiu à área. 

O jogo terminou com a vitória do FCP, mas valeram os três pontos, já que a exibição foi mais uma muito fraca. Aliás, esta falta de qualidade nas exibições dos Dragões tem sido uma constante.

Tal como no final dos primeiros 45 minutos, a interrogação é: era esta a sede de vingança? Se era, passou muito longe de Rio Maior.

Notas finais:
Andebol, FCP 32 - SCP 35. Últimos 10 minutos desastrados na origem de uma derrota comprometedora.

Continua a bandalheira, roubalheira, pouca vergonha, chamem-lhe o que quiserem, na arbitragem portuguesa. Os dois lances na área do Casa Pia, empurrão nas costas de Pepê e braço do defesa da equipa lisboeta, se fossem em jogos de Benfica ou Sporting seriam penáltis indiscutíveis. Mas ao FCP não se marcam estes penáltis, mas transformam-se golos em penáltis contra.


Nos momentos difíceis é que se vê quem é quem...


 

Sérgio Conceição, o treinador que no FCP apelava à unidade, em nome da unidade disparava contra tudo que mexia, desde os apanha bolas até ao departamento médico; ficava louco quando alguém, portista, nas redes sociais ou em comentários televisivos criticava a equipa, o treinador, a qualidade de jogo; veio aproveitar um resultado negativo, daqueles que deixam marcas, para fazer o ajuste de contas com um post sonso, cínico, meias tintas, apenas com insinuações. Até parece que quando era treinador do FCP e no Dragão, foi sempre tudo maravilhoso. Por exemplo, não levou 5-0, 5-1 e 4-1 do Liverpool e 4-0 do poderoso Brugge.

Porque não se preocupa com o Milan onde com um plantel de luxo e que foi reforçado em Janeiro com jogadores que custaram muitas dezenas de milhões de euros, está em 9° lugar? Porque não explica que recebeu o Milan nos oito primeiros na fase de grupos da CL, conseguiu não ficar apurado directamente, foi ao play-off, foi eliminado pelo "poderoso" Feyenoord? Ah, é contestado semanalmente, corre sérios riscos de durar muito pouco tempo no clube milanês.


Mas tal pai, tal filho, Francisco Conceição também resolveu sair a terreiro com um post enigmático, na mesma linha do pai.
Ao Francisco Conceição, respondendo à pergunta que coloca: "Um dia eles vão saber", respondo, eles, suponho que os portistas, vão saber o quê, Francisco? Que a tua saída, posterior entrada e depois a renovação do contrato foi um triplo crime de lesa FCP? Explico o que disse quando da tua saída para o Ajax.

Quando saiu: Francisco Conceição é um jovem com grande talento, potencial, tecnicamente evoluído, tem raça, vai para cima sem medo, estava no plantel principal e jogava por mérito próprio e não por ser filho do treinador. Estava num clube ganhador e que compete sempre ao mais alto nível, junto da família, dos amigos, o clube ideal para evoluir, naturalmente, crescer, ganhar experiência e daqui a algum tempo, como aconteceu com outros jovens da formação do F.C.Porto, sair por valores na casa das dezenas de milhões de euros. O argumento de querer sair para crescer longe das polémicas e de um clima tóxico, é conversa, tanga, apenas um pretexto. Paralelamente, estava a negociar um novo contrato e que, entre outras coisas, passava por um aumento substancial da cláusula de rescisão. De repente, sem nada que o perspectivasse, passa-se por cima disso tudo e sai por 5 milhões, valor da cláusula do actual contrato?

Quando regressou: Deu-se mal, não se impôs, raramente jogou na principal equipa do Ajax. Voltou para o FCP que teve de pagar o dobro do que tinha recebido, veio ganhar ao nível dos mais bem pagos do plantel. Então as razões que motivaram a saída, de repente, como por encanto, estão ultrapassadas? 

Quando renovou: renovou com uma cláusula que até 15 de Julho é de 30 milhões de euros, baixa, ficou com a possibilidade de numa futura transferência receber 20%, mais 10% de comissão para o empresário. Isto é, grande negócio para todos menos para o FCP. É a isto que se refere Francisco Conceição quando diz, "um dia eles vão saber"? Não, nós já sabemos e sabemos bem. Haja um bocadinho de decência e respeito pelos portistas.

Um portista tem todo o direito de criticar, até ser contundente nas críticas, mas deve ser sempre respeitoso, objectivo e construtivo. E de preferência, evitar cavalgar a onda negativa, aproveitar estes momentos de grande desilusão e tristeza, para revanches, vinganças incompreensíveis. Serve para todos, muito mais para aqueles que têm grande visibilidade, tudo que dizem ou escrevem, tem grande impacto, como é o caso de Sérgio e Francisco Conceição - o que diz Rodrigo não aquece nem arrefece.
Se isto é portismo, não é o meu portismo. Porque o FCP não se apregoa, pratica-se. E quem tem telhados de vidro que não resistem a um simples caroço de azeitona, devia ter cuidado ao atirar pedras ao telhado do vizinho.

O país está em festa, só faltou irem festejar para o Marquês, nas redacções de alguns panfletos que se confundem com o jornal do Benfica, não se esconde a alegria. Alguns ressabiados e revanchistas reagem como se este período negativo fosse o único da história recente ou menos recente, do FCP. A coisa é de tal ordem que até o frustrado por nunca ter treinado o FCP, Manuel José, hoje teve alguma coisa para dizer. 
Atrás do tempo tempo vem, digo agora como disse quando entre 1999/2000 e 2001/2002 ou entre 2013/2014 e 2017/2018, épocas sem a conquista do título. Mas para que isso aconteça é importante que quem dirige, presidente acima de todos - porque para o bem e para o mal responde sempre e em 1º lugar o presidente. Tem de ser sempre assim, não é quando corre bem cantarmos o nome do líder, quando corre mal há sempre um ou outro bode expiatório para pagar o pato, como acontecia no passado -, reflicta bem, faça um diagnóstico correcto, encontre as melhores terapias. Se aproveite até ao final da época para ver quem é quem, separar o trigo do joio. Porque até pode não haver muita qualidade, mas a atitude, raça, garra, capacidade de transcendência, de ser capaz de lutar até contra o destino, mesmo quando ele parece estar contra nós e nunca baixar os braços, isso tem de ser inegociável para quem serve profissionalmente o FCP. E se no final da época, feita a reflexão devida, se tiver de assumir que algumas opções estão erradas, assumam-se sem medo, dando a cara e explicando, porque só quem não faz é que nunca erra.

Vivi com AVB a treinador a época de mais e maiores alegrias. Estou a viver com AVB presidente a de mais e maiores tristezas. Tal como acreditei no AVB treinador, continuo a acreditar no AVB presidente. Acredito que no futuro a curto prazo, tal como aconteceu na época do treinador, também as alegrias virão com AVB presidente. E como nunca me escondo, não sou daqueles que aparecem e desaparecem conforme as circunstâncias, se a vida não me pregar nenhuma partida cá estarei para conferir se é assim ou não.

No passado, nesse períodos difíceis que citei, também fui muitas vezes criticado, para ser brando, por acreditar e defender aquilo em que acreditava, que íamos dar a volta. Não foi preciso esperar muitos anos para ter razão...



F.C.Porto 1 - S.L.Benfica 4. Foi uma derrota por falta de comparência



Um FCP versus Benfica, independentemente de ser para o campeonato e da classificação, outra prova qualquer, ou até a feijões, é um clássico de grande rivalidade que os Dragões sempre querem muito vencer. Eram essas as expectativas, era esse era o espírito que se esperava estivesse imbuído na cabeça dos profissionais do FCP no jogo deste domingo. Expectativas totalmente defraudadas, uma noite de pesadelo, uma noite negra, uma humilhação para todo o portismo. 


Com Diogo Costa, João Mário, Nehuén, Marcano e Francisco Moura, Eustaquio, Fábio Vieira, Alan Varela, Pepê e Rodrigo Mora, Samu e logo no 1° minuto, toda a gente a dormir na saída para o fora-de-jogo, Pavlidis adiantou o Benfica. 

Não podia ter começado pior o jogo para o FCP. Reagiram os Dragões, Mora ficou em situação privilegiada, não decidiu bem, nem rápido, passou mal, perdeu-se uma boa oportunidade. Enquanto os lisboetas do nada marcaram, os portuenses com possibilidades não foram capazes. Porto por cima, mas a cometer erros recorrentes - muito tempo para soltar e soltar mal. Pepê e Mora, particularmente.

Aos 17 amarelo para Nehuén.
Aos 18, livre para a área, defesa do FCP novamente mal batida, defesa incompleta de Diogo Costa, bola na trave. Como possível bola metida pelo ar e ninguém de frente para a bola, cortar?
Aos 26 minutos, saída rápida para o contra-ataque, Fábio Vieira deu numa bandeja a Pepê, o brasileiro em excelente posição, em vez de rematar, preferiu passar a Samu, passou mal, perdeu-se outra boa chance. Medo de assumir num jogo destes?
Porto com mais bola, mas cada transição do Benfica era uma oportunidade. Culpa de erros que não se podem cometer no meio-campo e ataque.
Entretanto, os jogadores do Benfica protestavam tudo, até faltas claras. Mas as bolas paradas continuam a não dar em nada.
Dragões dominavam, Benfica recuado, esperava o erro para sair. E não era difícil, tantos eram os passes errados e as más decisões.
Rodrigo Mora quase que esteve na origem de um golo do Benfica. Logo a seguir mais erro grosseiro, mais perigo junto à baliza de Diogo Costa.
A quantidade de erros não forçados da equipa do FCP era de bradar aos céus. E foi de um canto e mais um erro grosseiro, Fábio Vieira ficou e colocou tudo em jogo, Pavlidlis com toda a facilidade fez o segundo.
Sem fazer nada de especial, apenas se limitando a aproveitar os erros dos portistas, o Benfica ficou com dois golos de vantagem. E foi assim que o jogo chegou ao intervalo.

Na 2ª parte e a perder por dois golos, o FCP para a 2ª parte veio com o mesmo onze e a cometer os mesmos erros. Pouca gente na  frente, Mora e Pepê, complicativos, lentos a pensar e executar. Era preciso mexer, mas Anselmi não mexia, e o terceiro do Benfica esteve perto.
Quando nos jogos anteriores parecia haver evolução, voltou o FCP desorganizado, sem nada que se aproveitasse, incapaz de fazer uma jogada em condições, criar perigo. Era um Porto sem defesa, meio-campo e ataque. Metia dó a forma como o FCP se exibia e o treinador a ver. O Benfica só não marcou por várias vezes por acaso.
Deixou de ver e fez alterações ao minuto 64. Entraram Martim Fernandes e Gonçalo Borges e saíram Eustaquio e Pepê.
Jogadores do FCP competiam para ver quem fazia mais asneiras e juntavam a isso uma incapacidade de lutar contra o destino que metia dó.
O primeiro lance de algum perigo aconteceu ao minuto 67, Samu abordou mal um excelente cruzamento de Martim Fernandes, cabeceou muito por cima.
E perante este cenário, em que de um lado estava uma equipa e do outro um conjunto de jogadores sem grande qualidade, sem alma, sem raça, sem atitude, incapaz de lutar contra o destino. E como se fosse pouco, sem noção do que é jogar no FCP. Assim, foi sem surpresa que Pavlidis aproveitou um cruzamento para as costas de Nehuén, fez hat-trick. Iam decorridos 70 minutos. Não havia um único jogador que se fizesse qualquer coisa de jeito. Nada, um desastre total e absoluto.
Ao minuto 77 saíram João Mário e Rodrigo Mora, entraram Zé Pedro e Namaso.
Sem ter feito muito para o merecer, o FCP reduziu. Marcou Samu aos 81 minutos o golo de honra. Aos 84 saiu Francisco Moura, entrou William Gomes.
Para tudo ser ainda pior, já no tempo de descontos, livre lateral, defesa, guarda-redes incluído, mais uma vez a dormir, Otamendi marcou o quarto.

Uma exibição muito má, inadmissível, muito aquém do que se exige a uma equipa do FCP. Não me lembro de um Porto tão mau e tão inferior num jogo em casa frente ao Benfica. E já agora, nem um resultado tão desnivelado frente àquele que tem sido o seu grande rival de há muitos anos nas provas internas. O FCP hoje perdeu por falta de comparência.

O Dragão até à morte atingiu a maioridade...

 

O Dragão até à morte faz 18 anos, atingiu a maioridade. Devia ser a altura de parar, mas parar agora, com o FCP, na sua principal modalidade, o futebol, numa fase negativa, não é o momento certo. Assim, vamos indo e vamos vendo... 

Caixa de comentários

- Presidente AVB, esqueça. Infelizmente, neste país e com esta gente, tem de ser olho por olho, dente por dente


- Senhor presidente AVB, o futebol português quando o FCP ganhava muito, era hegemónico, mas provava lá fora porque ganhava cá dentro, tinha todos os defeitos, o FCP nunca recebia os créditos.  Mereceu, ponto. Não, era sempre um sim, mas... Já quando eram outros os vencedores, mesmo que não provassem - chegaram ao ponto de conseguir um dos piores registos da história da Fase de Grupos da Champions, seis jogos e zero pontos -, tudo era maravilhoso, ai daqueles que se atrevessem a colocar em causa os méritos do SLB.

Se qualquer comportamento merecedor de censura envolvia o FCP, caía o Carmo e a Trindade, a polémica nunca mais terminava. Mas acontecesse com o Benfica, como foi o caso do célebre Estorilgate, esse atentado à verdade desportiva, esse escândalo que ultrapassou todos os limites da decência, e com influência clara no desenrolar do campeonato, a polémica durava pouco, diluía-se rapidamente no tempo.

Se um árbitro errava grosseiramente a favor do FCP, errou porque quis, é o sistema em todo o seu esplendor. Mas se o mesmo acontecesse com o Benfica, ao mesmo tempo que se pedia para deixar os árbitros em paz e se gritava, "são desculpas de mau perdedor", concluía-se que errar é próprio do homem.

Se na Luz o Benfica conseguisse uma goleada de 10-0, tinha sido porque jogava muito, era uma máquina trituradora. Mas se fosse o FCP, mesmo que a goleada não atingisse tal desnível, aí, o adversário facilitou, o mérito do FCP passou despercebido.

Se alguém ligado à política está na tribuna do Dragão, é promiscuidade, "à política o que é da política, ao futebol o que é do futebol. Esta é uma mistura explosiva", diziam. Mas se na tribuna da Luz até parecia uma reunião do Conselho de Ministros, aí já não havia problemas, faziam de conta que não se passava nada. A coisa era de tal ordem que até cheguei a dizer que a promiscuidade era azul.

Se um clube que não o Benfica, transmitisse os jogos no seu canal e as transmissões fossem aquelas que conhecemos da BTV, esta pouca vergonha, algo inédito no futebol mundial, teria continuado ano após ano?

E podia continuar a dar exemplos, atrás de exemplos, nesta minha já longa caminhada onde não fiz outra coisa senão demonstrar, de clara e objectiva, os dois pesos e duas medidas. Mas não vale a pena, estes são suficientemente elucidativos.

Portanto, meu caro presidente, esqueça o futebol tuga à imagem e semelhança das melhores ligas da Europa. Lamentavelmente e infelizmente, neste país e com esta gente, tem de ser olho por olho, dente por dente.

Duas notas finais e que são mais dois bons exemplos:
Gustavo Correia foi o árbitro do Rio Ave - FCP, jogo em que a equipa de Vila do Conde bateu em tudo que mexia - logo aos 4 minutos uma entrada a matar sobre Samu passou em claro -, foi canela até ao pescoço. Gustavo Correia, esse espécie de árbitro, paradigma de uma arbitragem incompetente e com critérios à vontade do freguês, só mostrou um amarelo muito mais tarde, 67 minutos, e um vermelho aos 90+6 aos jogadores do Rio Ave. Em contrapartida, mostrou três amarelos a jogadores do FCP - 49, 53 e 71. Ontem no Estrela - Sporting foram "só" dois vermelhos e sete amarelos à equipa da Reboleira. Mas mais, no Rio Ave - FCP um empurrão nas costas de Rodrigo Mora não foi penálti, ontem em lances muito semelhantes a favor do Sporting, marcou dois. Vou dizer mais uma vez: esta espécie de árbitro, que não é isento, não tem critérios uniformes, tem um histórico de prejuízos ao FCP que manda balanço e que foi protagonista do lance mais escandaloso dos últimos anos, um penálti não assinalado ao Académico de Viseu num jogo frente ao FCP B, tem de pedir escusa para jogos do FCP, já que não é possível vetar árbitros. Se for nomeado o FCP deve deixar claro ao Conselho de Arbitragem que encara essa nomeação como um desrespeito e provocação.

Para quando um pedido de desculpas ao FCP?
Já passaram sete anos e a bancada do topo Norte do Estádio António Coimbra da Mota, casa do Estoril, continua fechada. Se este país fosse um país de gente com vergonha na cara, depois do que se disse após a interrupção do jogo disputado em Janeiro de 2018, há muito que um pedido desculpas era devido ao FCP. Mas como este é um país onde o antiportismo é maioritário, este é apenas mais um episódio. Sujou-se o nome do FCP, acusou-se o FCP de tudo, mas aquela bancada ainda continua fechada. E isso não deixa de ser uma espinha cravada na consciência desses agentes da má-língua. Se bem que ter consciência não deva ser muito a sua praia.

Reinado Teixeira, presidente das Associação Futebol do Algarve é o candidato que Benfica e Sporting apoiam para a presidência da Liga - FCP e SCB apoiam José Gomes Mendes. Se o apoio do Benfica e de Rui Costa, não surpreende, Reinaldo Teixeira foi um dos muitos tentáculos do polvo encarnado nos tempos de Luís Filipe Vieira, já o apoio do Sporting que juntamente com o FCP, contestou o senhor em questão, também acaba por não ser surpreendente. Frederico Varandas não é mais que um chega rebos de Rui Costa. Como não pode haver dois campeões, vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos na luta pelo título.
Sendo os clubes que votam e sabendo-se a dependência de muitos em relação ao Benfica, não vai ser fácil esta luta, mas é importante que o FCP não só não esteja atento, como seja capaz de denunciar este compadrio e esta promiscuidade. 



Estoril Praia 1 - F.C.Porto 2. A equipa está melhor e a exibição não sendo brilhante garantiu uma vitória justíssima









No regresso do campeonato e no António Coimbra da Mota, campo tradicionalmente difícil para o FCP e frente ao Estoril, Martín Anselmi fez alinhar de início a mesma equipa que começou frente ao AFS: Diogo Costa, João Mário, Nenhuén, Marcano e Francisco Moura, Eustaquio, Alan Varela, Fábio Vieira, Rodrigo Mora e Pepê, Samu. 

Os Dragões melhor no jogo, ao minuto 10 Samu marcou, mas não valeu, estava fora-de-jogo. Aos 15, do nada, mão de Marcano, o VAR assinalou, o árbitro confirmou, golo. Estoril na frente sem ter feito nada para merecer.
Portistas reagiram, foram para cima de um adversário muito recuado, dominavam, mas não marcavam e pouco criavam. Só ao minuto 38 um lance de golo iminente. Mora sozinho atirou contra os pés do guarda-redes. Passados 4 minutos, inacreditável a forma como Samu desperdiçou um golo cantado - vá lá que houve mão na área de um defesa do Estoril. VAR manteve o critério, o árbitro também, chamado a marcar, o internacional espanhol fez o empate, colocou alguma justiça no resultado.

Ao intervalo empate a um, um mal menor para o conjunto que equipa de azul e branco.

A segunda-parte começou sem alterações no conjunto portuense e equilibrada. 
Só aos 63 minutos o golo esteve perto e era para o FCP, Nehuén atirou ao lado. Não entrou nesse lance, entrou passados 2 minutos. Marcou Rodrigo Mora, num golo de placa, estava consumada a reviravolta. O Estoril ia reagir, era preciso concentração, não complicar nem inventar, procurar defender bem, sair com critério e tentar aumentar a vantagem.
Mesmo estando perto de o conseguir, portistas não aumentaram e quando se está na frente pela vantagem mínima há sempre riscos de sofrer um golo, mesmo fortuito. No final houve um lance de perigo na baliza de Diogo Costa, mas sem consequências, o jogo terminou com a vitória da equipa do FCP.

Substituições: ao minuto 77 saíram Pepê e Fábio Vieira, entraram André Franco e Gonçalo Borges, ao 87 saíram Rodrigo Mora e Samu para as entradas de Martim Fernandes e Deniz Gül, finalmente aos 90 entrou Zé Pedro para o lugar de Eustaquio.

Com esta vitória, que foi justa, mesmo que a exibição não fosse brilhante, os Dragões conseguem duas vitórias consecutivas, mantêm o 3° lugar vão esperar o jogo do próximo domingo, frente ao Benfica, com mais tranquilidade. A equipa está a evoluir.



André Villas-Boas ao Jogo

 


Acho a entrevista excelente, esclarecedora do estado em que se encontrava o FCP e daqueles que nos últimos anos se aproveitaram das fragilidades de um presidente que manifestamente já não era o mesmo - não quero ir mais longe - para aparecerem e sob o chapéu protector de JNPC fazerem do FCP uma coutada particular. Aqueles que disseram cobras e lagartos da gestão em 2020 e sem coragem para se assumir deram uma grande cambalhota e juntaram-se àqueles que tanto criticaram para chegar ao poleiro. O portismo de alguns mede-se a juros de 11%. 
Agora é melhorar o que é preciso e caminhar em frente indiferente ao ruído, venha ele de onde vier.

Da entrevista há uma parte que quem faz o favor de me acompanhar sabe bem o que penso. Sou contra plantéis à imagem e semelhança dos treinadores. Sou contra treinadores donos daquilo tudo, dispensam, contratam, vetam transferências... Sou a favor de treinadores que têm de adaptar aos plantéis e não o contrário - os treinadores têm sempre a possibilidade de dizer não quando são contactados. Acho que fazer a vontade aos treinadores apenas como excepção e não como regra e mesmo as excepções sempre com o OK do scouting. Não podemos fazer as vontades aos treinadores, adaptar os seus sistemas e modelos, mudar cada vez que sai um e entra outro. O FCP é muito 4×3×3, 4×4×2,  preferencialmente posse. E estes modelos e sistemas são a base e começam nos escalões inferiores.

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