domingo, 16 de agosto de 2015

Mais umas coisas sobre o jogo de ontem


Como disse no post de antevisão, não fui para o Dragão à espera de um grande recital, de um show de bola e portanto, posso afirmar que a exibição do F.C.Porto foi melhor do que estava à espera. Se por um lado estava convencido da superioridade portista e acreditava numa vitória, por outro, não esperava que a exibição, olhando o jogo no cômputo geral, fosse tão equilibrada. Tirando aqueles 10 minutos iniciais da segunda-parte, o F.C.Porto foi sempre uma equipa organizada, equilibrada, competente, superior, dominadora, nunca deixou que o Vitória colocasse o pé em ramo verde. Após o 2-0 e na meia-hora final, os Dragões chegaram a empolgar, acabaram o jogo em cima dos vimaranenses, fizeram mais um golo, podiam e deviam ter feito mais alguns. No entanto e esmiuçando, porque mesmo nos seus melhores períodos, houve no futebol portista coisas que não estiveram bem e é preciso corrigir. Se ao intervalo, eu, o Vassalo, o Rogério e o Raúl, quais treinadores de bancada, estávamos todos de acordo que o F.C.Porto de ontem, perdeu menos tempo em trocas na rectaguarda, foi mais rápido a soltar-se, mais intenso e mais dinâmico a atacar, também concordamos que houve coisas que ainda são pecados velhos. Não podemos fazer quase tudo bem, construir jogadas bonitas e depois, porque o último passe tarda ou sai mal direccionado, desperdiçar situações claras de golo, colocar alguém em posição privilegiada para marcar. Também temos de ser mais eficazes, não falhar golos quando fica a sensação que o mais difícil era mandar a redondinha lá para dentro. Ontem até pudemos dar-nos a esse luxo, mas há jogos que não permitem tantas oportunidades e nesses temos de aumentar a eficácia sobe pena de sofrermos algumas desilusões. Tirando essas críticas e como referi ontem, atacamos pelas laterais, tivemos jogo interior, circulamos e pressionamos bem, os sectores exibiram-se a contento, apenas e no meio-campo, Herrera esteve uns furos abaixo do exigível, Imbula perdeu gás e Tello passou de jogador hesitante e que parecia alheado, nos 45 minutos iniciais, a jogador activo e participante, após o intervalo, fazendo uma segunda-parte de excelente nível.
Já no que toca ao pior período do F.C.Porto, o início da segunda-parte, durou cerca de 10 minutos e fez lembrar um regresso ao passado. Sobre isso, é minha opinião que quem ligou o complicador foram os centrais. Se na primeira-parte Maicon e Marcano, rapidamente soltavam a bola no lateral ou num dos médios e nem me recordo de nenhuma situação de jogo directo na frente, no início da segunda, tardavam, hesitavam, entretinham-se a trocar a bola entre si, o Vitória aproveitou, subiu as linhas, pressionou e o F.C.Porto perdeu-se um bocado. Foi um Porto com pouco discernimento, incapaz de ter a bola, sair a jogar, teve o seu período difícil no jogo. Quando Tozé pôs à prova Casillas, Lopetegui trocou Herrera por André André, logo de seguida Tello falhou um golo cantado, mas depois de Aboubakar fazer o segundo e com a entrada de Evandro para o lugar de um desgastado Imbula, tudo voltou ao normal, o mau tempo passou e os Dragões acabaram em grande estilo.
Tudo somado e para o primeiro jogo oficial, não foi um Porto exuberante, que nos permita embandeirar em arco, mas já foi um Porto muito razoável. Segue-se na próxima jornada o Marítimo e nos Barreiros. As dificuldades vão aumentar, vai ser um jogo complicado, mas mantendo o que já está bem, corrigindo o que está menos bem, temos todas as condições para ganhar e começar a mudar a história das últimas deslocações à Ilha.

Notas finais: 
Quando da contratação de Maxi Pereira e no auge da polémica - portistas a favor, outros contra, não devia ser o nº2, o número não importa, etc. - sempre disse que independentemente do que cada um pensasse sobre o assunto, duas coisas para mim eram claras: uma, Maxi era um jogador fiável; outra, em termos de entrega e de profissionalismo, teríamos no F.C.Porto o mesmo jogador que esteve 8 anos no Benfica. Ainda é muito cedo para conclusões finais, mas estes primeiros tempos do internacional uruguaio de Dragão ao peito, têm-no confirmado.

Tendo convocado 20 jogadores, Lopetegui tinha de deixar dois de fora. Com Brahimi, Tello e Varela, Hernâni foi uma decisão pacífica, Rúben dividiu opiniões. Mas a partir do momento que decidiu dar a titularidade a Danilo e com vários médios de características semelhantes, alguns que podiam jogar a trinco caso fosse preciso, quem saltar? Evandro? Será que fora da posição 6, Rúben dá à equipa o mesmo que o ex-Estoril? Para uns sim, para outros não, importa é referir que a notícia que circulou ontem no Dragão, Rúben estava de saída, não se confirma, ficar de fora foi mera opção técnica.
Após o jogo de apresentação e tendo Evandro ficado de fora, o brasileiro já tinha o destino traçado. Ontem foi Rúben e já o mesmo já acontecido com o não convocado Sérgio Oliveira. A época vai ser longa, pelo menos assim o esperamos, há desgaste, castigos, lesões, todos terão a sua oportunidade e importantes. Ninguém pode é amuar, baixar os braços, muito menos desistir.

E eu a pensar que tinha ficado 3-0...
Caixa de comentários 

8 comentários:

  1. Porque não questionar o porque do treinador do Estoril por este ter ficado a jogar com 3 defesas contra o Benfas, quando o jogo estava empatado a zero e a estava a construir boas oportunidades. Será que o mesmo explicaria o porquê?
    Porque nunca o fazem contra o FCP?

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    1. Pior do que ficar com três defesas, foi ficar a jogar com -1. Aquele filho do Bebeto (bela cunha) é mesmo muito mau jogador. Entrou em campo a compor o cabelo. Talvez sirva para a passerelle já que, para os relvados, não me parece.

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  2. Boa noite caro Vila Pouca e portistas, acerca do que diz do Maxi, ele será uma grande valia para a nossa defesa mas é claro, como ja não equipa à mouro, leva logo com avisos e ameaças de cartões, temos aqui um jogador que no final da temporada saberá avaliar como muito poucos a diferença de ser um dos mouros ou um dos outros.
    E pode ser impressão minha mas termos o Casillas na baliza dá outra confiança à defesa.

    Cumprimentos.

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  3. Vila Pouca,
    O Tiaguinho ontem fez das suas...........pois é....o manto continua não tenham duvidas!!
    Podemos dizer que o benfica conquistou os 3 pontos com ajuda do arbitro, caso contrário não o teria conseguido.
    Abraço

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  4. Atenção ao palhaço que comanda arbitragem, tá-se mesmo a ver pelo andar da carruagem o que o senhor pretende.
    A pesar de tudo ganhamos sem casos, os outros dois da segunda circular levar um empurrão, pequenino, mas que deu jeito a ambos.

    Costa do Castelo.

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  5. Enquanto o Vitor Pereira permanecer o "soba" da arbitragem, haverá sempre "manto sagrado" e o "colinho" do costume. A manipulação continua e, como é óbvio, o Porto
    será a vitima... se as coisas não mudarem. Eles já falam no "Tri", convencidos de
    que vão ser novamente campeões, apesar do plantel estar fragilizado.
    A LUTA CONTINUA... CONTRA TUDO E CONTRA TODOS... até que o "soba" seja retirado do
    poleiro. ESTEJAM ATENTOS... AOS ROUBOS... ÀS INJÚRIAS... ÁS POUCAS VERGONHAS...
    - SE NÃO FIZERMOS NADA PARA MUDAR ESTA SITUAÇÃO, SEREMOS "COMIDOS" COMO NO ANO ANTERIOR! AS INTITUIÇÕES ESTÃO NA MOURAMA E QUEM LÁ MANDA SÃO OS MOUROS...

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  6. Hoje na "Bolha", rubrica "casos do jogo":

    - Min 11, penalty por assinalar (a favor do Estoril), e "no mínimo cartão amarelo a Luisao" (eufemismo para cartão vermelho)

    - Min 78, "árbitro assinalou penalty mas o jogador do Estoril não tem intenção de cortar o lance com a mão"....

    Podiam ganhar sem a ajuda dos tipos do apito?
    Podiam, mas não era a mesma coisa...

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  7. Concordo com o post com uma exceção. No pior período do FCP, não acho que os centrais tenham complicado por "iniciativa própria". Foi como na época passada, no inicio da 2ª parte os adversários começavam a pressionar mais a defesa e os erros iam acontecendo.
    mirp

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