12º aniversário do Dragão até à morte, sob o signo da arbitragem, mas não só...

No dia que o blog faz 12 anos e fazendo uma pequena retrospectiva, desde 4 de Abril de 2007, tudo continua muito igual no futebol português. Se o SLB está tranquilo, domina à vontade, tudo é maravilhoso, desde a arbitragem até à disciplina, que ninguém se atreva a beliscar as virtudes e os méritos do SLB. Mas se as coisas estão apertadas, se complicam e acabam mal, ui, tudo é questionado, o futebol pega fogo, lá vem a conversa, não se pode viver neste clima de ódio, nunca se viu nada igual, assim o futebol português não vai a lado nenhum, todos os dias se arranjam pretextos para questionar, quem ganha, tem mérito, sim, mas... há sempre algo a apontar ao vencedor, ao mesmo tempo que se dá todo o protagonismo ao vencido.
O que se segue são dois bons exemplos do que se vai passando nesta época em que as coisas estão longe de estar definidas.

A arbitragem sempre foi protagonista e polémica no futebol português. E se no caso dos adeptos até se pode admitir que cada um puxe a brasa à sua sardinha, veja tudo com os óculos da cor do seu clube, outra coisa bem diferente e perniciosa é o que se passa com árbitros, assistentes, VAR, analistas, comentadores, jornalistas, etc.. Aí, a coisa atinge o surrealismo, fica difícil perceber as regras do jogo, digamos assim. É complicado, mesmo para alguém que já viu de tudo no futebol, perceber como pode haver critérios tão díspares em quem decide no campo e VAR, como é possível que gente que comenta e analisa, tenha muitas vezes visões tão diferentes sobre o mesmo lance?

Quem ler e ouvir o benfiquistão e a sua máquina de propaganda de freteiros, recadeiros, cartilheiros e afins, não precisa de pensar muito para concluir o seguinte:
Se o F.C.Porto for campeão, como desejamos e acreditamos, o título do F.C.Porto será um tributo dos árbitros, como são todos os títulos conquistados pelos Dragões, mesmo quando o F.C.Porto prova lá fora porque ganha cá dentro.
É apenas a velha táctica de um clube que se acha a marca, o produto e a indústria do futebol português, o mais maior, melhor, grande, um clube que está 10 anos à frente da concorrência e por isso com o direito divino a ganhar. Aos outros só lhes resta curvar, estender a passadeira e prestar vassalagem ao SLB.
Como já sabemos o que aquela casa de intenso cheiro a bafio, gasta, mas porque também já estamos habituados, se o título vier para o Dragão, o que eles pensarem ou disserem sobre os méritos da conquista, não nos aquecem nem arrefecem.
Não podemos exigir que um clube presidido por um bronco e carroceiro, sem nível e sem educação, tenha a capacidade para ter respeito e fair-play, reconhecer o mérito.

Nota final:
Como sou intelectualmente sério, tinha de falar sobre o que se passou ontem à noite em Alvalade. E assim, neste dia de aniversário, gostaria de parabenizar o SLB, dirigentes, técnicos e jogadores, pela forma exemplar como encararam a eliminação e a oportunidade de estar na final do Jamor.
Chamem-lhe poder de encaixe, desportivismo, fair-play, o que quiserem, mas depois de uma derrota que certamente deixou marcas, ver a forma serena, educada, recatada e amigável como toda a equipa do SLB em magote, cumprimentou os árbitros e adversários, mostra bem, a quem ainda tivesse dúvidas, na Luz, ao contrário do Dragão, só há meninos bem comportados, de coro, gente que respeita tudo e todos. E como sou sensível a isso, na pessoa do jogador do SLB, Rafa, o que exprimiu melhor toda essa panóplia de saber estar e bom comportamento, uma palavra de agradecimento em nome de um futebol melhor e mais saudável.
Uma palavra para a exibição de João Félix: notável! - aqui um resumo da fantástica exibição.

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