Meus caros amigos, é óbvio que o critério de nomeações do "senhor" Pereira continua a deixar muito a desejar, com uma paixão que nos emociona e por isso devemos estar atentos. Mas não contem comigo para entrar na paranóia que qualquer árbitro nomeado vai para um jogo do F.C.Porto com segundas intenções, com o objectivo de nos prejudicar. E antes que me atirem com qualquer coisa... sim, conheço o histórico de João Capela em relação ao clube que nos visita após a ida a Arouca; sim, lembro-me bem do que aconteceu no Nacional-F.C.Porto da época 2013/2014. Mas também não me esqueço que antes do Marítimo-F.C.Porto da temporada anterior e quando se soube da nomeação de Capela foi a mesma reacção e depois, no jogo, a equipa de Julen Lopetegui falhou muito mais que o árbitro de Lisboa. Dito isto, porque Arouca antecede o Benfica, nem é preciso dizer o quão é importante ganhar. Não foi uma semana de trabalho normal - só hoje chegaram das selecções os últimos jogadores; o adversário não é fácil; não jogamos em Aveiro, onde estaríamos mais confortáveis; e a Champions vem logo a seguir; mas temos de sair de Arouca com os três pontos. Se não for com uma exibição de qualidade, paciência, vai ter de ser na luta, na raça e se tiver de ser contra Capela... o que não pode ficar no espírito de ninguém é que não fizemos tudo para vencer. Se no final do jogo, depois de termos feito tudo aquilo que devíamos, a vitória nos fugir por influência directa de Capela e seus auxiliares, então sim, cá estaremos todos para dizer alguma coisa.

Alguns dos problemas do F.C.Porto nos últimos tempos é porque perdemos aquela alma, aquele espírito guerreiro e de combate, aquela capacidade de transcendência que nos caracterizava e nos distinguia. Se recuperarmos tudo isso, mesmo que não seja na totalidade, as coisas ficam mais fáceis, seremos campeões, no limite, contra tudo e contra todos. Se no início da época já estamos a ver fantasmas, já temos a desculpa preparada, já estamos mais preocupados com as nomeações dos árbitros que com aquilo que temos de fazer como grande equipa que somos, algo vai mal no reino do Dragão. Isto não exigência a mais, é exigir apenas aquilo que temos a obrigação de dar.