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sexta-feira, 23 de setembro de 2016


Depois  de dois empates e duas exibições abaixo dos níveis exigíveis, o F.C.Porto defrontava o Boavista e precisava, primeiro, como prioridade, conquistar os três pontos; segundo, se fosse possível juntar à vitória uma boa exibição, óptimo. A vitória foi conseguida e foi justa, a exibição teve duas caras: uma, no primeiro tempo, bem razoável; outra, a segunda-parte, foi fraquinha e deixou motivos para preocupação. Sem o jogo estar decidido, a incapacidade da equipa de Nuno Espírito Santo para manter os níveis de concentração, a pressão, dinâmica, intensidade e qualidade de jogo dos primeiros 45 minutos, matar o jogo, não deixa nenhum portista tranquilo. Para este Boavista, pobrezinho, chegou, terça-feira em Leicester é preciso muito mais.

Entrando praticamente a perder, apenas estavam decorridos 5 minutos, culpa de uma defesa desatenta e que não atacou a bola e de um auxiliar que não viu o fora-de-jogo do jogador do Boavista, o F.C.Porto teve uma reacção forte, determinada e foi à procura da remontada. Com uma dinâmica e intensidade dignas de realce e uma qualidade de jogo muito aceitável, o conjunto de NES tomou conta da bola, exerceu um domínio asfixiante, encostou o Boavista lá atrás, empatou por André Silva ao minuto 19, não desacelerou, consumou a reviravolta ao minuto 41, novamente por André Silva que transformou um penalty assinalado por carga sobre Otávio. Quando o intervalo chegou, os 31.210 espectadores que apesar da hora imprópria, foram ao Dragão, se não estavam eufóricos, estavam satisfeitos, até achavam que a sua equipa merecia mais um golo.

Só que as virtudes que o F.C.Porto tinha exibido na primeira-parte, desapareceram quase por completo na segunda e com o resultado na diferença mínima, o Boavista reagiu, equilibrou, se não criou grande perigo, também nunca permitiu que os Dragões estivessem tranquilos. Nuno não estava a gostar, tirou Adrián López - um dos que mais baixaram de uma para a outra parte -, meteu Diogo Jota, mas foi apenas quando Herrera substituiu André André - outro dos que nem pareceu o mesmo - que a equipa voltou a estabilizar. Com o mexicano no campo a  bola passou a circular melhor, a qualidade subiu e o golo da tranquilidade chegou. Aconteceu ao minuto 86, já com Brahimi em campo, no lugar de Otávio, por Alex Telles que beneficiou de um peru dos grandes do guarda-redes do Boavista.

Resumindo e tudo somado: nada a apontar à vitória do F.C.Porto. Mas como disse anteriormente, uma grande diferença de qualidade da primeira para segunda-parte. Repito: sob pena de virmos a sofrer grandes dissabores, não podemos nem devemos mudar tanto durante um jogo, a atitude tem de ser mais equilibrada, mesmo que no sub-consciente a campainha inglesa já estivesse a apitar, ela só devia produzir efeitos depois da vitória estar garantida.

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