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terça-feira, 18 de outubro de 2016


Era um jogo decisivo, uma vitória não garantia nada, mas permitia manter o F.C.Porto com aspirações em chegar aos oitavos-de-final. Nestes jogos, mais importante que tudo é conseguir o objectivo, se for possível juntar o útil ao agradável, ganhar e jogar bem, óptimo, se não for, paciência, como disse no post de ontem a Champions League não é um concurso de beleza. Mas se nestes jogos, em nome dos pontos, euros e prestígio, manda mais o pragmatismo que a nota artística, há coisas que são fundamentais: atitude, carácter, personalidade e concentração. O F.C.Porto que hoje se exibiu no Jan Breydel não foi consistente, voltou  a jogar apenas 30 minutos, mas conseguiu o fundamental, os três pontos e continua com todas as possibilidades para seguir para os oitavos-de-final.

Entrando com aquela que é, de momento, a sua equipa tipo: Casillas, Layún, Felipe, Marcano e Alex Telles, Danilo, Herrera, Óliver e Otávio, André Silva  e Diogo Jota, o conjunto de Nuno Espírito Santo( NES) entrou pessimamente no jogo, não se encontrou, fez uma primeira-parte desastrada, individual e colectivamente. Sofreu um golo aos 12 minutos, natural, porque os belgas já tinham ameaçado antes, só em fogachos criou algum perigo e já quando o intervalo estava próximo. Portanto e resumindo: quando se esperava um F.C.Porto mandão, dominador, superior, não vimos nada disso e a vantagem do Brugge ao fim dos primeiros 45 minutos era mais que justa. Já no que toca aos Dragões, foram 45 minutos totalmente perdidos.

Apesar da desvantagem e da exibição ter sido má, NES manteve a mesma equipa no início da segunda-parte, talvez a dar uma oportunidade para que as coisas melhorassem. Não melhoraram, a equipa continuou espartilhada, desorganizada, a dar muitos espaços, podia ter sofrido mais um golo ao minuto 51, só não sofreu por acaso, a bola passou muito rente ao poste de Casillas. Foi o limite, o treinador do F.C.Porto percebeu que não podia esperar mais, ainda não tínhamos chegado à hora de jogo, já estavam fora Herrera e Diogo Jota para as entradas de Corona e Brahimi. O argelino mal entrou fez uma grande remate que o guarda-redes belga defendeu superiormente, como que estava dado o mote. Quase de seguida, minuto 68, Layún ressarciu-se da abordagem duplamente desastrada que esteve na origem do golo do campeão belga, fez o empate, havia muito tempo para dar a cambalhota. Embora sem ser brilhante, faltava mais critério e melhor definição das jogadas e o futebol era curtinho, não havia contundência, o F.C.Porto estava nitidamente por cima, no seu melhor período, merecia mais um golo. Ele apareceu já em tempo de descontos, através de um penalti claro por derrube a Corona e que André Silva transformou superiormente. Uffa!

Nota final:
Custou muito, sofremos muito, mas conseguimos o objectivo de trazer da Bélgica, 3 pontos, 1,5 milhões de euros e a possibilidade de continuar a lutar pela passagem à fase seguinte. Para além disso, foi a terceira vitória consecutiva, coisa que já não acontecia há cerca de um ano.

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