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Como as semelhanças são muitas, para Vítor Bruno o mesmo raciocínio aplicado no passado a Vítor Pereira



Um post tipo testamento, mas que creio ser importante agora, como parte dele achei importante dizer quando o escrevi em 24 de Setembro de 2011. Também porque vejo algumas semelhanças entre essa época 2011/2012 e esta. 


Na altura o FCP treinado por Vítor Pereira e na 6ª jornada tinha empatado a dois no Dragão frente ao Benfica, depois de na anterior ter empatado a zero em Aveiro, casa emprestada do Feirense. Apesar de nas 4 primeiras jornadas o FCP ter ganho os seus jogos e já ter conquistado a Supertaça, a contestação ao treinador era uma constante, os apelos à sua saída eram muitos. E foi isto o que escrevi: 

- Caríssimo Vítor Pereira, como homem do futebol e treinador do F.C.Porto sabes bem que os treinadores são sempre o elo mais fraco, os primeiros a serem criticados e contestados, mesmo quando e como tese, os maus resultados acontecem por erros grosseiros dos jogadores - por exemplo, falham golos de baliza aberta ou dão abébias atrás que não se admitem. Acontece aos melhores e basta olhar aqui para o lado, para Madrid, onde o "Special One", o melhor do mundo, só porque em dois jogos, frente a equipas que apenas lutam para não descer, perdeu 5 pontos e não marcou um único golo, muito pior do que tu, portanto, já é muito contestado. É a vida, como dizia o outro e no F.C.Porto, clube habituado a ganhar, sempre, onde a exigência é enorme, não podia ser diferente. Assim, como portista atento e que procura ser objectivo, construtivo, ao mesmo tempo que quer o melhor para o seu clube e obviamente para ti; que está consciente das dificuldades que este defeso e uma pré-época muito agitada, originaram; junto a uma herança pesadíssima que herdaste - a época anterior foi histórica, das melhores de sempre do F.C.Porto e as comparações são inevitáveis; herança que traria dificuldades ao mais pintado e também por isso, o André Villas-Boas se pirou; permite-me, com toda a estima e consideração, dizer-te o seguinte: desde que Pinto da Costa é presidente e já lá vão quase 30 anos, os treinadores marcantes e que fizeram história, eram quase todos pró-activos, que arriscavam sem medo, técnicos ousados, daqueles que acreditavam ser preferível errar por acção que por inacção, mas que também que não olhavam a nomes, nem a currículos, na hora de tomar decisões. É isso que espero de ti: ousadia, rasgo, determinação e principalmente, convicção. Nada de hesitações, nem medo de arriscar, a sorte, meu caro Vítor, protege os audazes. Estás numa das melhores universidades do mundo, a universidade do Dragão e aí só passam os mais capazes. Tu és capaz, vais passar e com distinção. E acredito, não porque és o treinador do F.C.Porto e a um portista pede-se que esteja com o seu treinador, nada disso, mas porque te acho competente, inteligente, trabalhador, alguém com a humildade suficiente para analisar, reflectir e se for preciso, mudar o rumo. Quando me referi a Mourinho era para isso mesmo, para te dizer que errar todos erram, até os melhores, depois aqueles que são capazes de aprenderem com os erros, arrepiarem caminho, alterarem e melhorarem, são os que fazem história.No F.C.Porto, como sempre acontece, o objectivo principal é o título... Confio e deixo para memória futura, a firme convicção que vais ser Campeão. Claro que não vai ser fácil, nem terás as facilidades da temporada anterior que foi atípica, mas meu caro, isso nem é importante, o importante é cumprir o objectivo, nem que seja com um ponto de vantagem.

 

Hoje é o momento de dizer algo parecido a Vítor Bruno e o raciocínio é muito parecido: 

- Meu caro Vítor Bruno aproveitando esta pausa para as selecções, permite-me que te diga o seguinte: Sem pensar em ninguém em particular, sempre me irritou aqueles treinadores que acham que os adeptos percebem pouco de futebol, falam para não estar calados, reagem ao sabor da onda, leia-se resultados. Para esses treinadores quase que é preciso ter doutoramento para falar de futebol. Não acho nada disso. O futebol é um jogo fácil de perceber e se um adepto não é capaz de ir ao campo dar um treino, há coisas que são tão básicas que qualquer adepto sabe avaliar. Por exemplo: se uma equipa joga bem ou mal - não vale dizer o importante é ganhar. É verdade, mas é dos livros, quem joga bem está sempre mais perto da vitória. Domina os processos defensivos e ofensivos; se reage bem à perda da bola, sem bola não dá espaços, é compacta, organizada... Se com bola é rápida a pensar e a executar, define com critério, passa e finaliza bem. Sabe controlar o jogo, marcar os ritmos. Sem esquecer os lances de bola parada que nos últimos tempos têm uma taxa de eficácia muito próxima do zero e como estes lances são importantes no futebol moderno... Por isso, Vítor, a um treinador e em primeiro, pede-se que faça um bom diagnóstico. Ultrapassada essa importante etapa, então, é fundamental escolher bem as terapias mais correctas para resolver os problemas; Ora, Vítor, se o treinador do FCP, achou que a 1ª parte não foi má, não fez um bom diagnóstico. Assim, como não agiu em conformidade, não mudou nada, só por acaso a 2ª parte não seria igual. Foi. Com a única diferença a ser, infelizmente para o FCP, enquanto na 1ª parte o Benfica apenas marcou um golo - podia ter feito pelo menos mais dois -, na 2ª fez três e a consequência foi uma derrota que deixou marcas. Vítor, há lemas que são máximas no FCP: Até podemos perder todos os jogos, mas nunca podemos sair do campo sem a certeza que fizemos tudo para vencer. Mais vale perder, tentando tudo para ganhar, que perder porque não tivemos a coragem de querer ganhar. Coitados daqueles que mesmo quando corre mal, ou como aconteceu anteontem, muito mal, ficam prostrados a carpir mágoas, incapazes de se levantar. Somos da cepa, mais vale quebrar que torcer, a sorte protege os audazes. Tiveste a oportunidade de treinar um grande clube como é o FCP, por tudo que o rodeia, com particular ênfase na exigência, é um curso numa das melhores universidades do mundo do futebol. Não a desperdices.

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S.L.Benfica 4 - F.C.Porto 1. O FCP pode sempre perder, mas não pode perder assim...



Depois de uma derrota difícil de engolir frente à Lazio, esperava-se que na Luz não aparecesse um FCP marcado por esse resultado negativo, estivesse em campo um Dragão com as virtudes do Olímpico de Roma e sem os defeitos e erros grosseiros cometidos na capital italiana.

Por seu lado o Benfica depois de um exibição confrangedora em Munique frente ao Bayern, era previsível que tentasse e desde o 1° minuto dar uma imagem diferente. O FCP que iniciou com Diogo Costa, Martim Fernandes, Nehuén, Tiago Djaló e Francisco Moura, Eustaquio, Varela e Nico, Fábio Vieira, Samu e Galeno, com muita dificuldade em contrariar o bom começo de jogo do adversário. 
O Benfica entrou a pressionar, tentar dominar, FCP defendia e não permitia grandes veleidades, quando saía faltava alguma qualidade na definição e no passe. Mesmo assim o primeiro remate com algum perigo foi de Galeno. Respondeu o Benfica por Di María. Varela, uma desgraça, lento a executar, perdeu uma bola perto da área, livre, amarelo para o argentino. No livre valeu uma excelente defesa de Diogo Costa. O meio-campo do FCP era permeável defensivamente, com bola era lento e sem critério.
Aos 30 minutos, Martim Fernandes muito ingénuo, primeiro hesitou em disputar a bola, depois marcou com os olhos, deu espaço, golo do lateral Carreras. Benfica na frente. E quase de seguida só não entrou o 2° por acaso. Muito mal os azuis e brancos. Com a defesa muito permeável pelas laterais, sem meio-campo e quando não há meio-campo dificilmente há ataque.
Em vantagem o Benfica recuou, deu a iniciativa ao FCP, ficou à espera do erro que era frequente acontecer em cada posse dos portistas.
Com os defesas dos Dragões a parecerem sinaleiros e a levantarem o braço a pedir um fora-de-jogo que não existia, a bola de Pavlides bateu no poste com Diogo Costa batido. Sorte para o conjunto de Vítor Bruno.
Aos 43 minutos, Fabio Vieira já bem junto à linha da grande área e com o seu melhor pé, o esquerdo, rematou fraquinho para defesa fácil de Trubin.
Já em cima do minuto 45, contra a corrente do jogo e na 1ª vez que fez bem, a bola foi à linha do fundo, Moura cruzou, Otamendi falhou, Samu marcou e empatou o jogo.
Já em cima do final dos quatro minutos de descontos, Galeno fez tudo bem menos o último passe. Com melhor execução podia ter criado uma boa oportunidade de golo.

O jogo chegou ao fim dos 45 minutos empatado, melhor o resultado que a exibição do FCP que fez pouco para merecer não ir a perder para as cabines.
Para a 2ª parte é preciso mexer, tirar Varela muito mal e já amarelado e meter alguém.

Ao contrário do esperado, Varela continuou em campo e a dar muito espaço na zona central. Primeiro o Benfica ameaçou por Aursnes, depois num livre perto da área de Tiago Djaló, teve de compensar aquele buraco, valeu que o livre não levou perigo.
Os encarnados voltaram a entrar melhor e o grande problema do FCP continuava a ser o meio-campo que era zero. Consequência, passe à queima de Eustaquio, mais uma vez, Martim muito mal, perdeu a bola numa zona proibida, conta-ataque, golo de Di María.
Reagiu o FCP, Fabio Vieira rematou para a defesa de Trubin.
Mas quando se permite ao adversário jogar à vontade, ter espaço, tempo para pensar e executar à vontade, não admirou o terceiro golo do Benfica. 
Só depois de estar a perder por 3-1, o treinador do FCP mexeu, tirou um desastrado Martim Fernandes, manteve uma nulidade chamada Alan Varela e tirou Eustaquio que não estando bem, estava melhor que o ex-Boca. Entraram João Mário e Pepê. Mais tarde saiu Francisco Moura e entrou Namaso. 
Era penoso ver a forma como os Dragões se exibiam. Não havia reacção, a equipa arrastava-se em campo, nem cócegas fazia.
Alan Varela que devia ter saído ao intervalo, porque não saiu é um verdadeiro mistério, voltou a fazer asneira da grossa. Mal posicionado, chegou tarde à bola, chutou a cabeça de Otamendi na área, penálti, Di María fez o 4°.
Aos 86 saiu Fábio Vieira e entrou Gonçalo Borges.
O jogo chegou ao fim com a vitória clara, 4-1, do Benfica e até podia ter atingido números mais dilatados, da única equipa que esteve em campo. A outra fez gazeta, não honrou a camisola, não dignificou o manto sagrado. A exibição do FCP foi péssima, muito abaixo dos mínimos exigíveis. 

Nota final:
Não tenho memória de um Dragão com tão fraco e com tão pouca chama como hoje.
O FCP pode sempre perder, mas não pode perder assim...



S.S. Lazio 2 - F.C.Porto 1. Nunca é admissível sofrer golos destes, nos descontos então nem se fala...


Depois da vitória frente aos alemães do Hoffenheim, a primeira nesta nova fase da Liga Europa, o FCP tinha em Roma, frente à Lazio, num jogo que antecede o clássico de domingo com o Benfica, um teste de elevado grau de exigência.


Com Diogo Costa, Martim Fernandes, Nehuén, Tiago Djaló e Francisco Moura, Alan Varela e Eustaquio, Fábio Vieira, Namaso e Galeno, Samu, o jogou começou mais parado que jogado, um erro de Francisco Moura originou perigo, não demorou muito à bola entrar na baliza de Diogo Costa, mas Castellanos estava em fora-de-jogo. Na resposta Samu abordou muito mal um passe na profundidade que o deixava isolado.
Dragões com dificuldade em sair, ligar as jogadas, assentar o seu jogo, pior com entradas fora de tempo, uma das quais deu amarelo para Namaso aos 15 minutos.
Dificuldades também no lado direito onde Martim Fernandes estava muito sozinho.
Só dava Lazio, incapacidade total do conjunto português para jogar. Até meio da 1ª parte nenhuma oportunidade para os portistas.
Os lances de bola parada, mesmo alguns que podiam ser de perigo, continuavam muito mal trabalhados.
De repente, FCP muito perto do do golo,  remate de Fábio Vieira na trave e a cair sobre a linha, mas a sair. E mais um livre que podia ser perigoso, mas mais um desperdiçado. Esse lance despertou o conjunto de Vítor Bruno que melhorou na qualidade de jogo. Pena haver jogadores que de vez em quando perdem a concentração, fazem asneiras, obrigam os companheiros a fazer faltas e levar amarelo. Foi assim o cartão para Nehuén.
Samu em cima do intervalo podia ter feito golo. Faltou convicção ao jovem internacional espanhol.
Já no 4° minuto de descontos, defesa e guarda-redes do FCP batidos infantilmente - surreal a forma como Varela se fez à 1ª bola -, golo da Lazio. Inadmissível, não se podem sofrer golos destes nunca, muito pior já no último suspiro da 1ª parte.

E assim, o intervalo chegou com os italianos na frente, injustamente, mas quem erra desta maneira só se pode queixar de si próprio.

A perder, tendo que arriscar na procura de mudar o rumo dos acontecimentos, era fundamental atacar, sim, mas com critério, não de qualquer maneira, dando espaço aos contra-ataques dos italianos.
Dragões com o mesmo onze no início da 2ª parte, começaram a ter mais bola, mas do meio-campo para a frente ninguém aparecia.
Foi Tiago Djaló a subir e rematar. Quando saía com possibilidade de criar perigo era pólvora seca, nem dava para ameaçar. Quando o FCP fazia bem, o último passe era mal executado.
Aos 61 entraram João Mário, Nico e Pepê, saíram Martim Fernandes, Varela e Namaso.
Mais um livre perto da área que não deu em nada. O FCP estava por cima, mas sempre mal no momento de assistir, mesmo quando fazia o mais difícil, chegar junto à linha do fundo. Quando fez bem e como mandam os livros, Fábio Vieira tocou em Galeno que assistiu para Eustaquio marcar. Fez-se justiça relativa. Faltavam 20 minutos para o fim, dava tempo para a remontada. Mas, fundamentalmente e muito importante, não oferecer novamente o ouro ao bandido como no golo da Lazio e fazer mais vezes o que era preciso fazer, como no golo do empate.
Não foi assim, o golo parece que teve o efeito contrário, adormeceu o FCP, foram os italianos que estiveram mais próximo do 2º.
Aos 76 saiu Samu e entrou Gull. Aos 84 saiu Fábio Vieira, entrou André Franco. E quando se esperava que o FCP conseguisse pelo menos manter o empate, mais uma vez no tempo de descontos, mais uma vez num erro defensivo inadmissível. Bola nas costas da defesa, ninguém corta, Pedro a receber, dominar e marcar. E assim a Lazio venceu um jogo que o FCP ofereceu.

Foi uma derrota injusta, mas quem comete erros grosseiros nestas competições sujeita-se a perder. Os lances de bola parada, cantos e livres, esqueçam, um desastre total.

Agora espero que esqueçam rapidamente este jogo, concentrem-se no jogo da Luz e reflictam sobre as asneiras que fizeram. Uma equipa do FCP, REPITO, não pode sofrer, melhor, oferecer dois golos no tempo de desconto.

Houve quem hoje estivesse muito aquém do esperado, principalmente Varela e Samu. Embora o 1º ande a jogar muito pouco há muito tempo. 

F.C.Porto 4 - Estoril 0. Mesmo sem ser uma exibição brilhante a goleada até podia ter mais golos


Depois da vitória clara e com uma excelente exibição, em particular na 1ª parte, na Vila das Aves, para o campeonato, de um jogo razoável e ter cumprido a sua obrigação de atingir a final-four da Taça da Liga frente ao Moreirense em Aveiro, o FCP de regresso a casa, tinha  pela frente o Estoril que na época passada em quatro jogos lhe ganhou três, sendo que uma das vitórias foi no Estádio do Dragão.


Começando com o mesmo onze que entrou de início e goleou o AVS, Diogo Costa, Martim Fernandes, Nehuén Pérez, Tiago Djaló e Francisco Moura, Varela, Nico González e Fábio Vieira, Namaso, Samu e Pepê, o FCP com muita bola, ia circulando, procurava espaços, mas era pouco incisivo. Apenas aos 11 minutos a primeira ameaça, Namaso não foi contundente a atacar a bola, podia ter aberto o marcador.
Não marcou aí, marcou aos 19 minutos, mas a bola esteve quase a não entrar.
Na reacção, após uma perda de bola de Pepê e falta de Nico, Diogo Costa foi obrigado a empenhar-se. Pepê que teve um gesto de enorme fair-play desistiu da jogada quando estava sozinho, mas viu o defesa do Estoril cair lesionado.
Aos 28 minutos a defesa dos estorilistas quis retribuir o gesto e ofereceu ao brasileiro o segundo dos portistas.
Esse golo parece que fez mal à equipa de Vítor Bruno. Perdeu concentração, consistência, ligou o complicador, as jogadas perdiam-se facilmente. Depois do segundo golo a qualidade de jogo do FCP, que nunca foi muito alta, baixou muito. Não é admissível a forma como alguns jogadores abordavam os lances. Apesar disso, Namaso voltou a demonstrar que não é um finalizador. Completamente sozinho e após um passe açucarado de Pepê, permitiu a defesa do guarda-redes.

O jogo chegou ao intervalo com os Dragões em vantagem por dois golos de diferença, mas o compromisso tem de estar lá sempre e após o segundo golo não esteve.

Para a 2ª parte esperava-se que o treinador do FCP tenha visto o que esteve mal, corrigido, desse um abanão, aparecesse uma equipa com outra postura. Eustaquio substituiu Alan Varela. 
O jogo recomeçou como acabou. Um Porto lento, trapalhão, incapaz de ligar as jogadas, optando mal, primeiro remate à baliza foi do Estoril. 
Com os Dragões assim, os canarinhos, hoje de rosa, iam procurando incomodar, mas sem criar perigo.
Quando os azuis e brancos aceleravam, não havia critério na definição, os passes errados  sucediam-se, a bola demorava uma eternidade nos pés dos jogadores, o público não gostava.
Isso parece ter acordado a equipa, a pressão aumentou, aos 68 minutos Namaso voltou a demonstrar que para marcar um golo, tem de desperdiçar três e em excelente posição para facturar.
Pepê não fica nada a dever a Namaso no desperdício, falhou uma oportunidade clara e assim o resultado que podia estar resolvido, mantinha-se inalterável, com o risco do Estoril do nada poder marcar e dificultar a tarefa os azuis e brancos. Não foi assim, foi Galeno a marcar após assistência de Martim Fernandes.
Após Samu estar muito perto do golo, aos 84 minutos saíram Nico e Francisco Moura, entraram João Mário e Rodrigo Mora e de seguida Gonçalo Borges substituiu Pepê.
E João Mário que está inconformado, fez uma grande jogada pela direita, foi à linha de fundo, assistiu para o 2° de Galeno.
Só dava Porto, a equipa ainda tentou ajudar Samu, mas o jovem internacional espanhol nesta noite ficou em branco.

O jogo chegou ao fim com mais uma goleada  e mesmo não tendo assinado uma grande exibição, o resultado poderia ter ainda mais dois ou três golos, faltou eficácia a Pepê e, principalmente Danny Namaso.

Eustaquio, pode às vezes perder a concentração e isso já custou alguns dissabores, mas é muito mais rápido a pensar e a executar que Alan Varela, é muito mais dinâmico que o argentino.

Vêm aí dois jogos muito complicados - Lazio e Benfica -, mas a equipa não estando exuberante, já está melhor e conseguiu a sexta vitória consecutiva, entre jogos de várias competições - campeonato, taças da Liga e de Portugal, Liga Europa.

Há jogos em mesmo desperdiçando vários golos dá até para golear. Mas há outros em que a falta de eficácia pode ter consequências que ninguém deseja.


F.C.Porto 2 - Moreirense 0. Vitória sem discussão coloca Dragões na final-four da Taça da Liga


No jogo de estreia neste modelo que transforma ainda mais a Taça da Liga numa prova de credibilidade zero, o FCP a jogar em Aveiro por interdição do Estádio do Dragão, defrontou e venceu sem discussão o Moreirense por 2-0, está na final-four que se vai disputar em Leiria - defronta o Sporting em Janeiro.


Num relvado pesado e num jogo arrastado, sem grandes muitos motivos de interesse, o FCP de início com Cláudio Ramos, João Mário, Zé Pedro, Nehuén e Francisco Moura, Eustaquio, Nico e André Franco, Namaso, Gull e Galeno, chegou ao intervalo em vantagem graças a um auto-golo de Buta aos 34 minutos. Era uma vantagem que se podia considerar justa, o conjunto de Vítor Bruno esteve por cima, embora sem ser muito dominador, nem ter criado grandes oportunidades de golo.

Na 2ª parte e na frente do marcador o FCP manteve o mesmo onze e esteve algumas vezes próximo do 2º - mas continua a faltar golo a Namaso. Golo que aconteceu ao minuto 61, marcou Eustaquio após assistência de Galeno. Com a vantagem de dois golos Vítor Bruno começou a mexer, ao minuto 66 saíram André Franco e Dennis Gull, entraram Fábio Vieira e Samu, mais tarde, minuto 70 saiu Nico e entrou Varela, aos 76 saíram Namaso e Francisco Moura, entraram Rodrigo Mora e Gonçalo Borges.
Até ao final, embora a equipa de Moreira de Cónegos replicasse e procurasse diminuir a desvantagem, o 3º dos portistas esteve mais próximo do que o golo da equipa treinada por César Peixoto.

Assim, objectivos cumpridos com a conquista da vitória e também na gestão dos jogadores, dando minutos a alguns daqueles que têm jogado menos.

AVS SAD 0 - F.C.Porto 5. Excelente 1ª parte na origem de uma goleada e numa noite tranquila para o portismo


 

Depois de um jogo pouco conseguido, mas com uma vitória importante frente aos alemães do Hoffenheim, o FCP tinha de volta às provas internas uma deslocação curta até à Vilas das Aves para defrontar o AVS.
De início com Diogo Costa, Martim Fernandes, Nehuén Pérez, Tiago Djaló e Francisco Moura, Alan Varela, Nico González e Fábio Vieira, Pepê, Samu e Namaso, o FCP com uma excelente 1ª parte e uma 2ª com menos brilho, mas sem correr riscos, goleou e segue na perseguição ao líder Sporting.

Com Pepê sobre a esquerda e Fábio Vieira na direita, Samu e Namaso pelo meio, o jogo começou com AVS organizado, dando pouco espaço, algumas dificuldades iniciais para o conjunto de Vítor Bruno. Mas em cima do minuto 9 muita sorte para a equipa da casa, bola no poste de Ochoa. Esse lance mudou o rumo do jogo. Aos 12 Dragões novamente a ameaçar, bola desta vez na barra. Estava muito bem o FCP, só faltava o golo. Que podia ter acontecido aos 19, mas Fábio Vieira desperdiçou. Aos 22 minutos, finalmente fez-se justiça, marcou Nico de cabeça.
Feito o mais difícil, era importante não adormecer, manter o ritmo, a dinâmica, ir à procura do 2°.
Num período em que os jogadores do FCP pareciam deslumbrados pelas facilidades e com tendência a complicar, veio o golo, marcou Samu aos 33, vantagem merecida.
Que aumentou aos 38, voltou a marcar Samu, depois de um magnífico cruzamento de Martim Fernandes após uma tabela com Fábio Vieira que lhe colocou no espaço. Ainda antes do intervalo, mais uma grande jogada, Pepê soltou em Samu que isolado fintou o guarda-redes e de ângulo difícil, marcou o 4°, fez o hat-trick.

O intervalo chegou com um resultado gordo, mas fruto de uma 1ª parte de excelente nível da equipa de Vítor Bruno.

Para a 2ª parte a questão era saber se o FCP iria apenas controlar, descansar sobre a vantagem, ou se iria continuar com o mesmo ritmo, a mesma vontade, determinação e qualidade de jogo, procurar mais golos. 
Os Dragões regressaram com o mesmo onze, mesmo tendo baixado de rendimento em relação à 1ª parte, criaram algumas oportunidades, podiam ter marcado mais golos. O AVS também teve algumas, poucas, possibilidades e quando Rodrigo Mora fez o 5° em cima dos 90 minutos, já não se esperava alteração do resultado.
Aos 64 minutos Vítor Bruno tirou Nehuén, Fábio Vieira e Namaso, entraram Zé Pedro, Rodrigo Mora e André Franco, mais tarde, minuto 78, saiu Martim Fernandes e entrou João Mário, aos 83 Alan Varela deu o lugar a Eustaquio.

Tudo somado, vitória com goleada, numa excelente prestação da equipa de Vítor Bruno, naturalmente melhor nos primeiros 45 minutos e noite tranquila para o portismo como já não acontecia há muito tempo.

Quando o colectivo funciona potencia as individualidades. Hoje já houve mais Fábio Vieira, tornou a haver Samu, um excelente Pepê na esquerda a jogar com Moura e deu para Mora jogar quase 30 minutos. Marcou o último golo, mas entrou nervoso, não brilhou muito porque queria fazer tudo, mostrar serviço. 

F.C.Porto 2 - TSG Hoffenheim 0. Valeu o resultado...

 

Com apenas um ponto em dois jogos e sem muita margem de manobra, o FCP estava quase obrigado a vencer os alemães do TSG Hoffenheim.

Com Diogo Costa, Martim Fernandes, Nehuén Pérez, Tiago Djaló e Francisco Moura, Alan Varela, Nico González e Iván Jaime, Pepê, Samu e Galeno, os Dragões venceram, mas estiveram muito longe de convencer. É preciso melhorar muito. 

O jogo começou numa toada de estudo, Porto com mais bola, mas com dificuldade em encontrar espaço e chegar na frente com perigo. Era previsível e pouco fluído o jogo dos Dragões. Os alemães controlavam defensivamente, saíam de forma simples, mas o suficiente para obrigar os portistas a estar atentos.
Só aos 28 minutos e num lance de bola parada o conjunto de Vítor Bruno ameaçou, mas não muito. Por seu lado o Hoffenheim ia ganhando cantos.
Aos 35 minutos a primeira oportunidade, Francisco Moura rematou para golo, a bola caprichosamente bateu no corpo de Iván Jaime e saiu.
Numa bola perdida a meio do maio-campo do FCP, grande chance de golo para os alemães, o remate saiu por cima.
Os lances de bola parada não estavam a resultar, mas já no tempo de descontos e após um livre na esquerda, bola para o lado contrário, Nico ganhou de cabeça, colocou no meio, Tiago Djaló rematou e adiantou os Dragões.

O intervalo chegou com o FCP na frente do resultado, mas verdade seja dita, sem ter feito muito por isso.

O FCP regressou com o mesmo onze para a 2ª parte.
O jogo recomeçou com a equipa de Vítor Bruno com os mesmos problemas. Dificuldades em soltar bem e no tempo certo, tendência para complicar em vez de simplificar. Os avançados estavam numa noite de desinspiração total, Pepê, Samu e Galeno e ainda Iván Jaime, andavam demais com a bola, forçavam o remate, não havia um cruzamento em condições.
Aos 60 minutos saiu Iván Jaime e entrou Fábio Vieira.
Os alemães jogavam melhor, eram mais perigosos, ameaçavam. Os portugueses com uma tremenda dificuldade em ter bola, sair com critério, aproveitar os espaços para contra-atacar e levar perigo ao último reduto do Hoffenheim. Estava a por-se a jeito a equipa de Vítor Bruno.
Só que o futebol é fértil em surpresas. Em mais um alívio para frente da defesa portista, Samu recuperou a bola e fez golo, aumentou a vantagem contra a corrente de jogo.
Tiago Djaló deu o lugar a Zé Pedro aos 82 minutos.
Com o 2° golo era preciso procurar jogar, sair de trás, ou pelo menos manter a vantagem. Mas as asneiras na saída continuavam. Em vez de se jogar nas laterais, dar largura, obrigar os alemães a correr, a bola era metida no meio, no jogador pressionado, rapidamente passava para os alemães, mas vá lá, pelo menos foi possível segurar o resultado e conseguir uma vitória importante.
Aos 90 minutos saiu Samu, entrou Namaso, saiu Pepê e entrou Gonçalo Borges. e o jogo terminou com o marcador em 2-0. 

Tudo somado, conseguiu-se o importante que era ganhar, mas a exibição foi muito cinzenta, a qualidade de jogo idem aspas. Não pode ser apenas Nico a saber manter a bola, escolher as melhores opções, jogar com o mínimo de simplicidade. Há jogadores que passam 90 minutos a complicar, definir mal, passar mal e muitas vezes no tempo errado, andam com a bola até baterem contra os adversários e a perderem. 


S.U.Sintrense 0 - F.C.Porto 3. Favoritismo confirmado, vitória clara, Dragões na 4ª eliminatória

 

Com o objectivo de voltar a vencer a Taça de Portugal - será a 4ª vez consecutiva -, o FCP defrontou o Sintrense equipa do campeonato de Portugal, 4° escalão do futebol português, jogo disputado no estádio José Gomes, casa do Estrela da Amadora.

Entrando com Cláudio Ramos, Martim Fernandes, Nehuén, Tiago Djaló e Wendell, Alan Varela, Fábio Vieira e Iván Jaime, Gonçalo Borges, Fran Navarro e Galeno, o conjunto de Vítor Bruno, muito diferente do que iniciou o último jogo, fez jus ao favoritismo, venceu por três, podia ter feito mais golos, segue naturalmente para a 4ª eliminatória.


Jogo confuso, muitas paragens, Sintrense como era esperado muito recuado, Dragões com algumas dificuldades em se impor. 
Aos 24 Wendell saiu lesionado, entrou Francisco Moura. No minuto seguinte excelente cruzamento de Gonçalo Borges, para Galeno de forma acrobática, com o chamado pontapé de moinho, inaugurar o marcador.
FCP sem forçar e num ritmo lento, ia dominando, mas sem criar muito perigo. E o jogo continuava mais parado que jogado. 
Quando se enfrenta uma equipa que praticamente coloca todos os jogadores muito atrás, só com rapidez a pensar e a executar, se tem mais possibilidades de criar e marcar. Assim não admira que o intervalo chegasse a vantagem dos portistas, mas pela diferença mínima.
De assinalar também um golo invalidado aos azuis e brancos - remate de Iván Jaime, desvio de Fran Navarro que estava adiantado. Pelo menos foi isso que auxiliar e árbitro assinalaram - e um lance, empurrão pelas costas a Fábio Vieira que pareceu penálti.
Também os 45 minutos iniciais de Gonçalo Borges merecem destaque. Mais objectivo, não se perdendo em fintinhas inócuas, fazendo o que se pede em 1° lugar a um extremo: procurar a linha e centrar.

Sem substituições a 2ª parte começou com o Sintrense todo no último terço, Porto não parecia muito interessado em acelerar, as interrupções continuavam. Apesar disso, Iván Jaime primeiro ameaçou, depois fez um grande golo, aumentou a vantagem. O 3° não demorou. Canto de Alan Varela, cabeça de Tiago Djaló. E o 4° não chegou logo porque Francisco Moura não acreditou no erro do defesa, na primeira ocasião, na segunda valeu o guarda-redes. O jogo ficou decidido, começaram as substituições, aos 64 minutos entraram Rodrigo Mora, André Franco e Nico González, saíram Fábio Vieira, Alan Varela e Galeno, aos 72 saiu Gonçalo Borges e entrou Namaso.
O jogo continuou num só sentido, o golo esteve perto, mas Fran Navarro não foi feliz em dois lances. 
Mesmo sem forçar, gerindo e controlando, as oportunidades para o FCP sucediam-se, mas o resultado não se alterou.
Foi um jogo sério, não brilhante, mas o suficiente para os Dragões vencerem sem discussão, um adversário simpático, mas sem atributos para impedir que a superioridade da melhor equipa fosse colocada em causa.

Uma nota final:
Tiago Djaló com muito pouco tempo de jogos nos últimos meses, mostrou qualidades que o recomendam para lutar por um lugar no centro da defesa do FCP. Obviamente, precisa de ganhar ritmo, fazer jogos frente a adversários mais fortes, logo com maior grau de exigência. A questão que se coloca é saber se já está preparado para um jogo importantíssimo como é o jogo Liga Europa frente aos alemães do Hoffenhein.


A propósito das declarações do presidente AVB em Itália sobre Francisco e Sérgio Conceição.

 

André Villas-Boas sobre Sérgio Conceição:
«O Sérgio é o treinador que mais títulos ganhou no FC Porto. Uma pessoa que ficará sempre na história do clube, um grande treinador. Fala muito bem italiano. É uma pessoa que pode facilmente chegar a um grande italiano e conquistar todos os objetivos que esse clube traçar. É uma boa pessoa e é seguramente um dos treinadores disponíveis no mercado que pode fazer a diferença.»

Sobre Francisco Conceição:
«É um craque, sim. [O empréstimo] foi uma decisão que tomámos do ponto de vista desportivo. Foi por isso que fizemos o acordo com a Juventus. É um empréstimo sem opção de compra. Um empréstimo de sete milhões que pode ir até aos 10 M€. É um jogador importante para nós. Vamos ver como corre. É óbvio que um talento como este custa muito e por isso a Juventus pagou este valor.»
«No final, há sempre uma ligação emocional ao pai e, perante a escolha técnica que fizemos, com o seu adjunto [Vítor Bruno], decidimos que era melhor para todos que ele fizesse este ano por empréstimo. Tem estado bem, foi pena a expulsão e a lesão que teve antes. Mas jovem jogador muito bom, que pode atingir um ponto muito alto na sua carreira»

O presidente AVB tem tido uma postura institucional irrepreensível, sido um cavalheiro, correctíssimo nas declarações que faz, mesmo em relação àqueles que não têm para com ele o mesmo comportamento. Por isso, alguém esperaria que o presidente AVB fosse dizer em Itália que o Sérgio Conceição é mau treinador, um conflituoso, um foco de instabilidade, um recordista de expulsões, um problema para qualquer clube que o contrate? Que juntasse ao reconhecimento do que é óbvio, treinador mais titulado, a deselegância de treinador com mais tempo à frente dos destinos da equipa de futebol do FCP?

Ou sobre o Francisco Conceição dissesse que não tem qualidade, um grande potencial, que o empréstimo e que na mais que provável transferência em definitivo o FCP estava a emprestar/vender gato por lebre? Que o empréstimo não foi uma medida preventiva, de agrado de todas as parte, depois da passagem de Vítor Bruno a treinador principal e da polémica e declarações posteriores de vários protagonistas ligados ao ex-treinador? Ou dissesse que a saída e posterior entrada, nas condições que se concretizou, só foi excelente para o Francisco, família e Jorge Mendes, e péssimo para o FCP?

Sinceramente, é tempo de olhar para a frente e ultrapassar o trauma de 27 de Abril. Críticas? Sim, obviamente. Mas com respeito, objectivas e construtivas. Até porque há uma frase que é um lugar comum, mas está sempre actual e dá muito jeito:
Coitados dos que ficam agarrados ao passado, por muito brilhante que tenha sido. Dificilmente terão presente e nunca terão futuro.


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