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sábado, 16 de fevereiro de 2013


Ainda com o jogo de ontem, mas não só, no pensamento: porquê tanto domínio e tão poucos golos?
Em relação a ontem, OK, há atenuante de na próxima terça-feira haver um jogo muito importante, frente ao Málaga, para a Champions, com tudo o que isso significa em termos de prestígio e dinheiro. Por essa razão e porque o adversário a mais não exigiu, é natural que se procurasse evitar desgastes desnecessários e também, porque o subconsciente, por mais avisos que se façam, já não conseguiu desligar. Aceito, mas como não foi apenas ontem, arrisco ir mais longe, abordar o assunto e aquilo que para mim precisa de ser melhorado.

Vamos a isso. O F.C.Porto, isso é óbvio, privilegia como modelo, a posse. A equipa gosta de ter bola, troca-a bem, chega a ter percentagens de posse esmagadoras, como se viu ontem e já se tinha verificado frente ao Olhanense, por exemplo. Mas deixando de lado, apesar da importância, muitas vezes faz toda a diferença, da falta de eficácia - o killer instinct de que falava Robson - e mesmo com um goleador como Jackson, porque marca o F.C.Porto poucos golos para tanto domínio, tem dificuldades frente a equipas que se fecham muito?
Uma das razões, tem a ver com a dinâmica e o ritmo que nunca é muito alto e assim, as equipas mesmo quando são muito dominadas, podem manter-se minimamente organizadas. Outra razão é que raramente há passes de rotura, daqueles que deixam jogadores na cara do guarda-redes - OK, aceito que James faz muita falta, mas e os outros? - e em boa situação para finalizar. Também, porque os médios do F.C.Porto, pelo menos os mais utilizados, Fernando, Lucho, Moutinho, Defour e agora, Izmaylov, têm muito pouco poder de fogo, capacidade para fazer golos de fora. Se a tudo isto, ainda juntarmos a falta de qualidade que muitas vezes se verifica, no último passe, mais os cruzamentos que raramente saem na perfeição, estão encontradas, para mim, obviamente, as razões para que tanto domínio, poucas vezes ter correspondência em golos. A nível interno, vai dando para o gasto, em vésperas de um jogo de Champions, fica o alerta.
Não, não me esqueci da capacidade de pressionar alto, recuperar logo a bola e de como isso é fundamental. Só que a questão é quando temos a bola e que podemos fazer para melhorar, para que tanto domínio, renda mais golos, menos dificuldades, vitórias mais tranquilas.
Sei que falar é fácil, não há equipas perfeitas, faltam-nos os Iniestas, Xavis, Messis, etc., mas acho que podemos crescer bastante.

Notas finais:
Senhores treinadores da formação, muita  atenção, a partir de agora, à mudança de paradigma. Até aqui, mesmo nos infantis, os senhores diziam aos miúdos para saltarem, não ficarem à espera, irem ao encontro e atacarem a bola. Agora, devem dizer isso e mais algumas coisitas: se forem mais fortes fisicamente, se virem que o adversário não salta, fiquem quietos, esperem, não vá o árbitro mostrar-lhes o cartão e se for o segundo...rua!

Justiça boa e justiça má, no futebol, segundo os critérios dos sabujos delgados, serpas, guerras e afins.
Justiça boa: a que mostra segundo amarelo a Mangala; a que não mostra cartões a André Gomes e Maxi caceteiro Pereira; a que dá apenas 1 jogo a Cardozo; só para falar dos exemplos mais recentes.
Justiça má: a que não despenaliza Matic: não castiga o F.C.Porto na questão das 72 horas.
Juízes promíscuos, os que frequentam as tribunas do Dragão, os que frequentam as da Luz - vejam na foto, o Juíz Mourão, o que quando estava na Liga, despoletou o Apito Dourado, em amena cavaqueira com Vieira e Joe Berardo -, sempre acima de qualquer suspeita - ver post sobre o assunto, em 2008, aqui.


PS - Quando se convida alguém como o rasca e porco - o porquê, aqui - do João Malheiro para falar de futebol, estão à espera de uma conversa sensata, civilizada, produtiva, positiva? Não, estão à espera de peixeirada, anti-portismo e anti-pintismo primário. Malheiro, entre outras coisas, nunca perdoou a Pinto da Costa ter-lhe descoberto a careca sobre os famosos jantares de homenagem no Ramon... 

Ontem
Depois de James e Defour, dava jeito, não dava?
Hoje
Porcos da bola sempre a animar o povo...

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