O post de antevisão vem já a seguir... Depois de um assunto que acho muito importante clarificar.
Meus amigos, como diz a publicidade, sou dos tempos em que no F.C.Porto, vinha um mau resultado e começava a contestação; vinha outro a contestação aumentava; ao terceiro o chicote funcionava, treinador para a rua. As chicotadas psicológicas eram a regra, treinador que cumpria o contrato até ao fim, a excepção. Nessa longa travessia do deserto, quem mais, para além de José Maria Pedroto, cumpriu o contrato até ao fim da época? - Alô RPA... Porque conheci esses tempos de vacas anoréticas, por norma sou avesso a chicotadas psicológicas, mudanças só em circunstâncias excepcionais. Mas o que eu penso é pouco relevante, vale o que vale, só que esta é a filosofia do F.C.Porto desde que Pinto da Costa é  Presidente. Com o actual Líder a situação deu uma grande volta, o que antes era regra passou a ser excepção, só em situações extremas o F.C.Porto muda de líder da equipa técnica a meio da época - quando nos resultados as coisas descambem de tal maneira que os objectivos estejam condenados ao fracasso. Foi assim na segunda passagem de Ivic quando aos maus resultados se juntou a falta de entusiasmo dos portistas que, para além de deixarem de ir ao estádio, deixaram de pagar quotas e havia cerca de 25 mil sócios com a quotas em atraso. Era preciso mexer, agitar e como Robson estava à mão... Quando, para além da performance desportiva negativa, quem está lá dentro e perto do grupo, verifica que as relações entre quem dirige e é dirigido se deteriora de tal que já não há solução - foi assim com com Octávio Machado e Mourinho estava ali... Foi assim no sempre difícil pós-grande sucesso desportivo e depois de Mourinho. Del Neri nem começou - ver este post - e Fernandez saiu porque era demasiado liberal, a indisciplina estava instalada - não foi por acaso que depois viria alguém com o perfil de Co Adriaanse. Quinito, o primeiro a sair a meio, é um caso à parte, era um deslumbrado, cometeu erros de palmatória, mas saiu apenas porque não aguentou a pressão e a contestação - voltou Artur Jorge. Recordo que alguns mal-amados como Carlos Alberto Silva - segunda época; Fernando Santos e que após a eliminação da Taça de Portugal frente ao Torreense passou um mau bocado que se estendeu pelos dois anos seguintes; Jesualdo e Vítor Pereira, cumpriram a época até ao fim. Assim e para finalizar: ainda há poucos dias repeti, o F.C.Porto não é dirigido de fora para dentro. E depois, o que se está a passar agora não parece um remake do que se passou nas duas últimas épocas com Vítor Pereira? Parece. E portanto, acham que esta época vai ser diferente o comportamento de quem dirige? Não, a não ser, na sequência das razões que apontei para outras saídas, que a coisa descambe. Se bem conheço o F.C.Porto, vamos aguentar até ao momento de fazer acertos, melhorar, criar mais condições para aparecermos mais fortes na segunda e decisiva fase da temporada.
Remate final:
Paulo Fonseca está num clube assim, mas ele tem de fazer a parte dele, afinar estratégias, perceber que para além da qualidade de jogo e de alguns resultados, também tem de mudar o discurso. Antes e depois dos jogos.


Antevisão do F.C.Porto - Áustria de Viena:
Na época passada e na de 2011/2012, mesmo quando muitos já davam o campeonato por perdido, o meu discurso foi sempre o mesmo: façamos a nossa obrigação e aguardemos. Foi assim por uma razão: se quem ia à nossa frente facilitasse, custaria muito mais a digerir se não aproveitassemos a oportunidade e depois ficassemos a lamentar não termos feito aquilo que devíamos. Fizemos o que devíamos, eles falharam, nós aproveitamos e fomos Campeões. Expliquei na altura que essa cultura de acreditar até ao fim, nunca desistir, é o que nos distingue dos outros e é uma cultura que nunca devemos  perder. Por isso, independentemente do que acontecer em São Petersburgo - o Zenit vs Atletico de Madrid é às 17 e acaba antes do início do F.C.Porto - Áustria de Viena -, temos de vencer os austríacos e continuar a acreditar que passar aos oitavos é possível. Se essa razão é fortíssima, nesta altura em que as coisas não estão a correr tão bem como desejamos, também porque ganhar é a única solução para evitar instabilidade, dar moral e confiança para o que vem a seguir. E não vou dizer mais nada, repetir o que precisamos de fazer para vencer. É um discurso gasto, não estamos a falar de iniciados, a quem é preciso estar sempre a ensinar o A-B-C do futebol.

O árbitro é o romeno Ovidiu Haţegan, auxiliado pelos seus compatriotas Cristian Nica e Octavian Sovre
Árbitros assistêntes auxiliares são Alexandru Dan Tudo, Sebastian Coltescu, também romenos.
Idem para o quarto árbitro, Radu Ghinguleac.
Delegado da UEFA é o búlgaro Bontcho Todorov.
O observador é Karen Nalbandya, da Arménia.

Lista de convocados:
Guarda-redes, Helton e Fabiano;
Defesas, Danilo, Maicon, D.Reyes, Otamendi, Mangala e Alex Sandro;
Médios, Fernando, Lucho, Herrera, Quintero, Defour e Josué;
Avançados, Jackson, Ricardo, Varela e Licá.

A minha equipa provável:
Helton, Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Fernando, Defour e Lucho; Varela, Jackson e Josué.


Nota final:
Pior do que a miserável, rasteira, provocatória e manhosa capa do Record, "Aguenta coração", é o facto do Director Geral do Porto Canal e assalariado do F.C.Porto-Futebol SAD, Júlio Magalhães, continuar a ser colunista dessa estrumeira a céu aberto. Mas a culpa não é dele... Ai Porto, Porto...