Populares Mês

quarta-feira, 27 de novembro de 2013


Já aqui falei no discurso pobre, pouco motivador, nunca galvanizador, nem mobilizador do treinador, antes e depois dos jogos; já falei da falta de coesão defensiva e organização do meio-campo; já falei sobre os sistemas que melhor se adaptavam ao plantel, desde o 4x4x2 losango até ao 4x3x3; dos constantes passes errados, da falta de eficácia, das desconcentrações inaceitáveis e das abébias defensivas que nos têm custado caro; como falei do triângulo mais ou menos invertido; da falta de conhecimento do que é o F.C.Porto por parte do treinador e até lhe enviei uma carta aberta; como não me esqueci de dizer qual é a filosofia do clube em relação às chamadas chicotadas psicológicas. Também já aqui falei e com exemplos, de plantéis que pareciam fracos e depois provou-se que não eram tão fracos quanto isso - até porque falar neste momento é fácil, muitos quando fechou o mercado diziam uma coisa, agora, fora de tempo, dizem outra; como não me esqueci de dizer e repetir que tenho a noção das exigências, a minha bitola não são os Barças, Bayerns e afins, mas que contra os Áustrias já é outra coisa. Falei dos assobios e lembrei a derrota caseira frente ao Zenit e a forma como o público se despediu da equipa, aplaudindo-a, apesar da derrota, etc. Portanto, já falei de tudo e mais alguma coisa, esgotei as minhas capacidades e sobre o que tem acontecido esta época, não vou dizer mais nada. Mas há algo que já disse e que vou repetir, porque me incomoda tanto como algumas exibições e resultados: O F.C.Porto está a perder alma. O exemplo que há tempos dei de Fucile é sintomático, nunca no passado ele teria regressado e regressou. 
Mas acho muito mau sintoma as constantes declarações de jogadores que não eram nada antes de ingressarem no F.C.Porto e que demonstram uma falta de respeito e de consideração por uma Instituição que está muito acima deles e a quem muito devem. Um dos capitães, Helton, alguém que está há muitos anos no F.C.Porto, torna público - porquê e para quê? - que teve três propostas e só renovou por causa da situação dos filhos? Será que Helton e outros que fazem declarações semelhantes, acham que foi assim que se construiu o F.C.Porto ganhador e hegemónico em Portugal, grande na Europa? Não!, foi com um forte espírito e uma mística que nós tínhamos - mais ninguém tem -, mas que lamentavelmente se está a perder. Custe o que custar, pague-se o preço que se pagar - às vezes é preciso dar um passo atrás para depois dar dois à frente -, mas temos de recuperar alma, a mística e o espírito guerreiro que era a nossa imagem de marca. Os problemas ultrapassam-se com inconformismo, atitude, carácter, coragem, um por todos e todos por um, F.C.Porto acima de tudo e de todos. E claro, com vitórias. Foi tudo isso que nos levou aos píncaros, foi isso que nos levou para além do sonho. Quem não quiser ir por aí, quem não estiver imbuído deste espírito... que dê a vaga! A voz do F.C.Porto não pode ser apenas a voz do treinador, principalmente se ele não é um bom comunicador.

Nota final:
No jogo de ontem tivemos a pior assistência no Dragão em jogos para a Champions. Causas? A crise, um factor muito importante, a noite fria de ontem, os resultados e as exibições que não ajudam. Vítor Pereira apesar dos 2 títulos, era um mal-amado e a sua saída foi recebida com entusisasmo por uma grande parte dos adeptos. Passados cerca de 5 meses as coisas não melhoraram nada e o entusiasmo deu lugar à contestação. É assim no F.C.Porto de há muitos anos a esta parte. Quem não perceber isto não percebe nada! O povo do F.C.Porto é assim e não se pode mudar o povo.

- Copyright © Dragão até à morte. F.C.Porto, o melhor clube português- Edited by andreset