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sábado, 1 de fevereiro de 2014


O que posso dizer da primeira-parte? Nada que já não tenha dito e repetido desde os primeiros jogos oficiais: não houve quase nada e o pouco que houve, não foi graças ao conjunto, sim a uma ou outra iniciativa individual. Fizemos o primeiro remate aos 28 minutos e foi um passe ao guarda-redes, depois arrebiamos um bocadito, mas nunca ligamos uma jogada, nunca pressionamos e encostamos o Marítimo atrás, nunca criamos perigo, nunca fomos uma equipa, nunca estivemos a um nível razoável, já nem digo bom, nunca a equipa madeirense correu grandes riscos. E se tudo isso já era mau, lá esteve a desconcentração da ordem, uma deu penalty e golo, por uma entrada fora de tempo de Danilo, outra, um agarrão desnecessário de Mangala, deu um livre muito perigoso que só não colocou o marcador em 2-0 porque não calhou. E que dizer mais? Ah, tirando um livre perigoso a nosso favor, já sobre os 45 minutos e que o novo marcador de livres, Quaresma, pois claro, atirou ao lado, nada mais de relevo fez a equipa de Paulo Fonseca. Enfim, mais do mesmo, evolução na continuidade.

Na segunda-parte e depois de uma primeira-parte grau zero de qualidade, seria impossível jogar pior. Também porque o Marítimo a ganhar recuou as linhas, deu a iniciativa à equipa azul e branca e apostou no contra-ataque, o F.C.Porto melhorou, foi mais dominador, teve três boas chances em que podia ter chegado ao empate - uma por Quaresma ao minuto  54, outra por Josué passados 3 minutos e outra por Varela já no minuto 71 -, mas não chegou. E como é dos livros, no entretanto e depois, naturalmente, a equipa tri-campeã, expôs-se e a equipa madeirense teve ocasiões em que também podia ter marcado.
Enfim, tudo somado e resumido, talvez o empate fosse o resultado justo. Mas apenas pelas oportunidades, pois o Marítimo esteve sempre mais equilibrado, mais coeso, mais organizado, foi mais forte colectivamente, foi mais equipa.

É, sem qualquer dúvida, o pior Porto dos últimos 20 anos. Nem no tempo de Octávio se viu uma equipa que chega a Fevereiro e não tem nada, rigorosamente nada, que a recomende. É um caos, cada um faz o que quer e lhe apetece dentro do campo. Não tem uma defesa com o mínimo de solidez, o meio-campo não existe e o ataque existe pouco. É uma equipa sem confiança, sem liderança, sem estratégia, sem qualidade, sem conjunto, sem nada, é uma caricatura, já nem digo de uma grande equipa, mas de uma equipa razoável. Qualquer equipa nos bate o pé, chega a ser penoso ver jogar este Porto de Paulo Fonseca.
Olho para estes jogadores do F.C.Porto e se não os conhecesse, perguntaria como foi possível estarem no Dragão, tais são os erros primários que cometem.

Quando depois de um mau jogo e em que só ganhamos na amarra, como disse faz hoje oito dias, não se faz o diagnóstico correcto, corre-se o risco de mais uma decepção. Foi o que aconteceu novamente nesta tarde/noite dos Barreiros. Andamos a bater recordes atrás de recordes negativos, nós que estávamos habituados a recordes positivos. Hoje foi o Marítimo que pela primeira vez não sofreu golos. Estivemos com 5 pontos de avanço, corremos o risco de ficar com 6 de atraso.  Quo vadis, F.C.Porto?

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