segunda-feira, 3 de março de 2014
Nota de abertura:
Independentemente de todos os problemas que possam haver, alguns verdadeiros, outros manifestamente exagerados e fruto de puras más-línguas, não me convencem do contrário: a principal causa da época abaixo dos seus pergaminhos que o F.C.Porto está a fazer, tem origem na liderança técnica. Lembro os que não conhecem bem a história do F.C.Porto ou os mais distraídos, que já em 1987, quando ganhámos a na altura chamada Taça dos Campeões Europeus, tínhamos um plantel muito acima das nossas possibilidades, graves problemas financeiros, salários em risco, cenário muito pior do que este que atravessamos. Poderia dar mais exemplos, mas já os dei em outras ocasiões, não vale a pena estar a repetir-me. Um verdadeiro líder vê-se nos momentos difíceis, nos fáceis até eu dou cartas.

É verdade que há falta de concentração, que há erros conjunturais - Mangala em Belém; Otamendi na Luz; Mangala frente ao Eintracht no Dragão, por exemplo -, mas os problemas defensivos do F.C.Porto são estruturais, vêm do início da época e Paulo Fonseca nunca foi capaz de os corrigir e resolver. A equipa funciona mal colectivamente, ocupa mal os espaços, compensa mal as subidas dos laterais, pressiona mal, não é compacta, erra passes em zonas proibidas, permite que os adversários recebam bola à vontade, já no último terço do campo e entre linhas, tenham tempo para pensar e executar à vontade. Para além disso, a defesa não é coesa e sólida, organiza-se mal, coloca-se mal, nos lances de bola parada, marca mal. Para que não pense que falar agora é fácil, deixo aqui e aqui o que na altura da pré-época já dizia sobre a forma como o F.C.Porto de Paulo Fonseca defendia. E se nesses posts falava em deficiências defensivas, notava melhorias ofensivas. Ora, agora isso é algo que com o passar do tempo se foi esbatendo e neste momento o F.C.Porto não tem defesa, meio-campo e ataque.
Concluindo, nunca sendo capaz de resolver os problemas e nesta altura não tendo explicações para o que está a acontecer, como pode Paulo Fonseca continuar, se já não tem quase ninguém com ele? Falar grosso agora, Mister? Não sei o que vai acontecer, mas para bem de todos e em particular de um homem bom , um profissional sério e íntegro, mas na minha opinião, ainda sem a capacidade para treinar um clube como o F.C.Porto, era importante que fosse encontrada uma solução que acabasse com este martírio. Tem a palavra Jorge Nuno Pinto da Costa.
Também era importante que o Líder portista deixasse uma mensagem para o grande universo azul e branco do F.C.Porto. Não gosto de perder, mas pior do que perder é este silêncio que não deixa uma única palavra de esperança para o futuro e que permite todo o tipo de especulações e extrapolações.
Os limites da prostituição

Na imagem que está por baixo do título, vê-se bem que o jogador do Belenenses está atrás e claramente em jogo. Na imagem da direita, podem ver que para o prostituto que fez a crónica do jogo no site do panfleto da queimada, o jogador do clube da Cruz de Cristo está em jogo, ainda que no limite. Isto é, digo eu, lance difícil, árbitro desculpado... o que aconteceria se fosse com o F.C.Porto? Está, está no limite, mas é no limite da prostuição que é o que fazem estes vendilhões do templo dia após dia.
Mas o dia de ontem também mostrou outra coisa curiosa: Miguel Rosa que já não é jogador do Benfica, note-se e já não tinha jogado na 1ª volta, voltou a não jogar ontem, assim como também não jogaram Rojo e Deyverson, jogadores emprestados pelo clube da Luz. Onde páram as virgens ofendidas que tão escandalizadas ficaram porque Abdoulaye, quando estava emprestado ao Guimarães, não jogou contra o F.C.Porto? Aqui e mais uma vez, os limites da prostituição foram ultrapassados.