sexta-feira, 30 de janeiro de 2015
O F.C.Porto contratou um treinador novo e com contrato de 3 anos; contratou 16 jogadores que são novos no clube e a esmagadora maioria no futebol português; desses, 3 são emprestados, mas apenas 1 sem direito de opção. Nesta altura já podemos concluir que chegaram vários jogadores de qualidade reconhecida e já comprovada de azul e branco ao peito, também que os Dragões formaram um excelente plantel. Mas quando se faz uma revolução assim e para mais quando muitos dos que chegaram para além de novos no F.C.Porto, são novos na idade, é preciso tempo. E no F.C.Porto há tempo para ter tempo, quando este é um plantel caro, principalmente na massa salarial? Se há e a contratação de um treinador por 3 anos e jogadores novos, que têm ainda muito para crescer, indicia que há, mesmo num clube que tem de vender e por isso os plantéis variam muito de época para época, então quando no início da época as expectativas se elevaram até aos infinitos, éramos os grandes favoritos, o campeonato ia ser um passeio, alguém devia de ter posto água na fervura. Não fizemos, assumimos esse favoritismo, deixamos que o nosso principal rival fizesse o papel do coitadinho, que não tinha equipa nem jogadores, que ou ganhamos ou vamos ter grandes problemas e assim a pressão ficou toda do nosso lado, qualquer mau resultado foi visto como umas tragédia, uma desilusão, se não ganharmos é o abismo. E não é. Que temos dificuldades, temos - quem não tem neste pobre país? -, mas ganhar ou não ganhar o campeonato, não vai fazer grande diferença em termos financeiros, só fará se não nos qualificarmos para a Champions League. O problema é desportivo, é deixar que o clube do regime ao fim de 30 anos consiga um bicampeonato. Portanto, com o Benfica com 6 pontos de avanço e ainda numa situação privilegiada, mesmo que depois do que aconteceu na segunda-feira passada e da incapacidade do clube do regime em "matar" o campeonato, isto ainda não tenha acabado, tenhamos a obrigação de acreditar até ao fim e acreditar é ganhar os jogos e esperar que eles se distraiam outra vez, talvez pressão e exigência, sim, mas sem exagerar. Esta equipa, salvo raríssimas excepções, quando pressionada não tem cumprido. Depois de ver o que aconteceu em Braga e logo a seguir na Madeira, a conclusão é óbvia.
Notas finais:
Tenho NOS, ontem estava a ver o 45 minutos à Porto, no Porto Canal e o resumo do F.C.Porto-Académica não se conseguiu ver, tantas eram as interferências. Já não é a primeira vez que acontece e tal como aconteceu em situações anteriores, liguei para a televisão gerida pelo F.C.Porto a alertar sobre o problema. O objectivo foi: na impossibilidade de resolver, ao menos surgisse um pedido de desculpas aos telespectadores que sintonizavam o canal e tendo NOS, não viram nada. Apareceu o pedido de desculpas? Não. Voltei hoje a contactar o Porto Canal e foi-me dada a explicação e que por alto, é a seguinte: a banda que a NOS disponibiliza para o canal não é muita, a prioridade são outros canais, peças com mais densidade estão sujeitas a ter esses problemas, não é responsabilidade do Porto Canal. OK, mas independentemente disso, no final do programa devia ter sido apresentado um pedido de desculpas e a explicação de quem era a responsabilidade de resolver o problema, até por uma razão muito simples: para que eu e outros como eu que têm NOS e estão para aí virados, quando somos contactados pela operadora para aderirmos a isto e mais aquilo, pudéssemos dizer que, ou eles passam a dar ao Porto Canal o tratamento que correcto para que estas anomalias deixem de acontecer, ou nós mudamos de operadora. Para estas coisas não são preciso grandes meios, basta vontade e profissionalismo.
O F.C.Porto reagiu a uma notícia do lixo da manhã, ver aqui. Alguém é capaz de me explicar porque reagimos a esta lixeira que já ninguém leva a sério, nem aquece nem arrefece e só dá para rir e não reagimos à falta de rigor, ética, deontologia, isenção de outros OCS que têm muito mais influência e perturbam muito mais em termos de futebol português?
Diabo Vermelho invade o campo e dá cachaço ao árbitro auxiliar. Castigo ao Benfica? Nada. Porque ninguém achou isto um escândalo, porque não se bateram pela interdição da Luz? Olegário falou de árbitros com segurança policial há três anos atrás, mas a ideia que foi transmitida e que passou como de interesse público, foi o que aconteceu com Capela na Madeira. Na altura Hermínio Loureiro era presidente da Liga, fez um artigo de opinião em que disse que nesse Benfica-Porto tudo tinha corrido bem.