Barcelona perdeu em casa frente ao Málaga, Chelsea empatou em casa frente ao Burnley. Se não fosse o caso do Manchester City estar a dar 5-0 ao Newcastle na altura em que escrevo e o PSG ter ganho 3-1 ao Toulouse, até poderia dizer que ambos os resultados foram efeito do antes e depois da Champions. O Barça a pensar no City, o Chelsea  sofrer o desgaste de Paris. Pode não ser, mas que as equipas que competem ao mais alto nível, num futebol onde o desgaste físico e emocional é grande, têm muito mais dificuldades que outras que apenas competem a nível interno, têm, é indiscutível. É por isso que olho para as baixas que o F.C.Porto tem para o Bessa com sentimentos contraditórios. Se por um lado com Danilo, Alex Sandro, Casemiro e Óliver os automatismos e os processos já estão assimilados, não se poder exigir, por exemplo, a  Ricardo o mesmo rendimento que o habitual titular no lado direito da defesa portista; por outro, a entrada de jogadores sem o desgaste da última quarta-feira, cheios de vontade de agarrar uma oportunidade - Quaresma mostrou em Basileia o espírito que devem ter todos aqueles que não têm sido titulares -, num jogo que vai ser muito exigente e obrigar a uma entrega total, pode ter as suas vantagens, uma coisa compensar a outra.
Têm a palavra os jogadores que vão ser alternativa aos habituais titulares. Veremos depois de amanhã se não há males que vêm por bem.

Se os adeptos do F.C.Porto que estiveram presentes em Basileia tiveram um comportamento notável de apoio à sua equipa, bem audível na transmissão televisiva, isso não foi destacado, o destaque foi um adepto residente na Suiça a queixar-se que lhe venderam bilhetes falsos.

Se os sub-19 do F.C.Porto conseguiram um feito digno de relevo ao eliminarem o Real Madrid e na sua casa, o destaque foi mínimo, mais destaque teve o lance da grande-penalidade que deu o empate aos Dragões, apelidado de caricato - e não foi caricato o golo invalidado ao F.C.Porto em que três, repito, três jogadores colocam o jovem portista em jogo?

Se há jogadores do F.C.Porto a brilharem a grande altura nas provas europeias, verdadeira montra do futebol, por cá os destaques são o regresso do salvador da pátria, leia-se Rúben Amorim; Pizzi, só porque fez um bom jogo frente ao Vitória F.C., já é o novo Enzo; e agora é Jesus que está encantado com Jonathan.

Se Pinto da Costa é homenageado pela Casa Lionesa e Casa de Espanha, o destaque não é o mérito que levou ao reconhecimento, é a suposta bicada que o Presidente portista deu ao Benfica.

Perante estes critérios tão particulares, não admira que em vez de se valorizar o que de bom foi feito em Basileia, alguns andem à procura dos defeitos para poder zurzir. E como vende tanto o benfiquismo como o anti-portismo... É o jornalismo tabloide, rasca, sensacionalista, cada vez mais na moda. Mesmo em alguns orgãos de comunicação social que mesmo conhecendo o seu passado vermelho, nunca foram tão vermelhos como agora. Mas quando um jornal como A Bola agora faz crónicas do jogos internacionais pela televisão, como foi o caso do Basileia-F.C.Porto e Wolfsburgo-Sporting, está tudo dito dos tempos que correm.
Às nossas custas, não!