domingo, 15 de março de 2015
Foi um jogo que se complicou, o fantasma do Boavista pairou sobre o Dragão, mas com sacrifício, sofrendo, o F.C.Porto conseguiu conquistar os três pontos, continuar na luta pelo título. Tinha dito na antevisão que estes jogos após grandes noites europeias são complicados, nunca esperei que se tornasse tão difícil, fosse preciso dar tudo até ao limite, tivesse que ser na amarra que o F.C.Porto derrotasse o Arouca.
E tudo até parecia ir correr bem. Logo nos primeiros minutos clara oportunidade desperdiçada, F.C.Porto por cima, apesar de algum atrevimento dos arouquenses, a sensação que o golo mais cedo que tarde iria aparecer. Mas de repente, contra-ataque da equipa treinada por Pedro Emanuel - será que os corvos, os prostitutos e vendidos da nossa praça, vão colocar em causa a atitude do conjunto aveirense? -, saída completamente fora de tempo de Fabiano, avançado do Arouca derrubado, guarda-redes expulso, Porto a jogar com menos um, ainda não tinha passado um quarto-de-hora - será que o ovo mole que veio de Aveiro, teria tomado a mesma decisão na Luz? Será que o moliceiro cheio de buracos, no estádio do clube do regime, também não assinalava penalty naquele lance em que Quaresma leva um pontapé na cabeça? Que fácil é decidir contra o F.C.Porto nos últimos tempos... Entrou Helton, Ricardo foi sacrificado e Lopetegui organizou a equipa com três defesas, Indi na direita, Marcano pelo centro, Alex na esquerda; Casemiro, Herrera e Óliver continuaram no meio-campo; no ataque Quaresma e Brahimi nas alas, Aboubakar no meio. E o F.C.Porto, após algum tempo, pouco, para se adaptar, ficou equilibrado, nem parecia que tinha menos um. O conjunto de azul e branco foi melhor, teve bola, atacou com perigo, marcou um golo, poderia ter feito pelo menos mais outro, mereceu chegar em vantagem ao intervalo, fruto do golo do seu ponta-de-lança camaronês, servido por Quaresma, hoje capitão.
Em vantagem Lopetegui, talvez quisesse jogar pelo seguro, manteve os mesmos jogadores, mas mexeu na estrutura. A defesa passou a quatro, Herrera passou a ser lateral-direito, Marcano e Indi os centrais, Alex Sandro manteve-se na esquerda; Casemiro mais Óliver formaram uma espécie de duplo-pivot, o trio atacante ficou na mesma. Não sei se o treinador dos Dragões contava com Aboubakar na dupla-função de avançado, mas também de médio mais adiantado, formando um triângulo com Casemiro e Óliver que não funcionou; se foi porque Óliver não tem características para o lugar; se o desgaste físico e mental se fez sentir- jogar com 10 após um jogo europeu pesa muito, pesa mais muito mais quando não s etem qualquer margem de erro; o que é verdade é que as coisas não funcionaram, o Arouca passou a ter mais espaço, mais bola no meio-campo, atacou mais, criou perigo, ameaçou empatar. Lopetegui viu o perigo, tirou Óliver e meteu Rúben mais vocacionado para a função que o jovem espanhol, mas as coisas não melhoraram. O espectro da perda de pontos esteve sempre presente, só a entrada de Tello, fresco, para o lugar de Quaresma desgastado, permitiu ao F.C.Porto chegar-se mais à frente, aguentar a vantagem mínima.
Tudo somado, pelo que fez na primeira-parte em que merecia mais um golo pelo menos; porque teve de jogar mais de 80 minutos com 10; a vitória fica bem ao F.C.Porto, apesar da excelente réplica do conjunto treinado por Pedro Emanuel.
Foi a sétima vitória consecutiva e sem sofrer golos.
Agora é descansar bem e depois começar a preparar o jogo de sábado na Choupana frente ao Nacional, mais um obstáculo que não vai ser pera doce. Foi a tocar bombo, os violinos ficaram em casa, mas estamos aí. Eles já têm as faixas ao peito, já se sentem campeões. Também em 2012/2013 aconteceu a mesma coisa e sabemos como acabou. Aguardemos.