Aquilo que vimos de Jackson Martínez é o jogador que marca golos, muitos, alguns de bandeira, como o de calcanhar que marcou ao Sporting há duas épocas; é o jogador que tem pormenores deliciosos como aquela assistência, usando a mesma técnica, para o primeiro golo de Tello, faz hoje oito dias e outra vez num jogo frente aos de Alvalade; é o jogador generoso e que dá o litro em campo, é o primeiro a defender e a pressionar, importantíssimo nas bolas paradas defensivas, etc. 
Portanto e concluindo: Jackson é um jogador fundamental neste Porto de Julen Lopetegui. Mas pelo que diz o treinador, dizem os dirigentes e os colegas - vide declarações de Quaresma esta semana...-, Cha Cha Cha é bem mais do que isso, é muito mais do que vemos em campo e nem algumas declarações escusadas atrapalham que Jackson seja considerado uma referência dos Dragões e por isso tenha chegado a capitão do F.C.Porto.
Só que Jackson lesionou-se, caso raro nestas épocas de azul e branco vestido, está incapacitado por várias semanas e a vida do F.C.Porto tem de continuar. E vai continuar sem dramas, sem lamentações, com Aboubakar a ser o substituto natural, ele que sempre que tem sido chamado, mesmo quando joga pouco tempo, tem tido o espírito correcto e correspondido totalmente ao que lhe é pedido.
Não tem as características de Jackson, não está tão enquadrado com a equipa como o ponta-de-lança colombiano, não tem jogado muito, é natural que esteja com alguma falta de ritmo, mas tenho a certeza que não vai ser por aí que o gato vai às filhoses. Aboubakar merece todo o crédito e toda a confiança, acredito que podemos ficar descansados na ausência do capitão.
- Força, Jackson, recupera depressa. Força, Aboubakar, contigo vamos continuar a ganhar.

Tão fraquinhos que eles são...
A forma como um clube histórico, com a tradição e a mística do Athletic de Bilbao, foi tratado quando defrontou o F.C.Porto, é sintomática de uma certa forma de analisar por partes de alguns fazedores de opinião no que ao futebol diz respeito. Com o claro intuito de desvalorizar a prestação, digna de realce, do F.C.Porto, o clube basco foi tratado como um qualquer clube de Malta ou Luxemburgo, ganhar em San Mamés é coisa fácil. Pois é, como se tem visto, não é bem assim. O Athletic está na final da Taça do Rei, ontem ganhou ao todo poderoso Real Madrid.
Aqueles que há dias atrás, após os triunfos do Mónaco e do Bayer Leverkusen na primeira-mão dos oitavos-de-final da Champions, foram tão rápidos a sair a terreiro para dizer que estavam provadas as dificuldades do grupo do Benfica, agora deviam fazer o mesmo e dar mais valor ao feito do F.C.Porto. Mas mais vale esperar sentado, seria pedir a quem é intelectualmente desonesto que deixasse de ser e isso é pedir demasiado.

Nota final:
Lamentável que se coloque em destaque de capa: "Jackson um mês de fora. Deve regressar antes dos quartos-de-final da Champions". Lamentável porque o F.C.Porto ainda não ultrapassou o Basileia, não são próprias do F.C.Porto essas fanfarronices típicas de outras latitudes. No F.C.Porto não temos tantas certezas como o clube do regime que vamos ganhar os jogos, como se viu pelas declarações de ontem do "Catedrático". É extraordinário que quando só tinha um ponto de avanço, dizia Jesus: "Temos quatro pontos de avanço porque fizemos melhor". Ele lá sabia porque sem jogar já contabilizava os três pontos na algibeira.

Vítor Baía, no artigo de hoje no rascord, que podem ler clicando em cima da imagem ao lado, pede respeito, diz que não admite colagens desleais ao que disse. OK, mas como tenho Baía na conta de pessoa inteligente, será que nunca lhe passou pela cabeça que numa altura em que o F.C.Porto e com todo o direito, critica as arbitragens - como disse num dos posts anteriores, como tese a declaração de Baía tem lógica, mas este campeonato não tem sido um campeonato normal, onde no final as coisas ficam sempre equilibradas... -, dizer o que disse ia servir de arma de arremesso contra o seu clube? Não conhece Baía, até por experiência própria, o que aquela casa gasta?