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segunda-feira, 27 de abril de 2015


Ainda sobre o jogo propriamente dito, continuo a pensar que entrámos com um onze que dava garantias, conseguimos controlar totalmente o Benfica, fomos melhores na primeira-parte. Mas se o jogo fosse na 1ª volta ou não decidisse nada, empate seria bem-vindo, como não é assim e o empate tem sabor a derrota, acho que faltou ao F.C.Porto aquela raça, alma e transcendência que era necessária para conquistar a vitória. Na parte final, pelo menos, devíamos ir para cima deles com tudo e não foi isso que aconteceu.
Dito isto, diz o ditado que enquanto há vida há esperança. E sendo assim, agarremo-nos à vida, na esperança que outro momento histórico, daqueles que têm entrada directa no Museu, aconteça. Isso significa que temos de ganhar os nossos jogos, seria o cúmulo e imperdoável, se eles falhassem, nós não aproveitássemos. Portanto, embora tudo se conjugue para uma época de seca, sem qualquer título, facto que já não acontece desde 1988/1989, ainda não é tempo de fazer um balanço final. Mas se se confirmar o mais que previsível pior dos cenários, fica claro que não colocarei todas as fichas da culpa nas costas do treinador. Explico porquê: como digo sempre, no "meu Porto" não é o Presidente que ganha e o treinador ou outro qualquer bode expiatório que perde. Mais, no caso do treinador, então fazemos com ele um contrato de três anos, com carta branca para fazer uma revolução quase total, escolher um plantel à sua imagem, como nenhum outro teve no consulado de Pinto da Costa e depois ninguém sai em sua defesa quando e desde o primeiro dia, Lopetegui é vítima dos mais rascas, torpes e ordinários ataques? Não me refiro às críticas sobre tácticas, opções, substituições, sistema, modelo, etc., não refiro-me ao resto, chegam ao cúmulo de atacar o treinador do F.C.Porto porque nasceu do outro lado da fronteira.
Curioso e sintomário: a CM TV está presente nas conferências de imprensa de antevisão aos jogos. Se a presença da Bola TV me provoca uma enorme comichão, saber que aquela lixeira a céu aberto frequenta a nossa casa... deixa-me completamente passado!

Há jogos que não ganhámos e devíamos ter ganho e o líder da equipa técnica não pode ficar imune às responsabilidades quando não ganhámos, mas o nosso grande rival quando não devia ter ganho, ganhou e sabe Deus como ganhou... Nessa altura, quando o treinador do F.C.Porto e com razão, falou de algumas arbitragens vergonhosas, enquanto a comandita de vendilhões do templo se atirava a ele e o tratava como uma espécie de ET, alguém que vinha falar de arbitragens num país onde isso é tabu, quem mais deu a cara, quem ao menos saiu em sua defesa? Ninguém! Isto fragiliza o treinador, tira-lhe força, poder e depois acontecem coisas como as que vimos ontem. Uma grande referência do F.C.Porto, o Bibota de Ouro, Fernando Gomes, pagou um preço alto porque quis colocar em causa um treinador que o Presidente escolheu. Agora qualquer um se acha à vontade para fazer má cara, amuar e até ter atitudes reprováveis para o seu responsável técnico. E o que acontece? Nada! Não queremos beijos no emblema, hoje beijam um, amanhã beijam outro, queremos respeito, profissionalismo, compromisso, atitudes correctas, sempre e não quando as coisas correm de feição. Queremos vontade, determinação e não amuos e azias, comportamentos de prima-donna. Foi assim, com estes valores que se construiu um F.C.Porto ganhador, até para além do sonho. Lamentavelmente e para mim, são valores que estamos a perder e não digo agora, num momento que não é o melhor, ando a dizê-lo há anos. E a responsabilidade primeira é de quem manda!

Nota final:
Nem precisámos de ter memória de elefante, para sabermos bem o que o este Benfica de Vieira e afins, nos fez e o que nos continua a fazer, com alguns dos seus dirigente a insultarem-nos semanalmente. Sim, porque quem insulta Pinto da Costa, não insulta só o cidadão, insulta o Presidente do F.C.Porto. E quem insulta o Líder, para mim insulta o portismo todo. Foi assim que cresci, foi assim que interpretarei até ao fim... mesmo que agora Pinto da Costa pareça ter esquecido. Também sabemos bem quando ganhámos o que acontece: os ataques vão até ao ponto de nos tentarem destruir como aconteceu em 2008; atribuírem aos árbitros a razão dos nossos sucessos, mesmo em períodos em que éramos os melhores da Europa e do Mundo. Por isso, quando me falam em fair-play, digo que apelar ao fair-play quando se está por cima e se ganha, é fácil. Falem-me em desportivismo quando tiverem a honra de reconhecer os méritos das nossas vitórias, facto que nunca aconteceu com Luís Filipe Vieira na presidência do clube do regime.

PS - Ver gente que manifestamente não gosta do F.C.Porto e quer o pior para o F.C.Porto, bater-se encarniçadamente pela saída de Julen Lopetegui, não deixa de ter piada. 

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